quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÂO DIVINA.


TEMA O COMEÇO DE TODAS AS COISAS:






Como apresentado na tabela acima, o livro de Gênesis se divide em quatro partes principais: (1) a Criação; (2) a narrativa pré-patriarcal; (3) os patriarcas na Palestina; e 4) os patriarcas no Egito. Os 50 capítulos de Gênesis darão conta desse esboço, do desenvolvimento da história do povo de Deus.
Tecnicamente, pode-se dizer que o gênero literário predominante no livro de Gênesis é o da narrativa. As narrativas variam entre antes e depois da Era do Patriarcado na Palestina. Esse gênero literário nos permite perceber que as histórias ali narradas foram elaboradas de maneira a prender a atenção do leitor a ponto de levá-lo ao clímax da história: a saga do povo de Deus rumo à Terra Prometida.
A partir dessa percepção, podemos inferir o propósito do livro de Moisés: contar a maneira e motivo de o Deus de Israel escolher a família de Abraão e fazer uma eterna aliança com ela. Para os cristãos, essa aliança tem uma importância preponderante, pois foi a partir da aliança de Deus com Abraão que Jesus de Nazaré foi feito o Messias prometido: o Messias seria judeu, da família de Davi, descendente direto da casa de Abraão. De modo que também a Igreja de Cristo foi pensada sob a aliança estabelecida entre Deus e Abraão. Por isso, o apóstolo Paulo escreve convictamente: "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa" (Gl 3.28,29).
Portanto, há razão sufi ciente para dedicarmo-nos ao estudo do livro de Gênesis. Ele apresenta o início da história da salvação. Em Gênesis, somos convidados a compreender como começou a história do povo de Deus que culminou na revelação de Jesus Cristo, a fi m de que hoje fôssemos alcançados pela graça de Deus em Cristo Jesus, o nosso Senhor.



O preparo e desempenho do professor da ED







Antonio Gilberto

Mestre em Teologia; Licenciado em Pedagogia e Letras; Psicólogo; Membro da Academia Evangélica de Letras; Membro da Casa de Letras Emílio Conde; Autor do livro Manual da Escola Dominical, A Escola Dominical entre outro, todos editados pela CPAD; Comentarista da Revista Lições Bíblicas para Jovens e Adultos da CPAD; Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD; Membro da junta diretora da Global University, em Springfield – Missouri/EUA.



  “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2 Tm.2.2).

Segunda Parte
2 - O desafio da “transmissão” do ensino pelo professor: “Confia-o a homens” (2 Tm 2.2). • Ensinar na igreja não está confiado a anjos. Ver “At 10.1-6; 11.13,14.”
Deus usa homens para falar a homens ( e mulheres), mas Ele não usa um qualquer.
• Ensinar na igreja, É um grande “privilégio” da parte de Deus, e perante Ele.
É uma grande “responsabilidade” para com a Palavra de Deus.
É uma grande “oportunidade”, que deve ser sabiamente aproveitada enquanto a tivermos.

3 - O desafio da “fidelidade” do professor: “Homens fieis” (2 Tm 2.2)
• Homens e mulheres fiéis a Deus: Fiéis aos impulsos do Espírito Santo; fiéis à doutrina bíblica à igreja; aos dirigentes; aos companheiros de trabalho; aos compromissos assumidos na obra do Senhor.
• Não é fácil permanecer fiel em tempos espiritual e moralmente difíceis como os atuais, preditos em 2 Tm 3.1-5; 1
Tm4.1; Lc 17.26-30;32;18.8b.

4 - O desafio ‘’da capacidade do professor: “que sejam idôneos” (2 Tm 2.2)
• Isto é qualificado; competentes; preparados; experientes.
• Idôneos na vida espiritual; no procedimento; no comportamento; nas dificuldades; na experiência adquirida.

5 - O desafio de servir os outros, ensinando: “para também” ensinarem os outros” (2 Tm 2.2).
• Servir na transmissão do ensino da Palavra.
“Que maneja bem a Palavra da verdade “( v.l 5) .
A transmissão da Palavra, de cabeça para cabeça, alcança apenas a cabeça do ouvinte.
Transmissão, de coração preparado. “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos” (Ed 7.10).
Transmissão para coração receptivo. “E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” (At 16.14).

6 - O desafio da pureza doutrinária do professor: “se desviaram da verdade (v.18). “E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” 2 Tm 4.4).
• Falsas doutrinas; falsos ensinos, como se fossem verdadeiros.
• Os atuais “Movimentos” e “Igrejas” heterodoxos quanto a fé e a doutrina cristã.

7 - O desafio: da santificação de vida do professor “santificado e idôneo” (v.2l).
• A santificação do crente é hoje nas igrejas modernistas um assunto evitado, ultrapassado, antipático, antiquado, esquecido.
Mas a mensagem de Deus não muda: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14); “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
“É muito instrutivo e edificante que este múltiplo desafio ao mestre na Palavra situe-se entre os versículos 1 e 3, de 2 Timóteo cap. 2”.
É que no v.1, o obreiro é retratado como “filho”, e no v.3, é retratado como “soldado”. ‘ No trabalho do Senhor, o obreiro deve sempre reunir as duas coisas.

D. Os objetivos da Educação Cristã na Igreja
Nesta vida, qualquer empreendimento sem objetivos definidos a atingir, virá ia enfrentar desânimo, encalhe, recuo, estagnação, paralisação e por fim, fracasso. Na obra de Deus, objetivo é a meta planejada traçada e definida que se pretende alcançar pela fé em Deus, pela oração perseverante, e por uma ação coordenada e posta em pratica pelos obreiros responsáveis. São três os objetivos “gerais da educação” cristã na Escola Dominical:
- Objetivos bíblicos permanentes
- Objetivos da lição bíblica semanal
- Objetivos permanentes do professor da classe
1. Objetivos bíblicos permanentes
a) Conhecimento da Bíblia como a Palavra de Deus
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8.32; ( SI 119.105 ; 2 Pe 3. 18; 1.19 )
b) Salvação do aluno: “Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebi com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma”(Tg 1.21; 1 Pe 1.23; Sl 51.13; 2 Tm 2.15 as Sagradas Escrituras que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há Cristo Jesus”,)
c) Crescimento espiritual do aluno
d) Mt 28.19. Crescimento pelo discipulado cristão.
“E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele” .
1 Pe 2.2,5 “vades crescendo”; “sois edificados”
“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascido, o leite racional, não falsificado, para que, por ele,vades crescendo,” “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.
Ef 4.15.16. “crescendo em tudo nAquele
“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”
Do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxilio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”
Segui a paz
com todos, e a
santificação, sem
qual ninguém
verá o Senhor.
(Hb 12.14)

1 Sm 2.26 Crescendo também socialmente
“E o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também os homens”
e) Vida consagrada
(Mc 12.30; 1 Ts 5.23,24; Rm 12.1,2; Mt 16.24)  Lc 5.11,28 “deixaram tudo e o seguiram”.
Preparação do crente para o serviço do Senhor 2 Tm 2.15; 3.16,17; 1 Tm 3.8 “não neófito”. O preparo dos obreiros do A.T. (levitas, sacerdotes, profetas etc; bem como o preparo dos discípulos e apóstolos de Jesus, no A.T.)
Renovação espiritual constante (2 Co 4.1’6; Ef 5.18; Tt 3.5; SI 92.10; 103.5; 119.25.) 2 Tm 1.6 “ que despertes” (gr)
2. Objetivos da lição bíblica semanal
• Esses objetivos da lição bíblica semanal visam o aluno da ED
Em cada lição semanal da revista da ED, esses objetivos são propostos com destaque ao aluno.

3. Objetivos permanentes do professor da classe
São objetivos permanentes do professor para com seus alunos.
Esses objetivos são:
1) Que os alunos pela ação do Espírito Santo, aprendam intelectivamente a lição bíblica ensinada na classe.
Este objetivo visa o poder intelectivo do aluno; a sua cognição.
2) Que os alunos Sintam da parte de Deus, algo em suas almas, quanto ao que aprenderam da lição e que tomem atitudes pondo em prática os ensinos da lição.
Este objetivo visa o poder afetivo do aluno; sua afetividade.
3) Que os alunos pratiquem, pelo poder de Deus, o que aprenderam da lição bíblica semanal Este objetivo visa o poder volitivo do aluno; a sua vontade. Visa a mudança de conduta do aluno para melhor, segundo a Palavra de Deus.
Confira na próxima edição a terceira e última parte deste artigo.

Extraído da Revista Ensinador Cristão.

Dicas para o Professor

Dicas para o Professor
Pr. Marcos Tuler



Pedagogo, Bacharel em Teologia, Pós-graduado em Docência Superior, Psicopedagogia, Reitor da Faculdade Evangélica de Ciência e Tecnologia da CGADB (FAECAD), Vice-Diretor do Seminário Evangélico Boa Esperança (Bento Ribeiro/RJ), Membro da Casa de Letras Emílio Conde, Membro Correspondente da Academia Evangélica de Letras do Brasil, Professor universitário, escritor, comentarista das lições de Adolescentes e Juvenis da CPAD, conferencista, articulista. Autor de vários livros publicados pela CPAD.



Como trabalhar com grupos de estudos na sala de aula

"Aprendemos quando compartilhamos experiências" (John Dewey)
Nem sempre estamos preparados para aceitar opiniões e contribuições dos outros. Esse comportamento é prejudicial

O professor que incentiva a participação dos alunos em sala promove a "aprendizagem cooperativa", ou seja, a troca de experiências. Professores e alunos ajudam-se mutuamente, como parceiros no processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, aprendizagem cooperativa ou colaborativa é um processo pelo qual os membros de um determinado grupo ajudam e confiam uns nos outros a fim de atingir um objetivo combinado. A sala de aula é um excelente lugar para desenvolver as habilidades de criação de um grupo.
O ponto de partida é reconhecer que os estudantes aprendem não apenas com o professor, mas também uns com os outros. Na ED, isso pode ser verificado por meio de várias atividades sugeridas pelo professor, tais como trabalhos de grupos, estudos de casos ou discussões. De acordo com o que lecionou o educador americano John Dewey, "aprendemos quando compartilhamos experiências".
O professor deverá criar situações que estimulem a cooperação, proporcionando experiências que envolvam interação direta, dependência mútua e responsabilidade individual. Será necessário ainda, enfatizar a aprendizagem e o exercício das aptidões indispensáveis à cooperação, como a habilidade de escutar, falar, e ajudar-se mutuamente.

1. Competências imprescindíveis aos componentes de um grupo de estudo.

A aprendizagem cooperativa é interativa. Na qualidade de membro de um grupo o aluno deve:

a) Desenvolver e compartilhar um objetivo comum;

O ideal é que os próprios alunos escolham ou participem da escolha do tema do trabalho a ser desenvolvido. Se eles participarem da escolha do tema é certo que também terão em mente as razões que os levarão à conclusão do trabalho. Os objetivos têm de ser partilhado com todos.

b) Compartilhar sua compreensão de determinado problema, questões, insights e soluções.

Há alunos que são quietos por natureza. Quase não se percebe sua presença na sala de aula, mas... de repente... mostram-se inteligentes, especiais. Trata-se do tão falado insight. Aquela ideia maravilhosa, compreensão clara e repentina da natureza íntima de determinado assunto, que nos vêm sem que sequer percebamos. Todas as questões, insights e soluções, independente de quem os tenha, terão de ser compartilhados.

c) Responder aos questionamentos e aceitar os insights e soluções dos outros;

Nem sempre estamos preparados para aceitar as opiniões e contribuições dos outros. Imaginamos que somente nós temos boas ideias. Isto é, o que o outro pensa ou sabe a respeito do tema que está sendo tratado, na nossa consideração, é insipiente, incompleto ou até mesmo irrelevante. Este tipo de comportamento é prejudicial ao relacionamento do grupo e ao resultado final do trabalho, embora seja comum em nossas classes.

d) Permitir aos outros falarem e contribuírem, e considerar suas contribuições;

Tanto o professor quanto o aluno, jamais poderão desprezar ou desconsiderar a cooperação de qualquer pessoa que seja. Pois, todos possuem experiências para compartilhar.

e) Ser responsável pelos outros, e os outros serem responsáveis por ele;

No trabalho de grupo, ao mesmo tempo em que cada um é responsável por si e por aquilo que faz, também o é pelos outros e pelo que os outros fazem.

f) Ser dependente dos outros, e os outros serem dependentes dele. No trabalho de grupo, todos dependem de todos.

Não há espaço para individualismo ou estrelismo. O trabalho de grupo é como uma edificação. Todos constroem sobre o que outros já construíram.

2. O que permite a criação de um bom grupo de aprendizagem?

Muitos mestres encetam trabalhos de grupo em suas classes, sem conhecerem os processos grupais. Vejamos como os alunos se comportam e se relacionam em grupo e quais atitudes devem ser tomadas em cada situação:

a) O professor pode facilitar a discussão e sugerir alternativas, mas não deve impor soluções aos grupos, especialmente àqueles alunos que apresentam dificuldades de trabalhar em conjunto.

b) Os grupos deverão ter de três a cinco componentes, pois, grupos maiores têm dificuldade em manter os membros envolvidos o tempo todo.

c) Grupos designados pelo professor, normalmente, funcionam melhor que os que se formam por si mesmos.

d) Em um grupo de trabalho há níveis diferentes de habilidades, formação, experiência.

e) Cada participante fortalece o grupo e cada membro é responsável não apenas por dar força, mas também por ajudar os outros a entender a fonte de suas forças.

f) O membro que não se sentir confortável com a maioria deverá ser encorajado e fortalecido a fim de dar sua contribuição.

g) A aprendizagem é influenciada positivamente com a diversidade de perspectivas e experiências.

h) Com o trabalho de grupo aumentam-se as possibilidades para a resolução de problemas.

i) Cada componente deve comprometer-se com os objetivos estabelecidos.

j) Avaliações deverão ser feitas para se verificar quem realmente está contribuindo em benéfico de todos.

l) O grupo tem o direito de excluir um membro que não coopera e não participa; isto é, depois de tomadas todas as medidas a fim de que a situação se reverta. (O aluno excluído terá de encontrar outro grupo que o aceite.)

m) Qualquer aluno tem o direito de sair do grupo, caso perceba que está fazendo a maior parte do trabalho com pouca ou nenhuma ajuda dos outros (esse aluno, facilmente encontrará outro grupo que acolha suas contribuições).

n) Algumas responsabilidades operacionais são compartilhadas, definidas e concordadas pelos membros de um grupo. Por exemplo:
- Todo o grupo deve comprometer-se em participar, preparar e chegar na hora para as reuniões;
- As discussões devem ser focadas nos temas, evitando críticas pessoais;

3. O aluno aprende por meio da interação em sala de aula.

Na interação entre professores e alunos, supõe-se que os mestres ajudem inicialmente os estudantes na tarefa de aprender, visto que esse auxílio logo lhes possibilitará pensar com autonomia. Para aprender, o aluno precisa ter alguém ao seu lado, que o acompanhe nos diferentes momentos de sua aprendizagem e esclareça suas dúvidas, ajudando-o a alcançar um nível mais elevado de conhecimento.
Cabe ao professor conhecer seus alunos, a fim de familiarizar-se com os modos por meio dos quais eles raciocinam. Desta forma, os estudantes poderão, aos poucos e com os próprios esforços, formularem conceitos e noções da matéria de estudo.
Os comportamentos do professor e dos alunos estão, portanto, dispostos em uma rede de interações que envolvem comunicação e complementação de papéis, onde há expectativas recíprocas.
Nessas interações é importante que o professor se coloque no lugar dos alunos para compreendê-los (empatia), ao mesmo tempo em que os alunos podem conhecer as opiniões, os propósitos e as regras que seu mestre estabelece para o grupo.

Pr. Marcos Tuler