segunda-feira, 19 de março de 2018

CLASSE DE ADOLESCENTES – L 12 - A VIDA DE ORAÇÃO.

EXTRA´DO DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON.
Lucas 11.1-4;   
Jesus e seus discípulos, junto com outros peregrinos, haviam agora chegado às proximidades de Jerusalém (1), um objetivo que seu ministério havia muito tempo indicava. Betfagé ("casa dos figos verdes") e Betânia ("casa das tâmaras") eram duas peque­ nas cidades nas encostas do Monte das Oliveiras, sendo que a primeira era provavelmente um subúrbio de Jerusalém, e a última estava situada a cerca de três quilômetros de distância da cidade (veja o mapa).
Parando em Betânia, onde Ele ia ficar em retiro durante a Semana da Paixão, Jesus enviou dois dos seus discípulos à vila que ficava defronte a eles, provavelmente Betfagé (cf. Mt 21.1). Pedro era um deles, porque se lembrava dos detalhes que foram registrados. Eles deveriam encontrar preso um jumentinho, sobre o qual ainda não havia montado homem algum; então iriam soltá-lo e levá-lo para (2) Jesus. O Mestre que havia nascido de uma virgem, e que no fim ascendeu à mão direita de Deus, iria cavalgar em um jumento nunca dantes cavalgado. "Na antiguidade, o animal escolhido para o uso sagrado deveria ter esta característica."
Se o proprietário, que pode muito bem ter sido um seguidor de Jesus, questionasse o que estavam fazendo, eles deveriam responder: o Senhor precisa dele (3), e que iriam devolver o animal prontamente. Esse é o único exemplo em Marcos onde a expressão o Senhor foi usada para descrever Jesus. Essa seria uma identificação suficiente para o proprietário do jumento e uma razão suficiente para dedicar sua propriedade ao serviço do Senhor. Quem estaria disposto a imitar o exemplo daquele discípulo anônimo? Os discípulos encontraram o jumentinho preso fora da porta, "no meio da rua" (4), e o soltaram.


Mateus 6.5-13.
Oração (6 .5-15). Jesus também indicou que uma oração que demonstre ostentação deve ser evitada. Os hipócritas... se comprazem em orar em pé em lugares pro­ eminentes, para serem vistos pelos homens (5). Eles também "já receberam o seu galardão". O Mestre enfatizou a importância da oração em oculto (6). Um dos lugares mais sagrados em Londres é o pequeno cômodo onde John Wesley orava. Ele tem uma janela, e está do lado de fora de seu quarto em sua casa na City Road. Os visitantes têm a impressão de que o ambiente é uma rica ilustração do espírito de oração.
Cristo advertiu contra o uso de vãs repetições (7) na oração. Algumas pessoas inconscientemente repetem nomes para a Divindade diversas vezes na oração pública, até que ela se torne incômoda. Isso é uma repetição desnecessária. O nosso Pai Celestial sabe que estamos falando com Ele, e sabe o que precisamos antes de lho pedirmos (8). Portanto não precisamos ficar repetindo as nossas petições.
A oração do Pai-Nosso é um modelo perfeito da simplicidade e sinceridade da petição de Jesus. Ela também é um lindo exemplo de paralelismo poético. Impressa na forma a seguir, ela tem apenas dez linhas. Mas como são significativas!


Pai nosso, que estás nos céus,
Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino.
Seja feita a tua vontade, Tanto na terra como  no céu.
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas, Assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
E não nos induzas à tentação, Mas livra-nos do mal.
Aquele a quem nos dirigimos - Pai Nosso (9), sugerindo uma íntima comunhão, que estás nos céus, requerendo reverência é seguido por seis petições. As três primeiras são pelos interesses do Reino. As outras três são pelas necessidades pessoais. A ordem é muito significativa. As necessidades do Reino devem sempre ter prioridade sobre todas as outras coisas.
Na verdade a oração começa, como todas as orações deveriam, com adoração: Santificado seja o teu nome. O texto grego diz: "Permita que teu nome seja santificado". Esta é uma petição desafiadora: Permita que o teu santo nome seja santificado através da minha vida hoje, à medida que eu, sendo portador do nome de Cristo, vivo a vida de uma maneira semelhante à dele.
A segunda petição é: Venha o teu reino (10). Isto deve ter precedência sobre os interesses pessoais. George Ladd diz: "Esta oração é uma petição para Deus reinar, para manifestar a sua soberania e poder majestosos, para colocar em fuga todo inimigo da justiça e de seus preceitos divinos, e que só Deus possa ser o Rei sobre o mundo inteiro".  Mas esta petição também está relacionada à evangelização mundial. Pois é particular­ mente na salvação das almas que vem o reino de Deus.
A terceira petição: Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu, foi ecoada por Jesus no jardim do Getsêmani (Lc 22.42). Não há maior oração que se possa oferecer. Devemos torná-la pessoal: Seja feita a tua vontade primeiro em meu coração, assim como ela é feita no céu.
A quarta petição é a primeira a expressar uma necessidade pessoal: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje (11). O sustento físico não deve vir em primeiro lugar; mas ele tem o seu lugar no devido tempo. Deus está interessado nas nossas necessidades pessoais, e Ele quer que as coloquemos diante dele em oração. Ele prometeu suprir as nossas necessidades materiais, desde que coloquemos o seu  reino em primeiro lugar (v. 33). O significado exato das palavras de cada dia (encontrado somente na oração do Pai-Nosso) é incerto. A palavra grega epiousion  tem sido traduzida como "o necessário para a existência", "para o dia de hoje", "para amanhã", "para o futuro". A expressão de cada dia é melhor. Uma necessidade mais urgente é o perdão: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como s perdoamos aos nossos devedores  (12). Aquele que carrega  um espírito que não perdoa os outros deve parar antes de oferecer esta oração. Suponha que Deus o tome por sua  palavra; que esperança haveria para ele? A versão de Lucas da oração do Pai-Nosso apresenta "pecados" em vez de "dívidas".   Todo ser  humano está em dívida, pois "todos pecaram" (Rm 3.23). (Veja a exposição sobre Lucas 11.4.)

A última petição é: E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal (13) ou "do maligno". Tentação pode ser "provação"; a palavra grega pode ser traduzida de ambos os modos. Morison parafraseia a petição da seguinte forma: "E não nos coloque em provação, provação severa, provação que, em virtude de sua severidade, venha a pressionar duramente o nosso estado moral".
Nos antigos manuscritos gregos, a oração do Pai-Nosso termina com esta petição. A doxologia que segue - Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! - foi acrescentada há muito tempo, provavelmente para lhe dar uma conclusão mais acabada quando recitada em público. O acréscimo foi finalmente incorporado ao texto pelos escribas. Entretanto, é melhor incluí-la quando a oração do Pai-Nosso for recitada em público.
Nos dois versículos que se seguem à oração (14-15), Jesus mostrou a grande seriedade da questão de perdoar aos outros. Aquele que se recusa a perdoar fecha a porta do céu em seu próprio rosto. Nenhum espírito que não perdoa pode entrar ali. Independentemente daquilo que for feito contra nós, devemos perdoar - completamente e para sempre.


CLASSE JUVENIS – L 12 - CÉU E INFERNO?

JOÃO 14.1-7
EXTRAÍDO DO COMENTÁRIO BEACON.

Na casa de meu Pai há muitas moradas (recintos) (2).  Westcott observa que a palavra “moradas” vem da Vulgata, mansiones, “que eram lugares de descanso, e especialmente as ‘estalagens’ em uma grande estrada onde os viajantes encontravam repouso”, sugerindo a idéia tanto de repouso como de progresso.   Bernard diz que estes são “lugares de habitação”, não estalagens meramente temporárias em uma jornada.  No entanto, o fato de ser a casa do Pai já diz o suficiente. “O lar de Deus (Mt 5.34; 6.1), o antítipo eterno do Templo transitório em Jerusalém e da habitação do Pai e do Filho no crente (14.23; 17.21), é espaçoso e tem muitos cômodos”.  Com base na evidência de um excelente manuscrito, a versão RSV em inglês —juntamente com Strachan, Bauer, Bernard e Moffatt — traduz a parte restante do versículo 2 como uma pergunta: “Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, vou prepararvos lugar?” A objeção a isto é que “em nenhuma passagem no Evangelho Jesus disse que Ele irá ‘preparar lugar”’.4

A promessa aos seus discípulos foi: virei outra vez (3; lit., “estarei vindo novamente”).  A principal referência é à segunda vinda. Mas ela também sugere um outro pensamento: “Cristo está, desde o momento de sua ressurreição, vindo para o mundo, para a igreja e para os homens como o Senhor ressurreto”. Pedro tinha feito a pergunta: Senhor, para onde vais? (13.36) A resposta de Jesus descreveu a fraqueza de Pedro (13.36) e a sua negação (13.38), e também incluiu algumas promessas grandes e gloriosas (14.1-3). Agora, em uma declaração conclusiva dirigida a todos os discípulos, o Senhor responde categoricamente: Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho (4).

(2) A Pergunta de Tomé (14.5-7). A última declaração de Jesus dirigida à pergunta de Pedro apenas levantou uma outra na mente de Tomé, que é descrito como “o tipo daqueles que exigem ‘provas tangíveis e definições precisas”’. Ele perguntou: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?

(5) Certamente, esta pergunta retirou de Jesus uma das declarações mais completas e profundas que Ele já pronunciou com respeito a sua própria natureza: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida (6). O Eu sou (ego eimi) é aqui usado como uma metáfora, simultaneamente identificando Jesus com a divindade e como a satisfação para as necessidades básicas do homem. Pode o homem perdido achar um caminho? Cristo é o Caminho, o único Caminho, para Deus (cf. Hb 10.19-22).

 “A estrada para Deus é o conhecimento da verdade, e a regeneração, a iluminação e a posse da Vida. A Verdade e a Vida não são abstrações ideais. Elas estão presentes de forma concreta no Filho encarnado de Deus, que é tanto  a Verdade como a Vida”. Há uma espécie de exclusividade gloriosa sobre Cristo, o Caminho.

Ninguém vem ao Pai senão por mim (6). A glória aqui não está na exclusão de qualquer outra. Antes, por ser quem Ele é, e pelo que fez, o Caminho é um caminho universal. “Quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17; cf. Jo 3.16). Thomas à Kempis escreveu em adoradora meditação: Sem o Caminho, não há como ir; sem a Verdade, não há o que saber; sem a Vida, não há o que viver. Eu sou o Caminho que deveis seguir; a Verdade que deveis crer; a Vida pela qual deveis ter esperança. Eu sou o Caminho inviolável, a Verdade infalível, a Vida sem fim. Eu sou o Caminho que é o mais reto, a Verdade que é a mais elevada, a Vida que é verdadeira, a Vida abençoada, a Vida não criada. Se permanecerdes no meu Caminho, conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará, e tomareis posse da vida eterna. Embora amassem a Jesus, Tomé e os outros não o tinham realmente “conhecido”. Com uma reprovação gentil, Jesus disse: “Se tivésseis me conhecido, teriam tido um conhecimento certo e seguro do Pai” (7, tradução literal).

E já desde agora marca “o momento da Paixão... A Revelação do Pai não estaria completa até que Jesus tivesse removido a sua presença visível. Somente depois disto é que os discípulos começaram a entender quanto Ele havia revelado da natureza e do propósito de Deus”.

CLASSE DE JOVENS- L 12 - A ORDEM SUPREMA DE CRISTO JESUS.



Mateus 28.16-20
EXTRAÍDO DO COMENTÁRIO APLICAÇÃO PESSOAL.

28.16,17 Jesus fez diversas aparições  a diversas pessoas depois da sua ressurreição. Os onze discípulos refere-se àqueles que permaneceram depois da morte de Judas lscariotes. Eles foram à Galiléia, como Jesus lhes ordenara anteriormente (26.32; 28.10). Entre os onze que viram Jesus havia alguns que ainda duvidavam. Mateus pode ter estado relatando algumas das dúvidas e preocupações que ainda pairavam nas mentes daqueles onze discípulos escolhidos. Naturalmente, no final todos eles seriam plenamente convencidos e creriam.

28.18-20 Quando alguém está morrendo ou nos deixando, nós prestamos atenção às suas últimas palavras. Jesus deixou os discípulos com algumas últimas palavras de instrução. Deus deu a Jesus todo o poder sobre o céu e a terra. Com base neste poder, Jesus disse aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA), pregando, batizando e ensinando. "Fazer discípulos" significa educar novos crentes sobre como seguir a Jesus, submeter-se à soberania de Jesus e assumir a sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o crente a Jesus Cristo em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova vida. O batismo simboliza a submissão a Cristo, a disposição para viver segundo a vontade de Deus, e a identificação com o povo da aliança de Deus. Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo é um gesto que afirma a realidade da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio Senhor Jesus. Ele não disse para batizar "nos nomes", mas "em nome" do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Embora em missões anteriores Jesus tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que Jesus tinha mandado. Isto também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de Jesus e a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores de Jesus tinham uma missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de Jesus para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa. As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações.
Com este mesmo poder e autoridade, Jesus ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir - seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam Jesus de "Senhor". Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que Jesus está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do Espírito Santo na vida dos crentes. O Espírito Santo será a presença de Jesus que nunca os deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). Jesus continua a estar conosco hoje, por meio do seu Espírito. Da mesma maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, "Deus conosco" (1.23).
As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam as credenciais de Jesus que o qualificam para ser o Rei do mundo - não um líder militar ou político, como os discípulos originalmente tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais. Precisamos fazer de Jesus o Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador, Rei e Senhor.