quinta-feira, 1 de março de 2018

CLASE DE JOVENS – L 9 - ACERCA DAS ÚLTIMAS COISAS

            
OS COMENTÁRIOS FORAM EXTRAÍDOS DO LIVRO APLICAÇÃO PESSOAL.

24.1 Um dos discípulos comentou com Jesus sobre a estrutura do Templo, observando a sua incrível beleza (Me 13.1). Embora ninguém saiba exatamente qual era a aparência do Templo, ele deve ter sido magnífico, pois na sua época era considerado uma das maravilhas arquitetônicas do mundo. O Templo era impressionante, cobrindo cerca de um sexto da área da antiga cidade de Jerusalém. Não era apenas um edifício, mas uma majestosa mistura de pórticos, colunatas, pequenos edifícios separados e pátios que rodeavam o Templo propriamente dito. Os judeus estavam convencidos da permanência desta magnífica estrutura não somente devido à estabilidade da construção, mas também porque ela representava a presença de Deus entre eles.


24.2  Jesus admitiu a beleza dos edifícios, mas então fez uma declaração surpreendente. Esta maravilha do mundo seria completamente derribada. Como na época do profeta Jeremias, a destruição do adorado Templo dos judeus seria o castigo de Deus por terem se afastado dele. Isto iria acontecer apenas poucos anos mais tarde, quando os romanos saquearam Jerusalém, em 70 d.C. O julgamento soberano de Deus iria cair sobre o povo incrédulo, e da mesma forma que Jesus, como o Senhor do Templo, tinha proclamado a sua purificação, aqui Ele predizia a sua destruição.

24.3   O Monte das Oliveiras ergue-se sobre Jerusalém na direção leste. Quando Jesus saía de Jerusalém para retornar a Betânia para passar a noite, Ele deveria ter cruzado o vale de Cedrom e teria então subido a encosta do Monte das Oliveiras. Desta encosta Ele e os discípulos podiam olhar do alto para a cidade e ver o Templo. O profeta Zacarias predisse que o Messias ficaria sobre este mesmo monte quando retornasse para estabelecer o seu reino eterno (Zc 14.1-4). Este lugar evocava perguntas sobre o futuro, de modo que era natural que os discípulos perguntassem a
Jesus quando Ele viria com poder e o que eles poderiam esperar naquela ocasião.

A pergunta dos discípulos tinha duas partes. Eles queriam saber quando isto iria acontecer, e qual seria o sinal que marcaria a vinda de Jesus e o fim do mundo. Nas mentes dos discípulos, um evento ocorreria imediatamente depois do outro. Eles esperavam que o Messias inaugurasse em breve o seu reino, e queriam saber que sinal haveria de que isto estaria prestes a acontecer.

Jesus lhes deu uma imagem profética daquela ocasião, incluindo os eventos que levariam a ela. Ele também falou sobre eventos distantes no futuro, conectados com os últimos dias e a sua segunda vinda, quando Ele volcaria à terra para julgar todos os povos. Como tinham feito muitos dos profetas do Antigo Testamento, Jesus predisse eventos tanto prox1mos quanto distantes, sem colocá-los em ordem cronológica. A destruição próxima de Jerusalém e do Templo era apenas um prenúncio de uma destruição futura que precederia a volta de Cristo. Alguns dos discípulos viveram para ver a destruição de Jerusalém em 70 d.C., ao passo que alguns dos eventos de que Jesus falou ainda não aconteceram - até hoje. Mas a verdade da predição de Jesus a respeito de Jerusalém assegurou aos discípulos (e a nós) que todo o resto que Ele predisse também irá acontecer.



24.4,5 Jesus sabia que se os discípulos procurassem por sinais, eles estariam sujeitos à decepção. Haveria muitos falsos profetas (24.24) com falsos sinais de poder e autoridade espiritual. Jesus predisse que antes da sua volta muitos crentes seriam enganados por falsos mestres que viriam em seu nome, isto é, afirmando ser o Cristo (o Messias). Por todo o século I surgiram muitos enganadores deste tipo (veja At 5.36,37; 8.9-11; 2 Tm 3; 2 Pe 2; 1 Jo 2.18; 4.1-3).

24.37-39 O primeiro derramamento do julgamento de Deus sobre as pessoas pecadoras nos dias de Noé tem uma conexão natural com o último derramamento, na volta do Senhor. As pessoas estarão realizando suas atividades diárias normais, exatamente como aconteceu na época de Noé (Gn 7.17-24). Da mesma maneira como o dilúvio as surpreendeu desprevenidas (e aí foi tarde demais), e as levou ao julgamento, o mesmo ocorrerá na vinda do Filho do Homem (veja também 1 Pedro 3.20,21).

24.45-47 Nos tempos antigos era um costume comum que os senhores deixassem um servo encarregado de todos os assuntos da família. O servo, descrito como fiel e prudente, corresponde aos discípulos, aos quais foi atribuída por Jesus uma responsabilidade sem precedentes. Isto também descreve aqueles que são indicados para posições de liderança na igreja, que deverão estar desempenhando fielmente as suas obrigações quando Jesus (o Senhor) chegar. Estes servos receberão grandes recompensas.


sábado, 24 de fevereiro de 2018

Classe Adolescentes L.8 - A resistência contra a tentação


4.1 O mesmo Espírito Santo que havia enviado Jesus para ser batizado o conduziu ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Jesus tomou a ofensiva contra o inimigo, Satanás, dirigindo­ se ao deserto para enfrentar a tentação. Em grego, a palavra "diabo" significa "acusador" e em hebraico a palavra "Satanás" tem o mesmo sentido (4.10). Satanás é um arcanjo caído, é um ser realmente criado, ele não é um símbolo, e está lutando constantemente contra aqueles que seguem e obedecem a Deus.
A palavra "tentar" significa "colocar em teste para ver o que de bom e de mau, de força e de fraqueza" existem em uma pessoa. As tentações do diabo estavam focalizadas em três áreas essenciais: (1) desejos e necessidades físicos, (2) possessões e poder, e (3) orgulho (veja 1 João 2.15 para uma relação semelhante). Essa tentação do diabo nos mostra que Jesus era humano e lhe deu a oportunidade de reafirmar o plano de Deus para o seu ministério. Também nos dá um exemplo a seguir quando somos tentados.
4.2      E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. O hábito de jejuar era usado como disciplina espiritual para a oração e um tempo de preparação para as grandes tarefas futuras. Ao final do jejum de quarenta dias, era óbvio que Jesus estivesse faminto. Sua condição de Filho de Deus não tornava essa tarefa menos difícil e a falta de sustento levou seu corpo físico a sofrer de terrível fome e sofrimento. As três tentações mencionadas acima ocorreram quando Jesus estava com seu estado físico mais debilitado.

4.3  O tentador expressou sua tentação dizendo: Se tu és o Filho de Deus. A partícula "se" não implicava uma dúvida, pois tanto Satanás como Jesus conheciam a verdade. Satanás tentou Jesus com seu próprio poder. Como Jesus era o Filho de Deus, então Ele certamente podia transformar pedras em pães a fim de satisfazer sua fome. "O Filho de Deus não tem razão para ter fome", Satanás sugeriu. Ele queria que Jesus usasse seu poder e condição para atender suas próprias necessidades.

4.4    Fle [Jesus], porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Jesus respondeu com as palavras de Deuteronômio 8.3. Em todas as três citações de Deuteronômio (Mt 4.4,7, 1O), o contexto mostra que Israel fulhou todas as v=:s em cada teste. Jesus transmitiu a Satanás que embora o teste pudesse ter levado Israel a errar, isso não aconteceria com Jesus. Para verdadeiramente cumprir sua missão, Jesus precisava ser completamente humilhado. Se fizesse seu próprio pão, Ele teria mostrado que não havia desistido de todos os seus poderes, não teria se humilhado, e não teria se identificado totalmente com a raça humana. Mas Jesus se recusou, mostrando que só usaria os seus poderes em submissão ao plano de Deus.

4.5 ,6 A tentação seguinte foi realizada em Jerusalém, a sede política e religiosa da Palestina. O Templo era o centro religioso da nação judaica e o lugar onde o povo aguardava a chegada do Messias (MI 3.1). O Templo era o edifício mais elevado da área e esse pináculo era provavelmente a parede lateral que se projetava para fora da colina. Dessa vez, Satanás usou a escritura  para tentar convencer Jesus a pecar. Ele citou as palavras do Salmo91.l l,12:"SetuésoFilhodeDeus,lança­ te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra''. Satanás queria testar o relacionamento de Jesus com Deus Pai para ver se a promessa de proteção divina era verdadeira. Satanás estava citando a escritura fora do seu contexto,
fazendo parecer que Deus protegeria qualquer um, mesmo se essa pessoa tentasse desafiar as leis naturais. Segundo o contexto, o Salmo promete a proteção de Deus para aqueles que, embora permanecendo na vontade do Senhor, e servindo a Ele, se encontrarem em perigo. Ele não promete proteção para crises criadas artificialmente, nas quais os cristãos clamam a Deus a fim de testar o seu amor e o seu cuidado.

4.7 Jesus respondeu usando Deuteronômio 6.16: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus". Nessa passagem, Moisés estava se referindo a um incidente ocorrido durante a passagem de Israel pelo deserto, registrada em Êx 17.1-7. O povo estava sedento e pronto para se rebelar contra Moisés e voltar para o Egito se ele não lhes fornecesse água. Deus forneceu a água, mas só depois que o povo tinha tentado ao Senhor dizendo: "Está o Senhor no meio de nós, ou não?"
Jesus podia ter saltado do Templo. Deus teria enviado anjos para conduzi-lo ao solo com segurança. Mas teria sido um ridículo teste do poder de Deus e contra a sua vontade. Jesus sabia que seu Pai podia protegê-lo e também entendia que todos os seus atos estavam dirigidos à realização da missão que seu Pai lhe havia destinado, mesmo se isso quisesse dizer sofrimento e morte (o que realmente aconteceu).

4.8,9 Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse­ lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Essa experiência era provavelmente uma visão. Os reinos do mundo estão sob o domínio de Satanás Qo 12.31). Ele sabia que um dia Jesus iria reinar sobre a terra (veja Fp 2.9-11). Sua tentação era, basicamente: "Por que esperar? Posso te dar tudo isso agora!" Satanás tentou Jesus a receber o reino da terra naquele exato momento, antes de executar seu plano de salvar o mundo do pecado. Para Jesus, isso significava alcançar o prometido domínio sobre o mundo sem passar pelo sofrimento e pela morte na cruz. Satanás estava oferecendo um atalho indolor. Mas ele não entendia que o sofrimento e a morte faziam parte do plano de Deus que Jesus havia decidido obedecer.

4.10 Jesus expulsou Satanás com as palavras: "Vai-te Satanás". Se Jesus considerasse o atalho como um objetivo - reinar sobre o mundo, mas adorando Satanás - (4.9) - Ele teria transgredido o primeiro mandamento: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás" (cf. Dt 6.4,5). Jesus preferiu tomar o caminho de obedecer a Deus, pois somente assim seria capaz de cumprir sua missão, que era trazer a salvação ao mundo.

4.11 Como Jesus era superior a Satanás, Satanás tinha que fazer o que Jesus lhe ordenara. Portanto, o diabo o deixou, Esse era apenas o primeiro dos muitos encontros que Jesus teria com o poder de Satanás. O fato de os anjos terem vindo e servido a Jesus não diminui a intensidade das tentações por que passou. Os anjos podem ter-lhe servido alimento (chegaram os anjos e o serviram), mas também atenderam às suas necessidades espirituais.

RETIRADO DO LIVRO COMENTARIO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.

JUNIORES L - 8 - O AMIGO QUERIDO


Na sua hora de desespero, por causa da terrível doença de Lázaro, as irmãs enviaram um recado a Jesus, que estava em Peréia (10.40), talvez a uma distância entre trinta e cinquenta quilômetros (ver o mapa 1), dizendo: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas (3). A mensagem foi enviada "com a afeição natural de seu relacionamento pessoal". A reação inicial de Jesus foi dizer três coisas: a primeira, Esta enfermidade não é para morte (4). Estas palavras "significam, para os ouvintes, que a doença é temporária, mas para Jesus elas significam que a morte de Lázaro não é mais do que uma morte temporária", porque Ele sabia o que iria fazer (cf. 6.6). A segunda, esta doença é para glória de Deus. "A cura indubitavelmente capacitaria os homens a ver a glória de Deus em ação".  Em terceiro lugar, esta enfermidade é para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. O milagre de ressuscitar Lázaro dos mortos é, no Evangelho de João, a justificativa para o julgamento e a morte de Jesus (ver 11.47- 48,57), que é também a sua hora de glorificação (12.23; 17.1).

           Quando Jesus disse: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono (11), Ele estava usando a palavra "sono" com duplo sentido. Como usada no Novo Testamento, ela tem o sentido eufemístico de "morte" em treze ocorrências, contra somente três vezes no sentido de "sono normal". Mas os discípulos pensaram que Jesus se referia ao sono normal, daí a sua observação: Senhor, se dorme, estará salvo ("ele se recuperará", NEB, 12). Para deixar esta situação perfeitamente clara para os discípu­los, Jesus disse claramente: Lázaro está morto (14).  A ausência de Jesus junto àquele leito de morte se converteria em uma coisa boa para os discípulos. Jesus disse: folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para ["com a finalidade de", Berk] que acrediteis. Mas vamos ter com ele (15). Ressuscitar Lázaro dentre os mortos seria um milagre que traria um convencimento maior do que curar a sua enfermidade.
Já não havia protestos por parte dos discípulos quanto ao perigo que espreitava na Judéia; mas Tomé, com o seu pessimismo característico, em um tipo de desespero leal insistiu com os discípulos para que acompanhassem o destino do seu Mestre:  Vamos nós também, para morrermos com ele (16). Sobre Tomé, Westcott diz: "Ele será capaz de morrer pelo amor que sente, porém jamais fingirá uma fé que não sente". 

RETIRADO DO COMENTARIO BEACON.