Nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade, e tendo por capacete a esperança da salvação.
1 Tessalonicenses 5-8
Fé, caridade e esperança - as três formam a armadura defensiva que guarda a alma; e as três tornam possível o autocontrole. Assim como o mergulhador equipado desce ao fundo longínquo do oceano tumultuado e bravio, a pessoa cujo coração está cingido de fé e caridade e cuja cabeça é coberta pelo capacete da esperança pode ser descida no mais bravio mar da tentação e do mundanismo, que continuará seca e ilesa, nas profundezas, respirando o ar que vem de além das ondas agitadas. A fé o levará a se comunicar com todo o poder de Deus.
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
domingo, 16 de outubro de 2016
A ORIGEM DOS CALENDÁRIOS
"Quando
teve início a Era Cristã? E qual a origem dos calendários, mormente do
nosso?"
"Era"
é um acontecimento marcante, que serve de partida de um sistema
cronológico.
No que tange à Era Cristã, ela teve início no nascimento de Jesus Cristo. É
comumente
escrita em forma abreviada "AD"do latim "Anno Domini" que
significa
Ano do
Senhor. Para as datas antes do nascimento de Jesus, usa-se a abreviatura
"AC"
que se
refere às palavras Antes de Cristo. A contagem do tempo que vai de Adão a Cristo
é feita no sentido regressivo, isto é, o cômputo de Cristo para Adão. Noutras
palavras,
partindo de Adão para Cristo, os anos diminuem até chegar à Era Cristã,
portanto
de Cristo para Adão (o normal), os anos aumentam. É que Jesus é o centro
de
tudo,
e também do marco divisório e central do tempo.
Quando
Jesus nasceu, o Império Romano dominava o mundo. Os romanos
datavam
seus acontecimentos tomando por base o ano da fundação de Roma: o ano 753
antes
de Cristo. Para os romanos, esse ano era o "1 AUC". As iniciais
"AUC" são três
palavras
latinas "Anno Urbis Conditae" que significam: "O ano em que a
cidade foi
fundada".
A alusão é à cidade de Roma. A era romana começa em 1 AUC.
A
palavra calendário vem do latim "calenda" primeiro dia de cada mês
entre os
romanos.
Seu uso é tão antigo quanto a própria humanidade. Ao que se sabe, os
primeiros
povos a usarem calendário foram os egípcios. Há calendários diversos.
O
Calendário romano. Foi organizado por Rômulo, que, segundo a história, foi o
primeiro
rei de Roma, então cidade-reino. Reinou em 753-715 a.C. Esse calendário
tinha
dez meses de trinta dias. Numa Pompílio, o sucessor de Rômulo, reformou-o,
acrescentando-lhe
dois meses, passando o a-no então a ter 355 dias.
O
Calendário Juliano. Júlio César reformou o Calendário romano em 46 a.C.
através
de seu astrônomo, Sosignes de Alexandria. A partir de então, esse calendário
passou
a chamar-se juliano. César cometeu um pequeno erro, ao considerar o ano solar
como
tendo 365 dias e 6 horas, quando ele tem 365 dias, 5 horas e 49 minutos. Esses
minutos
acumulados anualmente, somaram 10 dias em 1582, o que motivou o papa
Gregório
XII a reformar outra vez o calendário. Falaremos desse calendário mais
adiante.
O
Calendário de Dionísio. Em 526 d.C, o imperador romano do Oriente,
Justiano
I, decidiu organizar um calendário original partindo do ano do nascimento de
Jesus.
A tarefa foi entregue ao abade dominicano Dionysius Exigiuus, que fixou o ano 1
d.C,
isto é, o ano 1 da Era Cristã. Como mais tarde ficou comprovado, ele devia ter
fixado
o ano 1 d.C. cinco anos antes, isto é, em 749 AUC, e não 753. Seu erro foi um
atraso
de 5 anos na fixação do ano 1 da Era Cristã. Uma vez concluído, esse calendário
passou
a ser adotado em todo o mundo onde quer que o cristianismo se pregava.
Tempos
depois, os doutos na matéria encontraram erros no calendário de
Dionísio.
Davis, citando o historiador judeu Flávio Josefo, mostra que Herodes morreu
depois
do nascimento de Jesus, logo o calendário de Dionísio está errado quando afirma
que
Jesus nasceu em 753 ÂUC. Se Herodes morreu em 750, então Jesus nasceu em 749
AUC,
isto é, quatro a-nos antes do ano 1 da Era Cristã (?). Notemos que de 753 a 749
há
quatro
anos, e não cinco como parece à primeira vista, por causa dos meses que
ultrapassaram
de quatro anos. Conforme os estudos dos eruditos, arrendonda-se o
número
de anos para cinco, para facilidade de cálculo.
Eis aí
a razão por que livros e publicações em geral afirmam que Jesus nasceu
em
"5 a.C", isto é, 5 anos antes da Era Cristã, o que é um contra-senso
se não houver
uma
explicação. Como poderia Jesus nascer 5 anos antes do seu nascimento? A
explicação
já demos acima. E, por qual razão perpetuou-se o erro em vez de corrigi-lo?
É que
uma vez descoberto o erro (um atraso de cinco anos), sua correção no calendário
acarretaria
problemas seríssimos nas atividades humanas. Portanto, as datas atuais estão
atrasadas
quase 5 anos.
O
Calendário gregoriano. Em 1582 o papa Gregório XIII aconselhado pelo
astrônomo
Calabrês Líbio, alterou num ponto o calendário de Dionísio. Gregório tirou
10
dias do ano 1582 a fim de corrigir a diferença de dias devido ao acúmulo de
minutos
a
partir de 46 a.C. quando César reformulou o calendário. Por causa dessa pequena
alteração
o calendário atual é denominado gregoriano. A Grécia e a Turquia ainda observam
o Calendário juliano, o qual está 13 dias adiante em relação ao nosso.
As
datas exatas do nascimento e morte de Jesus não se sabe com precisão. O que
se tem
é apenas uma idéia aproximada. A primeira comemoração do Natal de Jesus em
25 de
dezembro deu-se em 325, em Roma, mediante o imperador Constantino. Até hoje
a
Igreja Ortodoxa observa o Natal em 6 de janeiro, e os armenianos em 19 de
janeiro. A
data
não importa muito, e sim o propósito e o espírito da comemoração.
As
divisões do tempo:
1. O
dia. Entre os judeus, o dia ia de um pôr-do-sol a outro. Entre os romanos,
ia de
uma meia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram computadas
separadamente,
isto é, doze e doze, isto entre os romanos: Jo 11.9; At 23.23. Entre os
judeus,
no entanto, a hora primeira do dia era às seis da manhã. O mesmo ocorria em
relação
à noite.
2. A
semana. Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes e sim
números,
com exceção do 6? e 79 dias, que também tinham nomes: Lc 23.54. (Trad.
Brás.)
3. Os
meses. Eram lunares. A lua nova marcava o início de cada mês, sendo
esse
dia festivo e santificado: Nm 28.11-15; 1 Cr 23.31. Tinham 29 e 30 dias,
alternadamente.
Antes do exílio babilônico eram designados por números. Depois disso,
passaram
a ter nomes e números.
4. Os
anos. Tinham 12 meses de 29 e 30 dias. Os judeus observavam dois
diferentes
anos: o religioso, que começava em Abibe (mais ou menos o nosso abril), e o
civil,
que começava em Tisri (mais ou menos o nosso outubro).
5. Os
séculos. Sua computação: Século I. Compreende os anos 1 a 100
d.C.
Século
II. Compreende os anos 101 a 200 d.C.
Século III. Compreende os anos 201 a
300 d.C, e assim por diante.
extraído do livro a Bíblia responde/ CPAD.
CAIM MATA SEU IRMÃO ABEL. DEUS O EXPULSA. SUA POSTERIDADE É TÃO MÁ QUANTO ELE. VIRTUDES DE SETE, OUTRO FILHO DE ADÃO.
Gênesis 4. Adão e Eva tiveram dois filhos e três filhas. O primeiro chamava-se Caim, que significa "aquisição", e o segundo, Abei, que quer dizer "aflição". Os dois eram de temperamentos completamente opostos. Abel, que era pastor de rebanhos, era mais justo. Considerava que Deus se fazia presente em todas as suas ações e só pensava em agradar-lhe. Caim, ao contrário, que por primeiro trabalhou a terra, era muito mau.
Buscava apenas proveito próprio. A sua horrível impiedade levou-o ao excesso de furor, a ponto de matar o próprio irmão. Eis a causa disso: Ambos resolveram oferecer um sacrifício a Deus, Caim, dos frutos de seu trabalho, e Abel, do leite e das primícias de seu rebanho. Deus demostrou aceitar melhor o sacrifício de Abel, que era produção livre da natureza, do que a oferta que a avareza de
Caim dela havia tirado, quase à força. O orgulho de Caim não pôde tolerar que Deus tivesse preferido o irmão a ele: matou-o e escondeu o corpo, esperando que assim ninguém tivesse ciência de seu crime. Deus, porém, a cujos olhos nada há de culto, perguntou-lhe onde estava o irmão, que não via há vários dias, pois antes eles se estavam sempre juntos. Caim, não sabendo o que responder, disse primeiro que se admirava de também não o ter visto mais.
Todavia, como Deus insistisse, respondeu-lhe insolentemente que não era nem senhor nem guarda do irmão e que não se havia encarregado de cuidar daquilo que não lhe dizia respeito. Deus então perguntou-lhe como se atrevia a afirmar nada saber do que acontecera ao irmão, se ele mesmo o havia matado. E, se Caim não tivesse oferecido imediatamente um sacrifício para acalmar-lhe a cólera, teria recebido naquele mesmo instante o castigo que o seu crime bem merecia. Deus, no entanto, amaldiçoou-o, ameaçou castigar os seus descendentes até a sétima geração e expulsou-o. Porém, como Caim temesse que, andando errante, animais ferozes o devorassem, Deus o tranquilizou contra esse temor. Deu-lhe um sinal, com o qual podia ser reconhecido, e ordenou-lhe que se fosse.
Depois de haver atravessado diversos países, Caim estabeleceu residência em um lugar chamado Node, onde teve vários filhos.
No entanto o castigo, em vez de torná-lo melhor, fê-lo, ao contrário, muito pior. Abandonou-se a toda sorte de prazeres e até usou de violência, apoderando-se de bens alheios para enriquecer-se. Reuniu homens maus e celerados, dos quais se tornou o chefe, e ensinou-os a cometer toda espécie de crimes e de ações ímpias. Mudou a inocente maneira de viver que adotara no princípio, inventou os pesos e as medidas e substituiu a franqueza e a sinceridade, tão mais louváveis e simples, pela astúcia e pelo engano. Ele foi o primeiro a estabelecer limites para a divisão de propriedades e construiu uma cidade. Chamou-a Enoque, nome de seu filho mais velho, rodeou-a de muralhas e a povoou.
Enoque teve por filho Irade, Irade gerou Meujael, Meujael a Metusalém e Metusalém a Lameque. Lameque teve setenta filhos de suas duas esposas, Zilá e Ada, um dos quais, de nome jabal, filho de Ada, foi o primeiro a morar embaixo de tendas e de
pavilhões, levando uma vida de simples pastor. Jubal, seu irmão, inventou a música, o saltério e a harpa. Tubalcaim, filho de Zilá, sobrepujava a todos os outros em coragem e força, e foi grande comandante. Nesse entretempo, enriqueceu e serviu-se de suas
riquezas para viver ainda mais suntuosamente do que até então. Ele inventou a arte de forjar e teve apenas uma filha, de nome Naamá. Como Lameque era muito instruído nas coisas divinas, julgou facilmente que sofreria a pena do assas-sínio de Caim, na pessoa de Abel, e disse-o às suas duas mulheres.
Eis como a posteridade de Caim chafurdou-se em toda espécie de crimes. Não se contentaram em imitar os de seus pais, mas inventaram outros. Entre eles, havia assassínios e latrocínios, e os que não mergulhavam as mãos em sangue estavam cheios
de orgulho e de avareza.
Adão ainda vivia e tinha cento e trinta anos. A morte de Abel e a fuga de Caim fizeram-no desejar ardentemente outros filhos. E teve mesmo vários: depois de viver ainda oitocentos anos, morreu na idade de novecentos e trinta anos.
Seria demasiado longo discorrer sobre todos os filhos de Adão. Contentar-me-ei em dizer algo de um deles, de nome Sete. Educado junto de seu pai, deu-se com afeto à virtude. Deixou filhos semelhantes a ele, que permaneceram em sua terra, onde viveram
felizes e em perfeita união. Deve-se ao seu espírito e ao seu trabalho a ciência dos astros.
Como os seus filhos haviam sido informados por Adão que o mundo pereceria pela água e pelo fogo, o medo de que essa ciência se perdesse antes que os homens a aprendessem levou-os a construir duas colunas, uma de tijolos e outra de pedras, e sobre elas gravaram os conhecimentos que possuíam. Se um dilúvio destruísse a coluna de tijolos, ficaria a de pedras, para conservar à posteridade a memória daquilo que haviam escrito. A previdência deles deu bom resultado, e afirma-se que a coluna de pedras pode ser vista ainda hoje, na Síria.
Buscava apenas proveito próprio. A sua horrível impiedade levou-o ao excesso de furor, a ponto de matar o próprio irmão. Eis a causa disso: Ambos resolveram oferecer um sacrifício a Deus, Caim, dos frutos de seu trabalho, e Abel, do leite e das primícias de seu rebanho. Deus demostrou aceitar melhor o sacrifício de Abel, que era produção livre da natureza, do que a oferta que a avareza de
Caim dela havia tirado, quase à força. O orgulho de Caim não pôde tolerar que Deus tivesse preferido o irmão a ele: matou-o e escondeu o corpo, esperando que assim ninguém tivesse ciência de seu crime. Deus, porém, a cujos olhos nada há de culto, perguntou-lhe onde estava o irmão, que não via há vários dias, pois antes eles se estavam sempre juntos. Caim, não sabendo o que responder, disse primeiro que se admirava de também não o ter visto mais.
Todavia, como Deus insistisse, respondeu-lhe insolentemente que não era nem senhor nem guarda do irmão e que não se havia encarregado de cuidar daquilo que não lhe dizia respeito. Deus então perguntou-lhe como se atrevia a afirmar nada saber do que acontecera ao irmão, se ele mesmo o havia matado. E, se Caim não tivesse oferecido imediatamente um sacrifício para acalmar-lhe a cólera, teria recebido naquele mesmo instante o castigo que o seu crime bem merecia. Deus, no entanto, amaldiçoou-o, ameaçou castigar os seus descendentes até a sétima geração e expulsou-o. Porém, como Caim temesse que, andando errante, animais ferozes o devorassem, Deus o tranquilizou contra esse temor. Deu-lhe um sinal, com o qual podia ser reconhecido, e ordenou-lhe que se fosse.
Depois de haver atravessado diversos países, Caim estabeleceu residência em um lugar chamado Node, onde teve vários filhos.
No entanto o castigo, em vez de torná-lo melhor, fê-lo, ao contrário, muito pior. Abandonou-se a toda sorte de prazeres e até usou de violência, apoderando-se de bens alheios para enriquecer-se. Reuniu homens maus e celerados, dos quais se tornou o chefe, e ensinou-os a cometer toda espécie de crimes e de ações ímpias. Mudou a inocente maneira de viver que adotara no princípio, inventou os pesos e as medidas e substituiu a franqueza e a sinceridade, tão mais louváveis e simples, pela astúcia e pelo engano. Ele foi o primeiro a estabelecer limites para a divisão de propriedades e construiu uma cidade. Chamou-a Enoque, nome de seu filho mais velho, rodeou-a de muralhas e a povoou.
Enoque teve por filho Irade, Irade gerou Meujael, Meujael a Metusalém e Metusalém a Lameque. Lameque teve setenta filhos de suas duas esposas, Zilá e Ada, um dos quais, de nome jabal, filho de Ada, foi o primeiro a morar embaixo de tendas e de
pavilhões, levando uma vida de simples pastor. Jubal, seu irmão, inventou a música, o saltério e a harpa. Tubalcaim, filho de Zilá, sobrepujava a todos os outros em coragem e força, e foi grande comandante. Nesse entretempo, enriqueceu e serviu-se de suas
riquezas para viver ainda mais suntuosamente do que até então. Ele inventou a arte de forjar e teve apenas uma filha, de nome Naamá. Como Lameque era muito instruído nas coisas divinas, julgou facilmente que sofreria a pena do assas-sínio de Caim, na pessoa de Abel, e disse-o às suas duas mulheres.
Eis como a posteridade de Caim chafurdou-se em toda espécie de crimes. Não se contentaram em imitar os de seus pais, mas inventaram outros. Entre eles, havia assassínios e latrocínios, e os que não mergulhavam as mãos em sangue estavam cheios
de orgulho e de avareza.
Adão ainda vivia e tinha cento e trinta anos. A morte de Abel e a fuga de Caim fizeram-no desejar ardentemente outros filhos. E teve mesmo vários: depois de viver ainda oitocentos anos, morreu na idade de novecentos e trinta anos.
Seria demasiado longo discorrer sobre todos os filhos de Adão. Contentar-me-ei em dizer algo de um deles, de nome Sete. Educado junto de seu pai, deu-se com afeto à virtude. Deixou filhos semelhantes a ele, que permaneceram em sua terra, onde viveram
felizes e em perfeita união. Deve-se ao seu espírito e ao seu trabalho a ciência dos astros.
Como os seus filhos haviam sido informados por Adão que o mundo pereceria pela água e pelo fogo, o medo de que essa ciência se perdesse antes que os homens a aprendessem levou-os a construir duas colunas, uma de tijolos e outra de pedras, e sobre elas gravaram os conhecimentos que possuíam. Se um dilúvio destruísse a coluna de tijolos, ficaria a de pedras, para conservar à posteridade a memória daquilo que haviam escrito. A previdência deles deu bom resultado, e afirma-se que a coluna de pedras pode ser vista ainda hoje, na Síria.
Extraído do livro a História dos Hebreus / Flávio Josefo.CPAD
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