sexta-feira, 2 de março de 2018

CLASSE JUVENIS - O QUE É A IGREJA.

EXTRÁIDO DO LIVRO COMENTÁRIO APLICAÇÃO PESSOAL.

 16.13,14 Enquanto Jesus e os discípulos caminhavam em direção à cidade, Jesus perguntou aos seus discípulos o que dizia o povo a respeito da sua identidade: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" Os discípulos responderam a pergunta de Jesus com a visão comum de que Jesus era um dos grandes profetas que tinha retornado à vida. Esta crença pode ser originária de Deuteronômio 18.18, onde Deus disse que levantaria um profeta entre o povo. Herodes tinha pensado que Jesus era João Batista ressuscitado (14.1,2); talvez este rumor tenha sido amplamente disseminado. O povo pensava que Jesus era Elias porque Elias tinha sido um grande profeta, e esperava-se que alguém como ele aparecesse antes da vinda do Messias (veja MI 4.5). Jeremias pode ter sido considerado porque, de acordo com a tradição judaica, ele era "imortal" (a sua morte não é mencionada nas Escrituras) - assim, como Elias, ele não teria morrido, mas teria sido trasladado aos céus.

16.15,16 O povo pode ter tido várias opiniões e ideias a respeito da identidade de Jesus, mas Jesus estava preocupado com o que os seus doze escolhidos pensavam a seu respeito. Assim, o
Senhor lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro, que frequentemente falava quando os demais ficavam em silêncio, declarou o que havia entendido: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Na sua declaração, Pedro proclamou Jesus como sendo o Rei e o Libertador prometido. Este é o âmago da mensagem do Evangelho.
Os discípulos, entretanto, ainda precisavam de maior discernimento. Embora certamente tivesse passado pelas suas mentes que Jesus pudesse ser o Messias, eles ainda precisavam aprender a respeito do seu próprio papel como agentes do Messias prometido, e a função que tinham no Seu reino. Eles ainda não tinham compreendido completamente o tipo de rei que Jesus seria. Pedro (e na realidade toda a nação de Israel) esperava que o Messias fosse um conquistador-libertador que libertaria a nação do domínio de Roma. Jesus seria um libertador de um tipo completamente diferente, porque Ele derrotaria o pecado e a morte, e libertaria o povo do poder do pecado.

16.17 Todos os discípulos podiam ter tido uma compreensão parcial e variada a respeito de quem era Jesus, mas o Senhor destacou a profundidade da confissão de fé de Pedro. Desta forma, Jesus o chamou de bem-aventurado, querendo dizer especialmente favorecido pela graciosa aprovação de Deus.
Pedro é retratado como o foco da revelação divina. Nenhum ser humano (versão NTLH) revelou a Pedro a verdade que ele tinha acabado de proferir (16.16); antes, o Pai de Jesus, do céu, o havia revelado a Pedro. Então, como agora, a verdadeira compreensão de quem é Jesus, e a capacidade de confessar este fato, não surge da nossa natureza ou da vontade humana, mas somente de Deus.

16.18 O nome Pedro já tinha sido dado a Simão quando Jesus o encontrou pela primeira vez 0o 1.42). Aqui Jesus deu ao nome um novo significado. Jesus disse: "Tu és Pedro lpetros em grego] e sobre esta pedra lpetra em grego] edificarei a minha igreja". Embora seja evidente o jogo de palavras, a que se refere esta pedra? A "pedrà' sobre a qual Jesus edificará a sua igreja foi identificada de quatro maneiras principais:

5 O próprio Senhor Jesus, como o arquiteto divino da nossa fé, e Ele mesmo como a pedra fundamental. Mas alguns pensam que esta verdade não parece ser o que se quer dizer aqui. Eles entendem que o foco estava em Pedro.
6 Pedro, como o supremo líder, ou primeiro "bispo" da igreja, uma versão incentivada por estudiosos católicos romanos. Esta versão autoridade à hierarquia da sua igreja e considera Pedro e cada um de seus sucessores como o supremo pontífice da igreja. Não menção a sucessão nestes versículos, entretanto, e embora a igreja primitiva expressasse grande consideração por Pedro, não há evidências de que eles o considerassem como a autoridade mais elevada.
7  A confissão de fé que Pedro fez, e que todos os verdadeiros crentes subsequentes também fazem. Esta visão foi apresentada por Lutero e pelos reformadores como uma reação à segunda visão, expressa acima.
4. Pedro como o líder dos discípulos. Da mesma maneira como Pedro revelou a verdadeira identidade de Cristo, o Senhor também revelou a identidade e o papel de Pedro. Embora a sucessão apostólica não possa ser encontrada neste contexto, nem nas epístolas, o papel de Pedro como um líder e porta-voz da igreja não deve ser desconsiderado. Pedro recebeu a revelação do discernimento e da fé a respeito da identidade de Cristo, e foi o primeiro a confessar a Cristo.

Embora a palavra "igrejà' (ekklesia), nos Evangelhos, só seja encontrada no texto de Mateus, o conceito é encontrado nos quatro Evangelhos. As palavras de Jesus revelam que haveria um período definido entre a sua morte e a sua segunda vinda, chamado de "era da igreja'. "Igreja' significa "o povo escolhido de Deus". A autoridade individual de Pedro ficou clara no Livro de Atos, quando ele se tornou o porta-voz dos discípulos e da comunidade cristã. Mais tarde, Pedro lembrou os cristãos de que eles eram a igreja construída sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra fundamental (1 Pedro 2.4-8; veja também 1 Coríntios 3.11). Todos os crentes estão unidos nesta igreja pela fé em Jesus Cristo como Salvador; a mesma fé que Pedro expressou aqui (veja também Efésios 2.20,21; Ap 21.14). Os verdadeiros crentes, como Pedro, consideram a sua fé como uma revelação de Deus, e estão dispostos a confessá-la publicamente. Jesus elogiou Pedro pela sua confissão de fé. Uma fé Como a de Pedro é a base do reino de Cristo.
As portas do inferno representam Satanás e seus seguidores. Estas palavras podem ser interpretadas como o poder de Satanás na ofensiva contra a igreja. Cristo promete que Satanás não irá derrotar a igreja; ao contrário, a esfera de operações do nosso adversário é que será derrotada. Com estas palavras, Jesus fez a promessa da indestrutibilidade da igreja, e da proteção de todos aqueles que creem  nele , e se tornam parte da sua igreja.

16.19 O significado deste versículo tem sido motivo de debates durante séculos. Alguns dizem que as chaves do Reino dos céus representam a autoridade para executar a disciplina, a legislação e a administração da igreja (18.15-18); outros opinam que as chaves dão a autoridade de anunciar o perdão dos pecados Jo 20.23). É mais provável que as "chaves" sejam a autoridade do reino conferida à igreja, incluindo a oportunidade de trazer as pessoas ao reino dos céus apresentando-lhes a mensagem da salvação encontrada na Palavra de Deus (At 15.7-9). Também existem as chaves que proíbem (ligam) e que permitem (desligam) (18.18-20). Pedro tinha ouvido a respeito da fundação de um edifício que Cristo iria construir, e então recebeu as chaves desse edifício. As "chaves" não sugerem que ele fosse um "porteiro" que controlasse quem entraria no edifício; em lugar disto, elas retratam um "servo", que administraria o edifício.
Terra. e céu não se referem ao campo espacial, mas sim à autoridade divina, celestial, por trás das ações terrenas dos discípulos. "Ligar" e "desligar" eram um conceito rabínico que poderia ter dois significados: o de estabelecer regras ou o de punir. Os discípulos estariam envolvidos, em certo grau de legislatura, na construção da comunidade de Deus (tal como a determinação de qual tipo de conduta seria digna por pane de seus membros), e teriam autoridade para disciplinar outros membros da comunidade. Assim, as palavras também se referem à inspiração dos discípulos como proclamadores da nova revelação de Deus.
Os líderes religiosos pensavam que tinham as chaves do reino, e tentavam excluir algumas pessoas. Não cabe a nós a decisão de abrir ou fechar o reino dos céus aos outros, mas Deus nos usa para ajudar os outros a encontrarem o caminho para entrarem no reino. As portas do reino estão completamente abertas a todos aqueles que creem em Cristo, e obedecem a Sua Palavra.

16.20 Jesus mandou que os seus discípulos a ninguém dissessem que ele era o Cristo porque, a esta altura, eles não compreendiam plenamente o significado da confissão de Pedro. Todos ainda esperavam que o Messias viesse como um rei conquistador. Mas, embora Jesus fosse o Messias, Ele ainda tinha que sofrer, ser rejeitado pelos líderes, ser morto e ressuscitar dos mortos. Quando os discípulos vissem tudo isto acontecendo com Jesus, eles entenderiam o que o Messias tinha vindo fazer aqui. Somente então eles estariam capacitados para transmitir o Evangelho ao redor do mundo.


CLASSE ADOLESCENTES- INFLUENCIANDO A SOCIEDADE

EXTRAÍDO DO LIVRO COMETÁRIO APLICAÇÃO PESSOAL. 


5.13    A pergunta de Jesus: "Se o sal for insípido, com que se há de salgar?" não requer uma resposta, pois todos sabem que, uma vez que o sal se deteriora, já não pode mais ser usado para conservar os alimentos. Assim como o sal conserva e realça o melhor sabor dos alimentos, os crentes devem ser o sal da terra e influenciar as pessoas positivamente. Jesus disse aos seus discípulos que se quisessem fazer a diferença no mundo, também teriam que ser diferentes do mundo. Deus iria considerá-los responsáveis por manter a sua "salinidade" (isto é, a sua utilidade). Devemos ser diferentes se quisermos fazer a diferença.

5.14    "Vós sois a luz do mundo". Assim como o sal faz a diferença no alimento das pessoas, a luz faz a diferença no seu ambiente. Mais tarde, Jesus explicou: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" Jo 8.12). Os discípulos de Cristo devem viver para Cristo, brilhando como "uma cidade edificada sobre um monte'', de forma que todos possam vê­ los. Deverão ser como luzes em um mundo escuro, mostrando claramente como Cristo é.   Como Jesus Cristo é a luz do mundo, os seus seguidores devem refletir a Sua luz.

5.15   Não "se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa". As pessoas colocam as luzes sobre pedestais ou em locais mais elevados, para que elas possam fornecer o seu brilho e calor. Os discípulos deveriam continuar a refletir a luz do seu Mestre, pois Ele é a Luz do mundo. Eles não deveriam tentar ocultar a sua luminosidade, como se tivessem acendido uma lâmpada para depois escondê-la. Ser discípulo de Cristo significa difundir a luz a todos aqueles com quem tivermos contato.

5.16 ''Assim'' como a luz brilha a partir de um pedestal, os discípulos de Cristo devem deixar sua luz brilhar perante os outros... "para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus". Jesus deixou bem claro que não haveria nenhum erro quanto à fonte das boas obras de um crente. A luz do crente não brilha para ele mesmo; essa luz deve ser refletida em direção ao Pai, levando as pessoas a Ele. 

CLASSE JUNIORES - O AMIGO ARREPENDIDO- LUCAS 19. 1-10

EXTRAÍDO DO COMENTÁRIO BEACON.

E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando (1). Ele estava a caminho de Jerusalém, pouco antes de sua Paixão. Jericó era uma próspera cidade comercial na
estrada da Peréia para Jerusalém e Egito. Estava localizada no vale do Jordão, a cerca de 8 quilômetros do Jordão e 27 quilômetros de Jerusalém.
E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico (2). Devido ao considerável comércio que passava por Jericó, e à sua localização estratégica em uma importante rota comercial, e também ao fato de ser o centro do tráfego internacional de bálsamo, provavelmente ali se encontrava uma das maiores alfândegas daquela parte do Império Romano. Zaqueu era o chefe dos cobrado­ res da alfândega em Jericó, e a renda que obteve com esta atividade fez dele um homem rico. O nome Zaqueu é de origem hebraica e significa "puro".
E procurava ver quem era Jesus (3). Estas palavras sugerem a curiosidade como
a razão para o seu desejo. Mas a sequência mostra que ele não tinha um motivo mais profundo, ou que depois de ter visto Jesus ficou tão impressionado que houve uma mu­ dança em seus motivos. É bem provável que pelo menos uma parte do seu interesse tenha surgido do fato de ter ouvido algumas das famosas observações do Senhor acerca dos publicanos.
E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava (4). Sendo pequeno em esta­
tura, para poder ver acima da cabeça daqueles que formavam a multidão em volta de Jesus, ele foi correndo até à rua onde Jesus deveria passar para se dirigir a Jerusalém. Lá procurou e encontrou um ponto de vantagem do qual poderia ver Jesus. A figueira brava (ou sicômoro) em que ele subiu era o fícus-sycomorus. Seu tronco horizontal e baixo facilitava a subida, e sua folhagem era suficiente para escondê-lo da multidão.
E, quando Jesus chegou àquele lugar... disse-lhe: Zaqueu, desce depressa,
porque, hoje, me convém pousar em tua casa (5)- literalmente, "é necessário que eu fique em tua casa". Isto indica que havia no coração do Mestre um desejo interior para ir à casa de Zaqueu. Tal desejo foi inspirado e motivado pela ansiedade de Zaqueu em ver Jesus. Nosso Senhor sempre responde com simpatia àqueles que procuram conhecê-lo.
Jericó era uma das cidades dos sacerdotes, mas Jesus escolheu hospedar-se e comer na casa do chefe dos publicanos em vez de na casa de algum sacerdote. Ele sabia que estava escolhendo como anfitrião o homem que mais mereceu a sua presença; porém, quem teria esperado que Ele escolhesse Zaqueu?
E, vendo todos isso, murmuravam (7). A multidão deve ter sido quase unânime na
reprovação da escolha de Jesus. Sentiram que a sua atitude era uma afronta aos sacerdotes e a outros líderes religiosos dos locais por onde Ele passara. Sua escolha era uma aprovação visível deste homem chamado tão rotineiramente de "pecador". Duas coisas os impediram de reconhecer o verdadeiro motivo de Jesus. Uma era o exclusivismo cego deles, que se recusava a enxergar qualquer coisa boa em um publicano. A outra era a incapacidade de entender como Jesus poderia se associar com pecadores sem se contaminar.
E... Zaqueu, disse... Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus
bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplica­ do (8). Aqui vemos tanto um verdadeiro espírito generoso como o desejo genuíno de reparar qualquer erro do passado. As duas atitudes refletem uma mudança de coração. O discurso de Zaqueu não foi dirigido à multidão, mas a Jesus. Não era um esforço para convencer as pessoas de que ele era sincero. Ao invés disso, era uma resposta não preme­ ditada, espontânea, de um coração que se tornara limpo, e de um espírito que se tornara novo e que havia recebido a vida eterna.
A generosidade de Zaqueu é vista na oferta da metade da sua riqueza àqueles que
eram menos afortunados do que ele. A oferta da restituição quadruplicada mostra que ele estava extremamente desejoso de reparar os seus erros. Zaqueu era indubitavelmente culpado de algumas injustiças nas cobranças da alfândega - isto pode ser constatado pelo fato de ele mesmo ter abordado o assunto. De qualquer forma, não é provável que ele fosse cruel, ou que tivesse obtido a maior parte de sua riqueza de forma desonesta, como é acusado tanto pelos judeus daqueles dias como por muitos pregadores atuais. Se tivesse conseguido toda a sua riqueza por intermédio da desonestidade, como muitos sugerem, ele não teria dinheiro suficiente para restituir quatro vezes mais.
E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa (9). Um pecador em busca do Salvador se encontra com o Salvador que está em busca do pecador. Com verdadeiro arrependimento, o homem encontrou a salvação pessoal. Estas palavras graciosas do Mestre eram uma garantia da salvação de Zaqueu, uma proclamação em sua defesa diante da multidão, e uma promessa a todos os homens, em todos os lugares, e em todas as épocas, de que Jesus Cristo salva os pecadores.
Pois também este é filho de Abraão. Esta era uma lembrança àqueles judeus cheios de justiça própria, de que Zaqueu, também, era um judeu, um descendente de Abraão. Estas palavras também eram um anúncio de que Zaqueu tinha, agora, de uma forma nova e viva, se tornado filho de Abraão, o "pai dos fiéis". Por meio do novo nasci­ mento, ele era agora um filho espiritual de Abraão e um membro do novo Israel.
Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (10).
Aqui temos uma declaração do próprio Senhor Jesus sobre o maior propósito de sua vinda a este mundo. A verdade desta afirmação universal é o fundamento da garantia dada a Zaqueu no versículo anterior.
O bispo Ryle sugere várias lições a serem aprendidas por meio deste episódio: 1) Ninguém é tão mau que não possa ser salvo, e não há ninguém que esteja além do poder da graça de Cristo; 2) Como são pequenas e insignificantes as coisas que impedem a salvação da alma! 3) A sincera e voluntária compaixão de Cristo pelos pecadores, e o poder que Cristo tem para transformar corações; 4) Os pecadores convertidos sempre darão evidências de sua conversão.