“Numa palavra, a oração é
a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera
ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito. ” É possível
verificar elementos que marcaram a vivência e a intimidade da Igreja ao longo da
sua história: o desenvolvimento da prática de oração.
A ocasião da primeira
reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação
clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja de
Jerusalém em viver a disciplina da oração. Sobre o tema, o pastor Claudionor de
Andrade analisou a prática da oração dos primórdios da Igreja até a
modernidade: “a oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria
esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus
discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos,
seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a
Deus as mais ferventes orações. Depois da era apostólica, os pais da igreja,
além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano,
Ambrósio e Agostinho.
O bispo de Hipona escreveu
acerca de seu ministério de oração e intercessão: ‘Eis que dizeis: ‘Venha a nós
o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo? ‘E os reformadores?
Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de
Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os
avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai
celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento
Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que,
sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações
pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências
oriundas de uma vida de profunda oração” (As
Disciplinas da Vida Cristã, CPAD, p.36).
Ao tomarmos conhecimento
de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança
dos apóstolos, podemos concluir, citando John Bunyan, que “jamais seremos
cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve
ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida. O
hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em
sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que
tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor” (O Pensamento da Reforma, p.54).
Fonte :CPAD LBP REVISTA DIGITAL .
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