sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Os Pecados de omissão e de opressão

O amor cristão deve se manifestar em todo e qualquer ambiente que demanda o relacionamento humano. Principalmente nos círculos cristãos. Naturalmente, o amor de Cristo, não é nem pode ser um amor de viés obrigatório, pois amor compelido não é amor verdadeiro. O amor demonstrado por Jesus nos designa a ser um e somente um corpo com Ele. Por isso podemos destacar alguns desdobramentos do amor na relação profissional entre funcionário e patrão.
Enquanto funcionários de uma empresa, nossa real motivação deve ser a do respeito, pois somos chamados a viver numa dimensão de serviço a Deus, mas também aos homens. De sorte, não há como honrar a Deus se a minha dimensão relacional com os homens de autoridade está confusa ou quebrada. É impossível viver um dualismo entre “servir a Deus” e “não servir o próximo”.
O discípulo de Jesus é convidado a fazer o bem e a se aperfeiçoar naquilo que faz, não somente por causa do patrão, mas acima de tudo por Cristo. É aí que se revela a própria realização humana, pois patrão e funcionário têm um mesmo Senhor! Não há favoritismo de Deus nessa relação. O mesmo Senhor que auxilia o patrão é o mesmo que auxilia o funcionário. NEle, ambos são irmãos.

ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014


O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus

Diz um ditado popular: “Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados para você”. Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos mal entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a legitimidade de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira dissimulada. Mas o que está em questão nesta seção bíblica de Tiago (4.11-17) é o estilo de vida que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de ser superior a outra pessoa.
Nos versículos 13-15, Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de Deus sobre ela. Quem é verdadeiramente o juiz perfeito, senão Deus? Nós somos simples assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino. Quanta misericórdia Deus teve por você, por mim e tantos outros seres humanos! Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel tamanha misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é incerta e breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por isso, quem somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?


ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014


O Perigo da busca pela auto-realização humana


Por que existem conflitos, discórdias e males entre as pessoas cristãs? Tiago, o meio-irmão do Senhor, retoricamente, pergunta: “Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites que nos vossos membros guerreiam?” (v.1). Esta é a origem dos conflitos e das discórdias que o autor da epístola descreve na seção bíblica 3.1-3. Quão enganoso e destrutivo é o coração humano!
No terceiro capítulo, Tiago demonstra que a maioria das nossas desavenças e tramas perversas é fruto da ambição, ignomínia e sede de vermos o nosso desejo realizado. E qual o objetivo desta realização? O deleite! O líder da igreja de Jerusalém expõe a nudez da alma humana. Daí é que surgem muitas frustrações espirituais e da própria alma. O indivíduo tem uma relação com Deus não segundo a vontade divina, mas a sua própria, pois colocaram em sua cabeça que as bênçãos de Deus são para os seus deleites e prazeres. Neste ponto, Tiago é taxativo: “Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (4.2,3).
“Porque não pedis”, Tiago destaca esta expressão para compará-la, logo em seguida, com a outra posterior: “Pedis e não recebeis”. Porque alguém pede a Deus e não recebe, já que o nosso Senhor prometeu dar-nos tudo o que pedíssemos em seu nome? Esta é uma pergunta que só pode ser respondida à luz de um autoexame sincero, pois a Palavra responde com clareza: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. Temos de ter o cuidado, para não confundirmos a vontade de Deus com a nossa própria. Não podemos usar o nome de Deus para realizar as vontades e os prazeres particulares. Deus não se usa!
Portanto, desafie a classe para um autoexame honesto, sincero e transparente à luz da Palavra de Deus. Nada é melhor que o homem desnudar-se na presença do Altíssimo. O nosso Pai sabe o que está em nosso coração e qual a nossa verdadeira motivação de vida diante dEle. Num tempo dominado pelas ambições e prazeres humanos, a palavra ensinada por Tiago chega a uma ótima hora e desafia-nos a olharmos para nós e perguntarmo-nos: o que há em meu coração?



ARQUIVO FONTE: Subsídios - Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas extraído da Revista Ensinador Cristão Nº 59 do 3º trimestre de 2014