No Reino de Deus, há muitas coisas que nos chamam a atenção.
Algumas nos parecem verdadeiros paradoxos. Paulo, por exemplo, diz aos irmãos
de Corinto: “E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as
que não são para aniquilar as que são” (1Co 1.28). No Reino de Deus é assim: a
violência é respondida com o amor (Mt 5.39); o egoísmo recebe em troca a
bondade (Mt 5.40-42; os inimigos são amados (Mt 5.44); é mais bem-aventurado
dar do que receber (At 20.35); quem perde a sua vida vai ganhá-la (Mc 8.35); e
é necessário morrer para viver (Jo 12.24). Veremos, à luz da Bíblia, em
situações bem adversas, Deus usando meios “desprezíveis” para ajudar o povo.
Em Josué 6.1-20, temos o episódio da queda das muralhas de
Jericó. Notemos que a estratégia usada por Deus foi muito simples: sete
sacerdotes, sete trombetas, sete dias. Durante seis madrugadas rodearam a
cidade uma vez e, no sétimo dia, rodearam-na sete vezes, e os sacerdotes
tocaram suas humildes trombetas de chifre de carneiro. Josué mandou o povo
gritar e as muralhas caíram. Obediência, ordem, dedicação, perseverança
cumprindo a ordem do Senhor e a vitória chegou. Na passagem pelo Rio Jordão,
registrada em Josué 3.1-16, vemos outro exemplo. Depois de quarenta anos de
peregrinação no deserto, chegou o momento de passar o Jordão e entrar na Terra
Prometida. Tudo que Deus mandou que o povo fizesse foi muito simples: os
sacerdotes deveriam ir à frente do povo conduzindo a Arca e, no momento em que
os pés dos sacerdotes tocassem nas águas do rio, estas seriam separadas
tornando o leito do rio seco. Assim, o povo atravessou pisando em terra seca.
Deus exigiu dos sacerdotes fé e obediência. Eles precisavam molhar os pés.
No NovoTestamento, em Atos
16.25-34, temos o relato do terremoto na prisão onde estavam Paulo e Silas.
Oque motivou a prisão dos servos de Deus foi o benefício feito a uma jovem que
vivia escrava do demônio de adivinhação, e que dava lucros aos “donos” dela.
Paulo expulsou o demônio e os patrões da moça mandaram bater e prender os
discípulos. Observem que eles não constituíram advogados, nem pediram um favor
político, e também não ofereceram suborno. Eles usaram de toda simplicidade de
um cristão, oraram e cantaram. Então, Deus mandou um terremoto, sacudiu os
alicerces da prisão, abrindo todas as portas. Abriram-se as cadeias de todos. A
lição vista: a eficácia da oração. A vitória de Josafá, registrada em 2
Crônicas 20.1-29, também serve como exemplo. Diante do cerco do grande inimigo,
Josafá ordenou ao povo jejuar e buscar a Deus em oração. Deus deu uma decisão
simples: mandou Josafá reunir o povo, colocar o coral na frente e louvar ao
Senhor. Enquanto cantavam, a vitória chegou. A cura do general Naamã aconteceu
depois do testemunho simples de uma humilde criada. Deus é simples, a Sua
Palavra também; e a salvação é para todos que crêem.
Fonte: Jornal Mensageiro da Paz.
Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria
do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.
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