Caim era maliguino (melatias blog)
O capítulo 4 do livro do Gênesis apresenta a consumação do pecado e sua história de implicações práticas para o gênero humano. O assassinato de Abel por seu irmão, Caim, é o símbolo do alcance do mal quando este domina o coração humano. E o consequente banimento de Caim da presença de Deus mostra o quanto o homem se afasta da presença do Altíssimo quando decide em seu coração fazer o mal.
O caminho de Caim se torna o caminho de todos nós, quando desejamos em nosso coração a vingança, o "dar o troco", o revide, ou seja, tudo o que passa na contramão do fi ltro de Jesus Cristo: ame o vosso inimigo.
Tudo começa bem na vida do ser humano. Assim, Caim nasceu e cresceu numa família que devotava a vida a Deus, tanto que a sua mãe, Eva, devotou a Deus ação de graças: "Alcancei do Senhor um varão" (Gn 4.1). A vida de Caim para os seus pais era uma bênção de Deus. Um presente.
Adulto, Caim tornara-se um agricultor, pois trabalhava a terra, administrava-a e assim cumpria o plano de Deus estabelecido para a humanidade (Gn 1.26-28). Fazendo assim, Caim obedecia a Deus. Até que, num belo dia, o ciúme, a inveja e o desejo egoístico tomaram o coração de Caim. Seu sacrifício fora rejeitado por Deus e o de seu irmão, aprovado e aceito por Ele. A razão de o Senhor aceitar o sacrifício de Abel e rejeitar o de Caim, embora não esteja totalmente claro nas Escrituras, pelo menos deixa claro que o Senhor olhava e olha com atenção e justiça para o interior do ser humano, de modo que nada lhe escapa o olhar divino.
Caim não se achou aprovado, muito menos aceito, pelo olhar de Deus. Entretanto, essa reprovação de Deus não significava que Caim seria banido de sua presença, pois bastava outro sacrifício com a motivação correta, espontânea e voluntária que o Senhor não haveria de rejeitá-lo. Mas Caim não escolheu o caminho do bem. Ele matou o seu irmão covardemente. O resultado: Caim foi banido da presença de Deus.
O caminho de Caim é muito fácil de trilhar. Basta dar vazão ao ódio, à inveja, ao rancor, à raiva e a tudo que não esteja de acordo com o nosso interesse. O caminho de Caim está a cada dia próximo de nós, quando rejeitamos considerar o nosso próximo superior a nós mesmos. O caminho de Caim está mais próximo das nossas vidas, quando procuramos fugir da realidade inventando desculpas para não fazermos a nossa parte com retidão.
Qual o caminho que você deseja trilhar: o de Caim ou o de Jesus?
A queda da raça humana (melatias blog)
Segundo Myer Pearlman, a Tentação, desde o início, destaca ao ser humano que o caminho de obediência a Deus não é fácil. Isso quer dizer que o ser humano terá escolhas a fazer nos termos de Deuteronômio 30.15: "Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal". A Tentação está prevista na perspectiva da impossibilidade de conter a ansiedade de entrar em contato com o que foi proibido. Por isso, ela é sutil, pois, pela sua sutileza, a natureza humana será envolvida em seus desejos e vontades: nisto consiste a tentação.
Ao dizer "sim!" para a tentação e colocá-la em prática, se estabelece no ser humano o estado de Pecado. Em seguida, a culpa toma conta da sua consciência, ao ponto de o ser humano viver num estado de cauterização em sua consciência, de modo que ele não mais atende aos apelos do Espírito Santo: nisto consiste o estado da culpa.
Uma vez praticado o pecado, por intermédio da tentação, e estabelecido o sentimento de culpa, instala-se, na realidade humana, o Juízo.
No Éden, o Juízo se deu sobre a serpente (de formosa e honrada, a um animal degradado e maldito), sobre a mulher (multiplicação das dores de parto) e sobre o homem (comer com o suor do rosto), constituindo, porém, o maior de todos os juízos: a morte física e a morte eterna.
Entretanto, a história da humanidade não seria para sempre condenada à terrível realidade de viver para sempre longe de Deus. O Pai, por intermédio do Seu Filho, proveria um escape para redimir a vida do ser humano: "Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos" (Rm 5.17-19).
E Deus criou homem e mulher ( melatias blog)
Qual
a origem do homem?
É a
grande pergunta da filosofia, da ciência e da religião. É a pergunta que nenhum
postulado chegou a responder satisfatoriamente esta pergunta, no que diz
respeito aos seus mínimos detalhes. A Teologia, a partir dos seus postulados
sistemáticos, tenta dar conta da origem da vida em seus detalhes. A filosofia,
com suas divagações e argumentações lógicas e complexas, realiza uma das mais
bem elaboradas respostas, dentro da capacidade humana, para se chegar a bom
termo sobre o início da vida humana, mas igualmente insatisfatória. A ciência,
com a tecnologia, experiências em laboratórios e grandes postulados de seus
teóricos, procura perscrutar ao máximo o mistério da vida.
Entretanto,
no fim de todas as coisas, a palavra aos Hebreus é definitiva para quem crê:
"Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados;
de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (Hb
11.3). Imaginemos se fosse possível explicar adequadamente a origem da vida,
como se deu e se desenvolveu? Ainda assim, o "start" (início) de
todas as coisas ficaria sem explicação para os cientistas, pois a ciência
apenas tem a possibilidade de explorar o mundo material; o que é transcendental,
e até mesmo o quântico, ela não consegue prescrutar. A fé, como expõe o
escritor aos Hebreus, afirma que "os mundos" foram criados por Deus;
isto é, tudo - não só a terra, mas o que está completamente fora do alcance do
olhar humano - foi criado por Deus.
Por
isso, não podemos ter uma posição excludente entre a fé e a ciência. Gênesis
não é um livro de ciência, mas de fé. Ali Deus revelou ao ser humano o início
de todas as coisas. O que cabe à ciência? Pesquisar e explorar o aspecto
material dessa criação divina, e reconhecendo os seus próprios limites, como os
primeiros grandes cientistas da humanidade, que foram cristãos e, ao mesmo
tempo, grandes cientistas. Caro professor, ao fi nal da aula, com o auxílio da
tabela abaixo, realize uma atividade reflexiva, levando em conta as seguintes
questões:
Procure se informar sobre as atuais discussões entre fé e razão. Há ótimos artigos na internet sobre o tema (cf. CPANEWS, coluna Cesar Moisés Carvalho – Fé e Razão). Desafi e o seu aluno a pensar a fé e fazer o diálogo com a ciência. Boa aula!
A criação dos céus e da terra. (melatias blog)
"Se
Deus criou o mundo, então parte de sua sabedoria e de Sua beleza está refl
etida na ordem da criação. Vemos a glória do Criador na beleza da criação. A
ordem criada é de Deus, não nossa. Temos de aprender a respeitá- -la como o
lugar onde vivemos e cujo cuidado nos foi confi ado" (Alister McGrath,
"Criação").
Hoje
vivemos um caos no meio ambiente. Um caos que o apóstolo Paulo já havia exposto
nestas linhas: "Porque a criação fi cou sujeita à vaidade, não por sua
vontade, mas por causa do que a sujeitou, [...] Porque sabemos que toda a
criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8.20,22).
Este caos da criação se deve ao pecado, e não só no sentido dos efeitos diretos
da Queda na criação, mas também da falta de cuidado que a humanidade caída tem
com a criação de Deus.
Deus
é o Criador do mundo e nós, os seres humanos, somos os responsáveis pela
destruição do planeta, seja não honrando a Deus como o Supremo Criador do
mundo, seja, em outros casos, usando a fé para legitimar uma prática predatória
do meio ambiente. Quando estudamos o livro do Gênesis para reconhecer nEle,
Deus, o Criador do mundo e do ser humano, isso deve trazer um sentimento de
humildade e temor, pois habitamos um mundo criado por Deus pelo qual fomos
nomeados seus mordomos e guardadores. De modo que quando não honramos tal
condição, pecamos contra Ele e o próximo.
Martinho
Lutero compreendeu bem as implicações de reconhecermos Deus como o Autor da
Criação: "Creio que Deus me criou, junto com todas as criaturas. Ele me
deu corpo e alma, olhos, ouvidos e todas as outras partes do meu corpo, minha
mente e todos os meus sentidos, como também os preserva. Ele me deu as roupas e
os sapatos, o alimento e a bebida, a casa e a terra, o cônjuge e os fi lhos, os
campos, os animais e tudo que tenho. Todos os dias, Ele provê abundantemente
tudo que preciso para alimentar meu corpo e minha vida. Protege-me contra todos
os perigos, serve de escudo e defende-me de todo o mal. Faz tudo isso por causa
de Sua bondade e misericórdia puras, paternais e divinas, e não porque
conquistei ou mereço isso".
Crer
que Deus é o Criador do mundo é aceitar resignadamente a Sua vontade e,
invariavelmente, assumir que é da Sua vontade que cuidemos da criação, pois é a
partir desta que nos alimentamos, vestimos e vivemos: tudo como bênção de Deus
para nós.
Cuidar
da terra faz parte do propósito de entender o início do Gênesis.
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