sexta-feira, 1 de julho de 2016

Conservando a visão da glória de Deus: uma reflexão sobre Isaías 6.1-



Segundo alguns teólogos, Isaías era descendente de família nobre na cidade de Jerusalém. Era culto, poeta, profeta de Deus e convivia com a realeza. Há quem diga ter Isaías sido conselheiro para assuntos internacionais no reino de Judá. Embora possuísse todos esses dotes, Isaías foi escolhido para ser profeta, e precisava de um toque de Deus em sua vida.

Há pessoas que quando são abençoadas pelo Senhor e crescem um pouco se distanciam de Deus. Alguns chegam a imitar os crentes de Laodicéia, dizendo: “Rico sou e de nada tenho falta” (Ap 3.17). Perdem a visão da glória de Deus passando a enxergar somente as coisas negativas que se passam na vida dos outros.

 Como crente, veja o trabalhar de Deus na sua e na vida da Igreja! O Oleiro está fazendo a obra dEle. Ele está consertando vasos quebrados. É projeto de Deus estar constantemente mostrando coisas novas que não conhecíamos. Percebemos isso quando o profeta Jeremias foi chamado e o Senhor lhe perguntou: “Oque vês?”. Ao profeta Zacarias, Ele também disse: “O que vês?”. Zaqueu precisou subir em uma figueira quando foi despertado para ver Jesus. Isaías era crente, Deus queria mostrar a ele coisas maiores, uma nova dimensão da Sua glória.

 Entende-se que Isaías estava tão distraído, envolvido com o reino de Judá, que se outro profeta viesse lhe mostrar algo ele provavelmente não se interessaria. Foi preciso Deus mandar serafins para lhe mostrar uma nova dimensão da Sua glória. “No ano que morreu o rei Uzias...” - seria esse o obstáculo? Deus tirou. Então, Isaías disse: “Eu vi...”. Deus está sempre disposto a nos mostrar coisas grandes e firmes que não sabemos, mas nem sempre estamos em condições de ver a glória dEle.

Jesus queria ressuscitar Lázaro, mas havia um obstáculo, e Ele ordenou: “Tirai a pedra”. Há pessoas que guardam defuntos no coração que estão exalando mau cheiro. Hoje, Deus ordena-lhes: “Tirai a pedra”. O teu Lázaro vai ressuscitar! Você verá a glória de Deus!

O Senhor queria debelar a tempestade, mas Jonas estava lá. Jogue o Jonas no mar, e você verá a glória de Deus. O Senhor queria dar a vitória a Josué, mas o Acã estava lá. Tire o Acã, a túnica babilônica, a cobiça do coração, e verás a glória de Deus.

 Quando temos uma boa visão da glória de Deus, rejeitamos as polpudas propostas mundanas. Moisés tinha uma boa visão da glória de Deus, rejeitou ser chamado neto de Faraó; José não aceitou as propostas amorosas da mulher de Potifar, e sua visão e fidelidade levaram-no a ver a glória de Deus. Deus mostrou a Isaías o Seu alto e sublime trono, ali está a soberania. Nesse alto estágio espiritual, a mensagem é: “Santo, santo, santo”. Isaías viu! Você também deseja ver? Quando vemos, os muros caem, o mar se abre, o inimigo corre, os coxos andam, os cegos vêem.

Isaías precisou ter seus lábios queimados, pois Deus exige santidade. Quando perdemos a visão da glória de Deus, nos conformamos com a do mundo. É o Seu desejo revelar coisas maiores que nos levarão para uma nova dimensão em nossa vida espiritual.


Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.


Fonte de arquivo: Extraído do jornal mensageiro da Paz.

Importantes lições sobre janelas nas Escrituras Sagradas

Janelas são de muita utilidade em uma construção. Elas servem para olhar de dentro para fora e de fora para dentro, servem como decoração, para entrada de ar, iluminação, etc., Quando Salomão edificou o Templo, ele fez janelas estreitas (1Rs 6.4; 7.4,5). Com a janela aberta temos claridade, luz, visão, ar; fechada temos escuridão, falta de ar, não temos visão.

Na feitura da Arca, Deus mandou Noé colocar uma janela no teto (Gn 6.16). Assim, Noé podia olhar para o céu. Essa era a janela da esperança, sempre aberta para o crente. Em Gênesis 8.6, vê-se Noé abrindo a janela da Arca para se comunicar visualmente com o mundo destruído, e depois soltou um corvo (Gn 8.7). O corvo ficou feliz, pois, ali tinha tudo o que ele gostava (cadáveres). Após soltar o corvo, Noé resolve soltar uma pombinha (Gn 8.9). Esta voltou, não achou pouso para seus pés. O patriarca esperou sete dias, enviou a pomba novamente e ela voltou trazendo uma folha de oliveira, uma mensagem de vida. Ele esperou mais sete dias soltou a pomba e ela não mais retornou. Tudo isto aconteceu porque na Arca tinha uma janela.

Em Gênesis 26.8, a Bíblia nos fala da janela da nossa vida. Algumas pessoas não têm cuidado de fechá-la. Isaque deixou a sua janela aberta, e o rei Abimeleque descobriu a intimidade dele com sua esposa. Na casa da vida, devemos ter cuidado com a janela do nosso nome, do nosso testemunho, crédito, palavra, confiança moral. Cuidado com a sua janela, não deixe intrusos participarem de determinados assuntos mais íntimos da sua família, do seu ministério, da sua vida.

Em Eclesiastes 12.3, Salomão chama nossos olhos como as janelas do nosso corpo. Ele conhecia a história do seu pai Davi, quando “viu” Bate Seba (2Sm 11.2). No livro de Josué 7.19-21, Acã “viu” uma capa Babilônica, duzentos ciclos de prata, e uma cunha de ouro.
No texto bíblico de Josué 2.18-21, está registrado o relato da janela da aliança na casa de Raabe. Aliança com sangue na janela do livramento. Cuidado, não tire o sinal do sangue, ele é a nossa garantia de não sermos destruídos.
Vejamos outras importantes passagens bíblicas que falam sobre janelas.

 A janela do escape (1Sm 19.12) – Davi escapou pela janela. Para não pecar é melhor fugir. “Foge destas coisas” (1Tm 6.11). Que coisas são essas, das quais o apóstolo Paulo orienta a Timóteo fugir? Veja o que diz em 1 Timóteo 6.7-10.

A janela da ação ( 2Rs 13.16,17). Abra a janela e derrote o inimigo.

 A janela da fé (Dn 6.10). Janela aberta para Jerusalém, ore, adore, exalte e fale com Deus. O Senhor deseja que você faça uma aliança com Ele, abra a janela do coração, feche a porta da tua vida, impeça a entrada do inimigo da tua alma.

Não esqueça: pela janela aberta Noé se comunicava com Deus; pela janela da casa de Raabe, os dois espiões de Israel escaparam com vida (Jz 2.15); com as janelas abertas em direção a Jerusalém, Daniel orava a Deus (Dn 6.10). Deus continua com as janelas da esperança, da fartura, do livramento, da cura, da provisão, da comunhão abertas.


Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.


Fonte de arquivo: Extraído do jornal mensageiro da Paz.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Lição 1 -3 de Julho de 2016 O QUE É EVANGELIZAÇÃO


Lição 1

3 de Julho de 2016

O que É Evangelização

TEXTO ÁUREO


VERDADE PRÁTICA


"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado [...]."
(Mt 28.19,20)
Evangelizar é a missão mais importante e urgente da Igreja de Cristo; não podemos adiá-la nem substituí-la


LEITURA DIÁRIA


Segunda - Lc 9.2
Jesus envia-nos a evangelizar

Quinta- 2 Co 2.12
Portas abertas à evangelização
Terça - At 10.42
Evangelização e testemunho
Sexta - 1 Co 1.17
A cruz de Cristo, a força do Evangelho
Quarta - 2 Tm 4.2
Evangelizar em todo tempo
Sábado - 1 Pe 1.12
A excelência da evangelização

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Marcos 16.9-20

9 - E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
10 - E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando.
11 - E, ouvindo eles que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram.
12 - E, depois, manifestou-se em outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo.
13 - E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.
14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!

OBJETIVO GERAL


Mostrar que a evangelização é a missão suprema da Igreja.

HINOS SUGERIDOS: 18, 38, 227 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Conhecer a diferença entre evangelismo e evangelização.
II.     Mostrar como devemos evangelizar.
III.    Explicar o porquê da evangelização


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito da missão mais importante da Igreja: a evangelização. Essa missão não é somente da liderança, mas todo crente tem a responsabilidade de anunciar as Boas-Novas.
O comentarista do trimestre é o pastor Claudionor de Andrade - escritor, conferencista, consultor doutrinário e teológico da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Que possamos anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, ajudando as pessoas a trilhar os caminhos do Senhor, pois em breve Jesus virá.


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO


Se não levarmos o Evangelho até aos confins da Terra, jamais seremos reconhecidos como discípulos de Jesus. Desde o início de seu ministério, Ele sempre fez questão de realçar a natureza evangelizadora de sua missão e da tarefa que nos confiou (Mc 16.15; Lc 8.1). Nenhum outro trabalho é tão importante e urgente quanto a evangelização.
A Igreja, por ser Igreja, não pode ignorar as exigências da Grande Comissão: evangelizar a todos, em todo tempo e lugar (Mt 24.14). A evangelização compreende, também, o discipulado, o batismo e a integração do novo convertido. Se crermos, de fato, que Cristo morreu e ressuscitou para redimir-nos do inferno, não nos calaremos acerca de tão grande salvação (Hb 2.3).
Aproveitemos todas as oportunidades para falar de Cristo, pois grande será a colheita de almas para o Reino de Deus.

PONTO CENTRAL


A missão suprema da Igreja é a evangelização.

I - EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO


Evangelismo ou evangelização? Neste tópico, veremos que ambos os termos são igualmente corretos, pois a evangelização depende do evangelismo. Se este é a teoria, aquela é a prática.
1. Evangelismo. É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico da Igreja de Cristo, de acordo com as narrativas e proposições do Antigo e do Novo Testamentos (Gn 12.1,2; Is 11.9; Mt 28.19,20; At 1.8).
O evangelismo fornece também as bases metodológicas, a fim de que os evangelizadores cumpram eficazmente a sua tarefa (2 Tm 2.15).
2. Evangelização. É a prática efetiva da proclamação do Evangelho, quer pessoal, quer coletivamente, até aos confins da Terra, levando-nos a cumprir plenamente o mandato que Jesus nos delegou (At 1.8).
A evangelização não é um trabalho opcional da Igreja, mas uma obrigação de cada seguidor de Cristo (1 Co 9.16).

SÍNTESE DO TÓPICO I


É correto usar os termos evangelização e evangelismo, pois a evangelização depende do evangelismo. Uma é a teoria e a outra, a prática.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


"O mandato para as missões acha-se em cada evangelho e em Atos dos Apóstolos. Porque toda a autoridade nos céus e na terra foi entregue a Jesus (Mt 28.19,20).
'Vão' (gr. poreuthentes) não é um imperativo. Significa, literalmente, 'tendo ido'. Jesus toma por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por perseguição. O único imperativo nesse trecho bíblico é 'façam discípulos' (gr. mathêteusate), que inclui batizá-los e ensiná-los continuamente.
Marcos 16.15 também registra esse mandamento: 'Tendo ido por todo o mundo, proclamem (anunciem, declarem e demonstrem) as boas-novas a toda a criação' (tradução literal)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 584).

CONHEÇA MAIS


*Evangelho
"Uma palavra usada somente no Novo Testamento para denotar a mensagem de Cristo. O termo gr. euangelion, significando 'boas-novas', tornou-se um termo técnico para a  mensagem essencial da salvação.
O conteúdo do Evangelho é claramente definido no Novo Testamento. É a mensagem proclamada e aceita na igreja cristã, pois foi recebida por todos os crentes, defendida por seu raciocínio, e constituiu uma parte vital de sua experiência. É histórica em seu conteúdo, bíblica em seu significado, e transformadora em seu efeito. 'Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras... foi sepultado, e... ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras... foi visto por Ceifas...', são as palavras descritivas de Paulo (1Co 15.1-6)". Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 711.

II - POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR


Podemos apresentar pelo menos quatro razões que nos levarão a falar de Cristo a tempo e fora de tempo. A partir daí, não descansaremos as mãos até que o mundo todo seja semeado com a Palavra de Deus (Ec 11.6).
1. É um mandamento de Jesus. Temos de evangelizar porque, acima de tudo, é uma ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19,20; Mc 16.15; Lc 24.46,47; At 1.8). Logo, não há o que se discutir: evangelizar não é uma obrigação apenas do pastor e dos obreiros; é um dever de todo aquele que se diz discípulo do Nazareno.
Aquele que ama a Cristo não pode deixar de falar do que tem visto e ouvido. Assim agiam os crentes da Igreja Primitiva. Não obstante a oposição dos poderes religioso e secular, os primeiros discípulos evangelizavam com ousadia e determinação (At 4.20).
2. É a maior expressão de amor da Igreja. A Igreja Primitiva, amando intensamente a Cristo, evangelizava sem cessar, pois também amava as almas perdidas (At 2.42-46). O amor daqueles crentes não se perdia em teorias, mas era efetivo e prático; sua postura era mais do que suficiente para levar milhares de homens, mulheres e crianças aos pés do Salvador. A igreja em Tessalônica também se fez notória por sua paixão evangelística (1 Ts 1.8).
Enfrentamos hoje uma crise econômica, moral e política muito séria, porém  precisamos continuar evangelizando os de perto e os de longe.
3. O mundo jaz no maligno. Implementemos a evangelização, pois muitos são os que caminham a passos largos para o inferno (1 Jo 5.19). Diante dessa multidão, não podemos ficar indiferentes. Uns acham-se aprisionados pelas drogas. Outros, pela devassidão e pela violência. E outros, ainda, por falsas religiões. Precisamos evangelizar esses cativos. Somente Jesus Cristo pode libertar os oprimidos das cadeias espirituais (Jd 22,23).
4. Porque Jesus em breve virá. Finalmente, empreguemos todos os nossos esforços na evangelização, porque o Senhor Jesus não tarda a voltar. Sua advertência é grave e urgente: "Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (Jo 9.4). Sim, Jesus em breve virá. O que temos feito em prol da evangelização? Não podemos comparecer de mãos vazias perante o Senhor da Seara.

SÍNTESE DO TÓPICO II

A evangelização é um mandamento de Jesus. É também a maior expressão de amor, pois o mundo jaz no maligno e em breve Jesus voltará.

 Empreguemos todos os nossos esforços na evangelização, porque o Senhor Jesus não tarda a voltar.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


"Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los a Cristo, o Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30).
A importância do evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16.15).
O alvo do evangelismo pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes.
Ganhar alma foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o grande homem de Deus, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1 Co 9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para Jesus é para os pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o Senhor da seara (Jo 4.35). O 'ide' de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada crente pode e deve ser um ganhador de almas. Nada o pode impedir, irmão, de ganhar almas para Jesus, se propuser isso agora em seu coração. A chamada especial de Deus para o ministério está reservada a determinados crentes, mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes.
O evangelismo pessoal, como já vimos acima, vai além do pecador perdido: ele alcança também o desviado e o crente necessitado de conforto, direção, ânimo e auxílio. Ele reaviva a fé e a esperança nas promessas das Santas Escrituras" (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p. 10).

III - COMO EVANGELIZAR


A missão de pregar a todos, em todos os lugares e em todo tempo, inclui a evangelização pessoal, coletiva, nacional e transcultural. Neste tópico, destaquemos o exemplo de Cristo, o evangelista por excelência.
1. Evangelização pessoal. Em vários momentos de seu ministério, o Senhor Jesus consagrou-se à evangelização pessoal. Na calada da noite, recebeu Nicodemos, a quem falou do milagre do novo nascimento (Jo 3.1-16). E, no ardor do dia, mostrou à mulher samaritana a eficácia da água da vida (Jo 4.1-24).
Neste momento, há alguém, bem pertinho de você que precisa ouvir falar de Cristo. Não perca a oportunidade e evangelize, pois quem ganha almas sábio é (Pv 11.30). 
2. Evangelização coletiva. Cristo dedicou-se também ao evangelismo coletivo.  Ele aproveitava ajuntamentos e concentrações, a fim de expor o Evangelho do Reino. As multidões também precisam ser alcançadas com a pregação do Evangelho, para que todos ouçam a mensagem da cruz. Voltar à prática do evangelismo em massa é uma necessidade urgente.
3. Evangelismo nacional. Em seu ministério terreno, Jesus era um judeu inserido na sociedade judaica, falando-lhes em sua própria língua. Sua identificação com a cultura israelita era perfeita (Jo 4.9). Ele não podia esconder sua identidade hebreia (Lc 9.53). Cristo viveu como judeu e, como judeu, morreu (Mt 27.37). Nessa condição, anunciou o Evangelho do Reino às ovelhas perdidas da Casa de Israel.
4. Evangelismo transcultural. Embora sua missão imediata fosse redimir as ovelhas da Casa de Jacó (Mt 15.24), Jesus não deixou de evangelizar pessoas de outras culturas e nacionalidades. Atendeu a mulher siro-fenícia (Mc 7.26). Socorreu o servo do centurião romano (Mt 8.5-11). E não foram poucos os seus contatos com os samaritanos (Lc 17.16; Jo 4.9).
É chegado o momento de olharmos além de nossas fronteiras, ouvindo o gemido das nações, tribos e povos não alcançados.

SÍNTESE DO TÓPICO III


Podemos evangelizar de forma pessoal e coletiva.  Também podemos evangelizar nosso país e as nações.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


"Como devemos evangelizar
Para começar, o ganhador de almas tem de ter experiência própria de salvação. É um paradoxo alguém conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho do céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação.
Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará dela (Mt 12.34). É evidente que o ganhador de almas precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso 'começar pela Escritura' (At 8.35).
Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se neste maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação deplorável.
Está escrito que 'pela lei vem o conhecimento do pecado' (Rm 3.20). Através da poderosa Palavra de Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Isaías 1.6. No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e inspirados sobre o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de ganhar almas; outros focalizam experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a paixão que deve haver no ministério em apreço. A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31). Em Corinto ele ensinou dezoito meses (At 18.11). Veja a diferença entre essas duas igrejas através do texto das duas epístolas (Coríntios e Efésios)" (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p. 30).

CONCLUSÃO


Evangelizar é a missão de todo crente. Quer obreiro, quer leigo, ganhar almas é o seu dever. Na crise atual, muitos são os que, desesperados, buscam um salvador. Mas apenas a Igreja de Cristo pode mostrar o caminho da salvação. É hora de evangelizar e de fazer missões. Arranquemos as almas perdidas das garras de Satanás.

PARA REFLETIR


A respeito da missão da Igreja, responda: 

·         Qual a urgência máxima da Igreja?
A evangelização.

·         Qual a diferença entre evangelismo e evangelização?
Evangelismo: É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico da Igreja de Cristo, de acordo com as narrativas e proposições do Antigo e do Novo Testamento. Evangelização. É a prática efetiva da proclamação do Evangelho, quer pessoal, quer coletivamente, até aos confins da Terra.

·         Por que devemos evangelizar?
É um mandamento de Jesus; é a maior expressão de amor da Igreja; o mundo jaz no maligno; e porque Jesus em breve virá.

·         Como devemos evangelizar?
Evangelização pessoal, evangelização coletiva, evangelismo nacional e evangelismo transcultural.

·         Por que Jesus é o evangelista por excelência?
·         Porque Ele amou o mundo de tal maneira que deu a sua vida na cruz para perdão dos nossos pecados.