quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Segunda - Gl 5.1 » Cristo nos libertou da escravidão do pecado.


Extraído do livro comentário do novo testamento aplicação pessoal.

5.1 Nós temos a liberdade da escravidão aos nossos desejos pecaminosos e à lei judaica.
Mas a liberdade veio através de um preço elevado.  Para que nós pudéssemos aproveitar a liberdade, alguém teve que nos libertar, e esse alguém foi Cristo Jesus (Jo 8.32,36).
Como Cristo nos libertou, nós devemos estar firmes na liberdade. Cristo nos libertou
das fórmulas legalistas, do julgamento de Deus sobre o pecado, de todas as regras feitas
pelo homem, e das experiências subjetivas do medo e da culpa. Nós devemos viver esta
liberdade, praticá-la, e nos alegrarmos com ela! Voltar à lei e tentar obter o que Cristo já
nos deu é zombar do seu sacrifício.

domingo, 29 de outubro de 2017

TIPOS DE BATISMO

"Quantas espécies de batismo existem na Bíblia?"
Preliminarmente, devemos, antes de qualquer explicação acerca do assunto em pauta, conhecer a palavra batismo, que é, sem dúvida, importante dentro do contexto doutrinário neotestamentário. Esta expressão se origina do vocábulo grego "baptizõ", que significa imersão, mergulho, submersão. Daí a razão de Paulo comparar esse ato a um sepultamento (Rm 6.4), pois é através desta ação que o novo convertido enterra para sempre o seu velho homem (na linguagem paulina), isto é, seu caráter inconverso, carnal, natural, pecaminoso, corrompido. Devemos salientar também que o batismo não salva o homem, mas é tão-somente uma confirmação daquilo que já lhe aconteceu, isto é, a conversão.
Não somos batizados para a salvação; ao contrário, somos batizados porque já somos salvos. Esclarecemos, também, por via de dúvidas, que o batismo por aspersão é uma incoerência. Isto eqüivale dizer: "imersão por aspersão". Faz sentido?
No que tange ao número de batismos existentes na Bíblia, o autor aos Hebreus parece fazer alusão ao assunto quando fala da "doutrina dos batismos", Hb 6.2. Entretanto, entendemos, pelo contexto do capítulo, que o escritor está apenas classificando este assunto no rol das doutrinas rudimentares para novos convertidos como o a-bê-ce- da vida cristã. Apesar da explicação acima, parece-nos viável salientar que as Escrituras Sagradas, mormente no Novo Testamento, apresentam algumas espécies de batismo.
Na tentativa de esclarecer a questão supra, o articulista Venâncio R. dos Santos, em artigo publicado num periódico evangélico, enumera, com muita propriedade, sete tipos de batismo:
1.              O batismo de João, também chamado de batismo do arrependimento: Lc 3.3; 7.28; At 18.25.
2.               O batismo do sofrimento que é aquele com que Cristo foi batizado; qualquer servo de Deus pode recebê-lo: Mc 10.38,39; Lc 2.50.
3.                  O batismo cristão-apostólico, que é ministrado em nome da Trindade: Mt 28.19,20; At 2.38; 19.5.
4.                      O batismo pelos mortos - uma heresia muito difundida no tempo dos apóstolos; citada, mas não aprovada por Paulo: 1 Co 15.29.
5.             O batismo de Moisés - na nuvem e no mar: Êx 14.15-25; 1 Co 10.2.
6.              O batismo com o Espírito Santo que é efetuado por Jesus Cristo: Mt 3.11; At 2.1-4.
7. O batismo no corpo de Cristo. Este é realmente realizado pelo Espírito Santo 
imergindo o novo convertido no corpo místico de Jesus, a Igreja.
Das sete espécies de batismo encontradas no Novo Testamento - continua o articulista - três merecem destaque, por terem missão específica no âmbito da Igreja:
1.            O batismo nas águas, que exterioriza a nova vida que o recém-convertido assume interiormente. Por esse batismo, o novo convertido é introduzido na igreja local: At 2.41.
2.                 O batismo com o Espírito Santo, que é a concessão do poder, manifesta-se em dons espirituais, visando à evangelização em todas as dimensões. É o mergulho do crente no poder do Espírito: At 1.8; 1 Co 12.7-11.
3.               O batismo no corpo de Cristo, que é a imersão do novo convertido no corpo
místico de Jesus (a Igreja), feito pelo Espírito Santo no ato da conversão.
Finalmente, para concluirmos o nosso pensamento sobre o assunto, evocamos aqui, a propósito, a opinião do renomado escritor J. Edwin Orr, que, em seu livro Plena Submissão, faz alusão ao assunto supracitado, dizendo: "No batismo com água, o agente é o ministro, o recipiente é o crente e o elemento a água. No batismo do crente no Corpo de Cristo, o agente é o Espírito Santo, o recipiente o novo convertido e o elemento é o Corpo de Cristo: a Igreja. Na outorga de poder (o batismo com o Espírito Santo), o agente é Cristo, o recipiente é o crente e o elemento é o Espírito Santo."
Portanto, reiterando o que até agora foi visto, podemos declarar mais uma vez e,
sem medo de errar, que a Bíblia Sagrada é a verdade de Deus revelada aos homens.


ESTRAÍDO DO LIVRO:  A BÍBLIA RESPONDE.
Todos os Direitos Reservados. Copyright © 1983 para a língua portuguesa da
Casa Publicadora das Assembléias de Deus.

sábado, 28 de outubro de 2017

JÓ ( Teologia bíblica da oração)

Embora o livro de Jó só apareça bem mais tarde no cânon agrado, há grande incerteza acerca de sua data e do tempo em que Jó viveu. Incluímos aqui esse livro simplesmente porque representa bem o período patriarcal. Por exemplo, à semelhança dos patriarcas, Jó oferece seus próprios sacrifícios. As riquezas de Jó eram medidas como as de Abraão, em termos de gado e de servos. E seu período de vida foi similar àquele registrado em favor dos patriarcas. A oração assume toda uma nova dimensão neste que é o mais notável relato de alguém que foi testado quase além da resistência humana. De Jó podemos aprender tanto como não orar quanto como orar melhor, quando confrontados por circunstâncias que desafiam toda explicação racional: “Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero! E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo!” (Jó 6.8,9) Pessoas desesperadas perdem de vista a vida. Chega a ser comum que elas orem pedindo para morrer (cf. Nm 11.11-15; 1 Rs 19-4; Jn 4.3). Não obstante, nas Escrituras, em parte alguma há registro de que Deus tenha honrado semelhante pedido. O problema de Jó, tal como acontece a todos os mortais, era a sua incapacidade de discernir o propósito divino e ver além do presente imediato. Em tais tempos, a verdade de Deus dificilmente consegue se estabelecer no coração humano, e o crente precisa lutar contra Satanás, o mestre que sabe acentuar as trevas. Mas nós temos o bendito Paracleto (Consolador, Ajudador, Conselheiro), para dEle recebermos ajuda e conforto: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).

Como, pois, devemos nos aproximar, nas horas mais escuras da vida e nos testes mais severos? Que fazer quando nos mostramos totalmente incapazes de encontrar uma resposta às adversidades, quando toda esperança de recuperação foge de nós? Quando a morte parece ser a única via de escape? Tiago nos diz: “Sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1.3-5). Os propósitos de Deus Um livramento imediato pode não corresponder à vontade de Deus; mas, sendo este o caso, Deus pode nos dar sabedoria para assimilar qual é a sua intenção e nos submetermos a ela. Circunstâncias difíceis levam as pessoas a fazer inquirições; e podemos concluir, pelo menos em parte, que essa é uma das razões de tais circunstâncias. Se não for submetido uma condição de extrema pressão, nenhum diamante de real valor e brilho pode ser formado. Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e cada manhã o visites, e cada momento o proves? Até quando me não deixarás, nem me largarás, até que engula a minha saliva? Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado? E por que me não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniquidade? Pois agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não estarei lá (Jó 7.17-21). Jó, nessa instância, procura inquirir Deus acerca da atenção por Ele dispensada aos meros seres humanos. Por que, afinal, deveria o Deus eterno preocupar-se com Jó? Por que, afinal, o Deus eterno iria se preocupar com criaturas tão insignificantes quanto nós? Os filósofos gregos epicureus afirmavam que Deus não prestava qualquer atenção a este mundo, ou sobre o que acontecia nele, mas antes habitava em segurança e tranquilidade, sem nada que o vexasse, perturbasse ou desagradasse. Mas, percebendo que o oposto é que era a condição verdadeira, Jó queria saber por quê. “Por que, ó Deus, vigias tanto as pessoas? Por que dás tanta importância a um indivíduo como eu?” indagava ele. Podemos nos flagrar fazendo a mesma oração em meio a provas e tribulações aparentemente intermináveis. Mas, a despeito de nossas inquirições, Deus realmente se preocupa com o bem e o mal acerca de nós, às vezes tão inextricáveis que nem podemos decidir entre um e outro. O ponto de vista oposto, que Deus não sabe ou não se importa com as circunstâncias humanas, em vez de exaltar sua condição divina, efetivamente a degrada. Expressão em tempos de desespero A pessoa oprimida por circunstâncias além da capacidade humana de solução é tentada a queixar-se de Deus pelos seus sofrimentos. Se Deus pode aliviar os sofrimentos e não o faz, raciocina, Ele deve aceitar a responsabilidade pela dor não aliviada. Inflamada e confusa com seus próprios conflitos, a mente humana cede às pressões de frustração e desespero. Assim aconteceu com Jó, cuja extrema tristeza era como uma névoa, distorcendo sua visão de Deus: Se eu disser: Eu me esquecerei da minha queixa, mudarei o meu rosto e tomarei alento; receio todas as minhas dores, porque bem sei que me não terás por inocente. E, sendo eu ímpio, por que trabalharei em vão? Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão, mesmo assim me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão. Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos. Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror (Jó 9.27-34). O sofrimento pode levar uma pessoa bem perto de perder o equilíbrio mental e emocional. Não podemos desprezar Jó por causa da amargura de sua alma, refletida em suas orações: A minha alma tem tédio de minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura da minha alma. Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo. As tuas mãos me fizeram e me entreteceram; e, todavia, me consomes. Se for ímpio, ai de mim! E se for justo, não levantarei a cabeça; cheio estou de ignomínia e olho para a minha miséria. Porque se me exalto, tu me caças como a um leão feroz, e de novo fazes maravilhas contra mim. Por que, pois, me tiraste da madre? Ah! Se, então, dera o espírito, e olhos nenhuns me vissem! Então fora como se nunca houvera sido; e desde o ventre seria levado à sepultura! Porventura, não são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me para que por um pouco eu tome alento; antes que me vá, para nunca mais voltar, à terra da escuridão e da sombra da morte (Jó 10.1,2,8,15,16,18-21). Jó reconheceu prontamente a ascendência de Deus sobre ele. Não obstante, foi incapaz de resolver o mistério de suas próprias circunstâncias. As pessoas, algumas vezes, ficam tão ocupadas com suas circunstâncias que não podem ver além delas. Se Jó pudesse ter visto o fim de sua experiência, a sua atitude teria mudado completamente. Ao mesmo tempo, o glorioso propósito de Deus não seria legitimamente concretizado, e o próprio Jó nunca alcançaria o melhor de Deus para ele. Aqueles que conhecem a Deus também sabem que nas mãos dEle está um fim glorioso. Essa certeza gera confiança e paz. Ao enfrentar uma provação como a de Jó, devemos atentar para o dilema presente, mas sem perder a certeza de que seu fim foi designado por um Deus amoroso. Pessoas desesperadas oram para morrer, ou, no mínimo, para conseguir um escape ou fuga (cf. Sl 55.6). Mas o escapismo raramente produz uma solução digna. Pense no que Jó perderia se esta sua oração fosse respondida: “Tomara que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se desviasse, e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim! Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança” (Jó 14.13,14). Embora existam elementos contrastantes nessa oração, cujas palavras evidenciam um justo desnorteio em função de sofrimentos intensos, Deus não se ofende e nem se ira. Até parece que Jó estava lutando por causa do sentido pleno da vida e da morte. Ele pediu luz quanto ao futuro: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver?” As tribulações profundas, bem como as lutas ferozes, levam-nos a enfrentar honestamente as questões. O cristão, contudo, tem uma grande vantagem, pois nosso Salvador, Jesus Cristo, “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho” (2 Tm 1.10). Em momentos assim, fazemos bem em relembrar a admoestação de Salomão: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5). No tempo certo, as nuvens desaparecerão, conforme sucedeu a Jó, e Deus será visto como de fato é: grande em sabedoria e misericórdia. Submissão à soberania de Deus Mas o tom mórbido e amargurado da oração de Jó de repente mudou. Algo precipitou uma meia-volta. O próprio Jó o explica: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5). Toda a sua perspectiva de vida, e até de morte, foi drasticamente alterada quando ele contemplou Deus conforme Ele é de fato: Então Jó respondeu ao Senhor e disse: Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho na minha boca. Uma vez tenho falado e não replicarei; ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei (Jó 40.3-5)


Perguntas para Estudo
1. Quais exemplos, extraídos dos patriarcas, mostram que a oração e a fé estão relacionadas?
2. E que exemplos mostram a relação entre a oração e a obediência?
3. Há características nas orações de Abraão que constituem um bom exemplo para nós hoje em dia? Justifique.
 4. Qual o valor da meditação, e como podemos incorporá-la de maneira eficaz à nossa vida de oração?
5. Será que nós, como Jacó, devemos lutar em oração? Como incrementar positivamente as nossas orações? 6. Quais as principais lições que podemos extrair das orações de Jó?

Extraído do livro Teologia bíblica da oração.

Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket
Todos os direitos reservados. Copyright © 2007 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em inglês: The Spirit Help Us Pray
Logion Press, Springfield, Missouri
Primeira edição em inglês: 1993
Tradução: João Marques Bentes
Revisão: Gleyce Duque
Editoração: Flamir Ambrósio