quarta-feira, 29 de junho de 2016

Barnabé: um exemplo permanente de obreiro a ser seguido

   Barnabé era o apelido dado pelos apóstolos a um descendente da tribo de Levi, vindo de Chipre, que fixou residência em Jerusalém. O seu nome primitivo era José. O primeiro registro do seu nome na Bíblia encontra-se em Atos 4.36. Pelas suas boas ações, os discípulos passaram a chamá-lo de Barnabé, que significa “filho da consolação”. O seu testemunho ganhou destaque, pois seu nome se encontra 29 vezes em Atos dos Apóstolos e cinco vezes nas cartas paulinas. Ao lermos a sua biografia, compreendemos que Barnabé se destacava pelo seu cuidado com os novos crentes, em recepcioná- -los e ajudá-los a se firmar na fé em Jesus. Foi ele que recepcionou Saulo, quando muitos tinham receio de abraçá-lo. 

   Entendemos que foi ele quem apresentou Saulo ao pastor da igreja (At 9.26,27). Ele deve ter procurado criar um ambiente saudável para Saulo, tendo a paciência de ouvi-lo e com amor e confiança torna-se o seu fiador diante dos apóstolos. Barnabé é visto como um bom obreiro, e é enviado para cuidar de uma nova igreja na Antioquia da Síria (At 11.22). Ali chegando, começou a revelar aos irmãos seu abençoado ministério (At 11.23). 

   Barnabé era um obreiro espiritual, que viu a graça de Deus na Igreja; era um pastor alegre, conselheiro, homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé. Com seu testemunho, muitos se converteram. 
   Com o crescimento da Igreja, houve necessidade do trabalho de mais um obreiro. Barnabé vai à busca de Paulo, que estava em Tarso, que distava 160km. Quem deseja ajudar não mede dificuldades. Ele viu o talento de Paulo e dividiu com ele o seu ministério. Ambos trabalharam e ensinaram os crentes que se tornaram conhecidos como cristãos. 
   Naqueles dias, houve uma crise de fome na Judéia e a Igreja confiou a tarefa de arrecadar ajuda e enviá-la a Barnabé e Paulo. Depois de cumprir a missão a eles confiada, voltaram para a Igreja em Antioquia, onde prestaram um relatório de todo trabalho realizado (At 14.26-28). Barnabé era um homem de bem, dedicado à oração, que buscava direção do Espírito Santo para tomar decisões. Ele encorajava seus companheiros e estava sempre disposto a oferecer a segunda oportunidade a quem necessitasse. Possuía uma grande visão, enxergava o potencial nas pessoas e procurava ajudá-las. 

   Todos nós tivemos, ou ainda temos, um Barnabé em nosso ministério, em nossa vida espiritual. Alguém que confiou em nós. Quem é o seu? Quem lhe ajudou? Quem confiou em você, levando-o ao ministério e entregando-lhe uma igreja ou congregação para dirigir? Corresponda com a sua confiança, continue sendo um homem de bem, cheio do Espírito Santo, cheio de fé, e demonstre a sua gratidão pela confiança do seu Barnabé. Qual é o seu trabalho na igreja? Tudo que nós fazemos na casa do Senhor é honroso, e temos recompensa. Sirva bem e com alegria. Você está na porta de entrada do templo? Receba com carinho os que estão chegando, procure acomodá-los. O semblante da sua alegria cativará os que chegam. Ajude os visitantes, assista aos novos crentes, pois os que estão chegando nada conhecem sobre nosso templo. Coopere para a boa ordem e o bem estar de todos os irmãos.


Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.


Fonte do arquivo: Extraído do jornal mensageiro da Paz.

Deus nos chama ao trabalho! Estejamos prontos à Sua convocação


Embora o capítulo 3 do livro do profeta Joel seja uma mensagem escatológica, pois nos fala da batalha final do Armagedom, procuraremos tirar importantes lições para a Igreja de hoje.

Lembre-se que temos uma luta travada, não “contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.10-20). Para vencê-los, necessitamos tomar toda a armadura de Deus.

Todo dia estamos no campo de batalha. 
Portanto, precisamos resistir firmes na fé, pregando e ensinando a Palavra de Deus em sua essência.

Nos versículos 9 e 10 de Joel, lemos: “Proclamai isto entre as nações: Apregoai guerra santa e suscitai os valentes; cheguem- -se, subam todos os homens de guerra. Forjai espadas das vossas relhas de arado e lanças, das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte”. Observemos com atenção as expressões “proclamar”, “dizer”, “anunciar entre as nações”; “suscitai aos valentes”, “provocar”, “levantar”; “subam os guerreiros”, “envolvam todos”.

 No Reino de Deus, há lugar para cada um de nós. Fomos convocados por Deus para a peleja. “Diga o fraco: Eu sou forte”.

É hora de trabalhar! Coloque o seu coração e as suas energias a serviço do Reino de Deus. “Lançai a foice” (v. 13). Alguns estão parados., mas Senhor diz: “Faze-te ao mar alto, e lançai as redes para pescar” (Lc 5.4).

Deus tem pressa! É urgente a ordem dEle, não percamos tempo. “Apressai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai- -vos; para ali, ó SENHOR, faze descer os teus valentes” (v. 11).
As portas estão abertas, temos apoio, povo, templos, carros, meios de comunicação, folhetos, Bíblias... O tempo de Deus é HOJE, pois “a seara está madura” (v. 13), os campos estão brancos, e nós somos os semeadores da undécima hora.

Aproveitemos nossa oportunidade. Precisamos de atitude para não nos darmos conta depois que “passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jr 8.20). Foi-se a oportunidade!

Devemos intensificar o trabalho da evangelização, a oração, os jejuns, o discipulado, a Escola Dominical e o Círculo de Oração, e acompanhar os trabalhos com a nossa mocidade.

Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.

Fonte do arquivo: Extraído do jornal mensageiro da

Deus pode dar mais, mas aprenda a se contentar com o que tem

O apóstolo Paulo sofreu fome, perseguição, prisões, açoites, rejeições, expulsões. E é da sua prisão em Roma que ele escreve a carta aos Filipenses, onde declara: “Já aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11,12). Essa lição muitos ainda precisam aprender.

 Nós vivemos em um mundo de descontentes. As pessoas nunca se satisfazem com o que têm e com o que são. As brancas ficam horas no sol para se tornar morenas, gastam muito dinheiro com bronzeadores e já existem até meios artificiais para mudar a cor das pessoas. Já as morenas querem ficar brancas, enquanto as baixas querem ficar altas, usando sapatos com o salto de 15cm, como no caso do Japão. E há pessoas altas que querem ser baixas. Enquanto isso, magros querem ganhar peso e pessoas não necessariamente obesas vivem uma febre de regimes, passando fome para se tornarem muito magros.

 A febre da insatisfação chega até entre nós: temos obreiros insatisfeitos com o que são, com o cargo ou função. Quem tem um carro velho quer trocar por um mais novo, o empregado quer ser patrão, o patrão rico quer mais dinheiro para se tornar mais rico etc. Todos querem mais. 

Uma mulher viu a sua vizinha reformar a sua casa, exigiu do seu marido reformar também a dela e, quando terminada a reforma, disse que não ficava bem casa nova com moveis velhos. Logo, “vamos trocá-los!”. Ato seguinte, ela disse: “Casa nova, móveis novos, mas com carro velho. Vamos trocá-lo também”. E o pobre do marido fazendo o maior sacrifício para atender ao gosto da esposa. Quando chegou o carro novo, ela disse para si mesma: “Agora, tenho casa nova, móveis novos, carro novo, mas um marido velho. Eu tenho que trocá-lo também!”. 

Vivemos no mundo dos insatisfeitos. 

Pensemos no Senhor Jesus. Ele é Deus encarnado, Senhor do Universo. Porém, nasceu em um local humilde em Belém. Imaginemos como devia ser a cidade de Belém nos dias do grande alistamento determinado por César Augusto. Era uma cidade povoada por moradores pobres, pescadores, carpinteiros, lavradores, operários etc. Naquela noite em que Jesus nasceu, nada havia de especial. A cidade estava escura, o local da manjedoura era humilde, pouca iluminação, José estava preocupado com o estado de Maria, ele era um bom esposo, desejava fazer uma festa para comemorar a chegada do filho da Maria, mas tudo não passou de projetos. Mas, Deus fez a sua comemoração: estrelas, anjos, coral, música, glorificação! Jesus nasceu! Fora isso, tudo era muito simples e humilde. E Deus o quis assim.

 Você é dominado pela tristeza e insatisfação? Sua satisfação está depositada nas coisas que deseja possuir? Porque ainda não as possui, você se tornou uma pessoa insatisfeita?

 Davi experimentou momentos difíceis em sua vida, porém ele creu em Deus e aprendeu a esperar nEle: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. O que eu tenho em Deus é maior do que aquilo que eu não tenho na vida. Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho. 

Vamos pensar juntos no que temos: Jesus, Salvação, saúde, família, lar, casa, trabalho, irmãos, amigos, dinheiro, apetite, pão, carro etc. Podemos glorificar a Deus e agradecê-lO. E aprendamos com Paulo: Deus pode fazer mais, mas “já aprendi a contentar-me com o que tenho”.


Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.


Fonte do arquivo: Extraído do Jornal mensageiro da Paz.