segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Jesus e as crianças


I. JESUS VIVENCIOU A INFÂNCIA

1. Foi circuncidado ao oitavo dia. Cumprindo a Lei (Lv 12.3), os pais de Jesus o levaram ao Templo para ser circuncidado ao oitavo dia, após o seu nascimento (Lc 2.21). Após aquela cerimônia, Maria teve de ficar trinta e três dias em casa, até que se cumprisse o período de sua purificação (vide Lv 12.4). Quanto a esse período higiênico, vemos o cuidado de Deus, também, com a mãe, pois, ficando em casa em repouso, seu corpo melhor se recuperaria do desgaste natural, sofrido com o parto.
2. Foi apresentado ao Senhor. Trinta e três dias após a circuncisão de Jesus, ele foi levado pelos pais ao Templo, para ser apresentado ao Senhor (Lc 2.22). Normalmente, os pais teriam que oferecer, naquela cerimônia, um cordeiro e um pombinho ou uma rola para expiação do pecado (Lv 12.6,7). Sendo pobres, apresentaram apenas “um par de rolas e dois pombinhos” (Lc 2.24; Lv 12.8). Assim como os pais de Jesus fizeram, levando-o nos primeiros dias ao Templo, hoje, é importante que os pais levem seus filhos para os apresentarem na Casa do Senhor.
3. Aprendeu as Escrituras em casa. Sem que seus pais soubessem, o menino achou-se no meio dos doutores, “ouvindo-os e interrogando-os, e todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas” (Lc 2.46,47). Certamente, Jesus aprendeu com seus pais as Escrituras Sagradas. Ele podia citar versículos de cor (Mt 4.4-7,10; 5.21,27,33,38 e outros). Sem dúvida, José e Maria procuraram obedecer o que foi ordenado, segundo Dt 11.18-21. É indispensável, hoje, que os pais crentes tenham o cuidado de fazer o culto doméstico, reunindo os filhos para louvar a Deus, ler as Escrituras juntos, e orarem uns pelos outros.
4. Acompanhava seus pais ao templo. Era costume dos pais levarem os filhos ao Templo (Lc 2.41,42). Nos dias em que vivemos, em que a família está ameaçada de destruição, é necessário que os pais, desde cedo, ensinem aos filhos o valor da Casa do Senhor, do templo mesmo, para a adoração coletiva. Há muitos que estão permitindo que seus filhos fiquem em casa, ensinados pela “babá eletrônica”, diante da qual, normalmente, não aprendem nada que os edifique.
5. Deu trabalho a seus pais. Jesus foi uma criança normal, que deu prazer e alegria, mas também deu preocupação a seus pais. Por ocasião do retorno, após a Festa da Páscoa, Jesus ficou em Jerusalém, e “não o souberam seus pais” (Lc 2.43). Isso é coisa de criança. Ele aproveitou para dar “uma entradinha” no Templo, e “colocar os doutores no bolso”. Os pais pensavam que Ele estivesse “entre os parentes e conhecidos”, após um dia de caminhada (Lc 2.44). Quando o procuraram, durante um dia, e não o encontraram, voltaram a Jerusalém, “passados três dias” de busca (Lc 2.46). E foram e o encontram, muito tranquilo, “assentado no meio dos doutores”. Ao vê-lo, ali, sua mãe lhe disse: “Filho, porque fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos” (Lc 2.48). É prova de sua humanidade.

II. JESUS FICOU AO LADO DAS CRIANÇAS

1. Jesus repreendeu os discípulos por causa das crianças. Os pais levavam as crianças a Jesus para que as tocasse (Mc 10.13-16; Lc 18.15-17), lhes impusesse as mãos (Mt 19.13-15) e os discípulos não gostavam, talvez por causa do barulho que elas faziam. Nas três referências, Jesus fica ao lado das crianças e acrescenta: “Quem não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele (Mc 10.15).
2. Jesus repreendeu os sacerdotes por causa das crianças. Quando diversas crianças clamavam “Hosana ao filho de Davi”, os principais dos sacerdotes e os escribas ficaram indignados por causa das maravilhas que Jesus operava, e pelo fato de ouvirem o barulho do louvor das crianças. E perguntaram a Jesus se Ele não ouvia o cântico das crianças. O Mestre, então, respondeu: “Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?” (Mt 21.15,16). Esse ensino é significativo, pois, hoje, há pessoas que não se sentem à vontade com as crianças, no templo, por causa do barulho que fazem. Mas é exatamente delas que sai o perfeito louvor.

III. JESUS VALORIZOU AS CRIANÇAS

1. Destacou as crianças (Mt 18.1,2). Em Cafarnaum, Jesus foi indagado pelos discípulos sobre quem seria “o maior no Reino dos Céus”. Sem rodeios, Jesus preferiu dar uma lição prática, com uma ilustração convincente. Chamou uma criança e “a pôs no meio deles”. Notemos que Jesus colocou o menino “no meio”, no centro das atenções. É uma grande lição para nós. Devemos dar melhor atenção às crianças. Elas são almas limpas que Deus colocou em nossas mãos, para que sejam salvas desde cedo, antes que o Maligno as atraia para o mundo. Infelizmente, há obreiros que não gostam de crianças. Há igrejas onde não há lugar para as crianças.
2. Jesus valorizou os meninos. Após colocar o menino “no meio”, Jesus respondeu aos discípulos, mostrando que, se alguém quer entrar no reino dos céus, tem que se fazer como menino, destacando os seguintes aspectos:
a) Conversão (v.3). “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus”. Uma criança, quando devidamente conduzida ao Senhor, ela segue a Cristo. Ela crê em Deus com simplicidade, de todo o coração.
b) Humildade (v.4). “Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus”. A criança, em geral, é humilde. Muitas vezes, quando se mostra orgulhosa, é por ver o mau exemplo dos pais ou de parentes, a quem imita. Jesus ensinou que “os humilhados serão exaltados” (Mt 23.12).
3. O relacionamento com os meninos (v.5). “E qualquer que receber em meu nome um menino tal como este, a mim me recebe”. Que lição tremenda! Que bom seria que, nas igrejas, fosse observado esse ensino de Jesus! Que os líderes tratassem melhor as crianças, cuidando do ensino apropriado para as crianças; tudo isso, em nome de Jesus.
4. Não escandalizar os meninos (v.6). “Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lha pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar”. É um ensino duro, sem dúvida. Mas demonstra quanto o Senhor Jesus valorizou os meninos. Os pais são sacerdotes no lar. Precisam cuidar para que seus filhos não se escandalizem, não sofram influência da imoralidade que campeia por toda a parte, principalmente nos meios de comunicação. Os pais devem edificar seus filhos com a Palavra de Deus.
5. Não desprezar os meninos (v.10). “Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêm a face de meu Pai que está nos céus”. Com esse ensino, Jesus fez saber que é pecado desprezar ou subestimar as crianças. A expressão “seus anjos” tem levado alguns a concluir que cada criança tem seu anjo da guarda. Aliás, era crença antiga entre os judeus. Contudo, não podemos ensinar isso como doutrina. Se assim fosse, quando uma criança se acidentasse, poder-se-ia dizer que o anjo tinha-se descuidado. O que podemos ensinar, e que “o anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34.7).

CONCLUSÃO

As Escrituras registram episódios notáveis, em que o Mestre aproveitou a presença de crianças, para dar ensinos de grande significado espiritual e moral para os que o ouviam. Entre os sacerdotes legalistas e as crianças, que cantavam no templo, Jesus ficou ao lado dos pequeninos. Quando os discípulos quiseram ver-se livres da presença dos meninos, Jesus os repreendeu, colocando as crianças nos seus braços para as abençoar.


 Fonte Lições Bíblicas CPAD Ano 2000  2º Trimestre - Jovens e Adultos

Jesus e as mulheres


I. A MULHER NA NATIVIDADE

1. Uma mensagem do céu (Lc 1.28,30,31). Nazaré, na Galileia, era uma cidade sem grande importância política ou econômica. Certamente, nunca recebia a visita de pessoas de destaque. Entretanto, num dia especial, uma de suas filhas, a jovem Maria, recebeu nada menos que a visita de um mensageiro, enviado diretamente do céu, para lhe anunciar a maior notícia que o mundo jamais ouvira: O anjo Gabriel lhe saudou, dizendo: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres... Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus... eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus”. Era o início do cumprimento da promessa que Deus fizera à mulher, em Gn 3.15.
2. O milagre da encarnação. Pela ação sobrenatural do Espírito Santo, Maria concebeu Jesus (Lc 1.34,35). Cumpria-se a profecia de Is 7.14, que previra sua concepção virginal. No ventre de Maria, Deus se fez presente entre os homens (Mt 1.23), redimindo a mulher da tremenda mancha que lhe atingiu, no Éden, quando se tornou culpada, ao lado do homem, pela entrada do pecado no mundo (Rm 5.12).
3. Nascido de mulher. A promessa feita a Eva, no Paraíso, teve seu cumprimento pleno, quando Maria “deu à luz seu filho primogênito, a quem pôs-lhe o nome de JESUS” (Mt 1.15). Jesus não nasceu antes nem depois da hora, “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4).

II. MULHERES NO MINISTÉRIO DE JESUS

1. Jesus valorizou a mulher. Entre os judeus, de modo geral, as mulheres eram vistas como inferiores aos homens. O historiador Josefo relata que as mulheres podiam dar graças, desde que houvesse um homem presente, e que cem mulheres não valeriam mais do que dois homens. A mulher não podia ler as Escrituras na sinagoga, mas um escravo, homem, podia. Certos rabinos desconfiavam até que a mulher tivesse alma. No entanto, Jesus valorizou a mulher em seu ministério. Dialogava com elas, em diversas ocasiões (Mt 15.21-28; Jo 4); Enquanto o Talmude dizia que era preferível destruir a Torá (Lei) do que transmiti-la às mulheres, Jesus lhes ministrava o ensino (Lc 10.38-42). Certo rabino escreveu a Deus: “Eu te agradeço porque não nasci escravo, nem gentio, nem mulher”. Enquanto isso, Jesus ouvia as mulheres, curava suas enfermidades (Lc 13.11), e usava-as como exemplo em suas parábolas (cf. Lc 15.8-10; 18.1-8). Sem dúvida, ao nascer de uma mulher, Jesus dignificou a maternidade (Lc 1.28; Gl 4.4).
2. Jesus valorizou o trabalho da mulher. Ele as admitiu como suas cooperadoras em seu ministério, até a sua morte (Mt 27.55b; Mc 15.41). Quando andava pelas cidades e aldeias, pregando o evangelho, além de seus discípulos, Jesus tinha a inestimável cooperação de mulheres, de diversas classes sociais, incluindo Joana, esposa de um procurador do rei Herodes, além de Maria Madalena, a quem libertou, Suzana e outras, cujos nomes a Bíblia omite (Lc 8.1-3).

III. MULHERES NA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Diligência e coragem. Enquanto os homens, como discípulos, estavam “com medo dos judeus” (Jo 20.19,26), as mulheres estavam observando o triste espetáculo da crucificação. Diz Marcos: “E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé” (Mc 15.40), as quais serviam a Deus. Depois, diligentemente, foram ver o local, no qual Jesus fora sepultado por Jose de Arimatéia (Lc 23.50,55,56). Passado o Sábado, “Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol” (Mc 16.1,2). De certo, aí, vemos o cuidado e o desvelo feminino, por parte daquelas mulheres, que foram beneficiadas por Jesus, o seu Salvador. Ao vê-lo sepultado, quiseram demonstrar o carinho por Ele, levando aromas para ungir seu corpo.
2. Espanto e privilégio. Quando se aproximaram do sepulcro, estavam preocupadas com a pedra que fora posta à sua entrada (Mc 16.3). No entanto, não havia mais razão para tal, pois a pedra já estava removida por um anjo por que Deus ressuscitara Jesus, (Mt 28.2; At 2.32; 3.15; 4.10). A experiência vivida pelas mulheres, ali, no Horto do Sepulcro, talvez não tenha sido observada por outra pessoa. À direita do túmulo, estava um anjo, que a Bíblia chama de “jovem”, “vestido de roupa comprida e branca, e ficaram espantadas”. Elas foram as primeiras e únicas pessoas a ouvirem a palavra tranquilizadora do anjo, dizendo: “Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou”.
3. Testemunhas especiais. Parece-nos significativo o fato de Jesus, após sua ressurreição, ter aparecido, “primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios” (Mc 16.9). Ele não apareceu a Pedro, a Tiago ou a qualquer dos seus discípulos, não obstante ter compartilhado mais o seu ministério com eles. Após ouvirem a mensagem do anjo, Maria Madalena correu a anunciar o auspicioso fato aos discípulos, que estavam entristecidos e chorando. Lamentavelmente, quando aqueles ouviram a notícia da ressurreição, da boca de uma mulher, não o creram (Mc 16.11). Será que eles teriam perdido a fé? Ou será que descreram porque as boas novas foram transmitidas por uma mulher? O fato é que as primeiras testemunhas do grande milagre da ressurreição de Jesus foram as mulheres que o serviram em seu ministério.

CONCLUSÃO

Os judeus, acostumados numa sociedade oriental e patriarcal em que o homem tinha todos os privilégios, enquanto a mulher era considerada como cidadã de segunda classe, Jesus demonstrou interesse e atenção às mulheres, não só curando-as, libertando-as, mas admitindo-as como cooperadoras em seu profícuo ministério. Certamente, isso chocou a muitos, sendo, inclusive, considerado um desrespeitador das leis do país em que vivia. Que o Senhor nos ajude a entender os ensinos sábios do Mestre da Galileia.



 Fonte Lições Bíblicas CPAD Ano 2000  2º Trimestre - Jovens e Adultos

Jesus e o testemunho cristão


I. “VÓS SOIS O SAL DA TERRA”

1. Propriedades do sal. Na Química, o sal é chamado Cloreto de Sódio. Esta substância tem propriedades importantes. Por isso, Jesus a usou para tipificar o papel daqueles que são seus discípulos.
a) O sal preserva. Desde tempos imemoriais, o sal tem sido utilizado pelos povos como substância conservante, que preserva as características dos alimentos. O cristão, como o sal espiritual, tem a capacidade de preservar o ambiente sob sua influência. Este mundo ainda existe porque, apesar de sua degeneração, a Igreja, formada pelos crentes, está preservando o que resta de saúde moral e espiritual no mundo. Quando a Igreja for tirada da terra, a podridão tomará conta dos povos sem Deus, levando-os à decomposição final, que os levará ao Inferno. O crente tem o dever de “salgar” para preservar sua família, seus amigos, crentes ou não e todos os que estejam de uma forma ou de outra sob sua influência. Através das missões, da evangelização local e regional, a Igreja espalha o sal sobre o mundo, para que ele não apodreça de vez.
b) O sal dá sabor. Uma comida sem sal nunca é vista como saborosa. Normalmente, é indicada para pessoas que estão com problemas de saúde, para quem é contraindicado o uso do sal. A Bíblia registra a importância do sal, como elemento que dá sabor: “Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?” (Jó 6.6). Da mesma forma, o crente em Jesus tem a propriedade de dar sabor espiritual ao ambiente em que vive, à vida dos que lhe cercam. Há pessoas que se sentem felizes em conviver com crentes fiéis, sentindo o efeito benéfico do contato com eles. E isso glorifica o nome do Senhor. É necessário ter sal na vida, ou seja, um viver cheio de alegria, de poder, entusiasmo, cheio do Espírito Santo. Jesus reconhecia o valor do sal, quando afirmou: “Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os outros” (Mc 9.50). Em seu ensino, Ele disse que, “se o sal for insípido, com que se há de salgar. Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens” (v.13). Isso quer dizer que, se o crente deixar de dar seu testemunho, sua vida perde o sentido, torna-se inútil, e passa a ser “pisado” pelos pecadores.
2. Sal na medida. Uma das características do sal é sua “humildade”. Ele preserva e dá sabor, sem aparecer. Assim é o crente fiel. Ele é humilde. Não faz questão de aparecer. Quando o sal “aparece”, pelo excesso, ninguém suporta. O crente como sal prega mais com a vida do que com palavras. João Batista foi um exemplo. Falando sobre Jesus, disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). O crente, quando tem sal demais, torna-se insuportável. Isso acontece, quando se torna fanático. Em lugar de passar para os outros o sabor da vida cristã, acaba afugentando as pessoas, com excesso de santidade. São pessoas legalistas, que vêm pecado em tudo. Por outro lado, há os que não têm mais sal em suas vidas. São os liberalistas, que se acomodam com o mundanismo, e dizem que nada é pecado. São extremos. É preciso ter equilíbrio no testemunho. Paulo disse: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.6). O fruto do Espírito inclui a temperança (Gl 5.22).

II. “VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO”

Fazendo uso de metáforas, Jesus afirmou que os seus discípulos são “a luz do mundo”. Figura extraordinária essa! Diferentemente do sal, que não é visto em ação, a luz só tem valor quando é percebida, quando aparece.
1. O testemunho elevado. Comparando seus seguidores como luz do mundo, Jesus disse que “não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”. De fato, as cidades sobre os montes, quando chega a noite, refletem as luzes de suas casas e ruas. Como luz, o crente está edificado sobre Cristo, em posição muito elevada. Ele “nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6). O salmista reconhecia essa posição elevada, quando disse: “Leva-me para a rocha que é mais alta do que eu” (Sl 61.2).
2. Crentes no velador. Jesus disse que não se “acende uma candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos os que estão na casa” (v.15). Velador é um suporte de madeira, sobre o qual se coloca um candeeiro ou uma vela, em lugar elevado, na casa, de forma que a luz que ali estiver, ilumine a todos que estiverem a seu redor. “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo 3.21). Infelizmente, há pessoas nas igrejas, que se colocam debaixo do alqueire do comodismo, da indiferença, da falta de fé e de ação, e apagam-se, por lhes faltar o oxigênio da presença de Deus.
3. O testemunho que resplandece (v.16). “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens...”. O crente em Jesus não tem luz própria. Ele não é estrela, com luz própria. Ele pode ser comparado a um planeta, que é um astro iluminado por uma estrela, em torno do qual ele gravita. Na verdade, nós somos iluminados por Jesus. Ele, sim, é a “estrela da alva” (2 Pe 1.19), a “resplandecente Estrela da manhã” (Ap 22.16). NEle, e em torno dEle, nós vivemos, e recebemos a sua luz. Com nosso testemunho, precisamos esparzir a “luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Co 4.4).
4. “Para que vejam as vossas boas obras”. O crente, como luz, dá seu testemunho, através das boas obras de salvo, “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Muitos têm ganho almas para Jesus, na evangelização, parque praticam um testemunho eloquente, em todos os lugares. Sabemos de servos e servas de Deus, que, no seu lar, ganharam toda a família, por causa de suas atitudes cristãs; outros, que no trabalho, ganharam seus colegas, por causa do comportamento cristão. Com isso, eles glorificam a Deus, que está nos céus. Paulo, exortando os crentes acerca do testemunho, disse que fizessem tudo “para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fp 2.15). Em Provérbios, lemos: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).

CONCLUSÃO

O testemunho cristão, segundo os ensinos de Jesus, deve ser de tal modo elevado, que os homens possam ver as boas obras do crente, e glorifiquem a Deus por causa delas.



 Fonte Lições Bíblicas CPAD Ano 2000  2º Trimestre - Jovens e Adultos