"Saudar com 'a paz do Senhor' está certo? Desde quando é usada essa saudação?"
A origem dessa saudação é bíblica. Remonta ao Antigo Testamento, quando os judeus se diziam: "Shalon". Com o advento do Cristianismo. Jesus nos deu a "sua paz".
(Leia-se João 20.15,21,26.) Paulo adotou essa saudação em suas epístolas: Rm 1.7: 1 Co-1.3, etc. Quanto ao uso específico da saudação "A paz do Senhor", as Assembléias de
Deus usam-na, e ela pode ser usada por qualquer denominação ortodoxa reconhecidamente evangélica. Cada pastor local nesse assunto tem o direito de agir segundo a sua própria consciência ministerial.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
QUEM APARECEU A SAUL?
"Quem foi que apareceu a
Saul em 1 Samuel 28.7-25?"
Preliminarmente, ressaltamos, que
o capítulo 28 de 1 Samuel, a começar do seu
versículo 7 até o 25, foi escrito
por uma testemunha ocular; logo, por um dos servos de
Saul que o acompanhou à
necromante: vv.7,8. Freqüentemente, esses servos eram
estrangeiros e quase sempre
supersticiosos, crentes no erro - razão por que o seu estilo é tão convincente. Esta crônica que
é parte da história de Israel, pela determinação divina, entrou no Cânon assim como os
discursos dos amigos de Jó (42.7), as afirmações do autor de "debaixo do
sol" (Ec 3.19) e a fala da mulher de Tecoa (2 Sm 12.2-21), que são palavras
e conceitos meramente humanos. A confusão gerada pelo assunto exposto no texto é porque foi analisado o
ponto de vista do servo de Saul. Todavia, sobre a questão se Samuel falou ou não com Saul,
a Bíblia é bem clara e tem argumentos definidos para desmentir todas e quaisquer afirmações
hipotéticas e asseverações parapsicológicas a seu respeito. Examinaremos alguns
desses argumentos e veremos a impossibilidade de ter sido Samuel a pessoa com quem
falou Saul:
1. Argumento gramatical (v.6):
"... o Senhor... não lhe respondeu". O verbo
hebraico é completo e categórico.
Na condição que Saul estava, Deus não lhe
responderia e não lhe respondeu.
O fato é confirmado pela frase: "... Saul... interrogara e consultara uma necromante e não
ao Senhor...", 1 Cr 10.13,14.
2. Argumento exegético: v.6. Nem
por Urim - revelação sacerdotal (w.14,18),
nem por sonhos - revelação
pessoal, nem por profetas - revelação inspiracional da parte
de Deus. Fosse Samuel o veículo
transmissor, seria o próprio Deus respondendo, pois
Samuel não podia falar senão por
inspiração. E, se não foi o Senhor, não foi Samuel.
3. Argumento ontológico. Deus se
identifica como Deus dos vivos: de Abraão,
de Isaque, de Jacó: Êx 3.15; Mt
22.32. Nenhum deles perdeu a sua personalidade e sua
integridade. Seria Samuel o único
a poluir-se, contra a natureza do seu ser, contra Deus
e contra a doutrina que ele mesmo
pregara (1 Sm 15.23), quando em vida nunca o fez?
Impossível.
4. Argumento escatológico. O
pecado de Samuel tomar-se-ia mais grave ainda,
por ter ele estado no "seio
de Abraão", tendo recebido uma revelação superior e conhecimento mais exato das coisas encobertas,
e não tê-las considerado, nem obedecido às ordens de Deus: Lc 16.27-31.
Mas Samuel nunca desobedeceu a Deus: 1 Sm 12.3,4.
5. Argumento doutrinário.
Consultar os "espíritos familiares" é condenado pela
Bíblia inteira. Logo, aceitando a
profecia do pseudo-Samuel, cria-se uma nova doutrina, que é a revelação divina mediante
pessoas ímpias e polutas. E, além disso, para serem aceitas as afirmações proféticas
como verdades divinas, é necessário que sejam de absoluta precisão; o que não
acontece no caso presente.
6. Argumento profético: Dt 18.22.
As profecias devem ser julgadas: 1 Co 14.29.
E essas do pseudo-Samuel não
resistem ao exame. São ambíguas, imprecisas e infundadas.
Vejamos: a) Saul não foi entregue
nas mãos dos filisteus (1 Sm 28.19), mas se
suicidou (1 Sm 31.4) e veio parar
nas mãos dos homens de Jabes-Gileade: 1 Sm
31.11,13. Infelizmente, o
pseudo-Samuel não podia prever este detalhe; b) não
morreram todos os filhos de Saul
("... tu e teus filhos", 1 Sm 28.19) como insipua essa
outra profecia obscura. Ficaram
vivos pelo menos três filhos de Saul: Isbosete (2 Sm
2.8-10), Armoni e Mefibosete: 2
Sm 21.8. Apenas três morreram, como anotam clara e
objetivamente as passagens
seguintes: 1 Sm 31.26 e 1 Cr 10.2-6; c) Saul não morreu no dia seguinte ("... amanhã...
estareis comigo", 1 Sm 28.19). Esta é uma profecia do tipo délfico, ambígua. Saul morreu
cerca de dezoito dias depois: 1 Sm 30.1,10,13,17; 2 Sm 1.13. Afirmar que a palavra
hebraica "mahar" (amanhã), aqui, é de sentido indefinido, é torcer o hebraico e a sua
exegese, pois todos vão morrer mesmo, em "algum dia" no futuro, isto não é novidade; d)
Saul não foi para o mesmo lugar que Samuel ("... estareis comigo", 1 Sm 28.19). Outra
profecia inversossímil: interpretar o "comigo" por simples "além" (Sheol), é
tergiversar. Samuel estava no "seio de Abraão", sentia isso e sabia a diferença que existe entre um salvo
e um perdido. Jesus também o sabia, e não disse ao ladrão que estava na cruz:
"Hoje estarás comigo no além (Sheol)", mas sim no "Paraíso". Logo, Samuel
não podia ter dito a Saul que este estaria no mesmo lugar que ele: no "seio de
Abraão". Porque com o ato abominável e reprovado de Saul em consultar uma feiticeira e não ao Senhor,
foi completamente anulada a sua possibilidade de ir para o mesmo lugar de Samuel - o "seio de
Abraão".
Ainda notamos este absurdo,
analisando a palavra "médium" (heb), que é
traduzida em outras versões por
"espírito adivinhador" ou "espírito familiar" e no texto
grego (LXX) por
"engastrimuthos", que significa ventríloquo, isto é, um de fala
diferente, palavra que indica a
espécie de pessoa usada por um desses espíritos.
Assim concluímos que:
• Não foi Samuel quem apareceu e
falou com Saul, mas sim um espírito demoníaco.
• Nenhum morto por invocação
humana pode aparecer ou falar com alguém, e
quanto mais Samuel.
• Todas as predições do
pseudo-Samuel estavam deturpadas. Nada se cumpriu.
Isto é um verdadeiro
contra-senso, visto que, Samuel quando em vida, "nenhuma só das suas palavras caiu por
terra". 1 Sm 3.19.
• Quem pratica tais coisas, a
saber, invoca os mortos, consulta necromantes, está
sendo logrado pelas artimanhas de
Satanás.
• Deus é Deus dos vivos e não dos
mortos: Mt 22.32. Assim, aqueles que
invocam os mortos estão indo de
encontro a essa lei básica e bíblica.
• Não existe, portanto, neste
trecho nenhuma similaridade ou abertura para
supostos fundamentos de doutrinas
heréticas. Ademais, todos esses argumentos provam categoricamente a impossibilidade de tais
pensamentos. A Bíblia é a verdade.
Extraído do livro A Bíblia responde, CPAD.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
(SUBSÍDIO TEOLÓGICO) A PROVISÃO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
0 GRANDE DESAFIO DA FÉ
Abraão É Submetido a uma Prova
humanamente Impossível
No caminho da fé trilhado por Abraão, havia uma
estreita comunhão com Deus. Ele cria piamente em tudo quanto Deus lhe dizia e
prometia. Não duvidava nunca da fidelidade de Deus, por isso, a obediência era
um elemento que entrelaçado com a fé se constitui num exemplo para a vida
cristã (Rm 1.5; At 5.32). A prova era difícil porque o que Deus lhe pedia não
fazia parte das ações divinas, uma vez que Deus jamais requeria sacrifício
humano para agradá-lo. Todavia, era uma prova para ver se Abraão estaria disposto
a obedecer.
Abraão é chamado “pai da fé” no Antigo Testamento
porque foi um dos exemplos maiores de fé na história bíblica. Mesmo tendo
falhado algumas vezes em decisões precipitadas ao longo do caminho proposto
pelo Senhor, Deus conhecia o seu coração. Humanamente, a prova parecia um
paradoxo com a imagem de um Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um
sacrifício humano para agradá-lo. Parece um contrassenso, mas Deus pediu a
Abraão algo humanamente impossível, uma vez que a prática de sacrifícios humanos
era realizada nas religiões pagãs.
Mas o desafio foi feito, e Abraão teria que provar sua lealdade agora. Em
outras ocasiões, Abraão falhou como homem e chegou a desobedecer a Deus, mas
não seria pelos deslizes passados que Deus o julgaria nem pelos deslizes
momentâneos, senão já teria desistido dele.
Entretanto, Deus via em Abraão qualidades
maiores que suas fraquezas. Ele precisava ser provado nos seus altos e baixos
da vida para aprender a depender de Deus. Abraão desenvolveu uma intimidade com
Deus que o tornou modelo de ação e reação diante dos desafios invisíveis e
imprevisíveis em sua vida. No capítulo 21 de Génesis, Abraão já havia
experimentado alguns momentos de frustração e amargura que o fizeram avaliar
melhor suas decisões para com Deus.
Deus o Prova no Limite da Capacidade que Abraão Tinha para
Suportar
A Bíblia nos
mostra na história de vários homens e mulheres que Deus conhece a cada um de
nós individualmente. Abraão experimentou uma das provas mais fortes de toda a
sua vida. Essa prova se constituiu numa crise sem precedentes porque requeria
atitudes contra as suas dúvidas, sua história de vida, a reação de Sara, sua
mulher, ante o pedido de Deus, o medo de se sentir enganado por acreditar na
voz invisível de Deus. Indiscutivelmente, Abraão foi levado a sentir o coração
em ritmo mais forte do que tenha experimentado em outras situações. Talvez uma
das crises maiores foi a de imaginar que Deus não estava agindo consigo de modo
racional. Por que fazer um pedido humanamente impossível? Até onde e como
suportaria enfrentar essa prova? Todas as reações eram entendidas por Deus e
Ele não o julgaria mal por algumas atitudes zangadas. Abraão foi levado ao
limite de sua capacidade de entender aquela situação, mas preferiu crer no
poder onipotente de Deus, que seria capaz de não decepcioná-lo. Pelo contrário,
Abraão sabia que, mesmo não entendendo Deus naquela situação, deveria
obedecer-lhe.
Há uma palavra do apóstolo Paulo aos coríntios que
revela como Deus nos trata nessas situações com as quais não sabemos como
lidar: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não
deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape,
para que a possais suportar” (1 Co 10.13). Abraão chegou ao máximo da sua capacidade emocional e
intelectual para aceitar o desafio que Deus lhe fizera. Humanamente, o pedido
de Deus pareceu-lhe ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito.
Deus havia lhe pedido em holocausto o seu filho, “o filho da promessa”, o único
de Sara. Parecia que Deus estivesse pedindo devolução de algo que lhe dera. De
fato, era uma prova que levou Abraão ao limite de sua resistência para que
aprendesse a confiar no inexaurível poder de sustentação de Deus. Quantas vezes
dizemos para Deus em nossas provas: “Não posso mais”, “Não aguento mais” ou
“Vou desistir”. Então Deus entra em ação e suaviza o nosso sacrifício. Ele não
deixa que nossas resistências estourem sem que saibamos que Ele nos prova para
que o conheçamos melhor.
0 AUGE DA PROVA
Três Elementos da Prova: Amor, Obediência e Fé
Para entendermos
as prioridades que devem nortear a nossa vida, devemos, de fato, saber o que é
importante na nossa vida pessoal. O que consideramos prioridade máxima em nossa
vida? Era o que Deus queria saber de Abraão, se ele o amava mais que a qualquer
outra coisa. Ele o amava mais que ao filho Isaque? Deus não estava querendo
exigir de Abraão além do suportável. Deus queria, de fato, que Abraão não se
esquecesse de que ele fazia parte de um projeto divino e que seria assistido o
tempo todo. Para que Abraão entendesse bem essa relação com Deus, precisaria
passar pela prova desses três elementos importantes: amor, obediência e fé.
Esses três elementos continham a essência da prova.
O primeiro
elemento era o seu amor para com Deus. Deus queria provar se havia ainda alguma
coisa mais forte no coração de Abraão, algum sentimento que fosse capaz de
superar o amor a Deus. Ora, Abraão amava o filho Isaque como se não houvesse
nada mais forte, mas Deus queria que Abraão o amasse pelo fato de que todas as
bênçãos sobre sua vida advinham dEle. Ao pedir Isaque em sacrifício, Deus o
estava provando no máximo de seus sentimentos.
O segundo elemento era a obediência, e a Bíblia diz
que, depois que Deus pediu-lhe o filho em sacrifício, Abraão “levantou-se, e
foi ao lugar que Deus lhe dissera” (Gn 22.3). Ele passou nessa prova, porque
não discutiu com Deus seu pedido, mas dispôs-se a obedecer-lhe sem reservas.
O terceiro elemento dessa prova era a fé.
Se antes, em algumas circunstâncias, Abraão chegou a vacilar na sua fé, agora,
amadurecido pela sua experiência com Deus, foi suficiente para passar não teste
divino. Abraão entendeu pela fé que Deus sabia mais do que ele e seria capaz de
operar um milagre. O autor da Carta aos Hebreus definiu a fé como “o firme
fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb
11.1). Ora, sabem que a fé é um elemento ativo da vida emocional e espiritual
que ajuda a vida psicológica do ser humano, ou então a sua negação, que produz
rudez e incredulidade. A fé é um elemento de nossa natureza moral e espiritual
que se expressa de acordo com o direcionamento que damos a ela, a Deus ou ao
Diabo, às paixões da carne ou ao Espírito Santo. Abraão aprendeu a conhecer a
Deus e manter comunhão com Ele. Na experiência específica de Abraão, os três
elementos vitais da sua relação com Deus seriam indispensáveis para que Abraão
aprendesse a reconhecer que Deus queria o melhor de sua vida para que o projeto
inicial pudesse ser concretizado.
0 Clímax da Prova
Qual é a
prova máxima de nossa fé hoje? Nessa história, a prova máxima para Abraão foi a
decisão de confrontar o desafio de Deus e colocá-lo acima dos nossos interesses
pessoais. Abraão teve que superar os seus próprios limites e acreditar que o
plano de Deus é sempre melhor que o nosso. A obediência ao plano divino
requeria sua prontidão para obter a bênção maior. Abraão não discutiu o plano
com Deus nem contra-argumentou, nem questionou com Deus. Ele apenas creu e
obedeceu.
Abraão tomou a decisão e partiu para a viagem a um
dos montes de Moriá a fim de cumprir o pedido de Deus. Depois de três dias de
viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com eles chegaram ao monte Moriá.
Os dois moços que o acompanhavam ficaram ao pé do monte, e Abraão e o filho
Isaque tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn 22.4-6).
No caminho da subida, o pai e o filho conversam. Isaque não sabia como seria
feito esse sacrifício, uma vez que eles não tinham consigo um animal (um
cordeiro) para o holocausto. O filho pergunta ao pai: “[...] onde está o cordeiro
para o holocausto?” (Gn
22.7). O velho Abraão, de forma incisiva e confiante no Deus da Provisão,
apenas lhe diz: “Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8). A confiança de
Abraão de que Deus faria alguma coisa que ele mesmo não poderia imaginar
deu-lhe forças para continuar a subida até o alto do monte. E natural que
tenhamos dificuldades para entender as coisas espirituais, mas o Senhor conhece
a nossa estrutura e sabe “que somos pó” (SI 103.14). Mas Ele nos fortalece
interiormente para que não duvidemos de seu caráter.
0 Momento Decisivo da Prova
A crise
maior vivida por Abraão era aquele momento crucial de falar ao filho que ele
era o sacrifício que Deus havia pedido e que precisava ser realizado. A
história não diz o que aconteceu naquele momento. Entretanto, podemos deduzir
que Isaque confiava no caráter do seu pai, Abraão, e sabia que o seu Deus faria
alguma coisa que impedisse aquele sacrifício. Havia uma predisposição para
obedecer a Deus que o guiara até aquele momento de sua vida. Sua mulher ainda
não sabia do que Abraão faria naquele monte do sacrifício nem imaginava que a
vítima do sacrifício seria seu filho Isaque. Certamente Abraão entrou numa
crise do ser e do fazer. A sua fé exemplar parecia agora perder a sua singularidade
e tudo parecia entrar em colapso. Abraão sempre esteve pronto a responder a
Deus: “Eis-me aqui”, mas agora tinha vontade de dizer: “Não, Senhor”. Mas
aquietou-se e arriscou-se a fazer o que Deus lhe havia pedido.
O caminho da
obediência é sempre mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no
momento certo. Tanto o pai quanto o filho chegaram ao ponto máximo de sua
capacidade de fé e emoção para submeter-se a essa prova. Mas Abraão sabia que
Deus não é homem para minta (Nm 23.19); por isso, ele arriscou no futuro e
vislumbrou em sua mente a certeza de que aquele que tira a vida também a dá (1
Sm 2.6).
Abraão convenceu seu filho a aceitar o desafio e,
como fazia com o cordeiro para o sacrifício, o amarrou e o colocou sobre a
lenha em cima do altar de pedras que levantou. Preparou-se para o momento mais
crucial de sua vida, já tendo Isaque amarrado como um cordeiro sobre o altar, e
levantou o cutelo para imolá-lo. Nesse momento, o anjo do Senhor, que via tudo quanto Abraão
havia feito até aquele instante, bradou forte e declarou: “Abraão, Abraão! E
ele disse: Eis-me aqui. Então, disse: Não estendas a tua mão sobre o moço e não
lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu
filho, o teu único” (Gn 22.11,12). Bem perto deles, o anjo trouxe um cordeiro,
e Abraão e Isaque passaram no teste de Deus e fortaleceram ainda mais a sua fé.
Sem dúvida, Abraão chegou ao ápice de sua capacidade de fé e emoção. A Bíblia
declara que “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as
sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.
E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são
para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele” (1 Co
1.27-29).
0 Monte Moriá, um Tipo do Monte Calvário
Três
elementos dessa história de Abraão se constituem tipos da história da nossa
salvação: o monte, o cordeiro substituto e o altar. O texto de Génesis diz que
Abraão viu ao longe o lugar do sacrifício e, por três dias, caminhou até aquele
monte. Tal fato lembra-nos que Deus, o Pai celestial, permitiu que seu Filho
unigénito fosse sacrificado como o Cordeiro substituto em lugar do mundo
pecador e, por três dias, permanecesse sepultado no seio da terra, para depois
ser ressuscitado ao terceiro dia.
A intervenção divina no monte Moriá (Gn 22.11,12)
lembra o momento exato quando Abraão ia imolar seu filho. Deus interveio e
proveu um cordeiro substituto para o sacrifício. Um dia, no monte Caveira,
denominado Calvário, o sacrifício não foi substituído, e Jesus foi sacrificado
pelos nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus declarou: “Abraão, vosso pai, exultou
por ver o meu dia” (Jo 8.56). Que dia era esse? O dia em que Jesus se entregou
como sacrifício vivo, como Cordeiro de Deus (Ef 1.7; Cl 1.14). O monte foi o
Calvário; o altar foi a cruz de madeira; e o cordeiro foi Jesus, o Filho
unigénito de Deus. Abraão tipifica Deus, o Pai, que ofereceu o filho amado em
resgate dos pecadores. João lembra as palavras de Jesus em vida terrena quando
disse: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele
crê náo pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). O apóstolo Paulo reforça
essa verdade quando escreveu aos romanos: Mas Deus prova o seu amor para
conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). A
crise maior dos pecadores era o pecado, mas Jesus tomou o lugar dos pecadores e
deu a sua vida por eles, desfazendo toda a crise de condenação do pecado. Diz
ainda Paulo aos romanos: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus
por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
CONCLUSÃO
Aprendemos
com Abraão que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer lugar em
que estejamos, desde que haja em nós a disposição de reconhecer sua soberania e
suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma
vida em consonância com as exigências divinas.
A sublimidade da fé manifesta-se na obediência.
Fonte livro de apoio da CPAD, O Deus de toda a provisão.
Elienai Cabral.
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