segunda-feira, 19 de junho de 2017

exercendo o amor ao próximo

           Vivemos a realida­de de um mundo cada vez mais competitivo, em que a busca pelo reconhecimen­to e sucesso faz com que, frequentemente, as pessoas se tornem mais individua­listas, procurando sempre seus próprios interesses. Na verdade, grandes problemas da humanidade, de alguma forma estão ligados ao egoísmo e a toda sorte de senti­mentos que visam apenas a satisfação pessoal, tentando continuamente colocar o “eu” no centro do universo! O cristianismo, contudo, apresenta uma visão com­pletamente diferente, visto que, nos moldes bíblicos das relações interpessoais, Deus sempre deu evidências de que, a chave para vivermos boas experiências em qual­quer área de nossa vida, está no cultivo adequado de rela­cionamentos saudáveis. No livro de Provérbios, no An­tigo Testamento, Salomáo trata, entre outras coisas, das relações sociais. Negócios, família, sociedade, etc. em todas estas formas de inte­ração, existe um cuidado de Deus em fazer-nos conviver da melhor maneira possí­vel.
             Na nova aliança, Jesus apresenta uma cosmovisão que contraria radicalmente a maior parte dos princípios defendidos em seu tempo. O Mestre chocou a muitos de seus ouvintes quando afirmou: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimi­gos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pe­los que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;” (Mt 5.44). Sem dúvida alguma, a partir do advento do Messias, as coisas haveriam de mudar bastante no que tange às relações dos homens com seus semelhantes. O Senhor criticou veementemente o sistema religioso de sua épo­ca, ao proferir a parábola do bom samaritano.
 Os fariseus e outros grupos religiosos, estavam mais preocupados com os aspectos exteriores e/ ou o formalismo da religião judaica. Não conheciam na prática, o que seria exercer misericórdia e amor mais do que os sacrifícios. Jesus deixou bastante claro tam­bém, o fato de que a princi­pal credencial dos discípulos encontrava-se evidenciada no amor que haveriam de demonstrar uns pelos ou­tros. Quanto a isso, ele dis­se: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos ou­tros” (Jo 13.35). Em termos práticos, um cristão só pode ser identificado genuina­mente dessa forma, quando sua maneira de viver se ca- racteriza o amor pelo próxi­mo. Podemos ter inúmeros  talentos, habilidades, dons, carisma e preparo intelectu­al. Contudo, todo acervo de qualidades que um cristão pode ter, só servirá de fato quando este aprender a di­recionar suas ações àqueles por quem Jesus morreu.
Talvez um dos grandes problemas do mundo hoje, esteja nos questionamentos dirigidos ao Criador. Deus, no entanto, espera que, no coração do homem, a inda­gação correta para solucio­nar problemas de convivên­cia seja: “Senhor, quem é o meu próximo?”

Extraido do Jornal ADNEWS  edição nº 62 pag 17

André Alencar
Evangelista da IEADPE
Belo Jardim

“Torre forte é o nome do Senhor; para ela cor¬rerá o justo e estará em alto retiro" (Pv 18.10).

Queridos leitores, nesta passagem, o escritor de Provér­bios faz uso de uma metáfora militar para expressar o que Deus representa para o justo. O Senhor é comparado a uma torre forte, que nos tempos antigos, era um lugar elevado e fortifi­cado que servia de abrigo para aquele que se encontrava numa batalha. Na versão da Bíblia Viva, lemos: “O Senhor é uma for­taleza segura; nele os justos encontrarão proteção e segurança. Ver­dadeiramente, não há consolo maior para os servos de Deus do que saber que em meio às angústias e tribulações desta vida eles podem encontrar proteção e segurança no Senhor.
Em muitas passagens bíblicas essa figura é usada. Temos o conhecidíssimo Salmo 46, que diz: “Deus é o nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”. O Senhor é aque­la ajuda com a qual podemos contar em meio às dificuldades. Quantas pessoas, em vez de buscarem abrigo em Deus nos momentos de aflição, recorrem ao desespero, ao queixume, à murmuração... Oh, queridos, isso demonstra falta de fé e pouca confiança no Deus a quem servem.
O rei Davi enfrentou muitas lutas e ferrrenhas persegui­ções de seus inimigos, que não foram poucos, mas sempre bus­cou abrigar-se em Deus. Vejamos o que diz o Salmos 9.9,10: “O Senhor será também um alto refugio para o oprimido; um alto refugio em tempos de angústia. E em Ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque Tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam”.
Tempo de angústia é tempo de buscar abrigo em Deus. E tempo de esconder-se na Sua poderosa presença. Vale a pena abrigar-se à sombra do Onipotente, pois Ele nunca desampara aqueles que assim fazem com fé.
Diga hoje à sua alma, como disse o salmista em Salmos 62.5,6: “O, minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. Só Ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado”.
Quem confia em Deus, ainda que “a terra se mude”, ain­da que as “águas rujam e se perturbem”, ainda que “os montes se abalem”, pode confiar que Deus o ajudará “ao romper da manhã”. A vitória do crente vem do Senhor.
O servo de Deus, Moisés, também expressou sua con­fiança em Deus como seu abrigo forte, no SI 90.1: “Senhor, tu tens sido o nosso refugio de geração a geração”. Os anos podem passar, mas o Senhor sempre continua o mesmo; Seu poder não mudou nem mudará. Vale a pena servir a esse Deus tão tremen­do, tão poderoso!
Não sei qual a Tua situação, não sei a gravidade do Teu problema, mas siga o conselho da Palavra de Deus: corra para Deus e você encontrará nEle uma torre forte e um alto retiro!

Extraido do Jornal ADNEWS edição nº 62 pag 03
JUDITE ALVES .
Psicóloga, terapeuta familiar, esposa do Pastor Presidente da IEADPE, coordenadora-geral dos Círculos de Oração da IEADPE e coordenadora-geral do Projeto Samuel


A mulher sábia e cheia de fé na vida da família

“O temor do
Senhor é o
princípio da
sabedoria... ”
  

A nossa reflexão des­te mês está baseada em Pv 14.1: “Toda mulher sábia edifica a sua casa...”. A palavra utiliza­da por Salomão e traduzida como “sábia” possui uma grande quantidade de signifi­cados no idioma original do Antigo Testamento. Dentre os vários sentidos, podemos destacar três, a saber: apren­der, atender à repreensão e falar apropriadamente. A mulher sábia é antes de tudo aquela que aprende. O pro­pósito do livro de Provérbios, por exemplo, foi acrescentar ainda mais sabedoria aos sá­bios e ainda mais conselhos aos instruídos (Pv 1.5; 9.9). A mulher sábia está sempre disposta a aprender e, portan­to, a tornar-se ainda mais ins­truída para que possa ensinar os que estiverem ao seu redor e servir como um instrumen­to eficaz de edificação do seu lar. A palavra “sábia” tam­bém aponta para alguém que atende à repreensão: “...mas o que guarda a repreensão será venerado” (Pv 15.18b). A mulher sábia é a que se dei­xa admoestar, pois entende que a repreensão do Senhor é sempre benévola e enobre­ce o caráter. Somente estas mulheres podem ser consi­deradas “mestras no bem”, com autoridade de ensinar às mais novas (Tt 2.3,4). A  terceira aplicação da palavra “sábia” refere-se a alguém que “fala de maneira apropriada”. Em Pv 15.28 está escrito: “O coração do justo medita o que há de responder...”. As palavras da mulher sábia são sempre edificantes e ditas a seu tempo (Pv 25.11). Seus lábios são um manancial de vida: “A boca do justo é fonte de vida...” (Pv 10.11).
Não nos esqueçamos, porém, que a principal característica de uma mulher sábia  é o temor ao Senhor: “O te­mor do Senhor é o princípio da sabedoria...” (Pv 1.7). A mulher sábia é, antes de tudo, temente a Deus, ou seja é, uma mulher de profunda de­voção e piedade, cuja comu­nhão com o Senhor é a força maior na edificação de sua família.
Esta mulher sábia e temente a Deus é quem edi­fica sua casa, ou seja, quem constrói, repara, restaura e induz ao bem e à virtude. São mulheres como Loide e Eunice, que viviam a fé cristã num altíssimo grau de pureza e sinceridade. Elas foram ca­pazes de imprimir de maneira inapagável a genuinidade do evangelho em Timóteo, que, sendo ainda jovem, tornou-se um dos mais importantes co- operadores do ministério do apóstolo Paulo e, portanto, um dos grandes obreiros da igreja primitiva (2Tm 1.5). A mulher sábia cria filhos cheios de fé e com o caráter de Cristo.
  Além do trato distinto com os filhos, a mulher sábia também é uma esposa exce­lente, que segue, em tudo, as recomendações bíblicas. Ela se sujeita ao seu marido, ain­da que tal postura vá na con­tramão do espírito feminista em voga na pós-modernida- de: “Vós, mulheres, sujeitai- vos a vosso marido, como ao Senhor” (Ef 5.22); ela ama o seu esposo e filhos (Tt 2.4); devota respeito o seu cônju­ge: “...e a mulher reverencie o marido” (Ef 5.33); ela está ao seu lado e o ajuda em tudo (Gn 2.18); é uma boa administradora de sua casa (lTm 5.14).
A mulher sábia e cheia de fé é descrita no trigésimo primeiro capítulo do livro de Provérbios. Ela é virtuo­sa, valorosa, provedora, um porto seguro para o marido, fazedora do bem, trabalhado­ra, visionária, governante do lar, prudente, precavida, ge­nerosa, sábia e honrada pelos filhos (Pv 31.10-28). É uma mulher que faz a diferença.
Ailton José Alves
Pastor Presidente da IEADPE

Extraído do jornal ADNEWS Edição nº 62 pag 02