quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Comentarista de Lições Bíblicas fala de Romanos, tema da revista do 2º trimestre deste ano.

Pastor José Gonçalves

Comentarista de Lições Bíblicas fala de Romanos, tema da revista do 2º trimestre deste ano.

José Gonçalves é pastor em Água Branca, Piauí, graduado em Teologia pelo Seminário Batista de Teresina e em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí. Ensinou grego, hebraico e teologia sistemática na Faculdade Evangélica do Piauí. É comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical da CPAD e autor dos livros: Missões – o mundo pede socorro (Ed Halley); Por que Caem os Valentes (CPAD); As Ovelhas Também Gemem (CPAD); Defendendo o Verdadeiro Evangelho (CPAD); A Prosperidade à Luz da Bíblia (CPAD); Rastros de Fogo – o que diferencia o pentecostes bíblico do neopentecostalismo (CPAD); Porção Dobrada (CPAD); Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso (CPAD); Lucas: o Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito (CPAD) e coautor do livro: Davi – as vitórias e derrotas de um homem de Deus (CPAD, prêmio ABEC). É presidente do Conselho de Doutrina da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Piauí (Ceadep) e membro da Comissão de Apologética da CGADB.
Nesta entrevista o apologista cristão fala sobre o tema da revista Lições Bíblicas Adultos, a ser estudado no 2º trimestre deste ano, sob seu comentário.

O senhor será o comentarista de Lições Bíblicas Adultos do 2º trimestre de 2016, baseado no livro de Romanos, o que os alunos da Escola Dominical podem esperar das lições? Fale-nos um pouco sobre seu conteúdo.

Primeiramente devemos destacar que a Carta de Paulo aos Romanos é uma das mais belas obras literárias já escritas e também a mais teológica de todas as cartas que Paulo escreveu. É, portanto, um clássico da literatura universal. Ao longo dos séculos a sua influência sobre o cristianismo tem sido grande. Em sua História da Literatura Cristã Antiga – grega e latina, o escritor Cláudio Moreschini destaca que Romanos é única entre as epístolas de Paulo que é dirigida a uma igreja que não foi fundada por ele. Esse fato faz com que grandes temas da teologia cristã recebam atenção especial por parte do apóstolo e sejam tratados de forma mais exaustiva. Os intérpretes da Bíblia estão de acordo que o pensamento de Paulo ao redigir a Carta aos Romanos segue duas vertentes principais. Na primeira delas, tendo em vista alguns questionamentos que surgiram por conta de uma má compreensão do posicionamento do apóstolo quanto à Lei, faz com que Paulo procure corrigir esses mal-entendidos deixando claro seu pensamento. Isso ele faz quando expõe de forma detalhada a doutrina da justificação pela fé. Por outro lado, o seu desejo de levar o Evangelho além-mar faz com que o apóstolo tencione fundar em Roma uma base missionária. Em suma, a temática abordada por Paulo nessa Carta é uma das mais diversificadas do Novo Testamento. Embora não contemple todas as doutrinas do Novo Testamento, todavia aborda as principais delas. A doutrina da justificação pela fé, independente das obras, como foi destacado, não deve ser perdida de vista, sendo o principal eixo em torno do qual a Carta se move. Por outro lado, somente em Romanos o conflito entre a “carne” e o “Espírito” aparece de forma tão dramática. Todo cristão quando lê Romanos se identifica com o “eu” paulino.

Fale acerca da linguagem utilizada, considerando que o Brasil é um país continen tal e abriga pessoas das mais diversas culturas. Alguns com bastante conhecimento teológico e outras com pouco conhecimento, inclusive com algumas com bem pouco conhecimento secular. O que o senhor fez para escrever a revista e contemplar o país de dimensão continental?

No livro que servirá de apoio às Lições Bíblicas de Romanos escrevi que essa Carta foi escrita para a igreja. Foi endereçada as pessoas simples, provenientes de todas as camadas da população e sem distinção de cor ou de raça. Não foi endereçada a teólogos, eruditos, nem tampouco a especialistas em religião. Como vimos, a Carta foi escrita com o propósito de edificar a igreja, tirar dúvidas e esclarecer questionamentos que a nova fé estava provocando. Junte-se a isso o desejo do apóstolo em contar com o apoio dos romanos no estabelecimento de uma nova base missionária. Romanos, portanto, é uma Carta escrita para todos nós. Devemos destacar também que o apóstolo Paulo era um homem douto, treinado na principal instituição teológica de seus dias, tendo estudado com Gamaliel. O apóstolo estava consciente que escreveria a um público diversificado, vindo de todas as camadas sociais e que os assuntos por ele tratados eram profundos e complexos. Uma metodologia específica, portanto, deveria ser adotada. E foi o que ele fez. Na sua Carta é possível perceber que o apóstolo recorre com frequência ao método de diatribe para aclarar os seus argumentos. Esse método consiste em um diálogo com um interlocutor imaginário com quem se dialoga, fazendo perguntas e oferecendo respostas. Mas não é só isso. Na Carta é possível encontrar referências às regras de interpretação usadas pela escola rabínica de Hillel. O uso de duas dessas regras aparece com clareza na argumentação do apóstolo: a qal wahomer e a gezerah shawah. Na primeira regra, o que se aplica ao caso menos importante certamente se aplicará também ao caso mais importante. Na segunda regra, a analogia entre textos bíblicos, incluindo a semântica das palavras comuns em ambos, é usada para se estabelecer a veracidade de um fato. Tudo isso foi levado em conta na redação das lições bíblicas sobre Romanos. Esse fato fez com que a sua leitura se tornasse prazerosa e edificante. No nosso comentário de Romanos procuramos juntar erudição com simplicidade. As regras da hermenêutica e a aplicação de seus princípios, a exegese, se somam para dar ao leitor uma compreensão bem fundamentada do pensamento do apóstolo.

O senhor também escreveu o livro do trimestre, qual a diferença do conteúdo do livro para o da revista? O que os estudantes podem ver de novo, principalmente os professores que utilizam esse material como subsídio?


O livro trata da mesma temática abordada na revista, todavia a metodologia e o conteúdo se diferenciam. Com propósitos pedagógicos as lições bíblicas são esboçadas de uma forma mais pastoral, assumindo a estrutura de um sermão. Esse fato faz com que sejam comentadas de forma mais sintética, pois visam alcançar um público diversificado e com isso prover um melhor aproveitamento no aprendizado. Todavia, no livro essa mesma temática é tratada de forma mais exaustiva e a metodologia é mais acadêmica e mais técnica. Dessa forma, o livro: Graça, Maravilhosa Graça, que servirá de apoio às Lições Bíblicas de Romanos, eu ponho em destaque os grandes embates teológicos. Mostro, por exemplo, que desde Agostinho, bispo de Hipona (354430), Romanos tem servido de cavalo de batalha para se justificar um determinismo fatalista. Todavia, como bem observou o teólogo Joseph Fitzmeyer, não devemos levar para dentro dessa Carta aquilo que lhe é estranho. Sem querer ser dogmático em algumas questões de natureza puramente confessional, todavia não deixei de registrar no livro o meu entendimento de certas passagens dessa Carta que, a meu ver, receberam uma interpretação que destoa da argumentação adotada por Paulo. O nosso comentário, por exemplo, mostra que o apóstolo ensina de forma clara a justificação pela fé somente (Rm 5.1,2); que fomos eleitos no Filho de Deus para a vida eterna e que a salvação está condicionada à nossa permanência em Cristo (Rm 8.29,30

FONTE: http://www.cpadnews.com.br/mp_digital/mp_1569/#11/z

Compreendendo nossos limites: aprendendo com os erros de Uzias .

Na vida espiritual, não basta começar bem; devemos continuar e terminar bem. Entre as muitas biografias registradas na Bíblia, encontramos em 2 Crônicas 26 a história de um homem que reinou 55 anos em Jerusalém. A sua carreira começou aos 16 anos, animado, sincero, fazendo o que era reto aos olhos de Deus. Seu nome era Uzias. Ele dedicou-se a buscar o Senhor, e Deus o fez crescer e prosperar em todas as áreas do seu governo. O seu nome atravessou fronteiras, de maneira que até no Egito se falava da prosperidade do rei Uzias. O seu governo voltou-se à agricultura, e ele fez também um projeto de irrigação, fazendo crescer nos vales o numero dos lavradores e vinhateiros.
Uzias apoiou grandemente a pecuária e o numero do gado se multiplicou. Escolheu homens destros nas armas e formou um forte exército com 307.500 soldados habilitados para guerrear. Também foi cuidadoso na preparação das armas para o uso dos  seus comandados, mandando produzir escudos, lanças, capacetes, couraças, arcos, fundas para atirar pedras, um verdadeiro arsenal. Fabricou ainda máquinas, inventos de engenheiros que, colocados nas torres e cantos da cidade, atiravam ao longe  flechas e grandes pedras. Eram os canhões da época. Porém, após a fama de Uzias crescer, ele se sentiu tão forte que não mais observou os limites de Deus. Exaltou-se o seu coração até se corromper e transgredir contra o Senhor seu Deus. Sua força e sua personalidade também interferiram no domínio do santuário. O rei não respeitou o sacerdote de Deus; sentindo-se superior, entrou onde não lhe competia. Deus o havia abençoado grandemente, mas a sua exaltação o levou a transgredir contra Deus. Com o caso de Uzias, aprendemos que Deus tem grandes planos para abençoar nossas vidas – podemos crescer nas áreas da economia, intelectual, patrimonial, política, social etc –, mas o homem tem que compreender seus limites, seu domínio.


FONTE: http://www.cpadnews.com.br/mp_digital/mp_1569/#2/z
PR. JOSÉ WELLINGTON BEZERRA DA COSTA


Sansão

•13.1-16.31 A história de Sansão é a última nos ciclos dos juízes Seu futuro
era grandemente promissor. Era nazireu desde o ventre materno, e seu nascimento
foi uma dádiva sobrenatural aos pais estéreis; assim como o grande juiz

•13.1 Tendo os filhos de Israel tomado a fazer o que era mau. A fórmula
introdutória usual é especialmente abreviada lcf 2.11-19)
entregou nas mãos dos filisteus. Ver 2.14; 1 Sm 12.9.
13.2-25 Da mesma maneira que Gideão 16.11-24). os pais de Sansão não reconheceram
o Anjo do Senhor. Viram um fogo milagroso e depois temeram as conseqüências
de terem visto o Anjo do Senhor. Esses paralelos notáveis suscitam
a pergunta se Sansão não viria a ser um juiz tão grande como Gideão
13.1-16.31. nota). Três vezes as exigências do nazireado foram definidas antes
mesmo de Sansão nascer (vs. 4-5,7,14). Essa repetição ressalta a sua importância.
•13.2 estéril. A mãe de Sansão era estéril. assim como Sara, Rebeca, Raquel
(Gn 16.1; 25 21. 29.31) e a mãe de Samuel (1Sm 1.2.5; Jz 13.1-16.31, nota).
13.3 o Anjo do SENHOR. Ver 2.1; 6.11-24; 13.1-16.31. nota; "Anjos", em
Zc 1.9.
•13.5 nazireu ... desde o ventre de sua mãe. Para o contexto histórico, ver
Nm 6 1-21. Normalmente, o voto do nazireado era tomado por um determinado
período de tempo e não desde o nascimento (13.1-16.31. nota).
13.6 sua aparência era semelhante à de um anjo de Deus. Ela deixou de
reconhecer que era realmente o Anjo do Senhor (6.22; 13.16)
•13.15 prepararemos um cabrito. Repetiram a hospitalidade de Gideão
(619)
13.17 Qual é o teu nome. Jacó fez a mesma pergunta (Gn 32.29).
•13.19-22 Esses incidentes formam um paralelo com aqueles na vida de Gideão
(6 20-22)
13.24 o menino cresceu, e o SENHOR o abençoou. Apesar da bênção divina,
Sansão era fraco na fé 113.1-16.31, nota), em contraste com Samuel (1Sm
2.26; 3.19) e com Jesus llc 2.52)
13.25 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota.
•14.1-15.20 Imediatamente, depois de entender que o Senhor estava com
Sansão e que o Espírito começava a se mover nele (13.25). o leitor é informado
de que Sansão procurou uma esposa dentre os filisteus (14.1-2). Nessa seção, é
revelado que Sansão tinha forças prodigiosas, capacidades poéticas, orgulho e
mau gênio intensos. A narrativa gira em torno da busca e da perda da esposa filistéia
e das conseqüências tanto para a Filístia quanto para Sansão. No decurso
desses eventos, Sansão violou o voto do nazireado ao tocar num animal morto
(14 8-9) e ao beber vinho (v. 10). Tudo que lhe restava fazer nesse sentido era cortar
os seus cabelos. Três vezes o Espírito do Senhor veio sobre ele e ele matou os
seus inimigos. Liderou Israel durante vinte anos (15.201. Normalmente. esse seria
o fim da narrativa. Sansão, no entanto, continuava a se deixar desviar por mulheres
estrangeiras e a história termina com a narrativa da sua morte como resultado
de seus próprios feitos (cap. 16)
•14.2 uma mulher ... dos filisteus. Os israelitas não deviam casar com mulheres
estrangeiras (3.1-6; 14.3; Dt 7.3-4; 1Rs 11.1-6; Ed 9-1 O).
•14.4 isto vinha do SENHOR. Embora o desejo de Sansão fosse pecaminoso,
Deus o usou visando seus próprios propósitos de exercer o juízo contra os filisteus
•14.6 Espírito do SENHOR.
•14.8-9 o corpo do leão. Parte do voto nazireu incluía evitar a mínima aproximação
a um cadáver (Nm 6.6). Sansão tocou no cadáver, o que já anularia o seu
voto. Não contou aos pais. À primeira vista, imaginaríamos que ele guardou segredo
visando o propósito de apresentar o seu enigma, mas também estava escondendo
a transgressão do seu voto.
•14.10 fez ... um banquete. Num banquete destes, o vinho era normalmente servido.
Mas Sansão, como nazireu, estava proibido de beber vinho 1131-16.31,
nota; 132-25. nota)
•14.19 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota
•14.20 Ao companheiro de honra. Esse não era um costume, mas uma tentativa
de um pai envergonhado em salvar as aparências (15.1-2). Até mesmo os filisteus
continuavam a referir-se a Sansão como "o genro do timnita" (15.6).
•15.1 nos dias da ceifa do trigo. Esse era um tempo de seca, quando, então,
os campos se queimariam facilmente (vs. 4-5).
sua mulher. Legalmente, era esposa de Sansão.
•15.2 a dei ao teu companheiro. Ver 14.20, nota.
•15.6 o genro do timnita. Ver 14.20, nota.
•15.13 amarraram-no com duas cordas novas. Ver 16.11-12.
•15. 14 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota; 14.6, 19.
•15.15 uma queixada de jumento, ainda fresca ... mil homens. Ver o paralelo
com Sangar, filho de Anate 13.31).
•15.1 B clamou. Essa é uma das duas únicas vezes que a narrativa diz que Sansão
clamou ao Senhor 116.28).
morrerei eu, agora, de sede. Assim como os israelitas que presenciaram milagre
após milagre no deserto, Sansão queixou-se a Deus. O paralelo é marcado
pelo clamor por água e pela maneira milagrosa de Deus fornecê-la (v 19; Êx
17.1-7; Nm 20.1-131. Tanto Israel quanto Sansão queixavam-se a Deus, mas
ele, na sua misericórdia e compaixão, supriu as suas necessidades IJz10.10-161
•15.20 vinte anos. Normalmente, essas palavras assinalariam o fim da história,
mas não neste caso (14 1-15.20, nota). Assim como Jefté (12.7), Sansão não
dirigiu Israel durante uma geração inteira (quarenta anos) assim como tinham feito
os juízes anteriores.
•16.1-22 Esse relato contém duas histórias paralelas que demonstram o desejo
que Sansão tinha pelas mulheres, sua força prodigiosa e os esforços que os
filisteus fizeram para prendê-lo. As contínuas violações da aliança por parte de
Sansão foram julgadas por Deus; os filisteus o prenderam e o cegaram (vs.
21-22) As tentativas de Dalila para enganar Sansão revelam quão tolo ele era
por ainda ficar com ela. É ainda mais estranho que o Espírito de Deus tenha se
apartado dele somente quando foram cortados os seus cabelos e não nalgum
momento anterior das suas violações da aliança. Deus teve paciência com Sansão
até desaparecer o último sinal do seu voto e foi então que ele o julgou.
•16.1 uma prostituta. Sansão violou novamente a aliança 1142).
•16.11 cordas novas. Ver 15.13.
•16.15 Como dizes. Ver 14.16-17.
•16.17 desde o ventre de minha mãe. Ver 13.5.
se vier a ser rapado. Sansão sempre desconsiderara os demais aspectos
do seu voto (13.1-16.31, nota). Sua verdadeira força era o Espírito do Senhor(v. 20)
•16.20 o SENHOR se tinha retirado dele. O Espírito do Senhor já não lhe dava
forças (13.25; 14.6,19; 15.14) Assim como Saul (cf Is 16.14 com 1Sm 15.23),
Sansão perdeu o poder do Espírito porque desobedeceu. Deus era a sua força e
não alguma magia associada com seus cabelos compridos.
•16.23 Nosso deus nos entregou. Deus é o Juiz que permitia que opressores
maltratassem seu povo por causa do pecado deste (v. 20); não foi o poder dos deuses
das nações que as capacitou a vencer Israel (2.14-15).
16.28 SENHOR Deus. A petição final de Sansão é tirar vingança pela perda da sua
vista. O escritor não comenta esse motivo. Deus, na sua graça, respondeu à oração

e permitiu que Sansão matasse os inimigos de Israel (10.10-16; 15.18-19).