segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Jesus e a Salvação

I. O NOME DE JESUS ANUNCIADO

1. Sete séculos antes. Jesus teve seu nome previsto, séculos antes de seu nascimento, e divulgado nas páginas áureas das Escrituras. O profeta messiânico, Isaías, com setecentos anos de antecedência, vaticinou que seu nome seria “...Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6b). Para cumprir sua missão salvífica, Ele teria que ter um nome assim, revelando sua personalidade e seu caráter único e inigualável.
2. O nome de Jesus e sua missão. Quando José, desposado com a jovem Maria, percebeu que sua noiva estava grávida (cf. Mt 1.18), sem haver-se ajuntado com ele, “intentou deixá-la secretamente” (Mt 1.19). Contudo, por ordem divina, o anjo do Senhor lhe apareceu, tranquilizando-lhe, e dizendo que ela estava grávida pelo poder do Espírito Santo, e teria um filho, cujo nome seria Jesus, “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.20,21). [grifo nosso]
3. O nome de Jesus e seu significado. O nome Jesus é a forma grega do nome Josué (no hebraico, Yeoshuah), que significa “O Senhor salva”, ou “Jeová Salva”. O significado do nome está em harmonia com a missão salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é confirmado em Hb 7.25, que diz “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus...” e em At 4.12: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.

II. JESUS PROCLAMADO COMO SALVADOR

1. O testemunho do anjo. Antes, o anjo Gabriel já anunciara a Maria que o nome do seu filho seria Jesus, que significa “salvador”. Aos pastores de Belém, um mensageiro celestial asseverou que não temessem, pois, na cidade de Davi, havia nascido “o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
2. O testemunho de Simeão. Por revelação do Espírito Santo, o velho Simeão, “homem justo e temente a Deus”(cf. Lc 2.25) soube que não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. “E, pelo Espírito, foi ao templo...” (Lc 2.26.27a) [grifo nosso]. No santuário, Simeão, ao ver o menino Jesus, o tomou nos braços, e exclamou: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2.29,30).
3. O testemunho de João, o Batista. Como um pregoeiro da verdade, João Batista testificou da missão de Jesus, exclamando, às margens do Jordão: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29b), e o fez por revelação divina, pois Deus lhe dissera que o Cristo seria aquele sobre quem João visse descer o Espírito Santo em forma corpórea de pomba (Jo 1.32-34; Mt 1.16,17).
4. O seu próprio testemunho. Na casa de Zaqueu, após este confessar seus pecados, Jesus afirmou que a salvação chegara àquela casa, “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.8-10). Apresentando-se como o Bom Pastor, Jesus afirmou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á...” (Jo 10.9 a). No memorável sermão, à entrada de Jerusalém, o Senhor afirmou que não veio para julgar, “mas para salvar o mundo” (Jo 12.47). A Nicodemos, príncipe dos Judeus, Jesus disse que todo aquele que nEle crê não perece, mas tem a vida eterna (cf. Jo 3.16). Em Jo 5.24, Ele afirmou que quem ouve a sua palavra tem a vida eterna.

III. OS ENSINOS DE JESUS SOBRE A SALVAÇÃO

1. A fé como meio para a salvação (Jo 3.16). No diálogo com Nicodemos, Jesus asseverou a necessidade do novo nascimento (Jo 3.1-5), e revelou a verdade central do Novo Testamento, considerada por muitos estudiosos o “Texto Áureo” dos Evangelhos, ao dizer que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Da parte de Deus, o amor que salva. Da parte do homem, a fé que aceita a salvação de Deus (ver Ef 2.8,9). A fé que salva não é a fé meramente intelectual (ver At 8.13,21). Mas é a fé viva, que nasce no coração, estimulada pelo Espírito, com base na Palavra de Deus. “...a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). O amor leva Deus ao encontro do homem perdido. A fé leva o homem perdido ao encontro com Deus.
2. A necessidade do arrependimento. O termo “arrependimento” na Bíblia tem o sentido de contrição, tristeza e angústia do pecador diante de Deus, por seus pecados, e também voltar-se resoluto para Deus. É uma mudança total de rumo na vida: deixar a senda de pecado e caminhar de volta a Deus e, continuar a caminhar com Deus.
3. A renúncia indispensável. O arrependimento para a salvação não pode ser apenas um impulso de um momento. Precisa ser vivido na prática, na continuidade da vivência do cristão. Para tanto, há necessidade de renúncia quanto à velha vida (cf. 2 Co 5.17). Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). Aqui está o ponto crítico da conversão de um pecador. A natureza humana, contaminada pelo germe do egoísmo, e da rebeldia contra Deus, reluta e resiste em dar lugar à renúncia dos interesses mesquinhos, carnais e efêmeros, para aceitar o senhorio de Cristo.
4. A perseverança do salvo. A vida cristã não é um “mar de rosas”. Jesus afirmou aos seus discípulos que teriam aflições, no mundo, mas que tivessem bom ânimo, pois Ele venceu o mundo (cf. Jo 16.33). Jesus nos garante a vitória, na luta pela permanência como salvos em seu nome. Mas, para chegarmos na eternidade, com Deus, é necessário que tenhamos perseverança.
O cristão enfrenta lutas e desafios constantes, a começar de parte de seus próprios familiares e conhecidos. O Senhor previu que pais e filhos não se entenderiam, e que os crentes seriam odiados por causa de seu nome (Mt 10.21,22), mas que “...aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10.22b). Diante disso, não há base bíblica para a doutrina da predestinação absoluta, segundo a qual uns já nascem para serem salvos, e outros, desafortunados, já nascem miseravelmente predestinados à perdição. Isso não condiz com o caráter de Deus, revelado nas Escrituras. Para ser salvo, é necessário crer em Jesus, com arrependimento, e permanecer salvo, através da santificação (cf. Hb 12.14). A santificação se manifesta através da perseverança, em obediência aos ensinos de Jesus.

IV. A FÉ PESSOAL RECONHECIDA

A doutrina calvinista ensina que o homem nada faz para ser salvo. Segundo esse ensino, a salvação vem de cima, como um “prato feito” para o pecador. Se ele é um “eleito”, não precisa nem estender a mão para receber a salvação. Nesse ensino, não há lugar para a fé pessoal. Mas Jesus valorizou a fé de cada pessoa que o buscou de todo o coração. A mulher que foi curada do fluxo de sangue ouviu de Jesus: “...Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou” (Mt 9.22); vendo a fé do paralítico de Cafarnaum, Ele disse: “Filho, perdoados estão os teus pecados ” (Mc 2.5); à pecadora que ungiu seus pés, Jesus disse: “A tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 7.50). A fonte da salvação é a graça de Deus: “Pela graça sois salvos...”; mas a fé é o meio da parte de Deus, qual é a mão estendida do pecador em direção à mão estendida do amor de Deus: “...por meio da fé”. (Ver Ef 2.8,9.) “...e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Grifamos a palavra isso, lembrando que ela se refere diretamente à salvação e indiretamente à fé. A salvação é o grandioso dom de Deus, bem evidente nesta passagem e no seu contexto.

CONCLUSÃO

Sem dúvida alguma, a salvação trazida por Jesus Cristo, foi o maior milagre propiciado por Deus ao ser humano, depois da Queda, no Éden. As curas, as maravilhas, a sua mensagem, tudo foi usado por Ele para despertar o homem para aceitar o dom de Deus, a salvação (Ef 2.8). O perdido, uma vez que creia e se arrependa dos seus pecados, confessando a Cristo como seu Salvador e Senhor, tem a vida eterna (Jo 5.24).


 Fonte Lições Bíblicas CPAD Ano 2000  2º Trimestre - Jovens e Adultos

As marcas de uma Igreja atraente



         A marca identifica o produto, seu conteúdo, peso, origem, validade. Ao estudarmos o livro de Atos dos Apóstolos, vemos que a Igreja em Jerusalém tornou-se uma referência por ser reconhecida como uma Igreja fiel. Entre os muitos textos bíblicos, vemos isso em Atos 4.32,33, que diz: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”; e também em Atos 9.31: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo”.
         Vejamos algumas das marcas visíveis na Igreja de Jerusalém que devem ser imitadas por nós:
1- Igreja comprometida com a Palavra (At 2.42). A doutrina esposada pelos apóstolos representava a ortodoxia que orientava o conteúdo da fé. A Igreja não pode e nem deve andar fundamentada em doutrina de homens, mas sempre alicerçada na Palavra de Deus. A Igreja não anda às escuras, mas a luz da Verdade deve brilhar no seu seio.
2- A Igreja desfrutava da profunda comunhão entre todos (At 2.44,45). Uma Igreja jamais poderá crescer se não houver comunhão entre seus membros. O amor é a evidência do verdadeiro discípulo de Jesus. Os crentes estavam juntos: na comunhão, no partir do pão, nas orações, no pentecostes. Eles partilhavam a vida e os bens. Um agradável lugar onde se ouvia Deus falar desfrutava do amor de Deus e dos milagres que Ele fazia.
 3- A Igreja era bem vista pela sociedade (At 2.47). O povo respeitava os apóstolos e os crentes. O testemunho de todos era irrepreensível. Quando novos crentes chegavam eram bem recebidos, a simpatia e o amor acolhedor era uma referência entre todos (Rm 15.7).
 4- Uma Igreja que transbordava alegria e felicidade (At 2.46,47). Os crentes traziam no semblante a alegria do coração. O sorriso nos lábios era a revelação da confiança em Jesus. Quando surgiam dificuldades, todos participavam orando, buscando de Deus solução. Verdadeiramente a vida de Deus transbordava na vida da Igreja.
 5- Uma Igreja cheia do Espírito Santo (At 2.4,38). Porque somos crentes, o Espírito Santo está em nós, porém, não são todos os que estão cheios do Espírito Santo. São muitos os que crêem, mas não são todos batizados com o Espírito Santo.
         Uma Igreja cheia do Espírito Santo cresce todos os dias (At 2.47. 2.41. 4.4. 9.33-35). Em Jope (At 9.42), em Cesréia (At 10.44), em Antioquia da Síria ou Pisídia (At 13.44-48). É essa a sua Igreja?

Autor:

Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

DEUS CASTIGA A QUEM AMA

Parece contraditória a premissa do escritor aos hebreus ao aconselhar os cristãos sobre receber com alegria a disciplina de Deus. Você pode indagar: “que Deus é esse que diz que ama e ao mesmo tempo pode me castigar?” 

Você é pai? Você é mãe? Você ama? Nunca castigou seus filhos? Vejamos então o que Ele nos instrui sobre isto.

Quando abrimos o livro da sabedoria, já nos deparamos com as seguintes palavras: “Filho meu, não rejeite a disciplina do Senhor, e não te enojes de sua repreensão, porque o Senhor repreende aquele a quem ama. Assim como o pai ao filho que quer bem” (Pv 3.11-12). Deus compara o seu amor com o amor de uma mãe (Is 49.14-15). A verdadeira mãe ama, proteje e corrige o filho que ama. Da mesma forma é nosso Deus. 

Vejamos, agora, o que diz o escritor aos hebreus: “E já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como filhos: filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por Ele és repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para a disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija? [dê-me licença os que são da lei da palmada!] Mas, se estás sem disciplina da qual todos se tem tornado participantes, sois então bastardos e não filhos. Além disso, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem [é nosso dever dar lei, e correção aos filhos] e os olhávamos com respeito, não nos sujeitaremos muito mais ao pai dos espíritos e viveremos? Pois aqueles, por pouco tempo nos corrigiam como bem lhes parecia, mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacifico de justiça nos que por ele tem sido exercitados” (Hb 12.5-11). 

Que linda verdade! Não compreendo, sinceramente, porque hoje a palavra disciplina soa tão mal aos ouvidos de tantos educadores e de pessoas que se dizem do bem. A disciplina é um treinamento e feita com amor por aqueles que a exercitam é proveitosa. Deus, como nosso pai, nos disciplina. Às vezes usando diversos métodos, e como seus filhos devemos aceitar. A obediência simples e a submissão a Ele traz prazer à sua alma. Quando somos disciplinados, poupamos maiores problemas para nós mesmos. 

Assim como Deus disciplina, corrige e castiga, devemos, como bons pais, fazê-lo com os nossos filhos e seguramente as nossas almas terão descanso. No mundo caótico em que vivemos, a disciplina será um presente que porá em ordem a vida das nossas crianças, livrando-as de si mesmas. Ouça a Palavra de Deus e tenha forças para cumpri-la: “Aquele que poupa a vara, aborrece a seu filho; mas quem o ama, diligentemente o corrige” (Provérbios 13:24).


Deus abençoe sua vida. Alegre-se no Senhor quando for disciplinado. Isso é um sinal de que Ele lhe ama e lhe quer bem. 

Fonte:  http://www.mestrasdobem.com.br