Lição 2: A BELEZA E A GLÓRIA DO CULTO LEVÍTICO

Por Marcelo Oliveira de Oliveira
 Extraído da LBM digital.
Há uma teologia do culto nas Escrituras O comentarista do trimestre, pastor Claudionor de Andrade, mostra que havia uma teologia do culto levítico que perpassou toda a história monárquica da nação de Israel. Assim, ao inaugurar-se o Santo Templo, houve um trabalho precedente que desenvolveu a ordem litúrgica, o artesanato de instrumentos de louvores e a composição da música: tudo isso na esteira da teologia levítica do culto. Neste sentido, há ensinamentos para nós hoje a partir de Levítico.
O que Deus espera de nossa Adoração?
Há um “ditado” muito corrente na igreja hispânica, aqui na América Latina, em que se diz: “a Adoração tem de sê-la e parecê-la”.
Vivemos um tempo em que há dois perigosos extremos. O primeiro, o perigo do formalismo frio, engessado e meramente simbólico. O segundo, o oposto disso, em que a adoração pública seja realizada sem as devidas atenções para a rica e preciosa teologia do culto presente no Antigo e em o Novo Testamento.
Quando se fala que a Adoração tem de “sê-la” quer dizer que, em primeiro lugar, ela tem de partir do que há de mais forte, acumulativo e essencial no interior do ser humano: “Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças” (Mc 12.30). Esse primeiro mandamento está conectado com a seguinte verdade evangélica: “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (Jo 4.23).
Quando se diz que a Adoração deve “parecê-la”, leva-se em conta que toda a adoração a Deus tem uma manifestação intelectual e corporal. O apóstolo Paulo sinalizou isso em 1 Coríntios 14.26: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. Nesse aspecto, estão contempladas as virtudes da reverência, do temor e da santidade quando prestamos um culto a Deus.
Por isso, é inadmissível num culto verdadeiro a Deus haver qualquer atividade paralela. Isso era inconcebível no Antigo e em o Novo Testamento. Por exemplo, seria inconcebível a um sacerdote, enquanto este apresentasse o sacrifício no altar, o outro estivesse resolvendo questões administrativas. Seria completamente fora de lógica, e uma blasfêmia para os apóstolos, concomitante ao ato da Santa Ceia, ocorrer outros afazeres de caracteres comerciais

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