sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

AUXÍLIO PRIMÁRIOS L 06 – O MENINO JESUS VISITA A CASA DE DEUS.

2.41,42 De acordo com a lei de Deus, todo adulto do sexo masculino deveria ir a Jerusalém três vezes por ano, para as grandes Festas (Êx 23.14-17; Dt 16.16), na primavera, se celebrava a Páscoa, seguida imediatamente pela Festa dos Pães Asmos, que durava uma semana inteira. A Páscoa comemorava a noite em que os judeus saíram do Egito, quando Deus havia matado os primogênitos dos egípcios, mas tinha poupado os lares dos israelitas (veja Êx 12.21-36). Todos os anos, Jesus e seus pais, juntamente com outras famílias judias, subiam a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa da Páscoa. Novamente aqui há atenção à lei - Jesus cresceu em um lar em que as leis de Deus eram obedecidas e as festas anuais eram observadas. Assim, tendo de já doze anos, as coisas não foram diferentes, e a família foi para a festa como de costume.

2.43,44 Aqueles que frequentavam as festas normalmente viajavam em caravanas para proteção contra os ladrões das estradas da Palestina. Era costume que as mulheres e as crianças viajassem à frente da caravana, e os homens na retaguarda. Um menino de doze anos possivelmente poderia ter estado em qualquer dos dois grupos, e tanto Maria quanto José supuseram que Jesus estava no outro. A sua caravana provavelmente incluía um grande número de pessoas. Assim, somente quando estavam prestes a chegar ao lugar onde passariam a noite, Maria e José procuraram Jesus entre os outros viajantes, somente para descobrir que Ele não estava entre a multidão, mas que tinha ficado em Jerusalém.

2.45-47 Quando Maria e José descobriram que Jesus não estava entre os viajantes, voltaram a Jerusalém em busca dele. O intervalo de três dias provavelmente se refere a um dia de viagem saindo da cidade, um dia para retornar e o terceiro dia, que foi quando o encontraram. Certamente para seu grande alívio, eles o encontraram no templo.
Os pátios do templo eram famosos por toda a Judéia como lugares de aprendizado. Na época da Páscoa, os maiores rabinos da região se reuniam para ensinar e discutir grandes verdades entre si. O futuro Messias sem dúvida teria sido um assunto popular de discussão, pois rodos o esperavam. Jesus deve ter estado ansioso para ouvir e fazer perguntas investigatórias. Não era apenas a sua juventude, mas a profundidade da sua sabedoria, que maravilhava os doutores.

2.48 Maria e José conheciam a verdadeira identidade do seu filho, mas isto não os impediu de serem pais tipicamente preocupados. Seu filho estivera longe deles durante três dias, mas isto não parecia tê­ lo aborrecido nem um pouco. Ele estava absorvido em discussões no Templo. Maria estava preocupada, ansiosa, e consternada pelo que havia acontecido e por sua frustrante busca de Jesus. As palavras de Maria indicam uma ligeira repreensão: "Por que fizeste assim para conosco?" Ela explicou que eles tinham estado ansiosos desde que descobriram que ele tinha desaparecido.
2.49,50 Jesus certamente se sentiu mal por ter causado preocupação a seus pais, mas para Ele fazia sentido que estivesse na casa de seu Pai (versão RA), isto é, no templo. Esta é a primeira menção à consciência de Jesus de ser Filho de Deus (Ele chamou Deus de "meu Pai"). O seu relacionamento com o seu Pai Celestial substituía a sua família humana e até mesmo a sua casa humana. Embora Ele provavelmente fosse à escola e estudasse com outros meninos na sinagoga em Nazaré, estar no templo com muitos doutores era uma grande oportunidade para Jesus. Ele tirou pleno proveito do seu tempo ali, e parece que pensava que seus pais saberiam onde Ele estava.
Os pais de Jesus não compreenderam as palavras que lhes dizia a respeito da casa de seu Pai. Eles não perceberam que Ele estava fazendo uma distinção entre o seu pai terreno e o seu Pai celestial. Jesus sabia que Ele tinha um relacionamento exclusivo com Deus. Embora Maria e José soubessem que Ele era Filho de Deus, eles não entendiam o que a sua missão envolveria. Além disto, eles tinham que criá-lo, juntamente com seus irmãos e irmãs (Mt 13.55,56) como uma criança normal. Eles sabiam que Jesus era único, mas não sabiam o que lhe passava pela mente. Eles tinham que aprender e observar as complexas realizações da identidade e do chamado especial de Jesus, mesmo enquanto Ele vivesse com a sua família.

2.51 Jesus foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. Jesus entendia a sua identidade com Deus, mas ao mesmo tempo ainda não era a hora de iniciar o seu ministério terreno (o que não aconteceu até que Ele tivesse trinta anos de idade). O comportamento de Jesus não era desobediente, mas Ele agia precocemente de acordo com a sua verdadeira identidade, e com a missão que um dia cumpriria. Nesse meio tempo, Jesus vivia uma vida humana, obedecendo aos seus pais, crescendo, estudando e aprendendo. Da mesma maneira como tinha feito com as palavras dos pastores na ocasião do nascimento de Jesus (2.19), Maria guardava no coração todas essas coisas. Ela não entendia completamente o seu filho, mas se lembrava destes eventos, ponderava sobre eles e procurava descobrir o seu significado. Um dia, tudo ficaria claro. Um dia, seu filho se tornaria o seu Salvador, e ela compreenderia.

2.52 A Bíblia não registra nenhum evento sobre os dezoito anos seguintes da vida de Jesus, mas sem dúvida Ele estava estudando e amadurecendo. Como o filho mais velho de uma grande família, Ele ajudava José no seu trabalho de carpintaria. José pode ter morrido durante essa época, deixando Jesus encarregado de sustentar a família. A rotina normal da vida diária deu a Jesus uma compreensão sólida do povo judeu.
O segundo capítulo de Lucas nos mostra que embora Jesus fosse único, Ele teve uma infância e adolescência normal. Em termos de desenvolvimento, Ele passou pela mesma progressão que nós. Ele cresceu fisicamente (em estatura) e mentalmente (em sabedoria).
Ele se relacionava com pessoas que amava (em graça... para com os homens) e era amado por Deus. Uma vida humana plena é equilibrada. Era importante para Jesus - e deveria ser importante para todos os crentes - desenvolver-se plenamente e harmoniosamente em cada urna destas áreas essenciais: física, mental, social e espiritual.

RETIRADO DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.


AUXILIO JUVENIS- L 06 – SALVAÇÃO.

EFÉSIOS. 2 . 5-10.
Deus também agiu em favor da humanidade pelo seu muito amor com que nos amou. Aqui é utilizada a palavra grega para amor, agape. Ela significa o amor desinteressado que busca o melhor para os outros. Embora Deus pudesse simplesmente ter destruído a rodos, por causa dos seus pecados, Ele, ao contrário, escolheu mostrar misericórdia e amor. Estando n6s ainda mortos em nossas ofensas e pecados (2.1), Deus nos vivificou juntamente com Cristo. O faro de que nos vivificou significa que estamos "salvos" (esta frase é repetida e elaborada em 2.8). Quando Cristo ressuscitou dos mortos, assim também fizeram todos os membros do seu corpo, em virtude de Deus tê-los unido a Cristo. A única maneira pela qual aqueles que estão espiritualmente mortos podem se relacionar com Deus é sendo vivificados. E Deus é a única pessoa que pode realizar isso, o que Ele fez através de seu Filho, Jesus Cristo. Cristo derrotou o pecado e a morte através da sua morte e ressurreição, oferecendo assim vida espiritual aos que estavam mortos no pecado.
A forma verbal "sois salvos" refere-se a um evento no passado (realizado por Cristo, por causa da graça de Deus) com resultados contínuos no presente. Os crentes já passaram da morte para a vida. A salvação não é algo pelo qual se deva esperar, mas algo que já foi entregue.

2.6 Além de serem vivificados (2.5), os crentes também são ressuscitados dos mortos. Cristo ressuscitou e deixou o túmulo - um ato realizado somente pelo poder de Deus. Os crentes também foram "ressuscitados". Além da garantia da ressurreição física e da glorificação no final dos tempos, os crentes participam de uma nova vida "pós­ ressurreição", a partir do momento que crêem (veja Cl 2.12).
Finalmente, os crentes são assentados nos lugares celestiais, em Cristo Jesus. Cristo tomou seu lugar à direita do Pai, indicando a consumação da sua obra e a sua vitória sobre o pecado. Cristo foi exaltado pelo grande poder de Deus (1.20). Os cristãos tendem a ver este assentar com Cristo como um evento futuro, baseados nas palavras de Jesus em Mateus 19.28 e Lucas 22.30, bem como em ourros versículos que apontam para o nosso futuro reinado com Cristo (tais como 2 Tm 2.12; Ap 20.4; 22.5). No entanto, esta passagem em Efésios nos ensina que estamos assentados com Cristo agora. Nós compartilhamos a vitória de Cristo agora. Esta visão da nossa situação atual deve nos ajudar a enfrentar a nossa tarefa e provações com maior esperança! Os crentes, como herdeiros do reino juntamente com Cristo, são espiritualmente exaltados a partir do momento da salvação. Nós temos uma nova cidadania - nos céus, não mais apenas na terra: o poder que ressuscitou e exaltou a Cristo também ressuscitou e exaltou o seu povo, porque nós somos um com ele. Este mesmo poder atua diariamente em nós, os crentes, ajudando-nos a viver e trabalhar para Deus durante o nosso tempo no mundo.

2.7 Aqui está a razão final e definitiva para a ação de Deus em favor da humanidade, sua razão para nos vivificar, nos ressuscitar e nos assentar junto com seu Filho nos lugares celestiais. Deus simplesmente quer mostrar as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco. A palavra grega para "mostrar" vem da terminologia legal. Deus encerra o caso, apresentando a espantosa evidência da sua igreja, o seu povo. A igreja só podia existir pelo amor de Deus; o fato de ela existir e o fato de que a salvação foi oferecida às pessoas revela a abundância da graça e benignidade de Deus (veja também 1.7; 2.4). Novamente, isto foi realizado apenas através de Cristo Jesus. Sem o sacrifício de Cristo, não haveria a esperança de um relacionamento com Deus.

2.8 Nossa salvação vem somente da graça de Deus. Ela foi reservada para esse fim por meio da fé de cada um de nós. Entretanto, para que ninguém pense que crer seja uma obra necessária a fim de receber a salvação, Paulo acrescentou que as pessoas não podem receber o crédito por crerem, porque isto também é um dom de Deus. Paulo é incisivo ao afirmar que absolutamente nada é de nossa autoria - nem a salvação, nem a graça, nem mesmo a fé exercida para receber a salvação. Pelo contrário, tudo é um presente de Deus. A salvação não vem da nossa autoconfiança ou individualismo, mas da iniciativa de Deus. É um presente para ser aceito com gratidão (veja Rm 3.24-28; 1 Co 1.29-31; Gl 2.16).


2.9 Não podemos receber o crédito pela nossa salvação (2.8), e ela não é uma recompensa pelas obras ou boas coisas que fizemos. Em outras palavras, as pessoas nada podem fazer para ganhar a salvação, e a própria fé de uma pessoa não deve ser considerada uma "obrà' ou base sobre a qual alguém deva se gloriar.
As pessoas acham difícil aceitar alguma coisa tão desprendida, dada de tão boa vontade, tão ao alcance de qualquer um. Nós queremos nos sentir como se tivéssemos algum mérito, que, de alguma forma, conquistamos a nossa salvação pelos nossos méritos. Era assim que aqueles que seguiam o judaísmo (falsos mestres que diziam que os cristãos tinham que obedecer a todas as leis judaicas) consideravam as suas leis, e por isso tentavam impô-las aos gentios - tinha que haver um certo grau de observância à lei e de bondade por parte das pessoas para que elas recebessem a salvação. Mas as palavras de Paulo são inconfundíveis - se a salvação é pela graça de Deus e é aceita através da fé, então "não é uma recompensa'. Se a salvação pudesse ser conseguida através de boas obras, então as pessoas, por natureza, "se gloriariam" quanto às suas boas obras, comparariam a boa qualidade das suas obras com as dos outros, e só fariam o bem para se vangloriarem sobre ele. Então, o que seria "bom o suficiente" para a salvação? Mas ninguém poderia jamais ser bom o suficiente para agradar a um Deus santo. Ele coloca de lado todo o esforço e o orgulho humano ao oferecer gratuitamente a salvação a todos, pela simples aceitação desta. A salvação é dada às pessoas com base somente na graça de Deus.

  
2.10 Mas espere, há mais. Nós somos obra­ prima de Deus, feitura sua. A salvação é algo que somente Deus pode realizar - é a sua poderosa e criativa obra em nós. As pessoas são recriadas como novas pessoas, e essas novas pessoas formam uma nova criação - a igreja.
O verbo "criar" é utilizado somente para Deus - pois somente Deus pode verdadeiramente criar. Assim como Ele criou o universo a partir do nada, Ele cria novos seres viventes, mais espirituais, a partir das antigas criaturas mortas e pecaminosas que éramos (2 Co 5.17). Então, Deus dá aos crentes a forma de um corpo unificado, a sua igreja (veja 2.15; 4.24; Cl 3.10). A expressão "em Cristo Jesus" enfatiza a fonte dessa criação, como em 2.6,7 - Cristo a proveu.
As pessoas tornam-se cristãs através do imerecido favor (graça) de Deus, não como o resultado de qualquer esforço, habilidade, escolha inteligente, características pessoais, ou serviços prestados. A partir da gratidão por este presente, os crentes buscarão realizar boas obras - ajudar e servir a outros com bondade, amor e gentileza. Embora nenhuma ação ou obra que façamos possa nos ajudar a obter a salvação, a intenção de Deus é que a nossa salvação resulte em prestação de serviço. Nós somos salvos não apenas para nosso próprio beneficio, mas para servir a Cristo e edificar a igreja (4.12). Isto resolve o assim chamado conflito entre a fé e as obras. As obras não produzem a salvação, mas são as evidências da salvação (veja Tg 1.22; 2.14-26).
A palavra grega traduzida como "fazer" significa entrar", "caminhar em''. Nós entramos ou prosseguimos nesta vida de graça fazendo as boas obras que Deus preparou há muito tempo para nós. A nova vida que Deus dá não pode deixar de se expressar em boas obras. Isto não quer necessariamente dizer que Deus tenha definido especificamente as boas obras que cada pessoa realizará- embora não haja nenhum motivo para argumentar contra a possibilidade de o nosso Deus onisciente estar fazendo exatamente isso. Assim como Deus planejou a salvação em Jesus Cristo ames da criação do mundo, Ele planejou que os crentes deveriam fazer o bem aos outros (veja 1 Tm 6.18; Tt 2.7; 1 Pe 2.12).


RETIRADO DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.


AUXÍLIO JUNIORES- L 06- A AMIGA DISTRAÍDA.

LUCAS.10.38-42.

10.38 A aldeia onde moravam estas pessoas era Betânia, situada a cerca de três quilômetros de Jerusalém. Marta tinha uma irmã chamada Maria (10.39, que era provavelmente mais jovem, porque esta casa é descrita como pertencendo a Marta), e um irmão chamado Lázaro (que mais tarde Jesus ressuscitaria dos mortos, João 11).

10.39,40 Jesus não tinha vindo sozinho - tinha consigo doze discípulos, e todos precisavam ter seus pés lavados, tinham que ser acomodados, e precisavam ter uma refeição. No mundo antigo uma anfitriã respeitável honraria seus hóspedes com todas estas cortesias. A impressão aqui, entretanto, é que Marta estava exagerando. Ela queria oferecer algo especial ao Mestre, mas devido a estes afazeres chegou a estar distraída, sobrecarregada e incapaz de desfrutar a presença destes convidados. Numa tentativa de servir a Jesus, ela não entendeu ou percebeu a razão pela qual Jesus estava ali. Maria, no entanto, assentando-se ... aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Ela estava aproveitando a oportunidade de ouvir a Jesus. Marta, por sua vez, queria dar aos seus convidados um tratamento real - e não deveria ser criticada por isto. Contudo, ela permitiu que a sua preocupação se transformasse em irritação. Ela foi até Jesus e pediu-lhe para dizer a Maria que se levantasse e fosse trabalhar. Há um tom de reprovação nas suas palavras.

10.41,42 Jesus não culpou Marta por estar preocupada com a preparação da refeição, nem a repreendeu por tentar receber bem a Ele e a seus discípulos. Mas Ele queria que ela entendesse que, por estar tão ansiosa, não estava tendo tempo para o que era mais importante - aquilo que Maria demonstrava através de sua atitude. Jesus queria que Marta reorganizasse suas prioridades. É possível que o ato de servir a Cristo degenere transformando-se em uma mera ocupação que já não mais será uma devoção completa a Deus. Talvez ela pudesse ter preparado uma refeição menos abundante, para ter também tempo de sentar-se aos pés de Jesus e ouvir seus ensinos. Mas Jesus não iria mandar que Maria se retirasse para ajudar nas tarefas da casa. Ela tinha escolhido estar aos pés de Jesus, e Jesus sabia que Ele não iria estar nesta terra para sempre. O seu tempo seria curto, e Ele não despediria aqueles que queriam ouvi­ lo e aprender.

RETIRADO DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.