domingo, 16 de outubro de 2016

A ORIGEM DOS CALENDÁRIOS

"Quando teve início a Era Cristã? E qual a origem dos calendários, mormente do
nosso?"
"Era" é um acontecimento marcante, que serve de partida de um sistema
cronológico. No que tange à Era Cristã, ela teve início no nascimento de Jesus Cristo. É
comumente escrita em forma abreviada "AD"do latim "Anno Domini" que significa
Ano do Senhor. Para as datas antes do nascimento de Jesus, usa-se a abreviatura "AC"
que se refere às palavras Antes de Cristo. A contagem do tempo que vai de Adão a Cristo é feita no sentido regressivo, isto é, o cômputo de Cristo para Adão. Noutras
palavras, partindo de Adão para Cristo, os anos diminuem até chegar à Era Cristã,
portanto de Cristo para Adão (o normal), os anos aumentam. É que Jesus é o centro de
tudo, e também do marco divisório e central do tempo.
Quando Jesus nasceu, o Império Romano dominava o mundo. Os romanos
datavam seus acontecimentos tomando por base o ano da fundação de Roma: o ano 753
antes de Cristo. Para os romanos, esse ano era o "1 AUC". As iniciais "AUC" são três
palavras latinas "Anno Urbis Conditae" que significam: "O ano em que a cidade foi
fundada". A alusão é à cidade de Roma. A era romana começa em 1 AUC.
A palavra calendário vem do latim "calenda" primeiro dia de cada mês entre os
romanos. Seu uso é tão antigo quanto a própria humanidade. Ao que se sabe, os
primeiros povos a usarem calendário foram os egípcios. Há calendários diversos.
O Calendário romano. Foi organizado por Rômulo, que, segundo a história, foi o
primeiro rei de Roma, então cidade-reino. Reinou em 753-715 a.C. Esse calendário
tinha dez meses de trinta dias. Numa Pompílio, o sucessor de Rômulo, reformou-o,
acrescentando-lhe dois meses, passando o a-no então a ter 355 dias.
O Calendário Juliano. Júlio César reformou o Calendário romano em 46 a.C.
através de seu astrônomo, Sosignes de Alexandria. A partir de então, esse calendário
passou a chamar-se juliano. César cometeu um pequeno erro, ao considerar o ano solar
como tendo 365 dias e 6 horas, quando ele tem 365 dias, 5 horas e 49 minutos. Esses
minutos acumulados anualmente, somaram 10 dias em 1582, o que motivou o papa
Gregório XII a reformar outra vez o calendário. Falaremos desse calendário mais
adiante.
O Calendário de Dionísio. Em 526 d.C, o imperador romano do Oriente,
Justiano I, decidiu organizar um calendário original partindo do ano do nascimento de
Jesus. A tarefa foi entregue ao abade dominicano Dionysius Exigiuus, que fixou o ano 1
d.C, isto é, o ano 1 da Era Cristã. Como mais tarde ficou comprovado, ele devia ter
fixado o ano 1 d.C. cinco anos antes, isto é, em 749 AUC, e não 753. Seu erro foi um
atraso de 5 anos na fixação do ano 1 da Era Cristã. Uma vez concluído, esse calendário
passou a ser adotado em todo o mundo onde quer que o cristianismo se pregava.
Tempos depois, os doutos na matéria encontraram erros no calendário de
Dionísio. Davis, citando o historiador judeu Flávio Josefo, mostra que Herodes morreu
depois do nascimento de Jesus, logo o calendário de Dionísio está errado quando afirma
que Jesus nasceu em 753 ÂUC. Se Herodes morreu em 750, então Jesus nasceu em 749
AUC, isto é, quatro a-nos antes do ano 1 da Era Cristã (?). Notemos que de 753 a 749 há
quatro anos, e não cinco como parece à primeira vista, por causa dos meses que
ultrapassaram de quatro anos. Conforme os estudos dos eruditos, arrendonda-se o
número de anos para cinco, para facilidade de cálculo.
Eis aí a razão por que livros e publicações em geral afirmam que Jesus nasceu
em "5 a.C", isto é, 5 anos antes da Era Cristã, o que é um contra-senso se não houver
uma explicação. Como poderia Jesus nascer 5 anos antes do seu nascimento? A
explicação já demos acima. E, por qual razão perpetuou-se o erro em vez de corrigi-lo?
É que uma vez descoberto o erro (um atraso de cinco anos), sua correção no calendário
acarretaria problemas seríssimos nas atividades humanas. Portanto, as datas atuais estão
atrasadas quase 5 anos.
O Calendário gregoriano. Em 1582 o papa Gregório XIII aconselhado pelo
astrônomo Calabrês Líbio, alterou num ponto o calendário de Dionísio. Gregório tirou
10 dias do ano 1582 a fim de corrigir a diferença de dias devido ao acúmulo de minutos
a partir de 46 a.C. quando César reformulou o calendário. Por causa dessa pequena
alteração o calendário atual é denominado gregoriano. A Grécia e a Turquia ainda observam o Calendário juliano, o qual está 13 dias adiante em relação ao nosso.
As datas exatas do nascimento e morte de Jesus não se sabe com precisão. O que
se tem é apenas uma idéia aproximada. A primeira comemoração do Natal de Jesus em
25 de dezembro deu-se em 325, em Roma, mediante o imperador Constantino. Até hoje
a Igreja Ortodoxa observa o Natal em 6 de janeiro, e os armenianos em 19 de janeiro. A
data não importa muito, e sim o propósito e o espírito da comemoração.
As divisões do tempo:
1. O dia. Entre os judeus, o dia ia de um pôr-do-sol a outro. Entre os romanos,
ia de uma meia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram computadas
separadamente, isto é, doze e doze, isto entre os romanos: Jo 11.9; At 23.23. Entre os
judeus, no entanto, a hora primeira do dia era às seis da manhã. O mesmo ocorria em
relação à noite.
2. A semana. Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes e sim
números, com exceção do 6? e 79 dias, que também tinham nomes: Lc 23.54. (Trad.
Brás.)
3. Os meses. Eram lunares. A lua nova marcava o início de cada mês, sendo
esse dia festivo e santificado: Nm 28.11-15; 1 Cr 23.31. Tinham 29 e 30 dias,
alternadamente. Antes do exílio babilônico eram designados por números. Depois disso,
passaram a ter nomes e números.
4. Os anos. Tinham 12 meses de 29 e 30 dias. Os judeus observavam dois
diferentes anos: o religioso, que começava em Abibe (mais ou menos o nosso abril), e o
civil, que começava em Tisri (mais ou menos o nosso outubro).
5. Os séculos. Sua computação: Século I. Compreende os anos 1 a 100
d.C.
Século II. Compreende os anos 101 a 200 d.C.

Século III. Compreende os anos 201 a 300 d.C, e assim por diante.

extraído do livro a Bíblia responde/ CPAD.

CAIM MATA SEU IRMÃO ABEL. DEUS O EXPULSA. SUA POSTERIDADE É TÃO MÁ QUANTO ELE. VIRTUDES DE SETE, OUTRO FILHO DE ADÃO.

Gênesis 4. Adão e Eva tiveram dois filhos e três filhas. O primeiro chamava-se Caim, que significa "aquisição", e o segundo, Abei, que quer dizer "aflição". Os dois eram de temperamentos completamente opostos. Abel, que era pastor de rebanhos, era mais justo.  Considerava que Deus se fazia presente em todas as suas ações e só pensava em agradar-lhe. Caim, ao contrário, que por primeiro trabalhou a terra, era muito mau.

Buscava apenas proveito próprio. A sua horrível impiedade levou-o ao excesso de furor, a ponto de matar o próprio irmão. Eis a causa disso: Ambos resolveram oferecer um sacrifício a Deus, Caim, dos frutos de seu trabalho, e Abel, do leite e das primícias de seu rebanho. Deus demostrou aceitar melhor o sacrifício de Abel, que era produção livre da natureza, do que a oferta que a avareza de
Caim dela havia tirado, quase à força. O orgulho de Caim não pôde tolerar que Deus tivesse preferido o irmão a ele: matou-o e escondeu o corpo, esperando que assim ninguém tivesse ciência de seu crime. Deus, porém, a cujos olhos nada há de culto, perguntou-lhe onde estava o irmão, que não via há vários dias, pois antes eles se estavam sempre juntos. Caim, não sabendo o que responder, disse primeiro que se admirava de também não o ter visto mais.

Todavia, como Deus insistisse, respondeu-lhe insolentemente que não era nem senhor nem guarda do irmão e que não se havia encarregado de cuidar daquilo que não lhe dizia respeito. Deus então perguntou-lhe como se atrevia a afirmar nada saber do que acontecera ao irmão, se ele mesmo o havia matado. E, se Caim não tivesse oferecido imediatamente um sacrifício para acalmar-lhe a cólera, teria recebido naquele mesmo instante o castigo que o seu crime bem merecia. Deus, no entanto, amaldiçoou-o, ameaçou castigar os seus descendentes até a sétima geração e expulsou-o. Porém, como Caim temesse que, andando errante, animais ferozes o devorassem, Deus o tranquilizou contra esse temor. Deu-lhe um sinal, com o qual podia ser reconhecido, e ordenou-lhe que se fosse.
Depois de haver atravessado diversos países, Caim estabeleceu residência em um lugar chamado Node, onde teve vários filhos.

No entanto o castigo, em vez de torná-lo melhor, fê-lo, ao contrário, muito pior. Abandonou-se a toda sorte de prazeres e até usou de violência, apoderando-se de bens alheios para enriquecer-se. Reuniu homens maus e celerados, dos quais se tornou o chefe, e ensinou-os a cometer toda espécie de crimes e de ações ímpias. Mudou a inocente maneira de viver que adotara no princípio, inventou os pesos e as medidas e substituiu a franqueza e a sinceridade, tão mais louváveis e simples, pela astúcia e pelo engano. Ele foi o primeiro a estabelecer limites para a divisão de propriedades e construiu uma cidade. Chamou-a Enoque, nome de seu filho mais velho, rodeou-a de muralhas e a povoou.

Enoque teve por filho Irade, Irade gerou Meujael, Meujael a Metusalém e Metusalém a Lameque. Lameque teve setenta filhos de suas duas esposas, Zilá e Ada, um dos quais, de nome jabal, filho de Ada, foi o primeiro a morar embaixo de tendas e de
pavilhões, levando uma vida de simples pastor. Jubal, seu irmão, inventou a música, o saltério e a harpa. Tubalcaim, filho de Zilá, sobrepujava a todos os outros em coragem e força, e foi grande comandante. Nesse entretempo, enriqueceu e serviu-se de suas
riquezas para viver ainda mais suntuosamente do que até então. Ele inventou a arte de forjar e teve apenas uma filha, de nome Naamá. Como Lameque era muito instruído nas coisas divinas, julgou facilmente que sofreria a pena do assas-sínio de Caim, na pessoa de Abel, e disse-o às suas duas mulheres.
Eis como a posteridade de Caim chafurdou-se em toda espécie de crimes. Não se contentaram em imitar os de seus pais, mas inventaram outros. Entre eles, havia assassínios e latrocínios, e os que não mergulhavam as mãos em sangue estavam cheios
de orgulho e de avareza.

Adão ainda vivia e tinha cento e trinta anos. A morte de Abel e a fuga de Caim fizeram-no desejar ardentemente outros filhos. E teve mesmo vários: depois de viver ainda oitocentos anos, morreu na idade de novecentos e trinta anos.

 Seria demasiado longo discorrer sobre todos os filhos de Adão. Contentar-me-ei em dizer algo de um deles, de nome Sete. Educado junto de seu pai, deu-se com afeto à virtude. Deixou filhos semelhantes a ele, que permaneceram em sua terra, onde viveram
felizes e em perfeita união. Deve-se ao seu espírito e ao seu trabalho a ciência dos astros.
Como os seus filhos haviam sido informados por Adão que o mundo pereceria pela água e pelo fogo, o medo de que essa ciência se perdesse antes que os homens a aprendessem levou-os a construir duas colunas, uma de tijolos e outra de pedras, e sobre elas gravaram os conhecimentos que possuíam. Se um dilúvio destruísse a coluna de tijolos, ficaria a de pedras, para conservar à posteridade a memória daquilo que haviam escrito. A previdência deles deu bom resultado, e afirma-se que a coluna de pedras pode ser vista ainda hoje, na Síria.

Extraído do livro a História dos Hebreus / Flávio Josefo.CPAD

sábado, 15 de outubro de 2016

ANJO DA GUARDA

                                                                    

"É verdade que cada homem tem o seu anjo da guarda?"

Reconhecemos que os anjos são seres elevados, independentes. Existem, porém, anjos que não guardaram o seu principado, antes abandonaram o seu próprio domicílio e, por isso, o "Senhor os tem reservado em trevas, com cadeias eternas para o juízo do
grande dia", Jd v.6.
Encontramos, também, outros lugares na Bíblia, em que se fala desse assunto.
Existem anjos que são maus e procuram prejudicar os homens; há, igualmente, hostes de anjos bons, criados por Deus e postos para o servir. Eles voluntariamente, servem a Deus e estão sempre juntos do seu trono, para fazerem a sua vontade.
Salientamos, que não nos é permitido adorar anjos. Está escrito, a respeito de João. que um dia se prostrou diante do anjo que lhe concedera a revelação maravilhosa.
O anjo, porém, lhe disse: "Vê, não faças tal? Sou servo contigo e com os teus irmãos... adora a Deus". Os colossenses erraram grandemente nesse assunto, pois prestaram culto aos anjos. Não podemos assim proceder. Todavia, não rejeitamos a verdade bíblica sobre as hostes do anjos com as quais os primeiros cristãos tiveram relação íntima.
De fato, Deus tem miríades de anjos, que incumbiu de trabalhos diversos, que têm a cumprir em relação a nós, os homens. Portanto, não é extraordinário que Deus possa controlar tudo e cuidar dos nossos interesses, até do menor detalhe de nossa vida.
O mundo de Deus é como uma grande empresa. Existe um chefe, que entrega os detalhes para os muitos que são seus auxiliares. Deus tem de cuidar de um mundo imenso de anjos, que executam a sua vontade. Na administração mundial de Deus, os seres celestiais ocupam um grande e importante lugar.
Sobre a questão, Jesus fala do grande perigo de seduzir alguns dos pequeninos, porque, diz Ele: "Os seus anjos, nos céus, vêem sempre a face de meu Pai celestial". O que queria salientar era: "Guarda-te para não te fazeres algum mal, pois os anjos de Deus sempre se mantêm em íntima relação com o meu Pai, no Céu, e Ele te fará ajustar contas". Os anjos têm comunicação com o Céu, dando informações a Deus sobre o alguém que lhe foi entregue para seguir, guiar e auxiliar.

O ministério dos anjos 
A Palavra de Deus diz especialmente que os anjos foram "enviados para exercer o ministério a favor dos que hão de herdar a salvação". Notamos que, quando se fala da
salvação do homem, geralmente os anjos estão incluídos.
Podemos ainda observar, pela Bíblia, a presença de anjos em relação à manifestação de Jesus na Terra! Eles anunciaram o seu nascimento; estiveram presentes quando Ele nasceu; entregaram a mensagem aos pastores, e uma multidão do seu exército louvou a Deus nos campos de Belém. Os anjos revelaram-se no tempo da
meninice de Jesus e instruíram seus pais como deviam fazer para escapar dos seus inimigos. Nas ocasiões importantes da vida de Jesus, como na tentação no deserto, durante a luta no Getsêmane, na ressurreição e na ascensão, Ele foi servido pelos anjos.
E o próprio Jesus, falando a Natanael, disse que assim aconteceria: "Vereis o céu aberto e anjos de Deus, subindo e descendo sobre o Filho de Deus". No ministério terreno de
Jesus, estava o Céu aberto e os anjos em atividade; por ocasião do seu aparecimento e durante a sua vida.
Quando os discípulos estavam encarcerados, vieram os anjos e os libertaram.
Paulo, certa ocasião, sofreu um naufrágio, e um anjo, que estava ao seu lado, à noite, disse que Deus salvaria tanto a sua vida como a dos seus companheiros.
O trabalho dos anjos visa, de fato, ajudar, proteger e guardar aqueles que têm suas vidas nas mãos de Deus.
Tratando-se da salvação, vemos que os anjos, vez após outra, aparecem. Quando o Evangelho foi pregado pela primeira vez aos gentios, os anjos lá estavam. Veio um anjo à casa de Cornélio e disse-lhe a quem deveria chamar e onde, a fim de ouvir o
Evangelho vivo. No tempo em que Filipe estava em Samaria, veio um anjo a ele e disse: "Levanta-te a vai em direção sul, ao caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto". Filipe creu e deixou-se guiar pela mensagem do arauto celeste, e, assim, tornou-se instrumento para a salvação do tesoureiro da corte etíope. Ao findar a sua luta pela fé, Lázaro, segundo as palavras de Jesus, foi conduzido pelos anjos ao seio de
Abraão. Ao ser redimida a alma do corpo, pertence aos anjos a tarefa da sua condução até o Céu.
Jesus diz, no capítulo 15 de Lucas, que haverá alegria entre os anjos de Deus por um pecador que se converter. Eles são os fiéis da Casa do Senhor, e acompanham os filhos de Deus com muito interesse.
Nossos primeiros passos, no caminho da salvação, são observados pelos anjos, pois foram incumbidos de seguir-nos até chegarmos ao fim. O dever das hostes angelicais, em relação aos salvos, é o de proteger, guardar, acompanhar e conduzi-los,

por fim, ao Céu.

EXTRAÍDO DO LIVRO A BÍBLIA RESPONDE "CPAD".