Este comentário foi extraído do livro, comentário do novo testamento
aplicação pessoal. “Pode ser adquirido no site da CPAD”.
1.9
Aqui a palavra todos poderia,
de forma abrangente, incluir tanto
os judeus como os gentios, ou poderia se referir a
todos os indivíduos. Todas as pessoas recebem vida de Deus, portanto elas têm
alguma luz. A criação revela o poder e a
divindade de Deus
(1.3; At 14.17; Rm
1.19,20; 2.14-16), e a
nossa consciência também testifica sobre a sua existência. A descrição do autor
do Evangelho captura a transição entre
o ministério de João Batista como
precursor e o
ministério de Jesus, como a verdadeira luz.
Jesus, ao contrário de quaisquer outras
“luminárias” representa a verdadeira e exclusiva revelação de Deus ao homem. Por causa disso,
podemos crer e confiar nele.
1.10 João menciona uma das maiores tragédias: o
mundo, isto é a
humanidade, não conheceu o seu próprio
Criador. As pessoas estavam cegas e não podiam ver a sua luz. Embora
Cristo tenha criado o mundo, as pessoas que Ele criou não o reconheceram. A Ele
foi negado o reconhecimento geral que merecia receber por ser o Criador.
1.11 Em grego, essa expressão quer dizer, “Veio
para o que era seu”, isto é, Ele veio para aquilo que lhe pertencia. Essa
expressão também pode ser
usada para descrever a ar.
Essa frase dá ênfase à rejeição de Cristo. Jesus não era bem-vindo
no mundo, nem mesmo na sua casa. A expressão “veio para o que era seu” se
refere a Israel, a nação escolhida por
Deus, que era particularmente a nação de Cristo.
Ele não foi recebido por aqueles que deveriam ser
os mais ansiosos para recebê-lo. Como
nação eles rejeitaram o seu Messias. Essa rejeição foi mais
detalhada ao final do
ministério de Jesus (12.37-41).
Isaías havia predito essa descrença (Is 53.1-3).
Apesar da rejeição descrita aqui, João evita pronunciar uma sentença sobre o
mundo e dirige nossa atenção
àqueles que realmente recebem a Cristo com sincera fé.
1.12-13- Embora a rejeição a Cristo parecesse
universal, na verdade muitos indivíduos responderam pessoalmente, crendo nele e
aceitando-o como o Filho de Deus, o Salvador.
A eles, Ele deu o poder de serem feitos filhos de
Deus. No grego, a palavra aqui traduzida
como poder, significa “autoridade
ou permissão”.
Nesse contexto, ela fala da concessão divina do
direito ou privilégio de um novo nascimento.
Ninguém pode conseguir isso através do seu
próprio poder, mérito ou capacidade. Somente Deus pode concedê-la.
Ninguém pertence à família de Deus por ser judeu
através do nascimento físico (ou mesmo por ter nascido numa família cristã).
O novo nascimento não pode ser alcançado através de um ato de paixão humana, e
de forma alguma tem a ver com qualquer
vontade humana. Ele é
uma dádiva de Deus.
Muitos creram superficialmente em Deus quando
viram os seus milagres, mas não creram
em Jesus como o Filho de Deus. Eles “creram” nele enquanto Ele correspondia às
suas expectativas do que o Messias deveria ser, mas o abandonaram quando Ele
desafiou as suas noções preconcebidas. Devemos crer em Jesus como Ele é, e não
limitá-lo conforme nossas ideias e falsos juízos. Devemos considerar Jesus exatamente como a Bíblia o apresenta.
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