segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Deus pode arrepender-se?

Números 23:19 diz: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará?" Mas outras passagens dizem que ele tem se arrependido. "... Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra ..." (Gênesis 6:6-7). "Então, se arrependeu o Senhor do mal que dissera havia de fazer ao povo" (Êxodo 32:14). Como podem estas afirmações ser conciliadas?

Em qualquer estudo de textos difíceis da Bíblia, precisamos primeiro olhar para o contexto. Números 23:19 é uma afirmação da fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Foi impossível para Balaão amaldiçoar os israelitas porque Deus os tinha abençoado e lhes prometido prosperidade. Cada vez que ele tentou amaldiçoá-los, Deus transformou suas palavras em mais bênçãos. Deus nunca mente e nunca quebra uma promessa. Paulo afirmou sua confiança na fidelidade de Deus: "Fiel é esta palavra: se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:11-13). A fidelidade de Deus dá segurança ao obediente.

Os contextos de Gênesis 6 e Êxodo 32 são diferentes. Em ambos casos, Deus é fiel. Sua "mudança de sentimento" é por causa das mudanças feitas pelos homens. Em Gênesis 6, ele se preparou para destruir aqueles que o abandonaram. Em Êxodo 32, ele estava pronto para destruir o povo mas arrependeu-se por causa do apelo penitente de Moisés. Estes casos ilustram o que Paulo disse: "... se o negamos, ele, por sua vez, nos negará".
Uma das explicações mais claras deste assunto na Bíblia é encontrado em Jeremias 18:1-10. Os planos de Deus para abençoar ou destruir são condicionais.  Se uma nação que está sendo abençoada se volta para o pecado, Deus irá condená-la a ser destruída. Se o povo desobediente se converte ao Senhor, ele o poupará da destruição. Isto não é vacilação por parte de Deus. Ele está simplesmente sendo fiel ao seu justo caráter.

Deus não quer que ninguém morra em pecado. Ele quer que todos se arrependam para receber a bênção da vida eterna (2 Pedro 3:9).

-por Dennis Allan
fonte-http://www.estudosdabiblia.net/

sábado, 19 de dezembro de 2015

Olhando para o lado errado João 5:1-9




Jesus vai a Jerusalém e visita um tanque chamado de Betesda, ao redor do qual há uma multidão de enfermos.

Essa multidão está ali esperando ver um movimento na água feito por um anjo. O primeiro que entrar no tanque assim que a água se mover é curado.

Ainda que alguns manuscritos não tragam o versículo 4, que fala desse anjo, o relato está bem de acordo com a dispensação que vigorou para Israel, quando os anjos faziam a intermediação entre Deus e os homens. Foi por intermédio deles que a Lei foi dada a Moisés, e esta exigia que o homem fizesse algo de si mesmo se quisesse ser abençoado, como por exemplo, ser capaz de ver a água se mover e mergulhar no tanque.

Com tantos cegos, coxos e aleijados jazendo ali, fica difícil imaginar como alguém conseguia entrar a tempo de aproveitar o efeito curativo do movimento da água. Os cegos nem podiam ver a água se mover, e os coxos e
aleijados não tinham a agilidade suficiente para cumprir a tarefa. Do ponto de vista espiritual, todas aquelas pessoas estavam numa mesma condição: incapazes de fazer qualquer coisa para se salvarem.

É este também o cenário atual: um monte de gente esperando por um sinal visível para executar algum tipo de ação e se livrar de seus problemas. O que as pessoas não percebem é que os problemas são consequência de
um problema maior: a condição de pecadores perdidos. Alguns ali talvez preferissem tentar ver o anjo antes do movimento da água, e gente ocupada com anjos é o que não falta em nossos dias.

O problema dos doentes no tanque de Betesda é que estão olhando na direção errada, esperando a salvação de algum anjo, sinal visível ou esforço próprio. Mas o único que pode salvá-los está bem ali no meio deles, mas
ninguém está olhando para ele. Assim é todo ser humano. 

A carta aos Romanos diz que não há quem busque a Deus, nem um sequer.
Por isso a iniciativa parte de Jesus, que não apenas vê o homem enfermo, mas sabe perfeitamente que ele está assim há trinta e oito anos. Ele pergunta ao homem se quer ser curado, mas o pobre enfermo está tão
preocupado com suas próprias limitações, que explica que não tem ninguém para colocá-lo no tanque quando a água se move. Mas quem falou em tanque?

“Levante-se! Pegue a sua maca e ande” (Jo 5:8), diz Jesus. O resultado é o mesmo de todas as outras vezes em que bastou uma palavra do Senhor para cegos enxergarem, mudos falarem e mortos ressuscitarem.

Se você deseja ser curado de seus pecados e ter vida eterna, por que continua olhando para si mesmo ou para qualquer outro que não seja Jesus? Não estou falando de uma religião, mas de uma pessoa. A religião quer que você continue preso ao leito das incertezas, pois ela vive disso.


A comida



João 4:28-42

A mulher samaritana passa por uma transformação, depois que Jesus se revela a ela como o “Eu sou”, a mesma expressão usada por Jeová para se revelar a Moisés no Antigo Testamento. Duas coisas caracterizam essa transformação, e a primeira é largar seu cântaro. O cântaro era sua forma de obter e garantir o suprimento da água que Jesus revelou ser efêmera. “Quem beber desta água terá sede outra vez” (Jo 4:13), disse ele à mulher. Todas as coisas que parecem nos satisfazer perdem o seu significado quando conhecemos o Salvador, Jesus Cristo, o Senhor.

É isso que Jesus tenta mostrar aos discípulos, que acabam de chegar à beira do poço e insistem para que ele coma a comida que trouxeram. Depois de falar à mulher da água viva, que sacia a sede que a água natural não consegue saciar, Jesus revela aos discípulos o que satisfaz mais do que qualquer alimento natural: fazer a vontade do Pai e realizar sua obra.

E é esta a segunda característica da transformação da mulher samaritana. Ela revela estar em total sintonia com esse pensamento ao correr para a cidade para fazer a vontade do Pai e realizar sua obra. Saciada sua sede espiritual, ela corre para a comida que verdadeiramente satisfaz. Afinal, segundo Jesus, os campos já estão prontos para a ceifa, e a vontade do Pai é que seja iniciada a colheita.
Comparados à mulher samaritana, que literalmente põe mãos à obra, os discípulos são lentos em compreender isso. Eles voltam da cidade trazendo comida para o corpo. Ela corre à cidade levando comida para a alma de seus habitantes. Hudson Taylor, um dos primeiros missionários britânicos na China, escreveu o seguinte:

“Alguns se orgulham de serem sucessores dos apóstolos; eu prefiro ser sucessor da mulher de Samaria, pois, enquanto os apóstolos estavam preocupados em buscar comida, ela largou o seu cântaro por causa de seu zelo em buscar almas”.

A mesma mulher, que tinha vergonha de ir ao poço numa hora em que outras mulheres estivessem lá, agora fala de Jesus com ousadia. Ela diz aos outros que encontrou alguém que revelou tudo o que ela tinha feito e os convida a também se encontrarem com ele. Encontrar-se com Jesus é deixar que ele escancare a sua vida; é perder o medo de que que cada mancha de pecado seja revelada.
Aqueles que amam mais as trevas do que a luz são como insetos escondidos sob uma pedra e não querem nem pensar em ter seus pecados escancarados diante de Jesus.
Mas — eu pergunto — como alguém poderá limpar perfeitamente algo se não tiver luz suficiente para enxergar toda a sujeira? Aqueles que vão agora mesmo e sem reservas a Jesus têm seus pecados totalmente expostos e lavados por seu precioso sangue.


Por: Mario  Persona.