Amar
sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas
as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o
portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada
pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a
humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!
Antigo
e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista
No
Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é
o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías
40.9 e 52.7 traz a ideia
de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta
veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os
estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em
o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo
diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma
cidade inteira: Samaria (At 8.4-7),
além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entendes o que lês?”, foi a
pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as
Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.
Sagradas
Escrituras: o fundamento de quem evangeliza
Tanto
o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o
fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à
integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé
evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do
ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista
carismático que honrem a Deus e ame o próximo.
O
Evangelista consciente do seu ministério
Não
nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até
porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do
que para ministrar entre não crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é
fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os
seculares, com os não crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista
consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário.
Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa.
Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.