terça-feira, 5 de abril de 2016

Subsídio: Lição 2/10 de Abril de 2016 A NECESSIDADE UNIVERSAL DA SALVAÇÃO EM CRISTO


Caro professor, abordaremos a seção da Epístola aos Romanos que se inicia em Romanos 1.18 e se encerra em 3.9. Observando a estrutura da lição ora estudada - I. A necessidade da salvação dos gentios; II. A necessidade da salvação dos judeus; III. A necessidade da salvação da humanidade -, percebemos que o comentário segue a estrutura que o apóstolo Paulo estabeleceu nesta seção de Romanos, 1.18-3.9. É fundamental que a organização da estrutura da epístola esteja bem clara em sua mente.

Sobre os gentios
Na seção de Romanos 1.18-32 é demonstrada com muita clareza a situação dos gentios diante de Deus. Eles não reconheceram a Deus, que se manifestou por intermédio da criação, fazendo que o Pai Celestial os entregasse "aos desejos dos seus corações, à impureza". Esta expressão é uma das mais importantes no desenvolvimento da explicação de Paulo em relação à situação dos gentios. Os principais estudiosos dessa epístola concordam que a expressão "Deus os entregou" não tem o sentido de uma condição "decretada" por Deus para que os gentios jamais se arrependessem, mas, pelo contrário, seria uma deliberação divina permitindo que o gentio seguisse o seu próprio caminho de futilidade de vida, aprofundando mais no pecado e na imundícia, pois na verdade esta seria uma consequência natural de escravidão do pecado. Segundo o estudioso, C.E.B Cranfield, esta condição não seria um "privilégio" só dos gentios, mas de toda a humanidade, mostrando assim que a sessão 1.18-32 também engloba a realidade dos judeus, que de maneira oculta, repetia o caminho dos gentios (Rm 2.1). Ou seja, ainda assim Deus não perderia de vista a possibilidade do mais vil pecador de se arrepender, pois Ele quer que todo homem seja salvo (1 Tm 2.4).

Sobre os judeus
Ora, a eleição dos judeus como povo de Deus deveria lhes trazer humildade, gratidão e quebrantamento. Mas aconteceu o contrário. A soberba, a ingratidão e a dura cerviz fizeram com que esse povo vivesse de maneira hipócrita perante Deus. Enquanto criticava os gentios, ocultamente vivia os caminhos do ser humano escravo do pecado. Por isso, o homem judeu não tinha a desculpa de ser filho de Abraão, pois na prática era filho do pecado: "Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós" (Rm 2.23,24 cf. vv.17-22).


sábado, 2 de abril de 2016

Jejum não se aprende na escola




























O jejum é uma das práticas devocionais mais antigas do povo de Deus. Consiste na abstinência total, ou parcial de alimento durante um determinado período, tendo como objetivo o aperfeiçoamento do exercício da oração e da meditação da Palavra de Deus. Apesar de ser praticado por outras correntes religiosas, o verdadeiro jejum que agrada ao Senhor deve estar de acordo com a Sua Palavra, pois ela é o nosso manual de fé e prática. Moisés, Davi, Daniel e Ester estão entre aqueles que praticavam o jejum. O próprio Senhor Jesus, nosso maior exemplo, jejuou. Através destes exemplos somos convidados a jejuar e buscar um momento de mais consagração e intimidade com Deus.
Recentemente uma cantora gospel que também é pastora inaugurou uma “Escola de Jejum”, onde os interessados devem pagar a quantia de R$ 50,00 (cinquenta reais) por uma aula que tem a duração de duas horas, sendo ministrado uma vez por semana, por duas semanas. Nessas aulas, que segundo ela são “tremendas”, os alunos aprendem que o verdadeiro significado do jejum que é “fazer a vontade de Deus”. O jejum sempre é citado por esta cantora como uma fonte de bênçãos, mas seu entendimento sobre o assunto é totalmente equivocado, pois para ela a pessoa ao mesmo tempo pode jejuar e continuar comendo normalmente, bastando que ore a cada seis horas.
Ela afirma que o jejum não precisa ser necessariamente de alimentos, pode ser um período sem ver televisão ou acessar a internet ou basta abster-se de certo tipo de alimento como doces e refrigerantes (alimentos supérfluos) e pães. Seu embasamento, para ensinar um jejum tão flexível, parte do pressuposto de que “não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar”. Interpretando erroneamente o texto de Isaías 58, a pastora afirma que “jejum não é ficar sem comer, é fazer a luz de Deus brilhar”. Mas com uma leitura atenta do texto, podemos concluir que Deus não condena a abstenção de alimentos praticada por Israel no jejum, mas adverte que antes de jejuar, os israelitas deveriam ter uma vida de obediência aos mandamentos divinos e de amor ao próximo, pois somente assim seriam abençoados. O profeta ensina que jejum sem vida piedosa é hipocrisia. Suas declarações sobre o assunto dão a entender que para ela tudo é jejum. Quando o cristão ora, louva, pratica boas ações e libera o perdão para quem o ofendeu está também jejuando. Mas ao afirmar que tudo é jejum, ela na verdade está dizendo que o jejum é nada, pois o está esvaziando de seu verdadeiro sentido. Mas será que realmente a Bíblia não nos ensina a maneira correta da prática do jejum? Com certeza a Palavra de Deus tem as respostas para todas as perguntas feitas pelo ser humano. Se pensarmos o contrário, estamos negligenciando seu proveito para o ensino, para redarguir, para corrigir e nos instruir em justiça (cf. 2Tm 3.16). A Bíblia nos ensina de maneira clara e simples o real significado do jejum e a maneira correta de jejuar. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, no seu Sermão da Montanha, abordou de maneira contundente o assunto afirmando que o jejum não deve ser feito com o objetivo de chamar a atenção dos homens, pois é hipocrisia. A humilhação não deve ser exterior, mas no coração onde somente Deus vê (Mt 6.16-18). O reformador francês João Calvino afirmou que o objetivo principal do jejum é quebrantar ou romper os corações e não a roupa. O jejum em si, como qualquer outra forma de ascetismo, em nada acrescenta a nossa salvação, pois ela já foi conquistada por Cristo na cruz do Calvário. Nossa salvação não depende da quantidade de vezes que jejuamos. Mas então por que devemos jejuar? Qual a importância do jejum para a vida cristã? A atitude de jejuar não deve ser encarada como uma autoflagelação, antes deve ser vista como um momento de alegria (Zc 8.19), pois quando jejuamos estamos nos dedicando integralmente a oração e a meditação. Todo o nosso tempo, ser e emoções estão voltados para a busca de objetivos espirituais em Deus. O jejum deve ser feito com algum propósito, pois se não for assim, será apenas uma dieta alimentar. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, o jejum pode ser feito com os seguintes objetivos: honrar a Deus (Lc 2.37; At 13.2); pode ser uma atitude de humilhação perante o Senhor (Sl 35.13; Ed 8.21) para alcançar mais graça e assim desfrutar da presença intima de Deus (1Pe 5.5; Is 57.15); expressar arrependimento pelos pecados cometidos e pesar pelos pecados da igreja, da nação e do mundo (1Sm 7.6; Ne 9.1,2); buscar o auxílio divino na realização de novas tarefas e reafirmar nossa consagração a Ele (Mt 4.2); como forma de buscar a Deus e assim prevalecer contra forças espirituais do mal que lutam contra nós (Jz 20.26; Jl 2.12); como um meio de libertar as almas da escravidão maligna (Mt 17.14-21). A pastora, que está na direção de uma denominação e que possui uma legião de seguidores nas redes sociais, gosta de declarar que “nosso jejum não muda a Deus”, uma afirmação bastante óbvia já que uma das características do Senhor é a imutabilidade (Hb 13.8), mas podemos jejuar para demonstrar nosso arrependimento e assim preparar o caminho para Deus mudar Seus propósitos declarados em julgamento (Jn 3.5,10; 1Rs 21.27-29; 2Sm 12.16,22); através do jejum é possível obter o conhecimento da vontade de Deus (Dn 9.3,21,22; At 13.2,3); e abrir caminho para o derramamento do Espírito e para o retorno de Cristo para buscar a Sua Igreja (Mt 9.15). Afirmar que a Bíblia não estabelece regras para o jejum é demonstrar desconhecimento sobre o assunto. Através da leitura bíblica somos advertidos que os casados não podem se dedicar por longos períodos ao jejum, a não ser por consentimento mútuo (1Co 7.5). Aprendemos através da observação dos exemplos dados pelos personagens bíblicos que o jejum absoluto, onde há total abstenção de alimentos e água, não deve ultrapassar três dias (Et 4.16; At 9.9), pois após este período o corpo desidrata colocando a saúde em risco. Um jejum que prejudica a saúde não é aceitável a Deus, pois obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22). Moisés e Elias fizeram este tipo de jejum por 40 dias, mas em condições sobrenaturais (Êx 34.28; 1Rs 19.8), o jejum feito pelo Mestre, foi um jejum normal, onde há abstenção de alimentos, mas não de água (Mt 4.2). Observamos com pesar um evento pseudo-teológico onde são ensinadas “novas revelações e interpretações” travestidas de práticas devocionais cristãs sendo tão procurado por cristãos que “tem a mente de Cristo” (1Co 2.16). Isto é apenas um reflexo do mercantilismo da fé que infelizmente é comum em nossos dias, e que tem atraído cada vez mais pessoas interessadas mais nas bênçãos do que no Abençoador. Para se conhecer sobre a prática do jejum não é necessário pagar R$ 50,00 por aula, basta uma leitura atenta da Palavra de Deus, mas se mesmo assim as dúvidas persistirem, não é preciso se matricular em uma “escola” específica sobre o tema, basta procurar o maior seminário teológico do mundo, que atende a todas as faixas etárias e não cobra nenhuma taxa de seus alunos: a Escola Bíblica Dominical.


Fonte: Jornal Mensageiro da Paz.

Sérgio de Moura Sodré é presbítero da Assembleia de Deus Ministério de Cordovil (RJ), bacharel em Teologia, bacharelando em Administração de Empresas, pós- -graduado em Filosofia e comentarista do currículo infanto-juvenil da CPAD

Agência pode ser processada por proibir funcionários de falar sobre Jesus


A National Aeronautics and Space Administration (NASA) pode ser processada pelo Liberty Institude, uma instituição ligada à preservação da liberdade religiosa. O órgão federal é acusado de censurar seus funcionários que mencionavam o nome de Jesus nos comunicados internos. Falar sobre o Filho de Deus na empresa tornou-se inconveniente para os seus administradores. Segundo os implicados no caso, teria sido uma determinação expedida pela diretoria da entidade que teria sido o estopim para os atritos. Aconteceu no Centro Espacial Lyndon B. Johnson, localizado em Houston, no estado do Texas (EUA), que foi imposta a nova medida aos funcionários sobre a proibição acerca do nome de Jesus.
“A NASA tem um longo histórico de respeito ao discurso religioso dos seus funcionários, incluindo a defesa, em tribunal, dos astronautas que leram o relato bíblico da criação, sobre a órbita da Lua. Essa tradição deve Proibição para cristãos na Nasa Agência pode ser processada por proibir funcionários de falar sobre Jesus continuar aqui”, disse Jeremy Dys (foto), conselheiro sênior do Liberty Institute em entrevista ao Christian Post, ele acrescentou que trabalha para reverter a situação, pois considera ilegal e contrária ao histórico da agência espacial norte-americana. O ativista cristão remontou ao caso “O’Hair vs. Payne”, de 1969, naquela época a ativista Madalyn Murray O’Hair moveu processo contra a NASA por permitir que os astronautas da Apollo 8 lessem Gênesis 1, e acabou derrotada. “Estamos decididos a nos envolvermos, porque estamos empenhados em defender o seu direito à livre expressão religiosa, inerente a todos os norte-americanos, incluindo os funcionários do governo”, verbalizou o conselheiro. Os especialistas do Liberty Institute se reuniram com advogados e redigiram uma carta endereçada à diretoria do Centro Espacial no dia 8 de fevereiro; nela eles pediam um posicionamento sobre a censura, mas não obtiveram resposta.

O conteúdo do documento afirma que “a censura por parte da NASA sobre o ponto de vista religioso do clube de seus funcionários é uma violação da lei federal e da Primeira Emenda”. Lá os especialistas mencionaram a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa, e destacaram que “não há interesse governamental convincente que permitiria que a NASA substancialmente limitasse o livre exercício da religião do Clube de Louvor e Adoração de funcionários e seus membros individuais”.


Fonte: Jornal Mensageiro da Paz.