sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A Verdadeira Fé não faz acepção de pessoas

Imagine a hora do culto vespertino! O coral se apresenta de maneira solene e, de repente, adentra ao recinto um mendigo; sujo, bêbado, gritando. Qual seria a tua reação? O exemplo ora citado é extremo. Mas passível de acontecer em qualquer igreja. Todavia, o público o qual Tiago está se referindo não diz respeito apenas aos mendigos, mas às pessoas economicamente menos abastadas. Para Tiago, o pobre não é apenas o mendigo, mas quaisquer pessoas que em um dado momento da vida precisa de algo necessário à sua subsistência.
Professor, aqui, é necessário fazer uma reflexão. Será que não tem algum aluno na classe que se sinta discriminado na igreja? Seja pela cor da pele ou aparência física ou classe social? Prepare esta lição com cuidado e respeito, pois quando ministrada, ela pode revelar sentimentos diversos de pessoas vítimas de discriminação até mesmo na igreja local. Mesmo que inconscientemente!
Tendemos a pensar que certas coisas não acontecem na igreja, pois ela é um lugar santo. Sim, é santa, mas, todavia, composta de santos humanos. É possível perceber certos comportamentos na igreja que um professor secular, por exemplo, lida todo o instante em sala de aula. Certas atitudes do mundo secular acontecem em nossos espaços sacros e, por isso, precisamos estar capacitados para se deparar com estas realidades e agirmos com a sabedoria do alto.
Portanto, professor, trabalhe o tema central da presente lição abordando a sua tese principal: a de que é inadmissível a discriminação na igreja . A Palavra diz que “noutros tempos, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de cristo chegaste perto. Porque ele é a nossa paz, [...] e, pela cruz, [...] matando com ela as inimizades” (Ef 2.11-16). Não podemos reconstruir a parede que uma vez o próprio Senhor a derribou! Boa aula!



ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014

O Cuidado ao falar e a Religião Pura

Há na atualidade pouca disposição em se ouvir, estudar, entender, compreender para expor um assunto. Não! Muitos querem falar sobre tudo. Ainda não se tem a maturidade intelectual e querem sair por aí questionando e opinando sobre todos os temas.
Ouvir é uma arte. Quando se ouve alguém, quer através da comunicação verbal, escrita ou oral, quer através da comunicação não verbal, admiti-se a possibilidade de aprender para conhecer. Como ensinar se não aprendemos? Espera-se de quem fala sobre um assunto o mínimo do conhecimento necessário a respeito do tema proposto.
Professor, você deve ter lido livros sobre como melhorar uma Escola Dominical. As dicas são muitas: Marketing, café da manhã entre professores, café da manhã trimestral; passeio no parque etc. Mas uma questão fundamental quase nunca focada é o bom planejamento da aula do professor. Ou seja, se o professor não tiver conteúdo de nada adiantarão fazer cafés, passeios e marketing para desenvolver a ED. Mas para se ter conteúdo é preciso estar disposto a ouvir. Este é o ensino central desta seção bíblica de Tiago.
Nas seções anteriores (1.2-18) o assunto central era a necessidade de pedirmos a sabedoria do alto. Na seção atual o escritor disseca mais sobre como devemos usar esta sabedoria na comunidade cristã ou fora dela. Os crentes deveriam se apresentar coerentes com o Evangelho. Na concepção do meio-irmão do senhor é impossível que o discípulo de Cristo tenha um comportamento dobre. De que adianta falar “Deus Pai Todo-Poderoso” e não viver segundo a vontade de Deus Pai? Não é o discurso que determina quem somos, mas a nossa ação.
Vivemos uma geração do discurso vazio: “Tudo posso!”, “Sou mais que vencedor”, “É só vitória!” Mas estas palavras não passam de discursos pobres, desprovidos de uma consciência oriunda do Evangelho. As pessoas não saberão o tipo de fé ou sabedoria que tem pelo seu discurso, mas pelas suas ações. Se elas falam na hora certa; do modo certo; se em tudo o que fazem aparece o respeito, a ternura, o amor. Virtudes estas intensamente comunicadas ao homem pelo Evangelho. Primeiro ouçamos com atenção! Depois falemos!




ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014

Gerados pela Palavra da Verdade

Qual o contexto social em que a sua igreja local está localizada? Trata-se de uma cidade nobre? Ou da periferia? Quem são os seus alunos? Como se dá a relação social entre os seus alunos? O professor não pode planejar essa lição sem antes fazer estas perguntas e respondê-las com sinceridade.
Inicie a aula descrevendo as classes sociais da Igreja do Primeiro Século. Para isso, use o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, pois na seção bíblica de Tiago [Orgulhando-se da “Coroa da Vida” (1.9-12)], o teólogo Timothy B. Cargal procura responder como era, ou deveria ser, a relação dos crentes oriundos de distintos contextos sociais, isto é, entre os ricos e os pobres da igreja. A conclusão que o teólogo chega nesta seção da carta é que os “leitores estavam muito conscientes de sua posição, e nem sempre se aproveitavam das oportunidades para demonstrar a preocupação de Deus por aqueles que estavam necessitados (2.14-17). Já se orgulhavam de sua elevada posição, talvez por considerarem ‘ricos’, moralmente superiores, mesmo quando se identificavam com as armadilhas das posições elevadas e do poder. Até mesmo pensavam a respeito de sua salvação utilizando a imagem da sua posição social, isto é, a coroa da vida” (p.1665).
Um desastre que pode ocorrer ao crente economicamente bem sucedido é quando ele interpreta as ocorrências cotidianas da vida como “acontecimentos espirituais”. Ele faz uma teologia particular sem se importar com os outros ao redor. Por exemplo, é comum um crente atribuir a Deus a compra de um bem material dizendo “foi Deus quem me deu!”. Mas ele não pode esquecer o contexto desta aquisição. Ora, estamos num país economicamente equilibrado e que, por isso, lhe proporcionou uma linha de crédito para esse fim. Se nós não considerarmos tais realidades poderemos entrar em questões bem difíceis, tais como: Por que Deus deu um bem para um irmão e não deu ao outro? Ambos não são salvos? É preciso explicar o mal que uma teologia individualista, como a da prosperidade, pode causar a uma igreja local. Não podemos ignorar o ensino da Palavra: a de que o rico deve suprir o necessitado, e este, deve se alegrar por se achar o filho escolhido por Deus



ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014