quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Divórcio e Recasamento São Autorizados Pela Bíblia? (Parte_2)

No entanto, Jesus que conhecia a intenção deles, não poderia deixá-los sem resposta. E a resposta foi:“Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”. 
Com esta resposta o Mestre desmascara a atitude perversa daqueles homens, quando diz: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim”. Ou seja, a tragédia do divórcio não foi um plano de Moisés e muito menos de Deus. Eles, os homens malignos, é que decidiram divorciar-se cometendo injustiça contra as mulheres (Ml 2.10-16). Jesus denuncia que o problema jaz nos corações dos fariseus. Os seus corações estavam empedernidos, insensíveis à vontade de Deus. Isso foi o que ocasionou o divórcio. Percebe prezado (a), que Deus nunca compactuou com o divórcio? Assim sendo, ninguém pode achar que está em paz com Deus cometendo essa insensatez. Quem pratica o divórcio simplesmente está atentando contra um dos principais projetos de Deus para a humanidade – a família – desafiando Deus com essa atitude.
O grande gargalo que tem enganchado muita gente estaria no verso nove, onde Jesus diz: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”. Pois bem, temos aqui uma passagem que tem sido alvo de muitas controvérsias ao longo dos tempos. Bem, vamos tentar com a ajuda de Deus compreender a mensagem desse texto.

A primeira coisa que aprendemos aqui é que se trata de um mandamento de Cristo. Ele diz:“Eu vos digo, porém, [...]”, (portanto, não cabe questionamento, e sim obediência) “que qualquer que repudiar sua mulher” (ninguém fica de fora desse mandamento), Jesus diz: “qualquer que”, ou seja, qualquer um “que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
O termo traduzido por fornicação é: πορνείᾳ (porneia) e significa qualquer tipo de relação sexual ilícita. Há pelo menos duas linhas de interpretação de porneia. A primeira diz que se trata da descoberta feita pelo marido, pós-casamento, que a mulher não era mais virgem, e a segunda, seria o ato de adultério cometido pela mulher durante o casamento. Sendo essa segunda a interpretação mais plausível. Assim, segundo o que depreendemos do texto, Jesus fala de uma e somente uma exceção para o divórcio, que seria o adultério. No entanto, vale pontuar que em nenhum momento vemos Jesus encorajando a prática do divórcio. Ele apenas diz que o ato de adultério abriria a única possibilidade para o repúdio. Dessa forma, ninguém tem autorização para transformar a exceção em regra. Para Jesus o divórcio continua sendo obra de homens, Ele diz: “por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim”. Vamos, portanto, aplicar isto à realidade prática. (…Continua)
Em Cristo,
Pr. Isaac Silva
FONTE:
http://blogs.rbc1.com.br/b/oqueabibliadiz/divorcio-e-recasamento-sao-autorizados-pela-biblia-parte_2/

Divórcio e Recasamento São Autorizados Pela Bíblia? (Parte_1)




  Já que divórcio é a dissolução do casamento, penso ser de bom alvitre tecer alguns comentários sobre o casamento. Bem, o casamento é, antes de tudo, uma instituição divina. De acordo com o projeto original de Deus, o casamento é a união entre um homem e uma mulher tendo em vista a complementaridade e a preparação de um ambiente propício (família-lar) onde a prole, decorrente dessa união, possa crescer e desenvolver-se saudavelmente, tanto do ponto de vista espiritual, quanto social.
   Destarte, do ponto de visto bíblico, o casamento deve ser: (a) heterogêneo – entre macho e fêmea (Gn 1.27; 2.7, 22, 24); (b) monogâmico – entre um homem e uma mulher (Gn 2.24); (c) envolve a união sexual (Gn 2.25; 4.1; I Co 7.2-4); (d) constitui uma aliança perante Deus (Pv 2.16,17; Ml 2.14; Mt 19.6); (e) é para toda a vida (Rm 7.2). Um detalhe que vale pontuar, é que, diferente daquilo que prega determinada seita (mórmons), o casamento não é eterno (Mt 22.30). Biblicamente falando o casamento dura até que a morte separe os cônjuges. Se assim não fosse, Paulo não teria orientado as viúvas a se casarem (I Co 7.8,9).
   Pois bem, dito isto, vejamos o que diz a Palavra de Deus sobre o assunto em epígrafe. Iniciaremos com a leitura de Mt. 19.3-9, que diz: “Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
   Destaquemos a pergunta insidiosa dos fariseus: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo”? Nesta pergunta temos implícitas algumas informações esclarecedoras; primeiro, que o assunto divórcio não é algo novo; desde muito tempo, os homens já se viam abarcados por ele. Outra coisa não menos importante, é que no contexto histórico dessa passagem bíblica, os homens (judeus) se divorciavam de suas esposas por qualquer motivo. Mesmo na época do ministério terreno de Jesus essa era uma prática comum; pois se assim não fosse, os fariseus não teriam interrogado a Jesus acerca do assunto.
   Agora passemos para a primeira resposta de Jesus sobre o assunto: “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.
   Percebamos a clareza do Mestre em relação ao divórcio. Ele remete a mente perturbada dos fariseus, ao que eles – em tese – eram mais apegados, ao Pentateuco, a Lei. Ou seja, Jesus lembra aos fariseus o texto de Gênesis 1.27, que reflete o momento da criação, a distinção entre homem e mulher, como também, o momento auspicioso da instituição do casamento, registrado em Gênesis 2.24, e em seguida complementa com um mandamento:“Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. A primeira coisa que aprendemos aqui, é que ao criar homem e mulher (macho e fêmea), Deus os fez distintos para que houvesse complementaridade. Ou seja, ambos compõem, não apenas um par perfeito, mas, juntos, formam uma só parte do arcabouço da família. Observe o modus operandi divino: Deus não formou a mulher do pó da terra, como fez com o homem, mas extraiu e modelou parte (uma costela) do próprio homem. Isso significa que, no casamento, a mulher é conectada ao homem, donde foi retirada, formando “um todo perfeito”, “um só corpo”.  Percebe essa maravilha da engenharia divina?
   Deus poderia ter criado outro homem, semelhante ao primeiro, no entanto, se assim fosse, eles só poderiam ser bons amigos, mas não poderia haver entre eles, complementaridade, pois seriam idênticos, e dois idênticos não têm nada a oferecer ao outro, pois são semelhantes, tudo o que um tem o outro também tem. Só um diferente tem realmente algo a oferecer ao outro diferente. É mais ou menos como num quebra cabeças, as peças só encaixam porque são diferentes e complementares. Cada peça completa o que falta na outra. Pois bem, isso nos remete a algo muito profundo. É que no casamento, homem e mulher se unem para formarem um par perfeito e uma só parte na estrutura familiar. Isso derruba por terra toda a interpretação de que a mulher, quanto pessoa, é inferior ao homem. Nunca foi e nunca será. Se Deus fez a mulher para complementar o homem é porque esse não seria o que é, sem ela. Portanto, o homem jamais deve se considerar melhor do que a mulher. Ambos são complementares.
   Destarte, podemos afirmar que o casamento é a execução do projeto arquitetônico divino para a humanidade, pois é o casamento que permite a propagação da raça humana donde provêm mais e mais casamentos, formando assim, um edifício majestoso para habitação do seu projetista. É por isso que a família tem sido tão fortemente solapada por satanás, pois ele sabe que se as famílias seguirem o plano de Deus elas viverão plenamente felizes. E aqui entra a estratégia de satanás para promover a terrível tragédia do divórcio. Satanás não pode atacar diretamente o projetista, Deus, então ele ataca o projeto (a família). E o pior, é que tem conseguido destruir muitas famílias.
   Voltando ao texto, Jesus determina o seguinte: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Falando ainda do ato divino de encaixar as peças (homem e mulher) através do casamento, Jesus deixa muito claro que o homem não tem permissão para alterar a ação divina de juntar as peças (homem e mulher) formando uma unidade singular. Percebe que isso é um ato divino? E que o homem, portando, não pode separar as peças deste ato? Em outras palavras, Jesus determina que o homem não tenha permissão para praticar o divórcio. Acho que Ele não poderia ser mais claro!  (…Continua)
Em Cristo,
Pr. Isaac Silva
FONTE

domingo, 19 de outubro de 2014

Como posso saber se os desejos do meu coração são de Deus?



Resposta: Jesus responde a esta pergunta por nós: "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mateus 15:19). E depois: "E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem" (Marcos 7:20-23).

 Nessas passagens, Jesus revela a fonte dos nossos desejos: os nossos desejos carnais vêm do nosso ser mais íntimo. O pecado não surge apenas como resultado de forças externas, mas nasce nos nichos escondidos dos nossos pensamentos e intenções, dos desejos secretos que só a mente e o coração podem imaginar. No fim das contas, em nosso estado caído, os desejos dos nossos corações não vêm de Deus. Jeremias confirma ainda mais a natureza do coração do homem: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9)

Há muito tempo tem sido o ponto de vista de muitos que todos os seres humanos são basicamente bons e decentes, e que são as circunstâncias da vida, tais como a pobreza ou má educação, que nos transformam em assassinos e ladrões. Mas a Bíblia ensina que todos os homens sofrem de um mal comum - o pecado. O apóstolo Paulo o chama de nossa natureza pecaminosa. "Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo" (Romanos 7:18-20). Os nossos corações perversos nos levam a pecar. 

  
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