Satanás

Satanás é o chefe dos anjos decaídos e, como eles, vem à plena luz somente no Novo Testamento. Seu nome significa 1 "adversário" (o que faz oposição a Deus e a seu povo), e o Antigo Testamento o apresenta como tal ( 1 Cr 21.1; Jó 1-2; Zc 1 3.1-2). O Novo Testamento dá a Satanás títulos reveladores: Diabo (diabo/os), que significa "acusador" (isto é, acusador do 1. povo de Deus; Ap 12.9-12); Apoliom, que significa "destruidor" (Ap 9.11}; "Tentador" (Mt 4.3; 1Ts 3.5); e "Maligno· (1Jo 5.18-19). "Príncipe deste mundo" (Jo 12.31; 14.30; 16.11) e "deus deste século" (2Co 4.4) apontam para Satanás como aquele que preside sobre o estilo de vida anti-Deus da humanidade (cf. Ef 2.2; 1Jo5.19; Ap 12.9). Jesus disse que Satanás foi sempre um assassino e é o pai da mentira. Como tal, ele é não só o primeiro mentiroso, mas também o patrocinador de toda falsidade e trapaças subseqüentes (Jo 8.44).

Finalmente, ele é identificado como a serpente que enganou Eva no Eden (Ap
12.9; 20.2). O retrato dele é de malícia, de fúria e crueldade dirigidas contra Deus, contra a verdade de Deus e contra aqueles a quem Deus ama.
A esperteza enganadora de Satanás é realçada pela afirmação de Paulo, quando nos diz que Satanás se transforma em anjo de luz, apresentando o mal como bem (2Co 11.14). Sua ferocidade destrutiva aparece na descrição dele como um leão que ruge e devora (1Pe5.8) e como um dragão (Ap 12.9).

Como ele foi adversário declarado de Cristo (Mt 4.1-11; 16.23; Lc 4.13;
cf. Lc 22.3), do mesmo modo, agora, ele se opõe aos cristãos, explorando as fraquezas, orientando mal as forças e minando a fé, a esperança e o amor (Lc 22.32; 2Co 2.11; 11.3-15; Ef 6.16). A malícia e a astúcia de Satanás devem ser levadas em conta seriamente, porém o cristão não precisa ficar tomado de terror servil por causa dele, porquanto ele é um inimigo derrotado.

Satanás é mais forte do que os seres humanos, mas Cristo triunfou sobre ele (Mt 12.29), e os cristãos também triunfarão sobre ele, resistindo às suas investidas com as armas que Cristo nos proporciona (Ef 6.10-18; Tg 4.7; 1Pe 5.9-10), "porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1Jo 4.4).
Reconhecer a realidade de Satanás, levar a sério a sua oposição, ficar atento à sua estratégia, levar em conta li guerra contínua com ele não é cair num conceito dualista de dois deuses, um bom e outro mau, guerreando um contra o outro.

Satanás é uma criatura sobre-humana, mas não é divino; ele tem muito conhecimento e poder, mas não é onisciente nem onipotente e nem onipresente; ele é um rebelde já derrotado e não tem mais poder do que aquele que Deus lhe permite exercer e está destinado ao lago de fogo (Ap 20.1O).

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