(Lc
1.18-20, 57-64)
O
sacerdote achou boa a mensagem; por um momento, boa demais para ser verdadeira.
Pediu mais um sinal. Não lembrava ele de Abraão e Sara, de Isaque e Rebeca? Sua
descrença era ofensa grave, merecedora de punição. Condenou-o então o anjo à
mudez. Isto lhe seria por sinal e castigo. Mesmo assim, ao julgamento
acompanhava a misericórdia. Foi-lhe prometido que voltaria a falar na ocasião
do nascimento do menino (SI 30.5).
1.
A alegria da mãe. Completou-se a
alegria de Isabel; os parentes e as amigas regozijavam-se com ela. Veio o
momento da circuncisão e de dar nome à criança. Sugeriram os vizinhos lhe fosse
dado o nome do pai. Surpreenderam-se, no entanto, ao saberem que receberia um
nome desconhecido na família do sacerdote. Isto era novidade. Até hoje, dão-se
aos filhos de judeus os nomes de parentes mais velhos ou falecidos, a fim de
manter viva a memória deles em Israel.
2.
O louvor do pai. O sacerdote recuperou a fala, e irrompeu em louvores a
Deus. Enquanto derramava o coração diante de Deus, o Espírito Santo apoderou-se
da sua língua, transformando a canção em profecia inspirada: Deus não
desamparara o seu povo; um Libertador se levantaria da família de Davi, e o
filho de Zacarias seria o seu precursor.
3.
O crescimento da criança. As promessas cumpriam-se
na vida do pequeno João. Os que o conheciam maravilhavam- se, não só com a
história do seu nascimento, como pelo rápido desenvolvimento de forças na jovem
vida: “E a mão do Senhor [o poder de Deus] estava com ele” (v. 66) - expressão
que lembra cenas da vida de Elias e de Eliseu, cujas obras poderosas
atribuíam-se à “mão do Senhor” sobre eles.
“O
menino crescia, e se robustecia em espírito”. Ao crescimento físico seguia o
crescimento espiritual. Sob o sol da graça divina e ao sabor da vivificante
brisa do Espírito, amadureciam os poderes espirituais do menino, enquanto seu
corpo se fortalecia no clima das montanhas da Judéia.
“E
esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel”. Os pais de
João provavelmente morreram antes que ele chegasse à idade adulta. O jovem,
deixado sozinho no mundo, optou pela solidão como forma de preparar-se para o
ministério. No deserto, meditava sobre as profecias e buscava ao Senhor,
aguardando a ordem divina para começar a obra entre o povo.
Fonte:
Pearlman, Myer
Lucas, ó Evangelho do Homem Perfeito.../
Myer Pearlman l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus,
1995
Almir
Batista
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