sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A CRIAÇÃO DOS ANJOS

"Quando os anjos foram criados, Deus tinha ciência de que um deles - Satanás -se rebelaria? Por que, então, criou os anjos?"

Sim, tinha. Um dos atributos de Deus é onisciência. Seu conhecimento é perfeito, absoluto. Ele conhece o passado, o presente e o porvir. Conhece tão bem o eterno passado como o futuro eterno. Temos de nos conscientizar dessa verdade. Temos de nos conformar com ela, porque não a podemos negar. Se Deus não conhecesse o eterno futuro, Ele não seria Deus. Só concebemos Deus como aquele ser que tem todo o poder' no Céu, no Universo, e na Terra.

Deus criou os anjos porque necessitava deles para o servirem, para o glorificarem, para o adorarem. A previsão da rebeldia de um grupo não podia impedir que o Todo-poderoso deixasse de executar o que fora planejado. Como oportuna, incluamos na resposta a esta consulta a seguinte pergunta que constantemente nos é feita, e da qual muitos se valem para depreciar a obra de Deus:   "Se Deus sabia que o homem ia pecar, por que o criou?"

 Respondemos – Deus apesar de saber disso, criou o homem por causa do seu imensurável amor para com aqueles que haveriam de herdar a salvação: Hb 1.14. O plano divino é eternal e, por isso, nenhuma força no universo pode modificá-lo ou impedir que ele se realize.
Por causa dos que não quiseram no passado, dos que rejeitam no presente e dos que recusarão no futuro a graça oferecida por Deus, esse Deus de amor não poderia deixar de mostrar a sua inefável bondade para com aqueles que no passado aceitaram, para com os que no presente estão recebendo, e para com os que no futuro aceitarão com corações transbordando de alegria o eternal plano de salvação.
Essas verdades sublimes, que não podem ser contraditadas, estão reveladas na Palavra inspirada do apóstolo Pedro: "Eleitos segundo a presciência de Deus o Pai, em santificação do Espírito para a obediência", 1 Pe 1.2a. Não aceitamos uma predestinação arbitrária que permite uma vida desregrada para os "contemplados" porque isso ofende a santidade de Deus.
Mas cremos numa eleição em santificação do Espírito para a obediência. Foi para isso que Deus nos chamou, e isso glorifica o seu nome.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

DAVI ENUMERA O POVO

"Por que Deus não gostou que Davi numerasse o povo?"
O fato é contado de maneira judicial em 2 Samuel 24.1, e de maneira pragmática
(segundo o pensamento religioso), em 1 Crônicas 21.1.

 No primeiro caso, o ato seria uma permissividade de Deus para dar oportunidade a Davi de retroceder do seu intento, mas sem interromper a sua decisão, ainda que tivesse depois que puni-lo. No segundo caso, o ato é tido como indução de força maior, alheia à vontade de Davi.

O rei estaria sendo coagido por uma tentação irresistível, mas também passível de punição. Em ambos os contextos teríamos o orgulho de Davi em querer conhecer o poderio militar de que poderia dispor e tranqüilizar-se quanto aos efetivos, em caso de guerra contra outras nações.

 A idéia subjetiva é que Davi fugiu da dependência divina, tentando resolver os casos do povo pela confiança em carros e cavalos (SI 20.7), deixando de honrar a Jeová como "socorro bem presente na angústia", SI 46.1. Dessa forma ele teria mudado "a verdade de Deus em mentira e honrado mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém", Rm 1.25.

Se a primeira citação em 2 Samuel 24.1 é uma transigência do texto, Davi se torna desculpável era 1 Crônicas 21.1, pois estaria sendo tentado. De qualquer modo ele incorreria no castigo, porque "ceder é pecar".

Ainda mais quando admoestado pelo seu próprio general, Joabe, de que o seu esforço era supérfluo, senão desnecessário.
O oficial fêz-lhe ver que todo o acervo material e humano da nação havia sido colocado por Deus ao seu dispor, como a um despenseiro fiel, para os casos de necessidade e não de usufruto e vaidade.


Na sua misericórdia, Deus lhe deu três opções, numa das quais o rei se incluiu como culpado principal, disposto a sofrer sozinho o castigo: 1 Cr 21.17. Mas o povo era também conivente com ele, pois aceitou passivamente que Deus fosse como que posto de lado. De qualquer maneira, a escolha de Davi foi sábia: "Fiquemos debaixo da mão de Deus. pois são grandes as suas misericórdias". 1 Pe 5.6.

A PAZ DO SENHOR

"Saudar com 'a paz do Senhor' está certo? Desde quando é usada essa saudação?"

A origem dessa saudação é bíblica. Remonta ao Antigo Testamento, quando os judeus se diziam: "Shalon". Com o advento do Cristianismo. Jesus nos deu a "sua paz".
(Leia-se João 20.15,21,26.) Paulo adotou essa saudação em suas epístolas: Rm 1.7: 1 Co-1.3, etc. Quanto ao uso específico da saudação "A paz do Senhor", as Assembléias de
Deus usam-na, e ela pode ser usada por qualquer denominação ortodoxa reconhecidamente evangélica. Cada pastor local nesse assunto tem o direito de agir segundo a sua própria consciência ministerial.