Reflexões sobre o Salmo 46 e o exercício da confiança total em Deus


A humanidade vive momentos de perplexidade, violências, enfermidades, desempregos, velhice precoce, os quais produzem ansiedade, insegurança, desesperança, abatimento e espírito de derrota. Diante de tais situações, como não ficar ansioso? Os salmistas cantavam a sua triunfante e destemida confiança em Deus. Em Salmos 46, vemos isso. É necessário permanecermos confiando nEle, mesmo que tudo pareça estar desmoronando. “Ainda... ainda... ainda... ainda”, diz o salmista. Ficarmos inquietos jamais será a saída para nossos problemas. O apóstolo Paulo escreve aos filipenses: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Fp 4.6). Também diz o salmista: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Sl 145.18). Exponha ao Senhor, em sua oração e súplica, todos os seus sentimentos. Não murmure, mas agradeça. Deus está em nosso meio, a Sua presença é a nossa garantia, Ele nos livrará nas tentações e tribulações. As ameaças não nos alcançarão; os nossos inimigos serão, por Ele, derrotados (Is 7.1-4). Não percamos a esperança, não temamos o inimigo das nossas almas. Maior é o que está conosco, Ele nos livrará! “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1). Se confiarmos em Deus, também cantaremos o hino da vitória.
Diante da investida dos inimigos contra o povo hebreu, Deus entrega uma mensagem de Sua parte por meio do profeta Isaías para o rei Acaz. O Senhor disse ao monarca: “Acautela-te, e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes; por causa do ardor da ira de Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias” (Is 7.4). Fortes expressões se destacam no texto: “acautela-te”; “aquieta- -te”; “não temas”; “não desanime o teu coração”. Acautelar-se é prevenir-se: Deus está lhe avisando. Aquietar-se também é acalmar-se. Não temer é confiar. Afinal, os problemas são nada diante de Deus. Não desanimar é manter a confiança, mas isso no coração. A tempestade está grande? Não desanime! Deus está no meio dela! O povo e o rei de Judá temeram e de medo moveu-se o coração do povo e o do próprio rei Acaz, tornando-se como uma árvore soprada pelo vento e a se movimentar num bosque. Lembre-se que árvores crescem mais quando são sacudidas pelo vento. “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”!


Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e membro da diretoria do Comitê Mundial das Assembleias de Deus.

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