sábado, 5 de agosto de 2017

Comunhão

Ao descrever a oração, uma definição de dicionário da palavra “comunhão” é especialmente apropriada: “íntimo companheirismo ou afinidade”. A idéia de pessoas comungando-se com  Deus é muito evidente nas Escrituras; e a primeira instância, após a queda, é registrada em  Êxodo 25-22, quando Deus fala com  Moisés: “E ali virei a ti e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do Testem unho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel”. A expressão “falarei contigo” (logo depois de “virei a ti”) é uma tradução literal da palavra hebraica davar  —  seu sentido comum é exatamente “falar”. Quando dois seres comungam, eles se reúnem  e falam. A aplicação à oração é óbvia. No Novo Testamento, temos a palavra grega koinonia  ( “comunhão”), que se aplica de modo similar à oração, subentendendo uma relação de intimidade entre Deus e uma pessoa. Paulo a utiliza em 2 Coríntios 13.13, em sua bênção apostólica: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a c o m u n h ã o  do Espírito Santo sejam com vós todos” (grifo do autor). Essa mesma palavra aparece em outras passagens, como Filipenses 2.1 e 1 João 1.3, sendo também traduzida por “comunhão”. Para os propósitos de nosso estudo, a palavra
“comunhão” indica companheirismo e identificação pessoal, afinidade. Pressupõe intimidade, confiança e solidariedade, podendo ser entendida com o uma mescla de personalidades numa bendita unidade, com o o trançar de fios para formar uma única corda. Como um nível de oração, ultrapassa a comunicação pura e simples. Sugere uma intimidade exclusiva e fora do comum, com o por exemplo o  envolvimento de Abraão com Deus por causa de Sodoma e Gomorra (G n 18.17,23-33).





Retirado do livro: Teologia Bíblica da Oração. O Espirito nos ajuda a orar.

Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket
Todos os direitos reservados. Copyright © 2007 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em inglês: The Spirit Help Us Pray
Logion Press, Springfield, Missouri
Primeira edição em inglês: 1993

Tradução: João Marques Bentes

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Sábado - Fl 3.8 – LBJ – A perda de tudo pelo amor a Cristo.

 E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo.

Este texto comentário foi extraído do livro Comentário Bíblico Beacon GÁLATAS a FILEMOM – 9.


E, na verdade d. e., para tornar absolutamente clara sua posição), tenho (tempo presente) também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor (8). Cristo se tornara seu próprio Senhor pessoal e em relação à excelência (hyperechon, “incomparabilidade”, cf. BV, CH, NTLH) do conhecimento de Cristo, todas as outras coisas não são nada. Quando comparado com este bem sublimíssimo, todos os bens relativos não são dignos do nome (cf. Ef 3.19). A frase pelo qual sofri a perda de todas estas coisas (8) poderia ser traduzida por “eu fui desapossado de todas as minhas posses”, dando a entender um tempo específico quando Paulo se converteu. Talvez o apóstolo estivesse pensando no tratamento que recebeu às mãos das autoridades judaicas. E possível que tenha sido excomungado pelos judeus, renegado pela família ou que sua propriedade tenha sido confiscada. Por outro lado, ele pode estar pensando mais geralmente sobre o fato de que a submissão a Cristo significava a renúncia de tudo o que ele vinha computando (cf. G16.14). E as considero (agora) como esterco. O uso do tempo presente indica a atitude de Paulo no momento. O termo grego skybalon (esterco) não ocorre em outra parte do Novo Testamento. Significa “sedimentos”, “palhiço”, “escória” (ACF), “excremento” (BAB) ou “refugo” (AEC, CH, RA) que é rejeitado das mesas e deixado para os cachorros. A palavra é muito mais forte que mera “perda”, pois sugere que nunca mais será tocado.

         2. O Ganho de uma Pessoa Divina (3.8-10)

Em contraste com os sete itens especificamente mencionados como perda, nos versículos 8 a 11 Paulo faz uma lista de sete itens a serem ganhos, todos os quais se centralizam em torno da pessoa de Cristo. O primeiro é para que possa ganhar a Cristo (8). O tempo verbal indica o presente e o futuro. Paulo nunca está satisfeito com o seu atual conhecimento de Cristo, mas está constantemente almejando uma comunhão mais profunda com ele. Ele ganhou Cristo, mas não exauriu as insondáveis riquezas em Cristo (Ef 3.8; Cl 2.2ss.)

Sexta - Lc 19.8 – LBJ – Restituindo o que não era seu.

E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.

Este comentário foi extraído do livro,  comentário do novo testamento  aplicação pessoal, publicado pela assembleia de Deus.

19.8 Alguns murmuraram, mas Jesus sabia que Zaqueu estava preparado para uma mudança na sua vida. Depois que Jesus tomou a iniciativa em relação a ele, Zaqueu tomou a iniciativa de seguir Jesus para onde o caminho da obediência o levasse.
 O jovem rico tinha vindo perguntar e tinha ido embora vazio, incapaz de desistir de seu dinheiro e de seus bens (18.18-23). Zaqueu, entretanto, foi capaz de desistir de sua riqueza para seguir a Jesus. Esta era a atitude de coração que Jesus estava procurando. Pressentindo-a em Zaqueu, Ele rapidamente trouxe a este homem as boas novas. Tão ansioso estava Zaqueu para livrar-se das algemas da riqueza que ele disse que restituiria quadruplicado o excesso que tinha cobrado das pessoas.

Sua atitude estava correta e suas ações mostraram seu desejo interior de obedecer. Zaqueu estava definindo corretamente suas prioridades e, assim, estaria pronto para o reino.