Discutindo com Deus



Discutindo com Deus
Por teólogo José Antônio Neto
 

"Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado. Por que escondes o teu rosto, e me tens por teu inimigo? Porventura acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco? Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade? Também pões os meus pés no tronco, e observas todos os meus caminhos, e marcas os sinais dos meus pés. E ele me consome como a podridão, e como a roupa, à qual rói a traça."Jó 13:23-28
Este livro é um verdadeiro turbilhão de sentimentos. Jó continua sem entender a razão dos seus problemas. Pensando que poderia ser o seu pecado, ele exige saber quantos pecados tem e quais são eles. No seu pensamento estará porventura o conselho de Sofrer. Porventura se ele descobrisse o seu pecado, poderia arrepender-se dele e tudo voltaria ao normal.
O problema não está, no entanto, no seu pecado. O problema está na sua exigência em saber a razão do que lhe estava a acontecer. Ainda bem que não conhecemos exatamente o número dos nossos pecados. Se Deus nos revelasse todas as nossas faltas, seríamos, com certeza, esmagados pelo peso de tal revelação. Deus diz-nos que se confessarmos as faltas que conhecemos Ele nos purificará de toda a injustiça. Isso para nós deveria bastar. Não precisamos conhecer todas as coisas e as razões de tudo o que nos acontece. Essa vontade vem do orgulho da nossa carne e da sua necessidade de controle.
O crente no Senhor Jesus Cristo é aquele que declara a sua intenção em deixar de tentar controlar todas as coisas e confiar que Deus é muito melhor comandante das nossas vidas. Esta é a lição que Jó ainda tinha para descobrir. Se estamos neste momento a passar por uma dificuldade, a pergunta a fazer não é “O que fiz eu de errado, para merecer isto?”. Devemos perguntar “O que tenho eu a aprender com isto?” ou “Como posso eu usar isto, agora ou no futuro, para a glória de Deus?


Fonte:www.portalbrasil.net/2015/colunas/religiao/fevereiro_01.htm


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