terça-feira, 20 de março de 2018

FÉ ESPERANÇA E ÂNIMO EM TEMPO DE APOSTASIA

Longe de querer provocar insegurança nos seus leitores, o autor de Hebreus tenciona conduzi-los à maturidade cristã. O seu desejo é produzir ânimo, esperança e fé em tempos de apostasia: "Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança" (Hb 6.11, ARA). Todavia, sem ignorar os perigos da caminhada, ele faz severas advertências. Os perigos existem: "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo" (Hb 3.12). Os exemplos dos crentes da Antiga Aliança que morreram no deserto e que por isso foram impedidos de entrar na Terra Prometida são usados por ele para dar o sinal de alerta: "Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?" (Hb 3.17). Se aqueles crentes tombaram no deserto porque permitiram que seus corações fossem endurecidos pelo engano do pecado, da mesma forma os crente!!
da Nova Aliança também poderiam cometer o mesmo erro e ficar pelo caminho "Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado" (Hb 3.13). Um coração incrédulo e endurecido pelo pecado foi a causa que impediu os crentes do antigo concerto de entrar no descanso provido por Deus: "E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade" (Hb 3.19). Todavia, o autor de Hebreus lembra seus leitores de que aquele não havia sido, de fato, o descanso verdadeiro. Havia sido apenas um tipo daquele que Cristo veio prover: "Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência" (Hb 4.11). Aquele fora um descanso terreno; aqui, o celestial: "Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus (Hb 4.8,9).

Extraído do livro: A supremacia  de  Cristo , Fé, esperança  e ânimo na carta aos Hebreus.
José Gonçalves.


segunda-feira, 19 de março de 2018

CLASSE PRIMÁRIOS- L 12 - A MORTE DE JESUS NA CRUZ.

COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.
MARCOS 15. 22- 47.

JESUS MORRE NA CRUZ/ 15.33-41 .
Marcos relatou a cena final da vida terrena de Jesus com imagens vívidas. O céu escuro foi perfurado por um angustiado grito de abandono. Aqueles que assistiam foram tomados de grande temor.

             Jesus havia sido pregado na cruz às nove horas da manhã, a morte por crucificação era lenta e dolorosa levando às vezes dois ou três dias. Três horas se passaram enquanto Jesus suportava os insultos dos passantes. Então, à hora sexta [meio-dia], as trevas cobriram a terra por três horas. Não sabemos como essa escuridão aconteceu, mas é claro que foi Deus quem a causou. A natureza testemunhava a gravidade da morte de Jesus, enquanto tanto os amigos como os inimigos de Jesus caíam igualmente em silêncio na escuridão que os cercava. A escuridão na tarde daquela sexta-feira era física e espiritual. Toda a natureza parecia lamentar-se pela tragédia da morte do Filho de Deus.

           Jesus não fez essa pergunta de surpresa ou em desespero. Ele estava citando a primeira linha do Salmo 22, uma profecia que expressava a profunda agonia da morte do Messias pelos pecados do mundo. Jesus sabia que seria temporariamente separado de Deus no momento em que tomasse sobre si os pecados do mundo, porque Deus não pode olhar para o pecado (Hc 1.13). Esta
separação era o "cálice" que Jesus receava beber, conforme sua oração no Getsêmani (14.36). A agonia física era horrível, mas a separação espiritual de Deus era a suprema tortura. Jesus sofreu esta dupla morte para que nunca tivesse que experimentar a eterna separação de Deus.

Alguns dos que ali estavam interpretaram erroneamente as palavras de Jesus, e pensaram que Ele estava chamando por Elias. Pelo fato de Elias ter ascendido aos céus sem morrer (2 Rs 2.11), existia a crença popular de que Elias retornaria para resgatar aqueles que estivessem enfrentando grandes sofrimentos.

João relata que Jesus disse que estava com sede Oo 19.28,29). Em resposta, um homem embebeu uma esponja em vinagre (esta não era a mesma bebida oferecida anteriormente a Jesus). Ele colocou a esponja numa cana comprida e a segurou de forma que pudesse alcançar os lábios de Jesus. Pensando que Jesus havia chamado por Elias (15.35), o povo olhou para ver se Elias viria
pra resgatá-lo.


             O brado de Jesus pode ter sido a sua ultima frase: "Está consumado!" Oo 19.30). O alto brado de Jesus foi o clímax de horror desta cena que mostrou sua morte repentina após seis horas na cruz. Jesus não teve a morte normal de uma pessoa crucificada que simplesmente daria o seu último suspiro. Geralmente a crucificação levava uma pessoa a entrar em coma devido à extrema exaustão. Jesus, no entanto, esteve completamente consciente até o fim. Seu grito expressava a sua vitória.

                 Este acontecimento significativo simbolizava o que o ato de Jesus na cruz havia realizado. O templo tinha três partes principais - os pátios, o Lugar Santo, (onde os sacerdotes podiam entrar) e o Santo dos Santos, um lugar reservado por Deus para si mesmo. Era no Santo dos Santos que ficavam a Arca da Aliança e a presença de Deus. Só o sumo sacerdote entrava neste lugar, uma vez por ano, no Dia da Expiação, quando fazia um sacrifício para obter o perdão dos pecados para toda a nação (Lv 16.1-34). O véu do templo ficava entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos. Simbolicamente, o véu separava o Santo Deus dos pecadores. Ao rasgar o véu em dois, Deus mostrou que Cristo havia aberto o caminho para os pecadores se chegarem ao Deus Santo.

               Um centurião [ou oficial romano) havia acompanhado os soldados até o local da execução. Sem dúvida ele havia feito isto muitas vezes. Ainda assim esta crucificação foi completamente diferente - a escuridão não explicável, o terremoto, e até o próprio executado que havia proferido palavras de perdão (Lc 23.34). O centurião observou que Jesus esteve consciente ao longo da crucificação e que a sua morte fora relativamente rápida. Este oficial romano gentio percebeu uma coisa que muitos da nação judaica não haviam percebido: "Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!" Não temos como saber se ele entendeu o que estava dizendo. Ele pode simplesmente ter admirado a coragem e a força interior de Jesus, talvez pensando que Ele fosse divino como um dos muitos deuses de Roma. Enquanto os líderes religiosos judeus ficavam por perto celebrando a morte de Jesus, um solitário soldado romano foi o primeiro a aclamar Jesus como o Filho de Deus após a morte do Senhor.

15.40,41 Junto à cruz existiam muitas pessoas que haviam vindo somente para zombar e escarnecer de Jesus ou, como os líderes religiosos, para se deleitar em sua aparente vitória. Mas alguns dos fieis seguidores de Jesus também estavam junto à cruz. Entre os discípulos, somente João estava lá e ele relatou em seu Evangelho com detalhes ilustrativos o horror que observou. Algumas mulheres também estavam lá, olhando de longe. João descreveu que a mãe de Jesus, Maria, estava presente, e que da cruz o Senhor Jesus pediu que ele cuidasse dela Jo 19.25-27).
Marcos menciona que Maria Madalena
estava lá. Ela havia sido liberta da possessão demoníaca por Jesus (Lc 8.2). Outra Maria é diferenciada (de Maria Madalena e de Maria mãe de Jesus) pelos nomes de seus filhos que podem ter sido bem conhecidos na igreja primitiva. Salomé era a mãe dos discípulos Tiago e João e provavelmente era irmã da mãe de Jesus. Essas mulheres tinham vindo da Galiléia com Jesus para a Páscoa. Elas tinham subido com ele a Jerusalém e tinham testemunhado a Crucificação.


MATEUS 26. 14-16.

26.14-16 Por que um dos doze discípulos de Jesus, Judas lscariotes, iria querer trair a Jesus? A Bíblia não revela os motivos de Judas, além de dinheiro. Judas sabia que os príncipes dos sacerdotes tinham a intenção de fazer mal a Jesus, e sabia que eles tinham o poder de prendê-lo. Então, ele foi ter com eles. O desejo insaciável de Judas por dinheiro não poderia ser satisfeito se ele seguisse a Jesus, então ele o traiu em troca de um pagamento dos líderes religiosos. Ter descoberto um traidor entre os seguidores de Jesus agradou imensamente aos líderes religiosos. Eles tinham tido dificuldades para descobrir um meio de prender Jesus (26.3-5), de modo que, quando chegou esta oferta de ajuda de uma parte inesperada, eles a aproveitaram.
Somente Mateus fala da quantia exata de dinheiro que Judas aceitou para trair Jesus - trinta moedas de prata, o preço de um escravo (Êx 21.32). Isto cumpriu o que tinha sido predito em Zacarias 11.12,13 .


CLASSE JUNIORES – L 12 - O AMIGO DESCONFIADO.

JÕAO 20.19-29.EXTRAÍDO DO COMENTARIO APLICAÇÃO PESSOAL.
20.19   Os discípulos estavam ainda perplexos e aparentemente tinham se reunido naquela noite atrás de portas cerradas. Provavelmente, estavam discutindo a visão de anjos, narrada pelas mulheres, o que Pedro e João tinham visto no sepulcro e a afirmação assombrosa de Maria de que tinha visto Jesus. Em algum momento do dia, Jesus tinha aparecido a Pedro (Lc 24.34), e as mulheres tinham transmitido as palavras dos anjos de que os discípulos deveriam ir à Galiléia para encontrar a Jesus ali (Mt 28.7). Mas por alguma razão, eles não foram: ao contrário, ficaram em Jerusalém, com medo dos judeus. De repente, chegou Jesus, e pôs-se no meio deles. Jesus podia fazer isto porque a sua ressurreição e subsequente glorificação tinham alterado a forma do seu corpo. Nesta nova forma espiritual, Ele conseguia transcender todas as barreiras físicas. Ele fez a saudação padrão hebraica: "Paz seja convosco!", mas aqui esta saudação estava repleta de um significado mais profundo (veja 14.27; 16.33). Jesus repetiria estas palavras no versículo 21.

20.20   Devido à aparição súbita e miraculosa de Jesus entre eles, os discípulos a princípio pensaram que Ele era um fantasma (Lc 24.37). Jesus precisava convencê-los de que Ele, inclusive com o seu corpo físico, possível de ser tocado, estava presente no meio deles, e por isto mostrou­ lhes as mãos e o lado. Quando eles perceberam quem Ele era, exultaram. Jesus tinha dito: "a vossa tristeza se converterá em alegria" (16.20) quando me virem novamente. Realmente, eles se alegraram.

20.21-23 Jesus lhes deu a sua paz e então lhes deu a comissão de serem seus representantes, assim como Ele tinha sido o representante do Pai (veja 17.18). Jesus novamente se identificou com o Pai. Ele disse aos discípulos de quem era a autoridade com que Ele realizara a sua tarefa. Então Ele encarregou os discípulos de transmitirem a mensagem do Evangelho por todo o mundo. Eles foram enviados com a autoridade de Deus para pregar, ensinar e reali7,ar milagres (veja Mateus 28.16-20; Lucas 24.47-49) - basicamente, para continuar por todo o mundo aquilo que Jesus tinha iniciado na Palestina. Seja o que for que Deus lhe pediu para fazer, lembre-se: (1) a sua autoridade vem de Deus, e (2) Jesus demonstrou com palavras e atos como realizar a tarefa que Ele lhe deu. Da mesma forma como o Pai enviou o seu Filho, Jesus envia os seus seguidores... e você. A sua resposta é identificar, dia após dia, aqueles a quem o Pai lhe envia.

20.24,25 Quando os discípulos disseram a Tomé que Jesus tinha aparecido a eles, ele não acreditou. Tomé insistiu que queria ver o Jesus que tinha sido crucificado. Ele queria uma prova material - ver e tocar as cicatrizes dos cravos nas mãos de Jesus, e por a sua mão no seu lado. Algumas vezes, as pessoas enfatizam exageradamente o aspecto de incredulidade do caráter de Tomé. Em 11.16, João revela Tomé como sendo determinado e comprometido, embora tendendo a ser pessimista. E Mateus destaca (Mt 28.17) que todos os discípulos compartilharam do ceticismo de Tomé. Era parte de seu caráter expressar, com palavras, os sentimentos do grupo. A maioria dos outros discípulos (com a exceção de João - 20.8) não acreditou até que viu Cristo face a face.

20.26-28 Depois de oito dias, Tomé teve a sua oportunidade. Desta vez, ele estava presente quando Jesus apareceu. Os discípulos ainda estavam a portas cerradas quando Jesus apareceu entre eles como tinha feito antes e fez a mesma saudação: "Paz seja convosco!" Mas desta vez, Ele falou diretamente a Tomé, conhecendo de maneira sobrenatural a dúvida de Tomé e aquilo de que ele precisava para se convencer. Jesus lhe disse que pusesse o seu dedo e visse as suas mãos e o seu lado. O corpo ressuscitado de Jesus era exclusivo. Ele não mais estava sujeito às mesmas leis da natureza, como antes da sua morte. Ele podia aparecer numa sala fechada; mas Ele não era um fantasma nem uma aparição, porque podia ser tocado e seus ferimentos ainda eram visíveis.
Quando viu Jesus, o "incrédulo" Tomé se tornou o Tomé crente. A sua resposta ecoa pelos séculos como a resposta de muitos incrédulos que finalmente vêem a verdade: "Senhor meu, e Deus meu!" Esta afirmação clara da divindade de Jesus fornece uma boa conclusão para o Evangelho de João, que afirma continuamente a divindade de Jesus (veja 1.1,18; 8.58; 10.30).

20.29 Embora Tomé proclamasse que Jesus era seu Senhor e seu Deus, Jesus o repreendeu porque ele tinha tido que ver antes de crer. Bem-aventurados são os que não viram e ainda assim, creram. Algumas pessoas pensam que poderiam crer em Jesus se pudessem ver um sinal definido ou um milagre. Mas Jesus diz que somos bem-aventurados se pudermos crer sem nada ver. Nós temos todas as provas de que precisamos nas palavras da Bíblia Sagrada, e no testemunho de outros crentes.