sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Gl 2.18-20 - Fomos crucificados com Cristo: vivamos uma vida santa.

Comentário extraído do livro : Novo testamento aplicação pessoal.

2.18 A justificação pela fé destruiu o “sistema de méritos” dos fariseus, com todas as suas leis e boas obras através das quais tentavam “acumular pontos” com Deus. Reconstruir isto, ser justificado pela fé e então retornar àquele sistema legal como uma base para o relacionamento com Deus implicaria, erroneamente, que a morte de Cristo não era suficiente.   Paulo viu a situação que estava ocorrendo com Pedro em Antioquia como um exemplo claro do peso desnecessário que alguns queriam colocar sobre os crentes gentios.   Pedro, por meio do seu ato de se separar dos crentes gentios, estava dando lugar a uma autoridade que já não existia.
As pessoas justificadas irão pecar, mas elas estão indo para a frente e para cima. O verdadeiro pecador é aquele que é justificado e então retorna para a lei. Ironicamente, esta pessoa é, na verdade, transgressora.  As pessoas sob a lei são mais adequadamente descritas como transgressoras da lei do que como guardiãs da lei. A lei não pode trazer salvação porque ninguém pode observá-la com perfeição. O melhor que a lei pode fazer é provar a nossa natureza pecadora e o quanto precisamos do Salvador e da sua graciosa oferta da justificação pela fé.


Rm 3.24 - Fomos justificados mediante a obra salvífica de Cristo.

Comentário extraído do livro : Novo testamento aplicação pessoal.

3.24 Assim como não há distinção em nossa ruína, escreve Paulo, também não há distinção na fonte da nossa justificação. Deus nos justifica. Ele nos justifica, nos declara inocentes dos nossos pecados. Quando um juiz em um tribunal declara o réu “inocente”, todas as acusações são removidas do registro da pessoa. Legalmente, é como se a pessoa nunca tivesse sido acusada. Quando Deus perdoa os nossos pecados, nosso registro torna-se limpo. Da sua perspectiva é como se nós nunca tivéssemos pecado. Não temos que trabalhar ansiosamente enquanto esperamos que ao final tenhamos sido bons o suficiente para conseguirmos a aprovação de Deus. Pelo contrário, aqueles que creem em Jesus Cristo e em seu sacrifício na cruz são libertados — Cristo Jesus, nos redimiu, tirou os nossos pecados. Nossa justiça diante de Deus depende inteiramente dele, e só pode ser aceita como um presente dele. Deus, pela sua graça, nos dá a certeza da nossa aceitação e nos chama então para servi-lo da melhor maneira que pudermos por causa do nosso puro amor por Ele.

Ef 2.13,14 - Pelo sangue de Cristo nos aproximamos de Deus.

Comentário extraído do livro : Novo testamento aplicação pessoal.

2.13 As duas pequenas palavras “mas agora” revelam a intervenção de Deus, dos céus à terra, e a completa história da redenção.
As palavras “longe” e “perto” descrevem a posição dos gentios e dos judeus em relação a Deus. Trazer aqueles que estavam muito longe para perto dele somente podia acontecer pelo sangue de Cristo. A salvação só podia vir através da morte de Jesus. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).

2.14 Cristo Jesus, através da sua morte, destruiu as barreiras que haviam separado judeus de gentios, estabelecendo a paz entre os dois grupos. Mais do que estabelecer a paz. Cristo reconciliou a ambos com Deus Aqueles que criam nele tornar-se-iam um único povo, os cristãos. Paulo descreveu a paz que Cristo havia estabelecido entre os judeus e os gentios como a derrubada da parede de separação que estava no meio. Não era segredo que existia hostilidade entre os dois grupos, uma hostilidade cultural e religiosa que ninguém conseguia resolver - ninguém, exceto Deus. Esta parede divisória refere-se à parede no Templo judeu que separava o pátio dos gentios do Templo propriamente dito, no qual somente os judeus podiam entrar. O historiador judeu Josefo escreveu que nesta parede havia a seguinte inscrição, em grego e latim: “Nenhum estrangeiro pode adentrar a barreira que circunda o santuário e a parte interna. Quem for apanhado fazendo isso será culpado de sua própria morte, que se seguirá” (veja At 21.28,29). Essa “derrubada” refere-se simbolicamente à reconciliação realizada por Cristo.