Lição 4: A
tentação de Jesus
Data: 26 de Abril
de 2015
TEXTO ÁUREO
“Porque não temos
um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um
que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15).
VERDADE PRÁTICA
Jesus firmou-se na
Palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 4.1-13.
1 — E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e
foi levado pelo Espírito ao deserto.
2 — E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles
dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
3 — E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a
esta pedra que se transforme em pão.
4 — E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só
de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.
5 — E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num
momento de tempo, todos os reinos do mundo.
6 — E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a
sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7 — Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8 — E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás,
porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
9 — Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do
templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
10 — porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de
ti, que te guardem
11 — e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces
com o teu pé em alguma pedra.
12 — E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não
tentarás ao Senhor, teu Deus.
13 — E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele
por algum tempo.
HINOS SUGERIDOS
75, 308, 422 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jesus foi
tentado, mas venceu toda tentação pelo poder da Palavra de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I. Compreender a
realidade da tentação.
· II. Explicar como
Jesus venceu a tentação de ser saciado.
· III. Saber como
Jesus venceu a tentação de ser celebrado.
· IV. Analisar as
artimanhas do Inimigo para que Jesus cedesse à tentação de ser notado.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O
Diabo é um anjo do mal que, dia e noite, procura fazer com que os servos de
Deus sejam seduzidos pelo pecado. Como homem Jesus também foi tentado em tudo
(Hb 4.15b), mas o Mestre venceu toda tentação. O Inimigo foi derrotado em todas
as áreas na vida de Jesus. A tentação vem para todos os filhos de Deus, porém,
a Palavra do Senhor nos garante que, se resistirmos ao Diabo, ele fugirá de nós
(Tg 4.7).
Lucas
diz que o Diabo se ausentou de Jesus por um tempo (Lc 4.13), ou seja, até
encontrar outra oportunidade para atacá-lo novamente. Jesus estava iniciando
seu ministério quando foi conduzido ao deserto para experimentar vários tipos
de tentação, mas o Inimigo, mesmo sem sucesso, o tentou até a cruz.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A tentação é uma
realidade com a qual todo crente, em algum momento, irá se deparar. Não existe
ninguém que seja imune à tentação, pois até mesmo Jesus, o homem perfeito, foi
tentado! A resposta à tentação não é, portanto, negá-la, mas enfrentá-la à luz
da Palavra de Deus.
Nesta
lição iremos aprender como Jesus enfrentou a tentação e derrotou Satanás.
Veremos a sutileza do Diabo em tentar o Filho de Deus em um momento de extrema
carência e necessidade física, e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer
“não” a cada uma de suas propostas. Por fim, destacaremos que a vitória de
Jesus é também a nossa.
PONTO
CENTRAL
A tentação é uma realidade, mas em Jesus podemos
vencê-la.
I. A REALIDADE DA
TENTAÇÃO
1.
Uma realidade humana. Já foram
assinalados em comentários anteriores que devemos levar em conta o fato bíblico
e teológico incontestável de que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro
homem. Como Deus, não podia ser tentado, mas como homem, mesmo sendo perfeito,
sim (Jo 17.5; Fp 2.5-11; Hb 2.17). No mistério da encarnação, Jesus não perdeu
a sua natureza divina, nem tampouco os atributos da divindade, mas, como diz a
tradução americana de Philips, Ele “abdicou de seus privilégios” (Fp 2.7). Como
homem Ele foi tentado em todas as coisas, assim como nós, porém, não
transgrediu (Hb 4.15). À luz do ensino bíblico, portanto, a tentação de Jesus
Cristo foi real e não apenas uma encenação. O homem perfeito, Jesus, foi
tentado em tudo, mas não pecou! (1Pe 2.22).
2.
Vencendo a tentação. Lucas revela que
Cristo foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo
Diabo. Jesus, em sua condição humana, foi capacitado pelo Espírito Santo para
enfrentar Satanás. A capacitação de poder sobre Jesus revela o lado messiânico
da sua missão. Na teologia lucana, o Messias seria revestido pelo Espírito para
realizar a obra de Deus, e isso incluía desfazer as obras do Diabo. A vitória
de Jesus sobre a tentação é também a nossa vitória. Jesus, o homem perfeito,
venceu a sedução do pecado com oração, com a Palavra e por andar no Espírito.
Todos os que estão em Cristo podem sim, também, vencer a tentação (1Co 10.13).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A tentação é uma
realidade para todos os filhos de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Diabo tentou o Filho do homem, mas também o Filho de Deus.
Foi uma disputa entre Jesus, cheio do Espírito Santo, e o acusador dos homens.
O Diabo tinha vencido, com Adão e Eva. Ele tinha esperanças de triunfar sobre
Jesus” (ROBERTSON, A. T.Comentário de Lucas: À Luz do Novo
Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.80).
II. A TENTAÇÃO DE SER
SACIADO
1.
A sutileza da tentação. A
primeira tentação de Jesus se dá na esfera dos apetites. A essa tentação Jesus
respondeu: “Escrito está que nem só de pão viverá o homem” (Lc 4.3,4). O Diabo,
por certo, sabia que por ocasião do batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe
da sua filiação divina (Lc 3.22). Jesus, como o homem perfeito que era,
precisava enfrentar a tentação em sua condição humana, e não fazer uso de seus
atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de Deus que era,
evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para transformar
todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim procedesse, negaria a sua missão
de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um apetite legítimo, quer não, o seu
alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no caminho do servo de Deus.
2.
Gratificação pessoal. Depois de 40
dias de jejum total, Jesus, sem dúvida alguma, encontrava-se debilitado
fisicamente. Todo o seu ser, por certo, exigia ser saciado. Tanto a água quanto
o pão são elementos necessários para a manutenção do corpo. Não há, portanto,
nada de errado com o desejo de comer ou beber. Todavia, se esse desejo é apenas
para uma gratificação pessoal, como queria o Diabo, então ele se converte em
pecado. Satanás queria que Jesus visse as coisas materiais como sendo mais
necessárias do que as espirituais. Jesus mostra que mais importante do que o
pão material era o pão espiritual, a Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a
mesma artimanha quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou
prosperidade material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Jesus
foi tentado a satisfazer sua necessidade de ser saciado.
CONHEÇA MAIS
O jejum
“Segundo
a leitura médica, trinta a quarenta dias de completo jejum exaure as energias
do corpo, causa fome intensa e aproxima o indivíduo da exaustão. Mesmo neste
estado de fraqueza, Jesus permaneceu fiel ao compromisso. Confiou e agiu de
acordo com a Palavra de Deus” (Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
p.655).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Jesus
experimenta três tentações específicas. A primeira envolve suas necessidades
físicas (Lc 4.3,4). O Diabo presume que Jesus é o Filho de Deus — ‘Se tu és o
Filho de Deus’ significa ‘Visto que Tu és o Filho de Deus’. Claro que Jesus
pode exercer o poder de Deus e transformar uma pedra do chão em pão. O Diabo
sugere que o uso deste poder para aliviar a fome era verdadeira prova de que
Jesus é o Filho de Deus. Mas se Jesus transformasse uma pedra em pão, tal
milagre revelaria sua falta de fé na bondade de Deus. Ele teria obedecido a
Satanás em vez de ser obediente a Deus. Ele teria usado seu poder para
satisfazer as necessidades pessoais em vez de usá-lo para a glória de Deus.
Jesus
resiste à tentação do Diabo citando Deuteronômio 8.3. O ponto de sua resposta é
que o bem-estar humano é mais que assunto de ter comida suficiente. O mais
importante é obedecer à Palavra de Deus e confiar no Senhor que cuida de nós.
Jesus obedece à Palavra de Deus, embora implique em fome física” (Comentário
Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
III. A TENTAÇÃO DE SER
CELEBRADO
1.
O príncipe deste mundo. No
texto de Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus domínio sobre os reinos do mundo.
Jesus não contestou as palavras de Satanás quando este afirmou que possuía
autoridade sobre este mundo (Lc 4.6). De fato, o próprio Cristo afirmou que
Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 16.11). O apóstolo João nos diz que “o
mundo está no maligno” (1Jo 5.19). E o apóstolo Paulo diz que o Diabo é
“príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2). Vivemos em um mundo caído e com um
sistema iníquo, mas, assim como Jesus Cristo, não fazemos parte dele (Jo 8.23;
17.9; 18.36). É lamentável quando crentes não apenas vivem de acordo com os
padrões deste mundo, mas também ficam totalmente comprometidos com ele.
2.
A busca pelo poder terreno. Por
trás desse sistema iníquo existe toda uma filosofia de domínio. Esse poder pode
estar presente tanto na esfera material como na espiritual. É a busca pela
glória e poder terreno. O Diabo sabe que o desejo de ser celebrado, de ser
chamado “senhor”, é algo que fascina os homens. Satanás sabia que derrubaria
Adão se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao adquirir
conhecimento. Adão acreditou que até mesmo poderia ser como Deus (Gn 3.5). A
isca foi lançada e Adão a engoliu! O Diabo por certo acreditava que o mesmo
aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus não se dobrou diante de
Satanás. Por certo, muitos estão exercitando poder e domínio neste mundo, mas
provavelmente também estão se curvando diante de Satanás.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Como
homem, Jesus foi tentado a buscar honra e celebração para si.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
segunda tentação é a oferta que o Inimigo fez a Jesus de autoridade sobre os
reinos da terra (Lc 4.5-8). Num momento de tempo, ele traz à presença de Jesus
todos os reinos do mundo. Afirma que eles lhes foram dados e que ele tem o
direito de dispor deles como quiser. A afirmação do Diabo é meia-verdade.
Embora ele tenha grande poder (Jo 12.31; 14.30), não tem autoridade para dar a
Jesus os reinos do mundo e a glória deles. Ele promete que Jesus pode se tornar
o governante da terra se tão somente Ele o adorar. Satanás tenta ludibriar
Jesus para obter poder político e estabelecer um reino no mundo maior que o dos
romanos.
O
Reino que Jesus veio estabelecer é muito diferente. É um reino no qual Deus reina,
e é formado por homens e mulheres livres da escravidão do pecado e de Satanás”
(Comentário Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD.
p.338).
IV. A TENTAÇÃO DE SER
NOTADO
1.
A artimanha do Inimigo. O
Diabo não desiste nas primeiras derrotas e arrisca tentar Jesus mais uma vez
com seu jargão predileto: “Se tu és” (Lc 4.9). Todavia, agora ele acrescenta a
frase: “porque está escrito” (Lc 4.10). Satanás tenta derrotar Jesus usando a
Bíblia! Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora do seu contexto! Quando a
Palavra do Senhor tem exatamente o sentido do que o Criador disse, então ela é
de fato a Palavra dEle. Porém, quando passa a possuir um sentido particular,
isto é, que Deus não disse, não é mais a Palavra dEle, mas palavras de Satanás.
A Bíblia usada fora do seu contexto, como fez o Diabo e as seitas que ele
criou, não é a Palavra de Deus, mas uma arma do Maligno. É preciso muito
cuidado quando se vê alguém manusear a Bíblia. Pode ser que esse “manuseio” não
esteja a serviço de Deus!
2.
A busca pelo prestígio. Quando
o Diabo quer ver a queda de alguém, procura levá-lo até o ponto mais alto (Lc
4.9). É a tentação de ser visto, de ser notado. Era algo muito tentador saber
que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e aplaudir
aquela cena com características cinematográficas. Jesus não se dobrou frente
aos apelos de Satanás.
Há
um reconhecimento e uma fama que são bíblicas e não há nada pecaminoso nisso
(Gn 12.2; 2Sm 7.9). Todavia, quando o desejo por publicidade se torna um fim em
si mesmo, então passa-se a fazer o jogo do Diabo. Infelizmente, muitos não medem
esforços para se exibir. Isso é pecado, mesmo que seja na esfera religiosa ou
espiritual.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Jesus venceu a tentação
de ser notado pelos homens.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
terceira tentação tem a ver com provar a verdade da promessa de Deus (Lc
4.9-12). Jesus se deixa levar voluntariamente com o maligno até o ponto mais
alto do templo. A localização precisa no templo é incerta, mas do ponto mais
alto do templo Satanás instiga Jesus a pular: ‘Se tu és o Filho de Deus,
lança-te daqui abaixo’ (v.9). A sugestão dele é esta: ‘Antes de tu te dispores
em tua missão, é melhor que te certifiques da proteção de Deus. Então, por que
não pulas e não te asseguras de que Deus tomará conta de Ti?’. O maligno foi
refutado duas vezes com as Escrituras, então ele cita o Salmo 91.11,12 para
garantir que Deus o protegerá de qualquer dano. Este é um exemplo de torcer as
Escrituras para servir a um propósito, pois o Salmo 91 não garante que Deus
fará milagres sob as condições que estipularmos” (Comentário Bíblico
Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.338).
CONCLUSÃO
Jesus
venceu Satanás no deserto e em todas as outras situações em que o confrontou
durante o seu ministério terreno (Lc 4.1-13; 10.18,19). Na cruz do Calvário, o
Filho de Deus derrotou Satanás de forma definitiva (Cl 2.15; Hb 2.14).
Posteriormente, o apóstolo Paulo ensinaria à Igreja que todos aqueles que se
encontram em Cristo também participam dessa vitória (Ef 1.20-22; 2.6). Em Cristo
somos mais do que vencedores (Rm 8.37; 1Co 15.57), todavia, como cristãos
criteriosos, não devemos subestimar o mal (Lc 22.31-34).
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do
Evangelho de Lucas, responda:
De que forma a lição
explica a tentação de Jesus?
Ela explica que a
tentação é uma realidade humana. Como homem Jesus também sofreu várias
tentações. Porém, Ele venceu todas.
Qual foi a primeira
tentação de Jesus?
A primeira tentação foi a
sugestão do Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pães. Ele sabia
que Jesus estava em jejum e, certamente, estava com fome.
Qual foi a segunda
tentação?
A segunda tentação foi a
oferta que o Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc
4.5-8).
Satanás tentou derrotar
Jesus usando até mesmo o quê?
Ele usou até mesmo a
Palavra de Deus. Porém, que fique claro, o Diabo utilizou a Palavra de Deus de
forma errada, fora do seu contexto.
Quando Jesus derrotou
Satanás de forma definitiva?
Quando da sua morte e
ressurreição na cruz do calvário.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A tentação de Jesus
O
evangelista Lucas registra que Jesus foi cheio do Espírito Santo (4.1). Após o
nosso Senhor ser cheio do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao
deserto, onde foi tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste período, o Senhor
Jesus ficou em comunhão com Deus Pai através de jejum e oração. Entretanto, ao
sentir fome, nosso Senhor começou a ser tentado pelo Diabo. O relato do
capítulo 4 do Evangelho de Lucas retrata três tentações que o Senhor Jesus foi
provado: as necessidades físicas (vv.3,4), a oferta de autoridade sobre os
reinos (vv.5-8) e provar a verdade da promessa de Deus (vv.9-12).
A
primeira tentação de Jesus revela-nos que Ele não usou o seu poder para
benefício próprio, pois antes agradava obedecer a Deus que a Satanás. Seria
natural, se com fome, o nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser
verdadeiramente o Filho de Deus. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta:
nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Dt
8.3).
A
segunda tentação de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e
governar todos os reinos do mundo. Satanás colocou diante de Jesus toda a
autoridade do mundo, e em troca, ordenou que Jesus o adorasse prostrado. O
Diabo usou de meia-verdade, pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha
autoridade para dar ou não a Jesus reinos ou a glória desse mundo. A promessa
de torná-lo o grande soberano do mundo não “encheu os olhos” de nosso Senhor,
que de pronto, logo respondeu: “O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás,
e pelo seu nome jurarás” (Dt 6.13).
A
terceira tentação mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo do
Templo. A proposta de Satanás: Pular, pois estava escrito que Deus daria ordens
aos anjos para livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo do
Templo e cair salvo no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser
reconhecido como “Messias”. Mas não foi isso que aconteceu. O nosso Senhor não
queimou etapas, mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode tentar a Deus.
As coisas do Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.
As
três tentações de Jesus Cristo expuseram três áreas que o ser humano se mostra
frágil: A das pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor
venceu as tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do apego pelo
poder e da possibilidade de usar as promessas divinas para benefício próprio
para a formação da autoimagem.
Fonte deste arquivo: http://estudantesdabiblia.com.br/
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