quinta-feira, 14 de julho de 2016

Jovens Lição 03 . O DIA DO SENHOR (2.1-22) 3° Trimestre de 2016



INTRODUÇÃO
I – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
II – O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
III – O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
CONCLUSÃO

De acordo com Soares, o termo hebraico para “dia” é yom, que pode significar “dia” literalmente (Jó 3.3) ou até período de tempo (Gn 2.4). Assim, segundo ele, o dia do Senhor indica o período reservado por Deus para o “acerto de contas” com todos os moradores da terra. Gerhard von Rad, estudioso do Antigo Testamento, analisa as imagens que acompanham esse dia escatológico, e conclui que o mesmo remonta às guerras santas do Senhor, ou seja, este dia se refere à ocasião em que Jeová aparecerá pessoalmente para aniquilar seus inimigos.
Portanto, não existe uma única definição da natureza do dia do Senhor na literatura profética, mas, diversos aspectos e imagens bíblicas que descrevem esse dia. Contudo, a principal ideia está relacionada ao grande julgamento e restauração do reino do Senhor. Também, podemos observar em Sofonias 1.15,16, uma das mais completas descrições do dia do Senhor. Assim, lemos que o dia de Jeová é:

a) Um dia de ira;
b) Um dia de aflição e angústia;
c) Um dia de ruína e devastação;
d) Um dia de trevas e escuridão;
e) Um dia de trombeta e grito de guerra.

Em Isaías, o dia do Senhor se refere principalmente à intervenção divina contra a altivez humana, expressadas no apego excessivo às riquezas e a desvios morais que culminaram em corrupção e idolatria, mas também diz respeito às histórias de proezas e grandes feitos de Deus intervindo milagrosamente na história do seu povo, Israel (Is 2.6-9, 17-18). Nesse caso de Isaías, o dia do Senhor, primeiramente alude à Judá e Jerusalém, mas, também se aplica aos últimos dias, pois a maioria das profecias bíblicas tem um cumprimento imediato e um cumprimento remoto, ou seja, aplicam-se num período de tempo próximo, mas também são aplicáveis há tempos mais distantes e escatológicos. 

I – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
O desenvolvimento econômico acabou não sendo visto como bênção de Deus; na realidade acabou se tornando em pedra de tropeço para o povo, uma vez que os induziu a cometer uma série de pecados: corrupção, mentira, arrogância, idolatria, enriquecimento ilícito, injustiças sociais e toda sorte de perversão advinda de uma má compreensão da prosperidade, que resultou numa má utilização da mesma (Is 2.8-12). O que sucedeu com o povo de Israel é que os reis e suas mais altas autoridades acumularam para si riquezas desnecessárias, mediante a prática de injustiças, indo contra o mandamento de Deus, o que fez com que seus corações se corrompessem. Frequentemente as riquezas excessivas apartam o coração humano da confiança em Deus (cf. Lc 12. 13-21; 34).
Com a riqueza, em alguns casos, vem a corrupção. Na verdade a corrupção vem desde os primórdios da humanidade, pois segundo a Bíblia, se manifesta já na queda da humanidade no pecado (Gn 3). Neste episódio, aprendemos que a corrupção está ligada com a cobiça, diz respeito a não satisfação com o que se tem e, portanto, resulta em todo tipo de ação (ainda que desonesta) para obter o que se não tem. O famoso “jeitinho brasileiro”, em muitos casos, pode ser uma forma disfarçada de corrupção, embora possa ter conotações positivas da cultura brasileira.
Lemos nos Evangelhos, que por diversas vezes Jesus foi tentado pelo diabo a se corromper, por meio da ganância, da fama e da celebração do poder. Todavia, Jesus não “se desviou com os assuntos deste mundo”, Ele permaneceu fiel à missão recebida do Pai celestial (Mt 4.1-11). Dessa maneira, se tornou modelo para todos àqueles que pretendem fazer a diferença no mundo, não se permitindo, assim, ser moldados pela corrupção do mundo (Rm 12.1-2).

II - O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
Assim, o povo de Deus seria finalmente vingado, por todos os sofrimentos impostos pelas nações pagãs, que lhe dominaram, resultando em más condições econômicas, sociais e políticas (Is 2.4). Sendo assim, esse dia possui aspectos políticos, tanto quanto espirituais. Na realidade, na perspectiva profética do Antigo Testamento, não se separa política e vida religiosa, ambas se encontram entrelaçadas. Mas este dia também representa a justiça de Deus sobre seu próprio povo que havia se apartado do culto verdadeiro e praticado os pecados descritos no tópico I, portanto, seria um dia de muito sofrimento para o povo de Deus.
No capítulo 1, o Senhor diz que a adoração de Israel não é autêntica. O Senhor não tem prazer nos animais que eles sacrificam. Quando o rito externo da religião, não vem acompanhado de atitude sincera e verdadeira do coração, o resultado só pode ser o descontentamento divino (Is 1.13-15). O profeta denuncia a idolatria de Israel, em que a criatura é servida como se fosse Deus (Is 2.8-9). Ainda, hoje, muitos entre a humanidade adoram obras feitas por mãos humanas, em explícita ofensa ao Criador, o único digno de adoração. Esta descrição profética de acusação de Israel pode ser relacionada ao materialismo atual, onde o ser humano atribui grande valor aos objetos materiais, em detrimento das pessoas.
Também, em nossos dias há apreço apenas pelos ricos e afamados, e, assim, a soberba humana é cultivada e Deus é desprezado. Mas, chegará o dia do Senhor, em que a glória da sua majestade afugentará os pecadores. Nesse dia os soberbos serão abatidos e humilhados. Há em todo o mundo um clima de guerra iminente no ar, especialmente, com o crescimento da tensão entre o Oriente e o Ocidente, devido aos crescentes atentados por parte de grupos extremistas islâmicos, etc. Portanto, o medo está por toda parte, não há paz no mundo. Mas, no futuro prometido pelo Senhor, ninguém mais precisará temer a guerra. Não se investirá mais recursos econômicos em ferramentas que fomentam a morte e o medo porque reinará o príncipe da paz, Jesus Cristo.

III - O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
Ao longo da tradição cristã o dia do Senhor é frequentemente associado à segunda vinda de Cristo. A principal perspectiva cristã é a pré-tribulacionista, ou seja, acredita na obra de Cristo que removerá a sua Igreja do mundo antes da grande tribulação. A tribulação será uma das formas de manifestação do juízo de Deus para com aqueles que não viveram segundo sua palavra.Mas antes desse dia, a igreja é desafiada a enxugar o choro dos que choram, porque no reino futuro não haverá choro, pregar o evangelho para os aprisionados porque o reino de Deus é de liberdade, a restaurar famílias porque o reino de Deus é de restauração, a pregar e viver a justiça porque o reino de Deus é de Justiça.

Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.
Fonte: http://www.licoesbiblicas.com.br/


Igreja, uma agência evangelizadora



A Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a “pedra de esquina”.
Uma comunidade escatológica e pentecostal
O Corpo de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2.31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!

FONTE : LBM
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


quarta-feira, 13 de julho de 2016

A respeito da igreja como agência evangelizadora

Por que a Igreja é a agência evangelizadora por excelência?
Porque Cristo estabeleceu a Igreja e deu a ela uma missão suprema, anunciar o Evangelho a toda criatura.

O que recomendou Cristo aos apóstolos antes de ser levado aos céus?
Leia Atos 1.8.

Como a Igreja Primitiva evangelizava?
A Igreja Primitiva não se descuidava das necessidades dos pobres e necessitados. Se, por um lado, dava-lhes o pão do céu, por outro, não lhes negava o pão que brota da terra.

Por que Antioquia é conhecida como a igreja missionária?
Porque de entre os seus membros saíram os primeiros missionários transculturais do Cristianismo.

Quando a Igreja começou a universalizar-se?
Quando a igreja de Antioquia, orientada pelo Espírito Santo, enviou os primeiros missionários. A partir daquele momento, a Igreja de Cristo, irradiando-se a partir do Oriente Médio, universaliza-se até chegar a nós.