sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Quarta - Rm 5.14-17 –L.B.A–Jesus Cristo, mediante sua morte, tira o pecado do mundo.


Este comentário foi extraído do livro, comentário do novo testamento aplicação pessoal. “Pode ser adquirido no site da CPAD”.


5.17  Ao  ceder  ao  pecado,  Adão  fez  a morte reinar sobre toda a raça humana. A morte é algo de que ninguém é capaz de escapar. Ela vem sobre tudo que vive. Todos nós vivemos próximos ao vale da sombra da morte. E o reinado da morte sobre a criação começou por causa do pecado de Adão. Entretanto, há um remédio. Aqueles que recebem a  abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida, em triunfo sobre o pecado e a morte. Que  maravilhosa promessa para aqueles que amam a Cristo! Nós podemos reinar sobre o poder do pecado, sobre as ameaças da morte e sobre os ataques de Satanás. A vida eterna é nossa agora e para sempre.
Embora o grande cumprimento desta promessa seja futuro, ela também tem um significativo impacto imediato. Em Cristo, a morte  perde  o seu aguilhão (veja 1 Co 15.50-57). Nós ainda estamos sujeitos ao sofrimento físico e à morte que é trazida pelo pecado deste mundo, mas estamos livres da eterna separação espiritual que sofreríamos fora de Cristo. Também podemos superar a tentação, desde que permaneçamos no poder e na proteção que nos é dada por Jesus Cristo (veja 8.17 para mais detalhes  sobre  a nossa  posição privilegiada em Cristo).

Terça - Mt 1.1-17 –L.B.A–O nascimento de Jesus e a linhagem de Davi.

Este comentário foi extraído do livro, comentário do novo testamento aplicação pessoal. “Pode ser adquirido no site da CPAD”.


1.1 Registro dos ancestrais de Jesus, o Messias. Os dezessete primeiros versículos do Evangelho de Mateus apresentam os ancestrais de Jesus. Como a linhagem de uma família servia para provar que ela pertencia ao povo escolhido de Deus, Mateus começou mostrando que Jesus era descendente (ou “ filho” ) de Davi, que era descendente de Abraão (versão NTLH), cumprindo assim as profecias do Antigo Testamento sobre a linhagem do Messias (a expressão “pai de” também pode significar “ancestral de”). Mateus traçou a genealogia de Jesus até Abraão, através de José. Essa genealogia comprova a linhagem legal (ou real) de Jesus através de José, que era descendente do rei Davi (veja também 2 Sm 7.16; Is 9.6,7; Ap 22.16).
        1.2 Abraão gerou a (“era o pai de” ) Isaque. A frase “era o pai de” também pode significar “era o ancestral de”. Dessa forma, não havia necessidade de haver um relacionamento direto entre o pai e o filho entre todos aqueles que estavam relacionados numa genealogia. Na antiguidade, as genealogias eram muitas vezes arranjadas de forma a ajudar a memorização.
Assim, Mateus registrou sua genealogia através de três conjuntos de quatorze gerações (veja 1.17). Abraão foi chamado por Deus, recebeu as promessas da aliança, e creu que Deus iria manter as suas promessas (Gn 15.6). Sua história é contada em Gênesis 11-25. Abraão gerou a Isaque. Abraão e Sara queriam saber se Deus lhes enviaria o filho prometido; mas Deus sempre cumpre as suas promessas. Veja Gênesis 21-22.
        Isaque gerou a Jacó. Muitas vezes esses três homens - Abraáo, Isaque e Jacó – são mencionados juntos como “patriarcas”, pais da nação e depositários da aliança (ou concerto) de Deus (veja Gn 50.24; Ex 3.16; 33.1; Nm 32.11; Lc 13.28; At 3.13; 7.32).
        Jacó gerou a Judá e a seus irmãos. Jacó teve doze filhos através de suas esposas Raquel e Lia, que se tornaram as doze tribos de Israel (veja Gênesis 49.1-28). Mateus, desejando traçar a linhagem real de Jesus, fez uma especial anotação sobre Judá, porque a linhagem real iria continuar através dele (Gn 49.10).
        1.3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá. Nesse verso aparece uma interessante observação. Geralmente, se espera que uma genealogia evite mencionar ancestrais menos respeitáveis, mas, os filhos de Judá nasceram de Tamar, que havia se prostituído com o sogro.
A história de Judá e Tamar é contada em Gênesis 38. Embora Judá fosse o pai de Perez e Zerá, não estava casado com Tamar.
Perez e Zerá eram gêmeos (veja também 1 Crônicas 2.4). A linha que traça Perez até ao rei Davi também está registrada em Rute 4.12,18-22.
        Esrom... Rão [ou Arão]. Pouco se sabe sobre Ezrom e Rão. Ezrom é mencionadoem Gênesis 46.12 e 1 Crônicas 2.5. Rão [ou Arão] é mencionado em 1 Crônicas 2.9.
        1.4 Aminadabe e Naassom são mencionados em Êxodo 6.23. A filha de Aminadabe, e irmã de Naassom, Eliseba casou-se com Arão que se tornou sumo sacerdote de Israel. Veja também Números 1.7; 2.3; 7.12-17. Salmom é mencionado novamente apenas na genealogia de Rute 4,18-21. Esses homens também estão relacionados em 1 Crônicas 2.10,11.
        1.5 Salmom gerou de Raabe a Boaz, e Boaz gerou de Rute a Obede, e Obede gerou a Jessé. Raabe é a mulher da cidade de Jerico que escondeu os espias de Israel: e depois foi salva por eles quando os israelitas destruíram Jericó. Raabe era uma prostituta (Js 2.1) que veio a crer no Deus de Israel: Ela foi incluída na Galeria dos Heróis da Fé de Hebreus 11, entretanto existe um problema cronológico ao fazer de Raabe a verdadeira mãe de Boaz.
Assim como na frase “pai de”, as mulheres que são relacionadas como mães numa genealogia podem ser ancestrais, ao invés de mães verdadeiras.
O livro de Rute conta a história de Boaz e de uma jovem chamada Rute, que tinha vindo de uma nação vizinha. Boaz casou-se com Rute e eles se tornaram os pais de Obede (Rt 4.13-17). Mais tarde Obede se tornou o pai de Jessé (Rt 4.21,22). Veja também 1 Crônicas 2.12.
        1.6 Jessé teve vários filhos, sendo que um deles foi ungido pelo profeta Samuel para ser o próximo rei de Israel, depois do rei Saul (veja 1 Sm 16.5-13). A história do rei Davi é contada em 1 e 2 Samuel, com a transferência do trono para seu filho Salomão, registrada em 1 Reis 1.
        Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. Essa história, registrada em 2 Samuel 11, descreve como Salomão nasceu de Davi e Bate-Seba, e como Davi mandou matar Urias. Deus ficou muito irado com as más açóes de Davi e o primeiro filho que nasceu de Davi e Bate-Seba morreu (2 Sm 11.27-12.23). O segundo filho a nascer foi Salomão, que mais tarde foi rei de Israel, cujo reinado foi chamado de idade de ouro dessa nação. A sabedoria que recebeu de Deus tornou-se mundialmente conhecida e ele escreveu muitos provérbios, que estão registrados no livro de Provérbios, assim como em Eclesiastes e Cantares. Sua história é contada em 1 Reis 1-11 e 2 Crônicas 1-10.
        1.7 O cruel filho de Salomão, Roboão, dividiu o reino por causa de uma decisão orgulhosa e imprudente (veja 1 Reis 12.1-24) e assim surgiram dois novos reinos: o reino do sul, chamado Judá, governado por Roboão, e o reino do norte, chamado Israel, governado
por Jeroboão. O filho de Roboão, Abias (também chamado Abião) também foi um rei cruel (1 Rs 15.3,4). Asa foi um rei temente ao Senhor (1 Rs 15.11).
        1.8 O bom rei Asa foi o pai de outro rei, Josafá (1 Rs 22.43). Entretanto, o filho de Josafá, Joráo (também chamado Jeoráo), era cruel (2 Rs 8.18). O filho de Jeoráo, Uzias (também chamado Azarias) deu um exemplo de como essa frase nem sempre quer dizer  verdadeiramente “filho de”. De Acordo com a genealogia mostrada em 1 Crônicas 3.10- 14, Mateus omitiu três nomes entre Jorão e Uzias: esses três reis eram Acazias, Joás e Amazias. Mateus provavelmente não incluiu esses nomes a fim de manter seu padrão de
três conjuntos de quatorze gerações nessa genealogia.
        1.9 Jotáo andou firmemente na presença de Deus (2 Cr 27.6), mas a sua boa influência não se estendeu ao seu filho, pois Acaz era um homem cruel a ponto de sacrificar seu próprio filho no fogo (2 Rs 16.3,4). Depois do reinado excessivamente cruel de Acaz, veio o próspero reinado do bom rei Ezequias (2 Rs 18.5).
        1.10 Manassés. Ezequias obedecia a Deus, mas seu filho Manassés foi o rei mais cruel que reinou no reino do sul (2 Cr 33.9). Entretanto, ao chegar ao fim da vida, ele se arrependeu dos seus horríveis pecados (2 Cr 33.13). Infelizmente, seu filho Amom herdou   muito do caráter do pai. Ele cometia pecados e adorava e oferecia sacrifícios aos ídolos (2 Cr 33.22,23). Mais uma vez Deus teve misericórdia da nação e o filho de Amom, Josias, tentou desfazer todas as más ações do pai (2 Rs 23.25).
1.11 Josias gerou a Jeconias (ou Joaquim) e a seus irmãos na deportação para a Babilônia. Mateus omitiu outro nome da linhagem. Josias era, na verdade, o pai de Jeoaquim que foi deportado para a Babilônia quando se rebelou novamente contra Nabucodonosor. Depois da partida de Jeoaquim, seu filho Jeconias (também chamado Joaquim) reinou em Jerusalém.
Seu reino durou apenas três meses, antes de Nabucodonozor sitiar a cidade, provocando sua rendição. A frase “ea seus irmãos” refere-se ao irmão de Jeconias (ou Joaquim), Zedequias, a quem Nabucodonosor colocou no trono de Jerusalém como um rei “fantoche”. Mas Zedequias cometeu o grande erro de também se rebelar, e isso provocou a ira final do rei da Babilônia que conquistou Judá de forma completa, destruindo Jerusalém, inclusive seu maravilhoso Templo. Toda a nação de Judá foi levada para o exílio na Babilônia (2 Rs 24.16-25.21). Isso aconteceu em 586 a.C.
         1.12 Depois da deportação para a Babilônia, Jeconias (ou Joaquim) gerou a Salatiel. Nesse agrupamento final, Jeconias (ou Joaquim) é relacionado como pai de Salatiel, de acordo com 1 Crônicas 3.17. Ao dizer que Jeconias (ou Joaquim) gerou a Salatiel, Mateus se afastou da genealogia de 1 Crônicas 3.19 que relaciona Pedaías como pai de Zorobabel. Entretanto, Mateus concorda com várias outras Escrituras que relacionam Salatiel como pai de Zorobabel (Ed 3.2; 5.2; Ne 12.1; Ag 1.1; 2.2; 23). Zorobabel figurou de forma proeminente na história de Israel depois do exílio. Quando o povo de Judá teve finalmente permissão de retornar à sua nação, Zorobabel tornou-se seu governador (Ag 1.1) e começou a obra do Templo de Deus (Ed 5.2). Deus abençoou imensamente o seu servo Zorobabel, reafirmando e garantindo sua promessa de um Messias através da linhagem de Davi (Ag 2.23).
        1.13-15 Abiúde... Eliaquim... Azor...Sadoque... Aquim... Eliúde... Eleazar...Matã... Jacó. Nada se sabe nas Escrituras sobre qualquer um desses homens. Na linhagem do Messias foram incluídas pessoas comuns, que nunca haviam sido relacionadas em quaisquer genealogias e nunca tiveram sua história contada através das gerações.
        1.16 A linhagem real continuou através de José que, embora não fosse o pai de Jesus, era o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. Mateus havia terminado seu objetivo de relacionar essa genealogia para mostrar, sem qualquer dúvida, que Jesus era descendente de Davi e que, dessa forma, estava cumprindo as promessas de Deus.
        1.17 Todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e, desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e, desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.
O Evangelho divide a história de Israel em três conjuntos de quatorze gerações, mas provavelmente houve mais gerações do que aquelas relacionadas aqui. Muitas vezes as genealogias condensam a história, e com isso nem todas as gerações dos ancestrais foram   especificamente relacionadas.
Parece que também existe um problema ao compararmos a genealogia de Mateus com a de Lucas (registrada em Lucas 3.23-37). As diferenças em Mateus podem ser explicadas pela omissão de alguns nomes a fim de obter a simetria de três conjuntos de quatorze gerações. Também é muito provável que Lucas estivesse traçando os ancestrais humanos de Jesus através de José, enquanto Mateus estava preocupado com os nomes legais e reais para enfatizar a sucessão ao trono de Davi e a chegada de Jesus como o prometido Rei. Mateus insistia na história israelita enquanto a genealogia mais longa de Lucas traça seus ancestrais através de Natã, filho de Davi, e não através de Salomão, como fez Mateus. Mateus também incluiu os nomes de quatro mulheres, ao contrário de Lucas.
  

Segunda - Jo 1.9-12 –L.B.A–Jesus Cristo é a luz de todos os que creem.

Este comentário foi extraído do livro, comentário do novo testamento aplicação pessoal. “Pode ser adquirido no site da CPAD”.


1.9  Aqui  a palavra todos  poderia,  de forma abrangente,  incluir  tanto  os  judeus   como os gentios, ou poderia se referir a todos os indivíduos. Todas as pessoas recebem vida de Deus, portanto elas têm alguma luz. A criação revela o poder e  a divindade  de  Deus  (1.3; At  14.17;  Rm  1.19,20;  2.14-16),  e  a nossa consciência também testifica sobre a sua existência. A descrição do autor do Evangelho captura a transição entre  o  ministério de João Batista como precursor  e  o  ministério de Jesus, como a verdadeira luz.
Jesus, ao contrário de quaisquer outras “luminárias” representa a verdadeira e  exclusiva  revelação de Deus ao homem. Por causa disso, podemos crer e confiar nele.


1.10 João menciona uma das maiores tragédias: o mundo, isto  é  a  humanidade, não   conheceu   o   seu   próprio  Criador. As pessoas estavam cegas e não podiam ver a sua luz. Embora Cristo tenha criado o mundo, as pessoas que Ele criou não o reconheceram. A Ele foi negado o reconhecimento geral que merecia receber por ser o Criador.

1.11 Em grego, essa expressão quer dizer, “Veio para o que era seu”, isto é,  Ele  veio para aquilo que lhe pertencia. Essa expressão também  pode  ser  usada  para descrever   a ar.  Essa frase  dá ênfase  à rejeição de Cristo. Jesus não era bem-vindo no mundo, nem mesmo na sua casa. A expressão “veio para o que era seu” se refere a Israel, a nação escolhida por  Deus,  que  era particularmente a nação de Cristo.
Ele não foi recebido por aqueles que deveriam ser os mais  ansiosos para recebê-lo. Como nação eles rejeitaram o seu Messias. Essa rejeição foi  mais  detalhada ao  final  do  ministério  de  Jesus (12.37-41).
Isaías havia predito essa descrença (Is 53.1-3). Apesar da rejeição descrita aqui, João evita pronunciar uma sentença sobre o mundo e dirige  nossa  atenção  àqueles   que  realmente recebem a Cristo com sincera fé.

1.12-13- Embora a rejeição a Cristo parecesse universal, na verdade muitos indivíduos responderam pessoalmente, crendo nele e aceitando-o como o  Filho de Deus,  o Salvador.
A eles, Ele deu o poder de serem feitos filhos de Deus. No grego, a palavra aqui traduzida como poder,   significa   “autoridade   ou  permissão”.
Nesse contexto, ela fala da concessão divina do direito ou privilégio de um novo nascimento.
Ninguém pode conseguir isso através do seu próprio poder, mérito ou capacidade. Somente Deus   pode   concedê-la.    Ninguém   pertence à família de Deus por ser judeu através do nascimento físico (ou mesmo por ter nascido numa família cristã). O novo nascimento não pode ser alcançado através de um ato de paixão humana, e de forma alguma tem a ver com qualquer  vontade  humana.  Ele  é uma dádiva de Deus.
Muitos creram superficialmente em Deus quando viram os seus milagres, mas  não creram em Jesus como o Filho de Deus. Eles “creram” nele enquanto Ele correspondia às suas expectativas do que o Messias deveria ser, mas o abandonaram quando Ele desafiou as suas noções preconcebidas. Devemos crer em Jesus como Ele é, e não limitá-lo conforme nossas ideias e falsos juízos. Devemos considerar Jesus  exatamente como  a Bíblia o apresenta.