sábado, 30 de julho de 2016

O poder restaurador do amor de Deus

Por: Gesiel Pereira
Dos três milagres de Jesus em que Ele esteve ressuscitando pessoas, devolvendo a vida e a alegria, e glorificando o Pai que está nos céus por meio desses milagres, podemos afirmar que o acontecimento narrado pelo evangelista Lucas na cidade de Naim (Lc 7.11-17) foi o mais comovente e deslumbrante. O que nos chama a atenção nas outras ressurreições - a volta à vida da filha de Jairo e a ressurreição de Lazaro - é que, por mais que o poder, o amor e a compaixão de Cristo estejam sendo manifestados, o crer é exigido tanto de Jairo como de Marta e Maria. Nos dois casos, os interessados partem ao encontro de Jesus, ao contrario do milagre acontecido na cidade de Naim, onde Jesus vai ao encontro da viúva. Em Naim, acontecera um milagre subsequente de Jesus, visto que Ele partira a Naim vindo de Cafarnaum (Lc 7.1-10), de um cenário onde “goteja fé”, e muita fé por sinal, pois o próprio Jesus maravilhou-se de não ter visto tanta fé nem mesmo em Israel. Mas, o que levou o Senhor da vida a caminhar aproximadamente cinquenta quilômetros para um lugar onde não havia fé nenhuma naquele momento, quando é a a fé que move todas as coisa e por ela as coisas são estabelecidas? Talvez para conseguir responder isso deveríamos perguntar também. O que levou o Deus eterno a descer dos céus à Terra e torna-se homem? Por que Ele lavou os pés daquele que o trairia? Por que Ele multiplicou pães e peixes para uma grande multidão? Tinha Ele que restaurar a orelha do soldado? Por que na véspera da Sua morte, em vez de se confinar sozinho em algum lugar, Ele resolveu jantar com os seus Seus amigos? Foi por causa de alguma fé que surgiu nesses eventos? De maneira alguma. Foi por causa do seu grande amor e pelo mover de sua íntima compaixão. Foi devido a umde seus atributos: o amor. Jesus é movido pelo Seu amor, e por essa razão vai ao encontro de uma viúva, à qual só restavam as lágrimas. Creio que tudo o que aquela viúva poderia ter feito pelo seu filho ela fez. Provavelmente cumpriu os costumes judaicos, lavou e ungiu o corpo do seu filho, colocou o seu filho em um esquife (uma espécie de maca, e não um caixão fechado) para levá-lo ao sepulcro, adquiriu pelo menos duas flautas e contratou pelo menos uma carpideira para prantear pelo seu filho. O cortejo fúnebre judaico em tudo se diferencia dos cortejos fúnebres ocidentais. A pobre mulher, pela segunda vez provavelmente, fazia o mesmo trajeto, pois já havia sepultado o seu esposo. Ela, mesmo estando viva, puxava o pelotão da morte. A pequena Naim, que significa “agradável”, mais uma vez exalava o odor da morte. Morrer precocemente era pior ainda, pois era considerado um juízo da parte de Deus para a família ou para a pessoa. Nos costumes judaicos, a mulher sempre andava na frente do cortejo, pois, pela tradição rabínica, pela mulher o pecado entrou no mundo e, por esta razão, a mulher teria que estar à frente do cortejo. Para aquela multidão e para a própria viúva, mais uma vez o juízo de Deus é manifesto, visto que, pela desobediência, o pecado surgiu e, pelo surgimento do pecado, o juízo de Deus é exercido pela morte. Entretanto, naquele exato momento, o Deus- -homem, que satisfaz a justiça do Pai, exerce o juízo sobre  a morte e faz a Sua misericórdia triunfar sobre o juízo. Conforme profetizara o profeta Isaias, Ele - o Messias - seria conhecido como homem de dores (Is 53.3), aquele que foi provado até a morte, que em tudo foi tentado, mas nunca pecou. Alguns o chamavam de “santo”, enquanto outros o chamavam de “profano”; uns, por revelação divina, afirmavam ser Ele o Filho do Deus vivo; outros, tomados por completa incredulidade, afirmavam ter Ele demônios. A Sua própria encarnação já se tornara um estado de humilhação; a Sua morte seria um espetáculo e um vitupério ao mesmo tempo. Verdadeiramente, o profeta falou com propriedade: Ele seria um homem de dores. Mas, o profeta continua com sua profecia messiânica e anuncia: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” (Is 53.4). Quando Jesus, movido pela Sua intima compaixão, se aproxima da viúva e comunica-se com ela, dizendo-lhe “Não chores”, Ele, o homem de dores, conforta aquela pobre viúva, trazendo-a para junto de Seu coração e recebendo em Si mesmo toda dor que pesava na alma daquela mulher. Pessoa alguma que estava com ela conseguira aquietá-la ou fazê-la parar de chorar. Mas, Jesus é diferente. Não deu nem tempo de a viúva lhe dirigir palavra alguma, pois imediatamente o Deus que se comunica com os vivos aliviando as suas dores também é o Deus que se comunica com os mortos. O Mestre da vida, além de falar com o jovem morto, também o toca (ficando assim imundo pela Lei mosaica). O homem de dores, ao receber o choro da viúva, lhe outorga alegria; ao receber a imundícia da morte do jovem, lhe concede o poder de viver novamente, dizendo: “Jovem, a ti te digo: Levanta-te”. E o que fora defunto assentou-se e começou a falar. Não havia fé, não havia esperança, tudo já estava decretado, a sepultura já esperava o seu morto, a morte já cantava o seu cântico, mas Jesus resolveu caminhar cinquenta quilômetros, sem ser convidado, para manifestar o Seu poder e a Sua compaixão. O apóstolo Paulo escreve dizendo que a morte é o último inimigo a ser aniquilado (1Co 15.26). Nas ressurreições realizadas por Jesus, é demonstrada de forma preliminar a vitória dEle sobre a morte, pois com Ele estão as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18).



 Gesiel Pereira é evangelista na AD em Balneário Rincão (SC), graduado em Teologia e coordenador teológico da Faculdade FAEST.

Convite a um esforço de evangelização no Brasil

Na determinação do querido Mestre Jesus aos seus discípulos, está bem explícita a prioridade da Igreja: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Este esplendoroso trabalho, a nós confiado, exige dedicação especial.
A Assembléia de Deus é uma Igreja dinâmica, o nosso amor pelas almas nos constrange a evangelizar, ganhar vidas para Cristo e discipular com carinho àqueles que, convencidos pelo Espírito Santo, aceitam a gloriosa salvação de Jesus Cristo. Neste ano em que ela comemora 105 anos, a revista “Lições Bíblicas” do terceiro trimestre de Escola Dominical da CPAD trata exatamente da Grande Comissão. Convidamos aos assembleianos de todo o país a, nesse período, empreenderem um esforço nacional de evangelização em favor do nosso país.
A cada semana, a revista “Lições Bíblicas” tratará de uma área relacionada à evangelização e dicas e orientações serão passadas no sentido de incentivar os irmãos em todo o Brasil a se dedicarem àquela área naquela semana. Será uma excelente oportunidade de nos mobilizarmo de forma especial em prol daqueles que pertencem a vários setores de nossa sociedade e estão afastados de Deus.
 O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Os seguidores de Cristo devem estar pregando, divulgando a Palavra, semeando-a nos corações. Quanto mais ela é plantada nos corações dos homens, maior será a colheita.
Cada conversão é o resultado do assentamento do Evangelho dentro de um coração. A Palavra gera (Tg 1.18), salva (Tg 1.21), regenera (1Pe 1.23), liberta (Jo 8.32), produz fé (Rm 10.17), santifica (Jo 17.17) e nos atrai a Deus (Jo 6.44,45).
Com o poder do Espírito Santo, o semeador testemunha de Cristo, e o Espírito produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo. Os efeitos desta verdade se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem.
 “Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar” (2Co 3.12). “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus” (At 4.13). “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). “E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho” (Ef 6.19).
Para Deus, a salvação de uma alma é muito importante. Disse Jesus: “Há alegria no céu quando um pecador se arrepende” (Lc 15.7). Devemos considerar o valor de uma alma (Mc 8.36), pois ela “vale mais que o mundo inteiro”.
 Deus nos escolheu como atalaias (Ez 3.17,18). Cumpramos nossa missão. Proclamemos o seu Evangelho. Saiamos às ruas, praças, casas, vilas, esquinas e redes sociais para falar do amor de Deus.


Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

(Subsídio Teológico) Lição 5 - A Evangelização Urbana e suas Estratégias

Introdução
Simônides de Céos (556-468 a.C.) afirmou que a cidade é a grande mestra do ser humano. Não sei em que sentido o poeta grego referia-se ao caráter pedagógico da metrópole. Acredito que tanto no bom quanto no mau sentido. Na cidade, apreendemos a fazer o bem e a solidarizar-nos nas emergências e tragédias. Ela, porém, dá-nos a impressão de que jamais deixa de ser emergente e trágica, pois leva-nos a ver o mal em cada uma de suas praças e logradouros.
Que alternativa nos resta? A natureza gregária da alma humana prende-nos ao espírito urbano.
Logo, não podemos fugir à cidade. Se nos voltarmos, porém, à Bíblia Sagrada, constataremos que ainda é possível ser feliz numa megalópole como São Paulo; a bênção divina não cobre apenas o campônio, mas também o citadino. Confortando os israelitas prestes a deixar o nomadismo para se tornarem gregários, promete-lhes o Senhor: “Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo” (Dt 28.3).
O que nos ensina a promessa divina? Antes de tudo, que Deus tem um plano específico para a sua cidade, querido leitor, visando à irradiação do evangelho para regiões longínquas e desconhecidas. A evangelização do mundo, a propósito, teve Jerusalém como ponto de partida. E, centrifugando-se da Cidade Santa, veio a alcançar os confins da Terra.

I. A Cidade e o Instinto Gregário do Ser Humano
Se o mundo é criação divina, a cidade é invenção humana. Ela surgiu da necessidade social de Adão que, embora haja vindo à existência no Éden, logo demandou a presença de um ser que lhe fosse semelhante. Sem Eva, o jardim jamais seria um paraíso. Observando o isolamento do homem, declarou o Pai Celeste que a solidão não é nada boa. Lançava-se, ali, entre os rios Tigre e Eufrates, a semente que germina a família, floresce a cidade e frutifica o Estado.

1. Definindo os limites da cidade. Quando Aristóteles (384-322) afirmou que o homem é um animal político, não se referia apenas à política partidária que, tanto em Atenas quanto em Brasília, divide nossos representantes em agremiações e siglas. A expressão grega zoon polítíkon (animal político) denota, em primeiro plano, o instinto gregário do ser humano; sem a cidade, a política é impossível.
A palavra “cidade” origina-se do vocábulo grego polís. E, deste, provém o nome que, há quase três milênios, emprestamos ao ofício que deveria promover o bem comum de toda a sociedade. Refiro-me à velha e mal compreendida política. Embora ciência e arte, ela não parece, às vezes, nem humana, nem exata e muito menos bela. Por isso, requerem-se, de quem a exerce, algumas virtudes indispensáveis: amor a Deus e ao próximo, moral irretorquível e comprovada vocação para administrar a coisa pública.
Já em latim, a palavra “cidade” vem do vocábulo civitatem , do qual nasceram dois importantes termos que, ainda, não foram devidamente incorporados ao nosso cotidiano: civismo e civilidade. Logo, a vida numa cidade só é possível quando cumprimos nossos deveres e usufruímos dos direitos fundamentais da cidadania.
Urbs é outra palavra latina para cidade. Temos, aqui, um termo que descreve a metrópole não propriamente como fenômeno político, mas como a comunidade racionalmente organizada e sustentável. É por isso que denominamos a ação evangelizadora, na cidade, de evangelismo urbano. Nossa estratégia contemplará a  Urbs de forma racional e planejada, visando à proclamação da Palavra de Deus em todas as estratificações da região metropolitana.

2. A primeira cidade. Arguido por Deus quanto ao assassinato de Abel, seu irmão, supunha Caim restar-lhe apenas uma alternativa: ser um nômade naquela vastidão ainda inexplorada. Por essa razão, queixa-se ao Justo Juiz: “Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará” (Gn 4.14). Seu impulso gregário, porém, constrange-o a fixar-se em Node, na banda oriental do Éden, onde constrói a primeira cidade humana.
Naquele ermo, não muito longe de Adão, o homicida se casa com uma de suas irmãs, gera filhos e filhas, e dá continuidade à cultura da terra. A expansão de sua família faz surgir uma aldeia, que não demoraria a tornar-se uma cidade dinâmica e produtiva. Em homenagem ao seu filho, chama a iníqua metrópole pelo nome de seu filho, Enoque.
Os enoquianos prosperam, expandem a agropecuária e desenvolvem tecnologias e artes. O autor sagrado, ao denunciar a poligamia de Lameque, sumaria os avanços científicos e artísticos daqueles citadinos: E tomou Lameque para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá. E Ada teve a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e têm gado. E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão. E Zilá também teve a Tubalcaim, mestre de toda obra de cobre e de ferro; e a irmã de Tubalcaim foi Naamá. (Gn 4.19-22)
Com o avanço da cidade de Enoque, chegam a intolerância e a violência. Numa confissão que mais parece um poema épico, Lameque gaba-se de suas façanhas homicidas às suas esposas: “Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete” (Gn 4.23,24).
A partir do marco zero daquela cidade, a impiedade alastra-se por toda a sociedade adâmica e contamina, inclusive, os descendentes de Sete que, ao contrário dos filhos de Caim, ainda porfiavam em buscar o Senhor. Mas, àquela altura, a metrópole caimita já estava condenada a desaparecer nas águas do Dilúvio.

3. A última cidade. Desde a cidade de Enoque, muitas metrópoles surgiram e desapareceram. Algumas, como Babilônia, fizeram-se orgulhosas e imperiais. Outras, à semelhança de Nínive, tornaram-se sanguinárias e genocidas. Mas, uma a uma, vêm caindo diante do Senhor de toda a Terra. Até a capital do Império Romano, que está para ressurgir, experimentou a derrota, a vergonha e a humilhação.
Na consumação da História e do Tempo, o Senhor revelará a Jerusalém Celeste, na cronologia divina, derradeira. Ela, porém, já existia em seu espírito antes que o universo fosse criado. Na ilha de Patmos, o evangelista João veio a contemplá-la como que descendo de Deus, para inaugurar o Novo Céu e a Nova Terra. Como descrevê-la? Perseveremos até o fim, para que entremos por seus átrios com louvor e ações de graças. Esta é a Cidade de Deus.

II. Cidade, um Lugar Estratégico
As cidades sempre foram estratégicas à obra de Deus. Ele usou até mesmo a capital do Império Romano para expandir o seu Reino. Por essa razão, trabalhemos o evangelho de Cristo urbanisticamente, visando alcançar o mundo através de nossas metrópoles.

1. Babel, a cidade do antievangelho.
Após o Dilúvio, repete Deus a Noé a ordem que, no princípio, dera a Adão: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 9.1). Os filhos do patriarca, todavia, ao deixarem a região do Ararate, concentraram-se na planície de Sinear, e, ali, puseram-se a construir uma cidade à prova d’água, cuja torre haveria de arranhar o céu. Por isso, o Senhor resolve confundir a língua da segunda civilização humana (Gn 9.7).
Daquela cidade, que entraria para a História Sagrada como sinônimo de apostasia e confusão, os descendentes de Noé são espalhados pelos mais distantes e desconhecidos continentes. Agrupando-se de acordo com seus troncos linguísticos, os jafetitas concentram-se na Europa, os camitas, na África e partes de Canaã, e os semitas, desde Aram, espraiam-se pelo Oriente Médio.
Ao dispersar a raça a partir de Sinear, o Senhor preservou-nos a espécie, pois nenhum ajuntamento, quer humano quer animal, sobrevive fechando-se em guetos. Se aqueles antigos pretendiam, com a sua torre, arranhar o céu, vieram a tocar os alicerces do inferno.
A lição de Babel é emblemática e não será ignorada pela Igreja. A ordem de Cristo é que, a partir da cidade, alcancemos as regiões mais remotas da Terra. Se a Igreja é a assembleia de Deus chamada para fora de suas paredes, não haverá de concentrar-se em torres. Concentrando-se, jamais arranhará os céus. Mas, saindo de seu comodismo, andará com o Senhor nas regiões celestiais.
Não são poucas as igrejas que, hoje, extinguem-se em confusões e desinteligências, pois já não saem a evangelizar, pois querem evangelizar sem sair. A evangelização, contudo, é dinâmica. Evangelizar e sair são verbos geminados. Quem evangeliza, sai; quem sai, evangeliza. Por isso, a ordem do Senhor é clara: “Ide”. Ela também poderia ser traduzida como “indo”. O evangelista jamais deixa de ir; sai dia e noite, pois a sua sementeira não conhece tempo nem estação. Faça como o evangelista da parábola. Jesus garante que ele saiu, mas não diz se ele voltou.

2. Jericó, a cidade das grandes conquistas.
Josué foi divinamente inspirado a iniciar a conquista de Canaã a partir de Jericó (Js 2.1). Ele poderia ter escolhido outra cidade, quer aquém, quer além do Jordão, mas nenhuma era tão estratégica a Israel como a metrópole das palmeiras.
Subjugando-a, os israelitas teriam condições de neutralizar as demais vilas e aldeias de Canaã.
Josué, como servo do Senhor dos Exércitos, iniciou a sua campanha justamente por Jericó. E, dali, teve condições de manter uma guerra sem quartel nem trégua, até que o povo de Deus estivesse instalado segura e confortavelmente naquela terra boa e ampla.
De igual modo, agirá a Igreja em sua obra evangelizadora. Não podemos simplesmente comissionar evangelistas e missionários, sem dispormos de um plano mestre de evangelismo e missões. É urgente conhecermos o tempo, o terreno a ser conquistado e a estratégia a ser empregada num empreendimento evangelístico.
A obra evangelizadora assemelha-se a uma operação de guerra. Por esse motivo, precisamos da ajuda do Senhor dos Exércitos. Aquele que ajudou Josué a sitiar e a tomar Jericó não nos faltará com o seu auxílio num momento de tanta urgência como este.

3. Jerusalém, a cidade da grande comissão.
Se o Reino de Jesus fosse secular e mundano, teria Ele ordenado a construção de igrejas e catedrais, para eternizarem-lhe a mensagem e a obra. Uma igreja imortalizar-lhe-ia o primeiro milagre; outra, o Sermão do Monte; e, ainda outra, a multiplicação dos pães. Em Jerusalém, mandaria erguer pelo menos quatro catedrais. A primeira lembraria a sua entrada triunfal na cidade, a segunda recordaria o seu julgamento diante de Pilatos, a terceira evocar-lhe-ia a morte vicária e a quarta, mais imponente e grandiosa, haveria de perenizar-lhe a ressurreição dentre os mortos.
O Reino de Deus não necessita de palácios e castelos para firmar-se. A evangelização é suficiente para espalhá-lo de um hemisfério a outro. Por isso mesmo, o Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que iniciassem a conquista do mundo, tendo como marco zero Jerusalém: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). A Cidade Santa, por conseguinte, apesar de todo o seu significado para a História Sagrada, não era o objetivo final de Jesus, mas o ponto de partida, por meio do qual seus discípulos, já devidamente instruídos, chegariam aos confins da Terra.
De igual modo, a cidade onde nos congregamos não pode ser considerada a meta derradeira de nossas atividades evangelísticas. Nela, e através dela, estabeleçamos um plano de ação que inclua, desde as áreas mais carentes até os avanços transculturais mais ousados. Que a igreja local seja vista como um quartel-general, de onde são elaboradas estratégias, para se proclamar o evangelho de Cristo até a última fronteira do planeta.

4. Antioquia, a igreja missionária.
Jerusalém é a cidade da Grande  Comissão, mas Antioquia, a cidade missionária por excelência. Se nos valermos do registro de Lucas, constataremos que a congregação antioquina estava mais do que aparelhada para avançar evangelisticamente além de suas fronteiras nacionais e culturais. Entre os seus ministros, havia apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres (At 13.1,2). Era um rebanho agraciado com todos os dons do Espírito Santo. Além dos espirituais, dispunha dos ministeriais e de serviço.
Lucas, o maior historiador de seu tempo, assim descreve o dinamismo da igreja síria: Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. (At 13.1,2)  Qual o segredo de Antioquia? Na verdade, não havia segredo algum entre os crentes daquela cidade, pois eles, desde o princípio, sempre porfiaram por uma vida espiritual de comprovada excelência. Mas se precisamos de algum mistério que estimule uma igreja local a universalizar-se, apontaremos alguns fatores que levarão também a sua igreja, querido leitor, ao mesmo patamar da congregação antioquina.
Antes de tudo, considere o ensino persistente da Palavra de Deus. Os que evangelizaram os crentes antioquinos cuidaram também de seu discipulado. Firmados na doutrina dos apóstolos, os novos convertidos logo amadureceram na fé, e passaram a andar como Jesus andava. Eles eram tão parecidos com Cristo, que não demoraram a ser conhecidos como cristãos (At 11.26). Aliás, foi a primeira vez que os seguidores de Jesus eram assim chamados; nem mesmo os crentes de Jerusalém obtiveram tal honra. Portanto, o segundo fator de excelência da igreja em Antioquia era o testemunho vivo e contagiante, que insta toda a cidade a ver, em cada cristão, o rosto de Cristo.
O terceiro fator do padrão de excelência de Antioquia era a sua vida de profunda comunhão com Deus: “Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram” (At 13.3). Mesmo ouvindo a voz do Espírito Santo, por meio de uma profecia, a congregação antioquina pôs-se a orar e a jejuar até que o Senhor confirmasse a chamada de Paulo e Barnabé.
As demais igrejas sírias, a exemplo de Antioquia, eram realçadas pela excelência. Por essa razão, o Senhor enviou para lá o iracundo Saulo, que, compungido pela visão celestial, ficou sob os cuidados de Ananias (At 9.10-18). Não temos muitas informações acerca desse obreiro que, na História Sagrada, é chamado simplesmente de discípulo. Todavia, era alguém capacitado, inclusive, para instruir o apóstolo que, em breve, seria conhecido como o doutor dos gentios.
O que mais diremos de Antioquia? Era uma igreja tão excelente, que não precisou de nenhuma carta de exortação ou de correção doutrinária. À semelhança de Bereia, era fortemente comprometida com a Palavra de Deus.

5. Filipos, a pioneira da Europa.
Deus jamais deixou de ser o Senhor dos Exércitos. Se no Antigo Testamento, instruiu Josué a conquistar as terras de Canaã, em o Novo Testamento, suas estratégias continuam infalíveis. Por isso, impulsionou os apóstolos e evangelistas a irem de cidade em cidade até que fossem alcançados os limites mais extremos daquele mundo. O trabalho evangelístico semeado em Jerusalém e florescido em Antioquia frutificaria, agora, em terrenas europeias. Essa importantíssima fase da obra missionária da Igreja Cristã teve início com uma visão.
Paulo encontrava-se em Trôade, região ocupada hoje pela Turquia, quando teve uma visão. Eis que lhe aparece um varão macedônio, rogando-lhe com insistência: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9). O apóstolo entendeu imediatamente a urgência do chamamento divino, pois não se tratava apenas da evangelização de uma cidade, ou de uma região, mas de um novo continente.
À equipe de Paulo, junta-se Lucas. A missão seria árdua, desafiadora e crivada de provações. O Médico Amado fala do espírito voluntário da equipe paulina: “E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho” (At 16.10).
Deixando Trôade, que alguns imaginam ser a Troia de Eneias, Paulo ruma em direção ao Ocidente. Atravessando a Samotrácia e Neápolis, a equipe apostólica chega a Filipos, a principal cidade da Macedônia. Ao contrário de Eneias que, segundo Virgílio, fundara a cidade que deu origem ao Império Romano, o apóstolo tem uma tarefa mais ousada e duradoura. Agora, fundaria as bases de uma obra evangelística que, tendo como base a Macedônia, chegaria a Roma, atravessaria o canal da Mancha, enfrentaria o Atlântico até alcançar a mim e a você, querido leitor.
As dificuldades, em Filipos, não foram pequenas. O apóstolo foi preso, sua equipe dispersou-se e a nova igreja não pôde ser devidamente doutrinada. Não obstante, aqueles aparentes fracassos redundariam, mais tarde, num avanço extraordinário do Reino de Deus por toda a Europa.
Filipos entraria à História Sagrada como a igreja mantenedora, por excelência, do ministério paulino, conforme ressalta o apóstolo: “Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado e ainda me guardarei” (2 Co 11.9).
Portanto, se Antioquia envia e Filipos sustenta, a cidade de Jerusalém dedica-se, agora, à intercessão. Em Atos, por conseguinte, há um plano divinamente estabelecido para se evangelizar o mundo a partir de cidades chave.

6. Roma, o escritório missionário de Paulo.
 Se o apóstolo Paulo foi chamado à obra missionária por meio de uma profecia, e se necessitou de uma visão para evangelizar a Europa, agora, será levado a Roma às expensas imperiais. Ao apelar para César, o apóstolo garantia uma viagem gratuita e até certo ponto, segura, à capital do Império Romano. Levando-se em conta as dificuldades e provações que lhe marcariam a trajetória de Cesareia, na Judeia, à presença de César, em Roma, o Senhor o assistiu em todas as coisas. Essa foi, sem dúvida, a sua última e mais importante viagem missionária registrada na Bíblia.
Nesse sentido, Cesareia pode ser apontada como uma das cidades mais estratégicas na evangelização do mundo subjugado pelo Império Romano.
Já em Roma, Paulo desenvolve um ministério diferente, mas de igual modo dinâmico e eficaz. Em vez de ir às pessoas, as pessoas iam até ele, para ouvir o evangelho de Cristo. Da casa que alugara, evangelizava, discipulava, escrevia e testemunhava acerca da ressurreição de Cristo. Foi nessa cidade, sob a vigilância romana, que o apóstolo completou a sua obra teológica, solidificando as igrejas, quer ocidentais, quer orientais, na Palavra de Deus.
Sua detenção em Roma foi divina e providencial. Doutra forma, não acharia tempo para escrever as cartas que viriam a ser conhecidas como as epístolas da prisão. Quem trabalha sob a orientação do Espírito Santo, ainda que detido, livremente evangeliza. Na obra de Deus, nem sempre atividade representa produtividade. Às vezes, corremos de um lado para o outro sem qualquer objetivo. Por isso, estejamos atentos à voz do Mestre.
Se a coluna de fogo se detiver, não continuemos; humilde e obedientemente, recolhamo-nos. Quando ela se puser em movimento, prossigamos. Até mesmo para uma pausa requer-se uma cidade estratégica.
Antioquia enviou o apóstolo às missões. Filipos manteve-o no campo missionário. Quanto a Roma, deu-lhe a tranquilidade necessária para que doutrinasse as igrejas de Deus e, ali, testemunhasse sem impedimento algum.

7. Belém do Pará, as Boas-Novas vêm do Norte.
Divinamente orientados, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Logo em sua chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital paraense era geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções.
No livro As aventuras de Daniel Berg na Selva Amazônica Marta Doreto destaca como o trabalho foi executado pelos missionários suecos na capital paraense, e como, de lá, saíram a evangelizar outras cidades e regiões: A dupla de missionários achava-se em Belém havia cerca de dois anos, e cada rua já fora percorrida por Daniel Berg. Cada morador já tivera a oportunidade de comprar uma Bíblia e ouvir as boas novas da salvação. No coração daqueles que aproveitaram a oportunidade, a semente da Palavra estava germinando e crescendo. Eles já haviam batizado nas águas quarenta e um novos convertidos, e quinze deles já tinham recebido o batismo no Espírito Santo.
Percebendo que o seu trabalho de distribuir Bíblias em Belém chegara ao fim, o jovem Daniel sentiu que deveria semear, agora, noutros campos. Enquanto Gunnar Vingren ficaria pastoreando a igreja na cidade, ele seguiria a Estrada de Ferro Belém-Bragança, vendendo Bíblias nas cidadezinhas do interior. [...] Levando nas mãos a mala de Bíblias, e no coração a chama pentecostal, o missionário encaminhou-se ao primeiro povoado à beira da ferrovia. [...] de longe, Daniel Berg avistou o teto das primeiras casas de Bragança. Seus pés cansados retomaram o ritmo acelerado, e seus lábios rachados pelo sol votaram a murmurar a canção: ‘A semente é boa para semear. A semente boa, não pode falhar. A semente e boa, foi Deus quem mandou. Vamos irmãos, unidos, trabalhar para o Senhor!’.
A cidade de Bragança era a última etapa da longa jornada de semeadura da Palavra de Deus. Em toda cidadezinha ou vila por onde Daniel passara, havia pelo menos um novo convertido lendo a Bíblia e ajudando a espalhar a boa semente.
A partir de Belém do Pará, o evangelho não demorou a chegar a outras regiões e estados da federação brasileira. Por essa razão, escolhamos com muito cuidado a cidade a partir da qual planejamos evangelizar um país, ou mesmo um continente. Daniel Berg e Gunnar Vingren, orientados pelo Espírito Santo, souberam como chegar aos confins de nosso país. Foram do Norte ao Sul, sem impedimento algum, apesar dos desafios que encontravam pelo caminho.

III. Os Desafios da Evangelização Urbana
Na evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.

1. Incredulidade e perseguição.
Num tempo em que o evangelho é desgastado por falsos pregoeiros, anunciemos a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2 Tm 4.17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas (Rm 6.17). Preguemos a mensagem da cruz na virtude do Espírito Santo (1 Co 1.18). Se formos perseguidos, não desistamos. Jesus também o foi em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30).

2. Enfermos.
As áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e doentes terminais. No tempo de Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que lhe rogava por misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o féretro do filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo, curou o primeiro e ressuscitou o segundo.
Só o evangelho genuinamente pentecostal para impactar as cidades (Mc 16.15-18). Desenvolva a capelania hospitalar; não deixe de visitar os enfermos e moribundos.

3. Endemoninhados.
Quem se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para casos difíceis de possessão demoníaca. Muitos são os gadarenos espalhados pela cidade (Mt 8.28-34). Então, ore, jejue e santifique-se (Mc 9.29). Não faça da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas, no poder do Espírito Santo, cure, ressuscite os mortos e liberte os cativos de Satanás (Mt 10.8).

IV. Como Fazer Evangelismo Urbano
A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave, acompanhamento do trabalho, e estabelecimento de círculos e núcleos evangelizadores.

1. Treinamento da equipe.
Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe altamente qualificada para implantar o evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado (At 16.11). Com esse pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Bereia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do Portanto, forme a sua equipe com oração e jejum (Lc 6.12,13). Se souber como treiná-la, o êxito da evangelização urbana não será impossível.

2. Estabelecimento de postos-chave.
 Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a proclamação do evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística urbana até alcançar os gentios.
Encontre os postos-chave para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15; Fm 1.2). Na evangelização, as bases são muito importantes.

3. Acompanhamento do trabalho.
 Finalmente, acompanhe o progresso da nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana, deixe alguém responsável pelas igrejas recém-implantadas, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente, visite-as até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At 18.23). Não descuide dos novos convertidos. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível.

4. Estabelecimento de círculos e núcleos evangelizadores.
A verticalização das metrópoles impede-nos que evangelizemos de porta em porta, como acontecia há 50 ou 60 anos. Por isso, crie um círculo de relacionamentos. Não podemos entrar em um condomínio, mas um novo convertido que ali reside há de estabelecer um núcleo de evangelização, por meio do qual alcançaremos outras famílias.
O evangelho de Cristo não muda. Todavia, os métodos de evangelização devem ser periodicamente avaliados, para que o nosso trabalho não se torne improdutivo. Use as redes sociais. Seja criativo. Não desperdice oportunidade alguma.

Conclusão
A Igreja de Cristo nasceu na Cidade Santa. De lá, espalhou-se por todas as regiões do globo. Por esse motivo, sejamos prudentes e sábios na escolha das áreas metropolitanas que pretendemos evangelizar, pois, se estratégicas e bem localizadas, teremos condições de atingir não só um distrito, mas todo um país. Nenhuma cidade será esquecida de nossa ação evangelística, pois o Senhor Jesus nos ordena que alcancemos a todos, em todo o tempo e lugar, por todos os meios. Todavia, consideremos a estratégia em cada plano evangelístico e missionário que estabelecermos.

Que Deus nos ajude. Ele quer abençoar-nos tanto na cidade como no campo em nossos empreendimentos evangelísticos.