LEITURA DIÁRIA - A DOUTRINA DO CULTO LEVÍTICO.

Segunda – Sl 24.1 . Do Senhor é a Terra.
    A primeira grande divisão do salmo trata das exigências da verdadeira adoração — primeiro, em relação ao seu Objeto e, segundo, em relação àqueles que adoram.
a) Aquele que é adorado (24.1-2). Uma identidade do Objeto da verdadeira adoração é estabelecida com a reivindicação da soberania universal pelo Deus de Israel. Não existem limitações para a autoridade e domínio de Deus quanto a um espaço especial ou tempo. Toda terra (1) em sua plenitude; o mundo e todos aqueles que nele moram pertencem ao Senhor e são sujeitos a Ele. Aqui está prefigurada a reivindicação do Evangelho sobre toda criatura, em todo lugar e por todo o tempo. A reivindicação de Deus está baseada na sua criação: Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios (2). Além dessa razão fortíssima, o NT acrescenta outra. Deus não somente fez a terra e aqueles que nela habitam, mas também a redimiu. Ela é sua por meio de um duplo direito: o direito da criação e o direito da redenção ou compra (Rm 14.8-9; 1 Pe 1.18-19). ( DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON)


Terça – Lv 19.4 . Nenhum ídolo pode tomar o lugar de Deus.
   O tema é indicado na ordem: Santos sereis (2). Deus é a Fonte de toda a santidade, 1,2; 2) Deus é o Padrão da santidade, 2; 3) Santidade é separação do mal e separação para Deus, 3,4 (G. B. Williamson).
( DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON)



Quarta – Êx 23.15 . Ninguém se apresentará de mãos vazias a Deus.

    Imediatamente após a Páscoa, a festa continuava por sete dias (ver comentários em 12.15-20). Esta festa comemorava particularmente a fuga do Egito e era celebrada levando presentes a Deus. O versículo 15 diz: “Ninguém apareça de mãos vazias perante mim” (ARA). ( DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON)



Quinta – Lv 1.2 . Os animais como oferta no culto divino.

        Há muito que os estudiosos se empenham em achar a idéia controladora por trás dos sacrifícios religiosos. Alguns sugerem que seja comunhão, ato simbolizado pela refeição comum. Outros enfatizam a propiciação, a substituição ou a gratidão festiva. E óbvio que o sacrifício é algo multifacetado da mesma maneira que é a relação do homem com Deus. Envolve comunhão, mas comunhão com Deus implica em propiciação, gratidão e petição.
            Assim, nossa atenção é remetida novamente à ideia de proximidade e intimidade com Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se de Deus está implícito no sacrifício. Este conceito explica as cinco variedades de ofertas analisadas nos capítulos a seguir: holocausto, oferta de manjares, oferta de paz, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. Cada oferta fala de uma faceta diferente da proximidade com Deus.
            Levítico toma por certo que quando os homens se achegam a Deus, eles não devem ir de mãos vazias. Há algo sobre a relação que torna correto e apropriado os homens levaram uma oferta. Desde os tempos do Novo Testamento é fácil esquecer esta verdade. Mas sempre temos de nos lembrar de que, embora os crentes possam se aproximar de Deus com ousadia, eles não devem ir de mãos vazias. Sob o antigo concerto, os adoradores iam com dádivas próprias. Hoje, os crentes vão com a própria Dádiva de Deus, seu Filho Jesus, como base de aproximação e intimidade dos adoradores com Deus.
( DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON)


Sexta – Rm 12.1-3 . O nosso culto racional.

1. Consagração (12.1)
            O sacrifício da expiação oferecido por Deus na pessoa do seu Filho agora deveria encontrar a sua resposta no crente no sacrifício de uma completa consagração e de uma íntima comunhão.

            Rogo (parakalo) pode ser traduzido como “eu exorto” (Wesley), “eu apelo” (RSV), “eu insisto” (NASB), “eu imploro” (NEB). E diferente de um mandamento legal porque apela para um sentimento já existente no coração, a compaixão de Deus (ton oiktirmon tou theou, “as compaixões de Deus”; cf. 9.156).6 A palavra também pode significar “confortar”.7 “Exortar é falar palavras calculadas, para levar à ação ou à perseverança”.8 “Em grato reconhecimento ao que Deus na sua infinita compaixão fez por você, ao perdoar os seus pecados e ao receber você de volta à sua graça através de Cristo, eu exorto você a fazer a Ele uma consagração completa do seu corpo em sacrifício vivo”. Este é o apelo de Paulo aos irmãos romanos (adelphoi] cf. 1.13).
Apresenteis (parastesai) não é por si um termo de sacrifício. Em 6.13,16,19 é traduzido como entregar e também apresentar, e é usado para expressar a idéia de colocar o corpo à disposição de Deus ou do pecado (cf. também 2 Co 4.14; 11.2; Ef 5.27; Cl 1.22, 28). Parastesai é aoristo e portanto implica que a consagração é um ato (cf. comentários sobre 6.13). O cristão é exortado a apresentar o seu corpo de uma vez por todas para o serviço a Deus. Por isso a consagração também é uma atividade, “uma crise e um processo... um presente e uma vida”.

            Como pode o corpo se tornar um sacrifício? Deixe que o olho não veja nada mau, e ele se torna um sacrifício; permita que a língua não diga nada vergonhoso, e ela se torna uma oferta; deixe que a mão não faça nada ilegal, e ela se torna uma oferta em holocausto. Não, isto não será suficiente, mas precisamos ter a prática ativa do bem - a mão precisa dar esmolas, a boca precisa abençoar em lugar de amaldiçoar, o ouvido precisa dar atenção sem cessar aos ensinamentos divinos. Pois um sacrifício não tem nada impuro, um sacrifício é a primícia de outras coisas. Portanto, que nós possamos produzir frutos para Deus com as nossas mãos, com os nossos pés, com a nossa boca, e com todos os nossos outros membros.

            O sacrifício que oferecermos a Deus também deve ser santo (hagian). A vida cristã deve ser a antítese de 1.24. O cristão deve admitir que o seu corpo pertence a Deus e que deve ser separado para o seu uso. Ele deve estar sem pecado, e tornar-se verdadeiramente “o templo do Espírito Santo”

A Completa Santificação (12.2)
            Não nos conformemos com este século (aioni), mas 2) nos transformemos em membros condizentes com o século futuro. “O contraste entre esta época e a época futura obviamente está na mente de Paulo quando ele usa estes verbos contrastantes”
            Esta época, em oposição à época futura (cf. Ef 1.21) é “má” (G1 1.4). Satanás é o “deus” deste século (2 Co 4.4). Todos nós, na nossa condição não regenerada, “andávamos, segundo o curso deste mundo... nos desejos da nossa carne” (Ef 2.2-3). Mas como homens de fé fomos ressuscitados com Cristo e transferidos para o seu reino celestial (Ef 2.4-10; cf. Cl 1.13). Quando Cristo ressuscitou dos mortos “as virtudes do século futuro” (Hb 6.5, NASB) entraram em funcionamento na história. Aqueles que morreram com Cristo e ressuscitaram com Ele para a novidade de vida (6.4) se tornaram membros da era futura. “Em Cristo eles entraram na nova época: já receberam as primícias do Espírito (8.23) e já não estão sob as obrigações da carne, mas sim do Espírito (8.12)”.21
            Aqui as obrigações desta nova vida em Cristo são expressas de uma nova maneira. Os cristãos não devem conformar-se (syschematizesthe) com esta época, mas transformar-se (metamorphousthe, lit. “serem metamorfoseados”) pela constante renovação (anakainosei) do entendimento (tou noos). ( DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON)


Sábado – 1 Ts 5.23 . Nossa consagração total a Deus.

Graça Santificadora.

Deus é a fonte da paz. Para experimentar a graça santificadora de Deus os homens têm de primeiro receber a paz divina (cf. Rm 5.1). Ser justificado é ter paz com Deus e ter, na regeneração, o início dessa santificação que Paulo ora que seja total e completa. Paz com Deus se torna a mais profunda paz de Deus comunicada pela harmonização interior da pessoa inteira em todas as suas partes e funções. Paulo está orando por isso.
O verbo grego hagiazo (23; santifique) significa “separar-se de coisas profanas e dedicar-se a Deus”, e também “purificar” (externamente e interiormente através da reforma da alma).43 No uso do Novo Testamento, a purificação é primária. O modificador plenamente (seguindo Lutero, “completamente”, AEC, BAB, CH, NVI) denota a amplitude da purificação. “Esta palavra não ocorre em outro lugar na nossa Bíblia grega, mas o uso nos poucos exemplos conhecidos da literatura não deixa dúvida do seu significado. E formada por holos (“tudo”) e telos (“fim”), e denota finalidade bem como perfeição.


            Observemos que, em grego, santifique (23) está no tempo aoristo. Nos versículos precedentes (19-22), Paulo usa o tempo presente que indica ação contínua para os cinco verbos envolvidos. Mas o tempo aoristo indica não ação ou processo contínuo, mas ação que ocorre e é concebida como completa. Isso não quer dizer que não haja processo precedendo o ato santificador, e claro que não quer dizer que o ato é tamanho a ponto de impedir o processo contínuo de crescimento em santidade depois da crise. Paulo está orando pela ação purificadora de Deus na vida desses crentes tessalonicenses para que eles venham a dizer: “O trabalho tem sido feito; nós temos sido e, agora, somos completamente santificados”. ( DO LIVRO COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON)




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