para confortar o vosso coração (13; “que ele fortaleça o coração de vocês”, NVI), para
que sejais irrepreensíveis (ver comentários em 2.10) em santidade diante
de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus
santos (13).
A tônica desta oração está na interioridade do caráter
pessoal. Dá a entender que o caráter exigido para preparar os crentes
tessalonicenses a permanecerem na presença de Cristo em sua vinda é
mais que certa inculpabilidade de comportamento ou serviço externo. A exigência
de Deus é uma inculpabilidade no devotamento interior a Deus e pureza moral
interior. O coração, a personalidade total, interiormente como também
exteriormente, deve ser puro diante de Deus. O padrão não será o
julgamento do homem, mas o de Deus. Somente ele conhece a verdadeira qualidade
de nosso amor e de nossos motivos.
Esta passagem descreve a maneira na qual esta santidade (a
santificação total, cf. 5.23,24) é dada como aumento (12), uma infusão
abundante do puro amor de Deus que “está derramado em nosso coração pelo Espírito
Santo que nos foi dado” (Rm 5.5). E o Senhor que vos fará crescer
em amor (12). A santidade é um dom da graça de Deus; não é o
resultado de esforços humanos, mas é a resposta da fé em Cristo. Considerando
que este amor é de Deus, é puro e santo, correspondente à natureza de Deus. Tal
amor é “o cumprimento da lei” (Rm 13.10).
Este amor é o instrumento do Espírito para expulsar do
coração o que é impuro e incompatível; seu resultado inevitável é a obediência
total à vontade de Deus. A “santidade” que ocorre por outro meio que não pelo
batismo do amor divino é espúria — santarrona, legalista, inclinada à crítica
rigorosa. A verdadeira santidade se manifesta em amor uns pelos outros
e por todos os homens. O amor divino é “o vínculo da perfeição” (Cl
3.14); é a energia de toda verdadeira santidade. E o meio para a estabilidade
espiritual, visto que tudo o mais é passageiro. ( BEACON pag 373 -v. 9).
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