Igreja, uma agência evangelizadora



A Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a “pedra de esquina”.
Uma comunidade escatológica e pentecostal
O Corpo de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2.31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!

FONTE : LBM
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