- Conseguindo a Atenção (Jo 4.5-9)
“Foi
pois a uma cidade, de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha
dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do
caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase a hora sexta”. Esta
menção do cansaço de Jesus é a evidencia de que, quando compartilhou da
natureza humana, o fez com toda seriedade: realmente tomou sobre si nossa
natureza, e experimentou todas as limitações e fraquezas a que a carne humana
está sujeita (menos as que são fruto direto do nosso pecado). “Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28) foi
dito por aquele que sabia como é a dor de músculos cansados e latejantes.
“Veio
uma mulher de Samaria tirar água; disse-lhe Jesus: Dá-me de beber”. O propósito
do Senhor era levar a mulher necessitada à água espiritual que satisfaz a sede
da alma; assim, fez seu primeiro contato com ela ao pedir água.
Ele
de que tomar a iniciativa, porque a mulher, de si mesma, não teria falado com
Ele primeiro. Existiam quatro barreiras que impediriam semelhante conversação,
e que o Senhor primeiramente teria de romper. 1) A barreira do sexo. Os
próprios discípulos ficaram atônitos ao ver Cristo agir contrariamente às bem
conhecidas atitudes de sua época, falando assim a uma mulher cm público (v.
27). Geralmente, os preconceitos dos rabinos proibiam que as mulheres
recebessem educação superior. 2) A barreira da nacionalidade. Não havia
comunicação entre os judeus e os samaritanos. 3) A barreira do caráter moral. A
mulher samaritana sabia que nenhum rabino judeu chegaria perto de uma pecadora
como ela. 4) A barreira da ignorância.
No
decurso da conversação, foram rompidas todas as barreiras. A mulher recebeu
novos horizontes para a sua vida, seu caráter foi transformado, c sua alma,
iluminada.
Note
a habilidade do Senhor em abrir caminho para esta conversação. Pediu um favor
da parte dela, fazendo-a sentir- se, por um momento, em condições de
superioridade. Mediante um apelo à simpatia da mulher, criou ambiente
apropriado para conversar sobre assuntos espirituais.
Foi
uma grande surpresa para a mulher quando a pessoa junto à fonte - que ela
reconheceu como sendo um judeu - , fez um pedido a uma mulher samaritana de sua
condição. “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou samaritana?
(porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)”. Embora Jesus, como
Messias, viesse da tribo de Judá, nunca se chamou "Filho de Israel”;
sempre c chamado de "Filho do homem \ da humanidade inteira. Não
havia lugar cm sua mente c em seu coração para o preconceito.
Pearlman, Myer
PHAj João, o Hvangelho do Filho de Deus.../
Myer Pearlman - l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995. p. 236. cm. 14x2 1 ISBN 85-263-0025-3
Almir Batista
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