Como
apresentado na tabela acima, o livro de Gênesis se divide em quatro partes
principais: (1) a Criação; (2) a narrativa pré-patriarcal; (3) os patriarcas na
Palestina; e 4) os patriarcas no Egito. Os 50 capítulos de Gênesis darão conta
desse esboço, do desenvolvimento da história do povo de Deus.
Tecnicamente,
pode-se dizer que o gênero literário predominante no livro de Gênesis é o da
narrativa. As narrativas variam entre antes e depois da Era do Patriarcado na
Palestina. Esse gênero literário nos permite perceber que as histórias ali
narradas foram elaboradas de maneira a prender a atenção do leitor a ponto de
levá-lo ao clímax da história: a saga do povo de Deus rumo à Terra Prometida.
A
partir dessa percepção, podemos inferir o propósito do livro de Moisés: contar
a maneira e motivo de o Deus de Israel escolher a família de Abraão e fazer uma
eterna aliança com ela. Para os cristãos, essa aliança tem uma importância
preponderante, pois foi a partir da aliança de Deus com Abraão que Jesus de
Nazaré foi feito o Messias prometido: o Messias seria judeu, da família de
Davi, descendente direto da casa de Abraão. De modo que também a Igreja de
Cristo foi pensada sob a aliança estabelecida entre Deus e Abraão. Por isso, o
apóstolo Paulo escreve convictamente: "Nisto não há judeu nem grego; não
há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo
Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros
conforme a promessa" (Gl 3.28,29).
Portanto,
há razão sufi ciente para dedicarmo-nos ao estudo do livro de Gênesis. Ele
apresenta o início da história da salvação. Em Gênesis, somos convidados a
compreender como começou a história do povo de Deus que culminou na revelação
de Jesus Cristo, a fi m de que hoje fôssemos alcançados pela graça de Deus em
Cristo Jesus, o nosso Senhor.
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