Quem eram os discípulos
escolhidos por Jesus?
Pessoas simples, habitantes de uma cidade sem importância
para a antiga Palestina. Pessoas que não tinham alto grau de instrução, mas que
acreditaram na mensagem do meigo nazareno. Na presente aula, devemos ressaltar
que o nosso Senhor não chamou os doze homens para serem apóstolos
objetivamente, mas, primeiramente, para discípulos. Pessoas disponíveis a
aprender, e igualmente, desaprender os equívocos aprendidos ao longo da vida
religiosa e, principalmente, ansiosos em imitar o Mestre de Nazaré.
O discipulado de Jesus é assim.
Chama pessoas, do ponto de vista humano, incapazes de desenvolver algum projeto
de vida. E mostra-lhe o maior projeto que ser humano algum pôde imaginar: o
Reino de Deus. Quando fomos chamados por Jesus a viver o Evangelho, percebemos
que não estávamos prontos a dizer “sim” para o seu projeto. O nível do
Evangelho é alto de mais para a nossa natureza caída. Mas ao despirmo-nos de
nós mesmos e procurarmos ser mais parecido com Jesus, o Evangelho será parte da
nossa vida e ficará impregnado à nossa natureza. Então passamos a ser uma nova
criação, ter outra mente e outra perspectiva de vida que só encontramos com o
meigo nazareno.
O chamado de Jesus é um convite
para não mais olhar para si mesmo, uma convocação para olhar para o outro. Uma
decisão de renunciar aos próprios anseios e uma atitude de viver a vida que não
é mais sua, mas de Deus.
A mensagem do Reino de Deus é
absolutamente oposta ao modo de o mundo comunicar seus valores às pessoas. O
Reino de Deus não faz violência para convencer alguém de alguma ideia, enquanto
que o sistema de vida mundano é violento, arrogante e predatório em convencer o
outro acerca dos seus valores. Embora saibamos que os valores do mundo são
destruidores para um projeto de vida digna, não fazemos terrorismo ou algo do
tipo. Simplesmente somos chamados a sermos pescadores de homens, de almas, de
sentimentos, de pessoas. Levar vida, onde há morte; paz, onde reina a guerra;
alegria, onde reina a tristeza; bondade, onde reina a perversidade; esperança,
onde reina a ausência dela.
Em Jesus, somos chamados a
sermos arautos do Evangelho para pessoas sem Deus, sem dignidade, sem alegria
de viver. Nele, todo dia somos estimulados a testemunhar com a vida a verdade
daquilo em que acreditamos e cremos. Sim, Jesus, a nossa razão de ser. É o
sentido último da nossa vida. Podemos dizer “sim” ao seu convite? — Vem e
segue-me!
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