sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Orando no Espírito

Embora a expressão “orando no Espirito” seja formada por mais de uma palavra, a compreensão de seu significado e igualmente essencial para o nosso estudo. Ela deriva-se, principalmente, de Judas 20: “Mas vos, amados, edificando-vos a vos mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo...” (grifo do autor). Esta expressão também tem suas raízes, ate certo ponto, na declaração de Paulo em 1 Coríntios 14.15: “Que farei, pois? Orarei com o espirito, mas também orarei com o entendimento”.
            No primeiro caso, o Espirito Santo figura claramente como o agente da oração; no caso de Paulo, entretanto, o seu próprio espirito e que aparece exercendo essa função — “O meu espirito ora bem” (1 Co 14.14). Mas como isso e possível?! Temos uma resposta em Atos 2.4: “E todos foram cheios do Espirito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espirito Santo lhes concedia que falassem”. O sentido que salta aos olhos e que orar em línguas só pode ser possível pela capacitação do Espirito Santo.
Portanto, “orar no Espirito” implica igualmente numa concessão do Espirito Santo ao espirito humano. Resulta da identificação do Espirito Santo com o espirito humano, pela qual se passa a falar numa língua desconhecida. Em adição as passagens já citadas, note este trecho:
“Orando em todo tempo com toda oração e suplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e suplica por todos os santos” (Ef 6.18).    

Retirado do livro: Teologia Bíblica da Oração. O Espirito nos ajuda a orar.

Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket
Todos os direitos reservados. Copyright © 2007 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em inglês: The Spirit Help Us Pray
Logion Press, Springfield, Missouri
Primeira edição em inglês: 1993
Tradução: João Marques Bentes
Revisão: Gleyce Duque

Editoração: Flamir Ambrósio

Petição

A petição e um “pedido intenso”, uma “solicitação” ou “requisição”.
Quatro diferentes palavras hebraicas são traduzidas por “petição” no Antigo Testamento, embora duas delas compartilhem de uma raiz comum: tehinnah e tahnun. Ambas são também traduzidas por “pedido”, “suplica” e “clamor por misericórdia”. Igualmente o vocábulo s h e ’elah e traduzido por “petição”. Além disso, o verbo baquash aparece traduzido por “pedimos” em Esdras 8.23 — o mais comum e ve-lo transcrito como “buscar” e “procurar”. Ao falar a Ana, Eli disse: “Vai em paz, e o Deus de Israel te .conceda a tua petição que lhe pediste” (1 Sm 1.17, grifo do autor).
         A ideia de “petição” ocorre tres vezes no Novo Testamento, traduzindo três palavras gregas: deesis (Fp 4.6), emphanizo (At 23.15) e bikateria (Hb 5.7). Temos ainda a item a -(“requisitar”), que aparece algumas vezes com o sentido de petição. Veja, por exemplo, o texto de Filipenses 4.6: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições [aitema] sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplica [deesís], com ação de graças” (grifos do autor).
           
Retirado do livro: Teologia Bíblica da Oração. O Espirito nos ajuda a orar.

Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket
Todos os direitos reservados. Copyright © 2007 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em inglês: The Spirit Help Us Pray
Logion Press, Springfield, Missouri
Primeira edição em inglês: 1993
Tradução: João Marques Bentes
Revisão: Gleyce Duque

Editoração: Flamir Ambrósio

Meditação

             Meditar significa dirigir os pensamentos para alguma coisa, refletir ou ponderar sobre ela. Três palavras hebraicas são traduzidas por “meditar” ou “meditação”. Essas palavras têm em si o sentido de “considerar”, “estar em pensamento profundo”, “ponderar”, “contemplar”, “pensar”. Passagens familiares do livro de Salmos dão conta da meditação como um elo de comunicação entre Deus e uma pessoa:
             Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite (SI 1.1,2, grifo do autor). A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louvará com alegres lábios, quando me lembrar de ti na minha cama, e meditarem ti nas vigílias da noite (SI 63.5,6, grifo do autor).
            Marvin R. Vincent diz.- “A meditação é um falar com a própria mente” {Word Studies in the New Testament, vol. 4, 1946, p. 253). Eis como Paulo aconselha Timóteo: “Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos” (1 Tm 4.15, grifo do autor). Quanto ao sentido da palavra “meditar”, neste estudo, vemos que ela significa “ensaiar e ponderar na mente visando a um mais completo entendimento, assimilação e aplicação da verdade”.


           
Retirado do livro: Teologia Bíblica da Oração. O Espirito nos ajuda a orar.

Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket
Todos os direitos reservados. Copyright © 2007 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em inglês: The Spirit Help Us Pray
Logion Press, Springfield, Missouri
Primeira edição em inglês: 1993
Tradução: João Marques Bentes
Revisão: Gleyce Duque

Editoração: Flamir Ambrósio