ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014
“Fé e Obras: Ensino de Tiago para uma vida cristã autêntica”. Por isso, ao professor não poderá faltar algumas obras literárias para o bom desenvolvimento do trabalho educativo, como, por exemplo, várias versões da Bíblia (pelo menos quatro); um bom Dicionário Bíblico; um Dicionário Teológico e um Comentário Bíblico.
Por que usarmos diferentes versões bíblicas para interpretar cuidadosamente as Escrituras? Ora, apesar de boas e fieis ao original do texto bíblico, algumas versões apresentam, por exemplo, problemas de linguagem arcaica, que não se adequa à contemporaneidade da língua portuguesa (cf. Caridade/Amor – 1 Co 13). Quando comparamos as várias versões da epístola de Tiago, podemos compreender os textos de razoável dificuldade interpretativa. Por isso é que sugerimos ao menos quatro das muitas versões disponíveis em língua portuguesa: a ARC (Almeida Revista Corrigida); a ARA (Almeida Revista Atualizada); a NVI (Nova Versão Internacional); e outra (poder ser até mesmo uma tradução católica da Bíblia, como TEB – Tradução Ecumênica da Bíblia – ou a Bíblia de Jerusalém).
O Dicionário Bíblico lhe auxiliará para a compreensão de algum termo das Escrituras. Por exemplo, a carta de Tiago cita a palavra “obra”. Mas a que Tiago se refere ao usar o termo “obra”? Às Obras da Lei ou à “Ação de Misericórdia”? Os artigos de um bom Dicionário Bíblico (sugerimos o Dicionário
Bíblico Wycliffe, editado pela CPAD) desenvolvem a exaustão os termos bíblicos dessa natureza. Para compreendermos a linguagem teológica de uma palavra contextualizada à doutrinas bíblicas, o Dicionário Teológico muito lhe ajudará (sugerimos o Dicionário Teológico, editado pela CPAD). Dominarmos os conceitos doutrinários de Salvação, Lei, Graça etc., e os seus desdobramentos, é de grande relevância para quem estuda a Epístola de Tiago. Ademais, não podemos confundir os conceitos teológicos que, ao mesmo tempo, aparecem na carta de Tiago e nas de Paulo. Por último, um bom Comentário da Epístola de Tiago (sugerimos O Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, editado pela CPAD) para remontarmos o contexto histórico, social, cultural, econômico e exegese da epístola. Mas, antes de tudo, sugiro-lhe ler as treze lições do trimestre em uma única leitura. Este processo lhe ajudará a desenvolver o panorama do assunto de maneira mais eficaz. Faço votos de que você e a sua classe cresçam no estudo desta belíssima carta que é a Epístola de Tiago!
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Amor e ódio de mãos dadas
FOTO DA INTERNET
Amor e ódio são sentimentos antagônicos e irreconciliáveis. Estão sempre em oposição. Não podem caminhar juntos. Abraçar um é repudiar o outro. Porém, num certo aspecto, amor e ódio precisam dar as mãos. Escrevendo sua carta aos romanos, o apóstolo Paulo afirma: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem” (Rm 12.9). Aqui, amor e ódio não se excluem mutuamente; completam-se. Não são opositores, mas parceiros!
O amor deve ser o vetor que guia os nossos passos e inspira as nossas motivações. Sem amor, nossa voz é um barulho confuso e nossas obras são pura vaidade. Sem amor, nossas motivações são adoecidas pelo egoísmo e nossas ações são desprovidas de bondade. O amor, entretanto, precisa ser verdadeiro e não hipócrita. O que é um amor hipócrita? É aquele que se apresenta com belos discursos, mas se afasta covardemente na hora da necessidade. O amor sincero, por sua vez, é aquele cujas obras da misericórdia são os avalistas das palavras de bondade. É neste contexto que o apóstolo Paulo diz que o amor e o ódio precisam dar as mãos. Quem ama, detesta o mal e apega-se ao bem. Quem ama, não pode ser conivente com o mal nem parceiro dele. Quem ama precisa ter pulso firme para combater o mal em todo o tempo, em todo lugar e de todas as formas. O amor que se corrompe e se mancomuna com o mal é um simulacro do amor verdadeiro, uma paixão carnal que deve ser repudiada com veemência.
Mas, não basta ao amor detestar o mal. Esse é apenas um lado da moeda. É o lado negativo. Precisamos ir além. Precisamos dar mais um passo. Precisamos apegar-nos ao bem. Apegar-se ao bem, entrementes, não é defendê-lo e praticá-lo apenas ocasionalmente, mas, sobretudo, ter uma atitude firme, perseverante e consistente na defesa e na promoção do bem em todo o tempo, em todos os lugares, sob todas as circunstâncias. O pecado da omissão é mui grave aos olhos de Deus. Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz peca contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo. Repudiar o mal sem promover o bem, condenar o erro sem praticar a justiça, refrear as mãos do erro sem estendê-las à prática das boas obras não são expressões saudáveis da fé cristã. Na mesma medida e com a mesma intensidade com que rechaçamos o mal, devemos praticar o bem. Com a mesma veemência que repudiamos o pecado, devemos buscar a santidade. Só assim, seremos o sal da terra que coíbe a corrupção da sociedade e a luz do mundo que aponta o caminho aos errantes.
Na vida do cristão, amor e ódio habitam debaixo do mesmo teto, comem na mesma mesa e se hospedam no mesmo coração: o amor ao bem e o ódio ao mal!
::Hernandes Dias Lopes
http://www.lagoinha.com
Feridas de um amigo
A correção de irmãos
“Leais são as
feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos” (Provérbios 27:6). Elogios não identificam
necessariamente os amigos, nem a crítica sempre vem dos inimigos. Lembre-se de
Judas que beijou o Senhor – e o traiu. Alguns dos elogios mais elaborados e
melosos que já recebi vieram dos meus inimigos – muitas vezes associados a uma
dor cortante nas costas, onde entrou a faca! Alguns dos comentários mais
desagradáveis, doloridos e de murchar o meu ego sobre mim e meu trabalho vieram
dos meus melhores amigos. Um inimigo contará a todos que você tem mau-hálito;
um amigo talvez te dê refrescante bucal para você experimentar. Oh, como a
crítica dói! Como ela nos faz sentir! Mas quando a dor do orgulho ferido ceder,
você perceberá que era um favor. Ignorar o problema jamais teria ajudado. Você
não teria o seu amigo para agir de outra maneira – apesar de precisar de um
tempo para agradecer pela “ferida” que ele causou. É difícil agradecer um
dentista enquanto ele está furando o dente!
Interesse genuíno na alma causa preocupação em um amigo que
observa o meu caminho se afastar de Deus. Uma dura bronca pessoal – “tu és o homem” (2 Samuel 12:1-7) – pode ser
necessária para me colocar nos eixos. É melhor sofrer com uma ferida temporária
que a perda eterna. Eu me tornarei, então, o seu inimigo porque te conto a
verdade? (veja Gálatas 4:16).
Porém, um amigo não acha prazer em causar tais feridas. Eu fico
ressentido com o médico que sorri enquanto mexe num lugar dolorido! Eu sei que
ele tem que fazer isso, mas não gosto de pensar que ele gosta disso! É fácil
demais tornar uma crítica profissional e perpétua de tudo e de todos–se deliciar
por achar falhas. Certamente tal atitude não é uma virtude e evidentemente
raramente traz proveito para alguém. Um inimigo mira a sua flecha para destruir
e machucar; um amigo jamais faz isso. Os nossos pais nos corrigiram. As marcas
velhas nos “traseiros” não objetivavam a nossa destruição mas foram feridas de
amor para o nosso proveito.
E há o outro lado da moeda – ser um amigo. Nem sempre é fácil. A
amizade é mais do que visitas sociais, compartilhar refeições e aproveitar o
companheirismo um do outro. É se preocupar o suficiente para fazer o que for
preciso – independentemente de quanto a tarefa for desagradável.
A dura carta de correção aos coríntios de Paulo foi escrita “no meio de muitos sofrimentos e
angústias de coração ... com muitas lágrimas ... para que conhecêsseis o amor
que vos consagro em grande medida” (2
Coríntios 2:4). Paulo se preocupou a respeito de escrever a carta e como ela
seria recebida, mas ele se alegrou quando soube do seu arrependimento (2
Coríntios 7:6). A sua atitude e as suas ações provaram a sua amizade.
Por que será que muitas vezes nós evitamos as tentativas de
restaurarmos os perdidos (Gálatas 6:1). Sabemos que devemos, sabemos que seria
uma bondade. Não é fácil! Por que não raciocinamos com
os nossos vizinhos que não são cristãos? Alegamos ser amigos mas ignoramos a
sua necessidade maior – a salvação do pecado. Receiamos dizer, “Temo que você
estará perdido”. Ficamos quietos e os deixamos ir, sem incômodos, ao inferno.
Que tipo de amigo faria assim?
–por Joe Fitch
http://www.estudosdabiblia.net
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