domingo, 16 de outubro de 2016

CAIM MATA SEU IRMÃO ABEL. DEUS O EXPULSA. SUA POSTERIDADE É TÃO MÁ QUANTO ELE. VIRTUDES DE SETE, OUTRO FILHO DE ADÃO.

Gênesis 4. Adão e Eva tiveram dois filhos e três filhas. O primeiro chamava-se Caim, que significa "aquisição", e o segundo, Abei, que quer dizer "aflição". Os dois eram de temperamentos completamente opostos. Abel, que era pastor de rebanhos, era mais justo.  Considerava que Deus se fazia presente em todas as suas ações e só pensava em agradar-lhe. Caim, ao contrário, que por primeiro trabalhou a terra, era muito mau.

Buscava apenas proveito próprio. A sua horrível impiedade levou-o ao excesso de furor, a ponto de matar o próprio irmão. Eis a causa disso: Ambos resolveram oferecer um sacrifício a Deus, Caim, dos frutos de seu trabalho, e Abel, do leite e das primícias de seu rebanho. Deus demostrou aceitar melhor o sacrifício de Abel, que era produção livre da natureza, do que a oferta que a avareza de
Caim dela havia tirado, quase à força. O orgulho de Caim não pôde tolerar que Deus tivesse preferido o irmão a ele: matou-o e escondeu o corpo, esperando que assim ninguém tivesse ciência de seu crime. Deus, porém, a cujos olhos nada há de culto, perguntou-lhe onde estava o irmão, que não via há vários dias, pois antes eles se estavam sempre juntos. Caim, não sabendo o que responder, disse primeiro que se admirava de também não o ter visto mais.

Todavia, como Deus insistisse, respondeu-lhe insolentemente que não era nem senhor nem guarda do irmão e que não se havia encarregado de cuidar daquilo que não lhe dizia respeito. Deus então perguntou-lhe como se atrevia a afirmar nada saber do que acontecera ao irmão, se ele mesmo o havia matado. E, se Caim não tivesse oferecido imediatamente um sacrifício para acalmar-lhe a cólera, teria recebido naquele mesmo instante o castigo que o seu crime bem merecia. Deus, no entanto, amaldiçoou-o, ameaçou castigar os seus descendentes até a sétima geração e expulsou-o. Porém, como Caim temesse que, andando errante, animais ferozes o devorassem, Deus o tranquilizou contra esse temor. Deu-lhe um sinal, com o qual podia ser reconhecido, e ordenou-lhe que se fosse.
Depois de haver atravessado diversos países, Caim estabeleceu residência em um lugar chamado Node, onde teve vários filhos.

No entanto o castigo, em vez de torná-lo melhor, fê-lo, ao contrário, muito pior. Abandonou-se a toda sorte de prazeres e até usou de violência, apoderando-se de bens alheios para enriquecer-se. Reuniu homens maus e celerados, dos quais se tornou o chefe, e ensinou-os a cometer toda espécie de crimes e de ações ímpias. Mudou a inocente maneira de viver que adotara no princípio, inventou os pesos e as medidas e substituiu a franqueza e a sinceridade, tão mais louváveis e simples, pela astúcia e pelo engano. Ele foi o primeiro a estabelecer limites para a divisão de propriedades e construiu uma cidade. Chamou-a Enoque, nome de seu filho mais velho, rodeou-a de muralhas e a povoou.

Enoque teve por filho Irade, Irade gerou Meujael, Meujael a Metusalém e Metusalém a Lameque. Lameque teve setenta filhos de suas duas esposas, Zilá e Ada, um dos quais, de nome jabal, filho de Ada, foi o primeiro a morar embaixo de tendas e de
pavilhões, levando uma vida de simples pastor. Jubal, seu irmão, inventou a música, o saltério e a harpa. Tubalcaim, filho de Zilá, sobrepujava a todos os outros em coragem e força, e foi grande comandante. Nesse entretempo, enriqueceu e serviu-se de suas
riquezas para viver ainda mais suntuosamente do que até então. Ele inventou a arte de forjar e teve apenas uma filha, de nome Naamá. Como Lameque era muito instruído nas coisas divinas, julgou facilmente que sofreria a pena do assas-sínio de Caim, na pessoa de Abel, e disse-o às suas duas mulheres.
Eis como a posteridade de Caim chafurdou-se em toda espécie de crimes. Não se contentaram em imitar os de seus pais, mas inventaram outros. Entre eles, havia assassínios e latrocínios, e os que não mergulhavam as mãos em sangue estavam cheios
de orgulho e de avareza.

Adão ainda vivia e tinha cento e trinta anos. A morte de Abel e a fuga de Caim fizeram-no desejar ardentemente outros filhos. E teve mesmo vários: depois de viver ainda oitocentos anos, morreu na idade de novecentos e trinta anos.

 Seria demasiado longo discorrer sobre todos os filhos de Adão. Contentar-me-ei em dizer algo de um deles, de nome Sete. Educado junto de seu pai, deu-se com afeto à virtude. Deixou filhos semelhantes a ele, que permaneceram em sua terra, onde viveram
felizes e em perfeita união. Deve-se ao seu espírito e ao seu trabalho a ciência dos astros.
Como os seus filhos haviam sido informados por Adão que o mundo pereceria pela água e pelo fogo, o medo de que essa ciência se perdesse antes que os homens a aprendessem levou-os a construir duas colunas, uma de tijolos e outra de pedras, e sobre elas gravaram os conhecimentos que possuíam. Se um dilúvio destruísse a coluna de tijolos, ficaria a de pedras, para conservar à posteridade a memória daquilo que haviam escrito. A previdência deles deu bom resultado, e afirma-se que a coluna de pedras pode ser vista ainda hoje, na Síria.

Extraído do livro a História dos Hebreus / Flávio Josefo.CPAD

sábado, 15 de outubro de 2016

ANJO DA GUARDA

                                                                    

"É verdade que cada homem tem o seu anjo da guarda?"

Reconhecemos que os anjos são seres elevados, independentes. Existem, porém, anjos que não guardaram o seu principado, antes abandonaram o seu próprio domicílio e, por isso, o "Senhor os tem reservado em trevas, com cadeias eternas para o juízo do
grande dia", Jd v.6.
Encontramos, também, outros lugares na Bíblia, em que se fala desse assunto.
Existem anjos que são maus e procuram prejudicar os homens; há, igualmente, hostes de anjos bons, criados por Deus e postos para o servir. Eles voluntariamente, servem a Deus e estão sempre juntos do seu trono, para fazerem a sua vontade.
Salientamos, que não nos é permitido adorar anjos. Está escrito, a respeito de João. que um dia se prostrou diante do anjo que lhe concedera a revelação maravilhosa.
O anjo, porém, lhe disse: "Vê, não faças tal? Sou servo contigo e com os teus irmãos... adora a Deus". Os colossenses erraram grandemente nesse assunto, pois prestaram culto aos anjos. Não podemos assim proceder. Todavia, não rejeitamos a verdade bíblica sobre as hostes do anjos com as quais os primeiros cristãos tiveram relação íntima.
De fato, Deus tem miríades de anjos, que incumbiu de trabalhos diversos, que têm a cumprir em relação a nós, os homens. Portanto, não é extraordinário que Deus possa controlar tudo e cuidar dos nossos interesses, até do menor detalhe de nossa vida.
O mundo de Deus é como uma grande empresa. Existe um chefe, que entrega os detalhes para os muitos que são seus auxiliares. Deus tem de cuidar de um mundo imenso de anjos, que executam a sua vontade. Na administração mundial de Deus, os seres celestiais ocupam um grande e importante lugar.
Sobre a questão, Jesus fala do grande perigo de seduzir alguns dos pequeninos, porque, diz Ele: "Os seus anjos, nos céus, vêem sempre a face de meu Pai celestial". O que queria salientar era: "Guarda-te para não te fazeres algum mal, pois os anjos de Deus sempre se mantêm em íntima relação com o meu Pai, no Céu, e Ele te fará ajustar contas". Os anjos têm comunicação com o Céu, dando informações a Deus sobre o alguém que lhe foi entregue para seguir, guiar e auxiliar.

O ministério dos anjos 
A Palavra de Deus diz especialmente que os anjos foram "enviados para exercer o ministério a favor dos que hão de herdar a salvação". Notamos que, quando se fala da
salvação do homem, geralmente os anjos estão incluídos.
Podemos ainda observar, pela Bíblia, a presença de anjos em relação à manifestação de Jesus na Terra! Eles anunciaram o seu nascimento; estiveram presentes quando Ele nasceu; entregaram a mensagem aos pastores, e uma multidão do seu exército louvou a Deus nos campos de Belém. Os anjos revelaram-se no tempo da
meninice de Jesus e instruíram seus pais como deviam fazer para escapar dos seus inimigos. Nas ocasiões importantes da vida de Jesus, como na tentação no deserto, durante a luta no Getsêmane, na ressurreição e na ascensão, Ele foi servido pelos anjos.
E o próprio Jesus, falando a Natanael, disse que assim aconteceria: "Vereis o céu aberto e anjos de Deus, subindo e descendo sobre o Filho de Deus". No ministério terreno de
Jesus, estava o Céu aberto e os anjos em atividade; por ocasião do seu aparecimento e durante a sua vida.
Quando os discípulos estavam encarcerados, vieram os anjos e os libertaram.
Paulo, certa ocasião, sofreu um naufrágio, e um anjo, que estava ao seu lado, à noite, disse que Deus salvaria tanto a sua vida como a dos seus companheiros.
O trabalho dos anjos visa, de fato, ajudar, proteger e guardar aqueles que têm suas vidas nas mãos de Deus.
Tratando-se da salvação, vemos que os anjos, vez após outra, aparecem. Quando o Evangelho foi pregado pela primeira vez aos gentios, os anjos lá estavam. Veio um anjo à casa de Cornélio e disse-lhe a quem deveria chamar e onde, a fim de ouvir o
Evangelho vivo. No tempo em que Filipe estava em Samaria, veio um anjo a ele e disse: "Levanta-te a vai em direção sul, ao caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto". Filipe creu e deixou-se guiar pela mensagem do arauto celeste, e, assim, tornou-se instrumento para a salvação do tesoureiro da corte etíope. Ao findar a sua luta pela fé, Lázaro, segundo as palavras de Jesus, foi conduzido pelos anjos ao seio de
Abraão. Ao ser redimida a alma do corpo, pertence aos anjos a tarefa da sua condução até o Céu.
Jesus diz, no capítulo 15 de Lucas, que haverá alegria entre os anjos de Deus por um pecador que se converter. Eles são os fiéis da Casa do Senhor, e acompanham os filhos de Deus com muito interesse.
Nossos primeiros passos, no caminho da salvação, são observados pelos anjos, pois foram incumbidos de seguir-nos até chegarmos ao fim. O dever das hostes angelicais, em relação aos salvos, é o de proteger, guardar, acompanhar e conduzi-los,

por fim, ao Céu.

EXTRAÍDO DO LIVRO A BÍBLIA RESPONDE "CPAD".

Ore para ser mais forte!

O meu Deus será a minha força.
Isaías 49.5

Ó, não ore para ter vida fácil! Ore para ser mais forte! Não ore por tarefas que se igualem às suas forças; ore por forças que se igualem às suas tarefas! Então, o 
cumprimento de seu trabalho não será um milagre, pois o milagre será você mesmo.
Todos os dias você ficará maravilhado pela riqueza da vida que lhe sobreveio pela graça de Deus.

Phillips Brooks