Leitura Diária: Quarta Genesis 12. 1-2/Deus prega o evangelho ao patriarca Abrão

Sendo Deus o primeiro evangelista da História Sagrada, toda a sua palavra é amorosamente evangelizadora.
Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela,e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da
terra. (Gn 12.1-3)


O Evangelho de Cristo a Abraão
De Adão, o primeiro homem, a Abraão, o primeiro patriarca dos hebreus, temos um interregno de aproximadamente dois mil anos. Nesse período, o Reino de Deus parecia engolido pelo império de Satanás.
Todavia, o Evangelista Eterno estava apenas preparando o caminho de seu Filho que, decorridos mais dois milênios, haveria de nascer em Belém de Judá.
1. Abraão, o gentio. Ao ser chamado por Deus a peregrinar numa terra desconhecida e mui distante, Abraão não passava de um gentio como eu e você. Era um caldeu entre os caldeus. O idioma que falava não era o hebraico, mas a língua aramaica que, nascida em Damasco, estendia-se até
as fronteiras com a Índia. Mas aprouve a Deus evangelizá-lo, separando-o dentre as gentes, para, por meio dele, levar o mundo a uma surpreendente realidade espiritual.
De tal forma converte-se Abraão ao Deus Único e Verdadeiro que, ante o seu chamamento, deixa uma cidade segura e confortável para andejar um chão ermo e cheio de sobressaltos. Suas experiências com o Senhor são
profundas; faz-se amigo de Deus (Is 41.8). Não demora para que o seu nome seja mudado, indicando uma nova dimensão em sua vida espiritual.
Dantes, era Abrão: grande pai. Mas, agora, é Abraão, que em hebraico significa pai de uma multidão não somente étnica, mas destacadamente espiritual (Gn 17.5). Logo, o patriarca hebreu torna-se o nosso pai na fé
(Tg 2.21). O cristianismo e o judaísmo são religiões abraãmicas.
Semelhante designação é reivindicada também pelo islamismo. Todavia, ao ler o Corão, não pude encontrar, em nenhuma de suas suratas, algo que me levasse a identificar a fé islâmica com a crença do patriarca hebreu.
2. O evangelho de Deus a Abraão. Em sua belíssima teologia da justificação pela fé, Paulo, depois de condenar energicamente o falso evangelho anunciado nas regiões da Galácia, escreve:
É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.

Fonte: Livro o desafio da Evangelização, escrito por Claudionor de Andrade.