quinta-feira, 16 de março de 2017

(Subsídio Teológico Lição 12/ 1º Trim 2017) QUEM AMA CUMPRE PLENAMENTE A LEI DIVINA


Falando sobre a singularidade do amor, começaremos nossa definição fazendo uso das palavras de David Lim:

        A palavra grega agapê é mais frequentemente usada no tocante ao amor (caridade) com grande lealdade, visto no seu grau mais elevado como uma revelação da natureza própria de Deus. E o amor inabalável, concedido livre e gratuitamente. O amor é o âmago em cada um desses textos bíblicos (Rm 12.9-21; 1 Co 13; Ef 4.25; 5.2). Realmente, o
amor é o princípio ético, a força motivadora e a metodologia correta para todos os ministérios. Sem o amor, há poucos benefícios ao próximo e nenhum para quem exerce o dom.
Os desentendimentos surgem, e a igreja fica dividida; as pessoas saem magoadas. O amor forma o alicerce para o ministério com os dons e o contexto em que estes devem ser recebidos e entendidos. (HORTON, 1996, p. 488)

        Não há palavras que consigam depauperar o real sentido da palavra amor, que do grego é agápe. E Wilbur Gingrich e Frederick W Danker, no Léxico Grego do Novo Testamento, definem agápe desta maneira:

I - amor, afeição, estima a mais sublime virtude cristã (1 Co 13.13; G1 5.22-1). Mútuo entre Deus e Cristo, Jo 15.10; 17.26, de Deus ou Cristo aos homens Rm 5.8, etc.
A essência de Deus 1 Jo 4.8,16.-2. De homens, a Deus ou a Cristo, Jo 5.242; ou a outras pessoas 2 Co 8.7.-3. Como uma qualidade abstrata Rm 13.10; 1 Co 81; 131-3 (sendo o sentido determinado mais amplamente pelo contexto da passagem). II - Uma festa de amor, uma refeição comunitária da Igreja Primitiva, Jd 12, 2 Pe 2.13, v 1. (GINGRICH;
DANKER, 1984, p. 10)
Por meio dessas definições, o que realmente pretendemos dizer é que todas as nossas ações, se não estiverem alicerçadas no verdadeiro amor, não têm valor algum, pois ele é o vínculo da perfeição (Cl 3.14) e o cumprimento de toda a lei (Rm 13.10).
Existem outras palavras que podem falar de amor, como o erós, amor entre os sexos, está no campo da atração física. Para falar de um relacionamento mais íntimo, marcado com beijos, envolvendo corpo, mente e espírito, então se usa philia. Esse amor é desenvolvido na amizade, na atenção, na contemplação.
O amor storgé pode ser descrito como o amor familiar.
Em se tratando do amor agápe, o filósofo Jaime Snoek fala o seguinte:
Amor-agápe. No original grego, agápe significava hospitalidade para estrangeiros, virtude recomendada para contrabalançar um pouco a xenofobia. Pois a gente nunca sabe:
o estrangeiro podia ser um Deus em forma humana (ver At 14.1 lss). Ora, a novidade cristã consiste nisto: todos são de casa, não existe mais estrangeiro. Cristo superou a fatalidade de uma tradição de ódio: Ele é a nossa paz: de ambos os povos fez um só, tendo derrubado o muro da separação por meio da cruz na qual Ele matou a inimizade;
já não sois estrangeiros e adventícios, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus (Ef 2.14-19). Deus é isto: Agápe (1 Jo 4,8). (SNOEK, 1981, p. 149)
Diante desses conceitos, podemos então dizer que o amor agápe é singular na vida do ser humano:

1. Ele é o modelo que deve ser seguido por todos nós, pois é o amor que vem de Deus (Mt 5.43-48)
        Por meio do seu amor, Deus procura cuidar de todos, sua bondade alcança justos e injustos. Ainda que muitos se mostrem ingratos, Ele sempre está manifestando seu grande amor (Mt 5.45). Enquanto os filósofos ensinavam que o verdadeiro amor é aquele que é correspondido — como dizia Platão, “O amor é para os amoráveis” —, o agápe divino amou a todos, mesmo não sendo amado (Rm 5.8).

        Quem quiser amar de verdade basta tão somente tomar como padrão o amor de Deus. A singularidade do amor de Deus é que não há distinção; Ele não faz classificação de quem vai amar, mas ama a todos. O cristão que passa a ter em sua vida o amor ágape não ama apenas porque sentiu uma emoção, mas porque sabe que como cristão seu dever é amar, por isso tem essa dívida para com todos (Rm 13.8).

        Eu disse no início que ninguém pode esgotar o real significado de agápe, pois ele é totalmente divino, pois enquanto no amor humano eu amo quem me ama, no amor divino tenho que amar os meus inimigos. Isso só é possível se o fruto do Espírito estiver em mim (Mt 5.44).
        O amor ensinado pelos filósofos era que não se devia estar ligado a ninguém nem a qualquer objetivo, nem esboçar qualquer sentimento de emoção, caso de fato uma pessoa quisesse ser feliz. Desse modo, o melhor era não se importar com nada. Ao contrário do que ensinou Jesus, quem ama de verdade sempre se preocupa com o seu próximo, pois esse é o maior cumprimento de toda a lei.

2. O amor agápe como reflexo divino no homem
        Nós sabemos que Deus é amor (2 Co 13.11), quem vive nesse amor tem que ter um viver diferente para com o próximo, vai refletir na prática o amor que provará que de fato houve transformação na vida, no caráter, por isso grandes virtudes vão surgir (Rm 5.3-5). O cristão que tem o fruto do amor em sua vida demonstrará pelo seu viver paciência, alegria, bondade, misericórdia, etc. Na dinâmica do amor como reflexo divino, aquilo
que Deus é, amor, agora é manifestado em minha vida, pois como Ele se relaciona comigo na base do amor, eu me relaciono com o meu próximo de modo semelhante.
        Não havia como o homem entender o amor divino na sua quinta-essência; por isso Deus se revelou através de Jesus Cristo expressando seu grande amor por todos ([o 3.16). Paulo denomina o amor de Deus como de Jesus (Rm 8.35-39). Podemos dizer que a grande notabilidade do amor agápe está no mistério, amar quem está em pecado, amar quem nos odeia, amar quem não nos ama, quem nós não conhecemos. Esse é o mistério de agápe (Ef 3.19), e foi assim que Jesus fez (Rm 5.8).

3. O amor agápe exclui da nossa vida as meras aparências
        As vezes, entramos em uma igreja e vemos muitos cristãos alegres, cheios de cânticos, louvores e expressão de muita fé, capaz de remover montanhas, mas se todas essas atividades não estiverem banhadas pelo amor, será puro sentimentalismo, obras humanas. Paulo orava para que a igreja tivesse fé, mas uma fé estimulada pelo amor (Ef 6.23; Cl 1.4).
        Quem ama de verdade não faz nada pensando em si, buscando apenas louvores ou aplausos dos homens; quem ama de verdade não tem uma fé apenas explicativa, intelectualista, como alguns teólogos, mas procura doar-se trabalhar, esforçar-se para querer ver o outro bem, foi assim que o apóstolo Paulo procedeu (2 Co 8.7). No amor agápe não há máscaras, meras aparências, pois seu fundamento é Deus, sua realidade não pode ser dissimulada (Rm 12.9).

4. O amor agápe cria ambientes saudáveis
        Não há como se criar ambiente saudável se os bons padrões não forem ensinados. Paulo diz que o cristão recebeu de Jesus o ensino de como amar, por isso imperativamente ele deve andar em amor (Ef 5.2). Ambientes saudáveis só são possíveis se as pessoas presentes forem saudáveis também. Imagine estar no meio de pessoas amarguradas, invejosas, arrogantes, com certeza o clima será espesso, sombrio.
        O ambiente cristão é cheio de alegria, prazer, contentamento, porque a capa do homem do pecado já foi tirada, e uma nova, que é a do amor, foi posta. “E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14).
        Estar em um ambiente marcado pelo amor nos dá a certeza de nos sentirmos muito bem, por saber que ali as pessoas amam de verdade. Caso haja uma necessidade de correção, ela será feita com amor; se necessitar de se fazer algo, não será para promoção pessoal ou para ter alguma vantagem. Quem ama de verdade faz todas as coisas fundamentado no amor de Deus, e Ele não deseja o mal para ninguém (1 Co 16.14).
        No amor ágape, o que os cristãos buscam é a comunhão, a unidade, ele cria um vínculo de perfeição entre todos (Cl 2.2; Ef 1.15). O amor cristão não exclui ninguém, não cria partidos isolados, não aceita falsidade, pois ele busca a verdade, sinceridade (2 Ts 2.10; Ef 4.15), e quando essa verdade é dita não busca ferir ninguém, mas sim sarar para que a perfeita saúde espiritual apareça.

5. O amor agápe fala mais alto do que estremes palavras
Jesus pregou e ensinou, mas não se tratava de meras palavras, discursos; Ele deixou claro a todos que vivia o que pregava e ensinava.
Prova disso é que Ele chora pela cidade que não fez muito caso dos seus ensinos e dos profetas: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” (Mt 23.37).
        Bom seria se todos os pregadores fossem assim como Jesus. Ele não queria apenas auditório, agenda, popularidade, fama, mas seu desejo era que todos fossem salvos, que entendessem o plano de salvação montado por Deus (1 Tm 2.4). Mais do que simples palavras, as pessoas querem ser amadas; se dermos amor para os pobres, mendigos, dependentes químicos, os desabrigados, isso falará mais alto do que grandes discursos.
        Quem ama de verdade não usa seus argumentos filosóficos, teológicos, para enfraquecer o seu irmão, e mesmo estando seguro de uma verdade, evita proceder de uma maneira que possa prejudicar a fé do servo de Deus (Rm 14.1).
        Já ouvi pessoas dizerem: “Essa é a minha verdade e não me importo com quem não pensa como eu penso”, tais palavras são provas de que essa pessoa não vive o amor de Deus, pois a verdadeira liberdade cristã baseia-se no amor que cuida, ampara e deseja o bem de todos. Devemos orar por estes, para que os seus olhos sejam abertos e procure aprovar as coisas excelentes (Fp 1.10).
        Quem ama de verdade, não apenas com palavras (1 Jo 3.18), se interessa pelo seu irmão, procura respeitar seus sentimentos, suas opiniões, deseja saber como ele vai, o que está precisando. Quantos não estão agindo como o sacerdote e o levita; sabem da lei, fazem discurso sobre ela, mas passam ao largo porque não querem saber nem se interessam pelos problemas dos outros (Lc 10.31).
        Paulo é um grande exemplo de quem não queria desenvolver seu ministério apenas em palavras e livros escritos. Ao escrever uma carta, seu desejo era disciplinar, corrigir para o bem, buscando a perfeição dos crentes (1 Co 16.24; 2 Co 2.4). Certa vez, um jovem pregador disse que amava pregar e dar ensino, e um sábio irmão respondeu: “O melhor é amar as pessoas antes de amar a pregação e o ensino”. Quem ama apenas o ensino e a pregação, diz o que quer, escreve o que quer, mas se o amor estive presente, tanto a pregação como o ensino serão administradas visando ao crescimento espiritual de todos. Para termos o amor agápe de verdade, para que o mesmo esteja presente em tudo o que fazemos, devemos orar e buscá-lo com fervor (1 Co 14.1), pedindo a Deus, pela oração, para que essa virtude gloriosa esteja em nossa vida.

6. O amor agápe para com o próximo
        Amar o próximo conforme a Bíblia diz não é algo emocional nem parte de uma vontade puramente humana, mas é resultado de uma nova plantação que acontece em nossa vida, isto é, o Espírito Santo faz com que essa virtude do fruto esteja em nós para sermos benevolentes.
        Uma vida transformada pelo poder do Evangelho (Rm 1.16), sendo regenerada pelo Espírito, não dá mais espaço para os ressentimentos, ódio, inveja, ciúme, antipatia, pois no seu coração foi derramado o amor de Deus. “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5).
        As virtudes cristãs, conforme descreve Paulo em Gálatas 5.22,23, não podem ser praticadas por uma pessoa que ainda não foi transformada, nem podem ser impostas por meio de regras como se fossem apenas um código de ética. Elas só aparecem em terrenos em que as ervas daninhas do pecado já foram removidas (Jo 15.2,3).
        O desejo de uma sociedade feliz, sem crimes, mentiras, sem corrupção, sem traição, só será possível quando houver a transformação espiritual, e quando o Espírito Santo de Deus assumir completamente a vida de cada ser humano. Para isso acontecer, precisamos nos render à sua soberania divina e cumprir o que Paulo disse: Enchei-vos do Espírito Santo (Ef 5.18).
        O fruto do Espírito, ao agir em nossa vida, faz com que desenvolvamos para com o próximo as melhores intenções. Sem querer apenas mudá-lo, o que exigirá da nossa parte uma ação própria, e também demonstrando por meio do nosso caráter cristão o que realmente é o amor na prática, pelo nosso exemplo de vida em Cristo, poderemos despertá-lo a voltar-se para o amor divino.
        O amor agápe nos leva a amar o nosso próximo assim como Deus nos amou, pois, sendo nós pecadores, Deus nos tratou com sobriedade, por isso agora devemos seguir o que Jesus ensinou em Mateus 7.12. No amor ágape, aprendemos a nos relacionarmos bem com os outros, porque é isso que se infere no relacionamento amoroso que se dá entre o Pai e o Filho (Jo 3.35; 14.31; 17.26; Cl 1.13).

Amor e Lei (Rm 13.8-10)
        Se existe uma dívida que o crente nunca poderá pagar é o amor. Quem ama de verdade não trai seu cônjuge, não mata, não rouba, não cobiça, não dá falso testemunho e qualquer outro mandamento se resume nestas palavras: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. F. F. Bruce, fazendo uma explicação no seu comentário sobre esses versículos, escreve:

        Que a sua única dívida a outrem seja a dívida do amor.
Quem paga esse débito cumpre a lei. A citação de Levítico 19:18 “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Como um sumário dos mandamentos dos mandamentos, introduz Paulo diretamente na tradição de Jesus, que colocou estas palavras como o segundo grande mandamento ao lado de “Amarás o Senhor teu Deus...” (Dt 6.5), “o grande e primeiro mandamento”, acrescentando: “Destes dois mandamentos dependem toda lei e os profetas (Mt 22:37-40; ver Mc 12:28-34). Paulo menciona o segundo aqui, e não o primeiro, porque a questão imediata relaciona-se como os deveres do cristão para com o próximo - tema dominante dos mandamentos da segunda tábua do Decálogo. Estes mandamentos nos proíbem prejudicar o nosso próximo de qualquer modo. Visto que o amor nunca prejudica a outros, o amor cumpre a lei. (BRUCE, 2006, p. 194)

        O verdadeiro amor procura agir da melhor maneira para com as pessoas. Analisando Levítico 19.18, entendemos que o amor é um cumprimento da lei, mas dentro da teologia de Jesus Cristo, e também na própria visão de Paulo, o amor é resultado de uma vida em total e plena obediência a Deus.

Dados do autor desta obra em o livro obra da carne e o fruto do Espírito.
Osiel Gomes é pastor, formado em Teologia,Filosofia, Direito, Pedagogia, Psicanálise e pós--graduado em Docência do Ensino Superior.
Preside a Igreja evangélica Assembleia de Deus - Campo Tirirical, em São Luis, Maranhão.

Autor do blog: Almir Batista 

quarta-feira, 15 de março de 2017

Jesus e a Mulher Samaritana -V - Cristo Revela a Si Mesmo

Cristo Revela a Si Mesmo V - Ensinamentos Práticos
1. Fontes escondidas. A mulher samaritana não sabia que falava ao Messias, e que a poucos passos dela eslava a Fonte de Agua Viva; mas sua ignorância não alterava a realidade dos fatos. As águas do Rio Amazonas entram oceano adentro com tanta força que ainda há água doce a grande distância da praia. Certo navio não tinha mais água potável a bordo, c os tripulantes, longe da terra firme, fizeram sinal a outro navio, pedindo água. Demoraram muito tempo para acreditarem na resposta: “Desçam os baldes no oceano, porque é de água doce”. Finalmente experimentaram fazer isto e descobriram que realmente estavam cercados por água doce. Nós também estamos cercados em todos os lados por Deus, sustentados por Ele e vivendo nEle, c tantas vezes não tomamos conhecimento deste fato. deixando de lançar nossos baldes para recebermos a plenitude da sua graça. O Senhor Jesus abriu os olhos da mulher samaritana para que ela enxergasse a fonte das águas vivas, c fará o mesmo por nós. No cansaço, Fie nos mostrará uma fonte de refrigério; na tristeza, uma fonte de consolação; na enfermidade, uma fonte de cura; no desencorajamento, uma fonte de esperança (cf. Gn 21.16- 19; Ex 17.1-6; Nm 20.9-11; Is 43.19).
2. Sede chi alma. “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede”. Se nos colocássemos de vigia numa esquina, examinando o rosto de cada um dos inúmeros transeuntes, veríamos escrito nos semblantes da maioria desassossego, descontentamento insatisfação. A maioria das pessoas segundo parece, sofre a dor das ânsias não satisfeitas. Procurando a satisfação que seus corações tanto reclamam, uns vão ao cinema, outros procuram as drogas, outros procuram se esquecer dos problemas mediante vários tipos de atividades febris. Se realmente soubessem ler seu próprio coração, diriam, juntamente com o salmista: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (SI 42.2). O Espírito Santo é a Água Viva que satisfaz a alma, e Jesus Cristo veio a este mundo para nos levar “para as fontes das águas da vida” (Ap 7.17).
3. O Espírito que habita em nós. Spurgeon escreveu:

“O poder do Espírito Santo que habita cm nós é superior a todos os reveses, como um rio que não pode ser forçado a ficar debaixo da terra, por mais que procuremos represá-lo... Quando o Senhor dá de beber a nossas almas, das fontes que brotam da grande profundidade do seu próprio amor eterno, quando nos dá a bênção de possuirmos cm nosso íntimo um princípio vital de graça, nosso ermo se regozija, e desabrocha cm flores como a roseira, c o deserto ao nosso redor não pode murchar o nosso crescimento verdejante; nossa alma fica sendo um oásis, mesmo quando tudo ao nosso redor é secura infrutífera.

Pearlman, Myer
PHAj João, o Hvangelho do Filho de Deus.../
Myer Pearlman - l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995. p. 236. cm. 14x2 1 ISBN 85-263-0025-3
Almir Batista 

Jesus e a Mulher Samaritana -IV - Cristo Revela a Si Mesmo

Cristo Revela a Si Mesmo (Jo 4.19-29)
/. A expressão de perplexidade. A mulher, atônita diante do discernimento de Jesus, exclama: ‘‘Senhor, vejo que cs profeta”, c passa a levantar um problema religioso, da controvérsia entre os samaritanos e judeus: “Nossos pais adoravam neste monte [Gerizim] e vós dizeis que é cm Jerusalém o lugar onde se deve adorar.” A pergunta surgiu não somente do desejo de desviar o problema do pecado dela para o campo de generalidades teológicas, como também de um real desejo de saber como procurar comunhão com Deus e se erguer acima da sua baixa situação moral. Aproveitou a presença de um profeta para esclarecer suas dúvidas. Jesus, em resposta, mostrou que a verdadeira adoração c matéria de atitudes certas, e não do lugar certo; não se trata de onde, c sim de como.

2. Cristo revelado. Cheia de alegria pelas verdades que ouve, a mulher se lembra do que se lhe contou acerca de um grande Mestre que haveria de vir, enviado da parte de Deus: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo”. Jesus não podia se revelar abertamente aos fariseus porque estes não percebiam as próprias carências espirituais. No entanto, sempre estava disposto a se lazer conhecido a todos aqueles que sentissem necessidade dele (cf. Mt 1 1.25-27). Cristo sempre se revela àqueles que amam a sua vinda. Foi assim que revelou-se aos primeiros discípulos (Jo 1), c a Nicodemos (Jo 3.13; 9.35-38).


d. Começa o serviço cristão. A mulher imediatamente tornou-se missionária do Profeta c Messias que acabara de descobrir. “Deixou pois a mulher o seu cântaro” - mostrando que, na alegria de descobrir a Agua Viva, esquecera-se da sua procura pela água natural _ “e foi â cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura não c este o Cristo?” (cf. Jo 1.41). Nada mais natural do que alguém que recebeu a Agua Viva para beber levar outros à mesma Fonte.

Pearlman, Myer
PHAj João, o Hvangelho do Filho de Deus.../
Myer Pearlman - l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995. p. 236. cm. 14x2 1 ISBN 85-263-0025-3
Almir Batista