A
importância da doutrina
Os
opositores do pentecostalismo declaram que os pentecostais dão ênfase exagerada
à doutrina do Espírito Santo em detrimento das demais doutrinas.
Entretanto,
a ênfase dada a essa doutrina fortalece a crença nas demais, porque esta é o
motor que dinamiza a Igreja, que a faz andar e cumprir o seu papel missionário
no mundo. Assim como a Igreja não é Igreja sem Cristo, também, Cristo enviou o Espírito
Santo para que o seu nome fosse glorificado na Igreja ( Jo 14.16,17). Uma
igreja cristã autêntica não ostenta apenas a doutrina do Espírito Santo em
detrimento das demais. Pelo contrário, ela tem no Espírito Santo a chave para a
compreensão das demais doutrinas.
Os
vários sentidos da palavra “espírito” na Bíblia
Nas
línguas originais da Bíblia, o hebraico e o grego, encontramos a palavra
“espírito” com sentidos diferentes. Para entender essa palavra referindo-se à
terceira Pessoa da Trindade, precisamos recorrer ao contexto do termo para
sabermos a que “espírito” está se referindo o texto bíblico. No Antigo
Testamento, a palavra hebraica ruach significa “vento, hálito, ar, respiração”.
No Novo Testamento, a língua grega traz o vocábulo pneuma, que tem na sua raiz
o sentido de ação, do movimento do ar.Tanto ruach como pneuma podem referir-se
ao espírito humano bem como ao Espírito divino.
Quando
se refere ao espírito humano, os dois termos referem-se à vida ou ao fôlego de
vida no homem. O fôlego que o tornou um ser vivente (Gn 2.7; Mt 27.50; Lc
8.55). Em relação ao homem, o espírito diz respeito à parte superior da vida
humana, pois é seu espírito que torna a alma humana distinta da irracional. O
espírito representa a natureza suprema do homem e o torna capaz de ter comunhão
pessoal com o seu Criador.
Em
relação aos anjos, a palavra espírito identifica a natureza sobrenatural dos
anjos. Eles são espíritos criados por Deus (Mt 8.16; Mc 1.23; Lc 1.11; At 5.19;
1 Co 2.12; Hb 2.7).
A
palavra espírito, quando encontrada em forma minúscula, tem um sentido
adjetivo. O seu significado é qualitativo. Refere-se à qualidade de um ser. Em
relação ao Espírito Santo, encontramos várias vezes a palavra espírito com
sentido qualitativo, quando diz: “Espírito de santificação” (Rm 1.4), “Espírito
de sabedoria” (Is 11.2), “Espírito do Senhor” ou “espírito de Cristo”,
“espírito de fé”, “espírito de coragem”. São considerações que se referem à
qualidade ou a ação do Espírito Santo.
Quando
se trata da palavra “espírito” em relação a Deus, tanto ruach quanto pneuma
passam a ter um sentido especial, porque Deus é Espírito. De forma direta, o
autor da Carta aos Hebreus diz que Ele é o Espírito Eterno (Hb 9.14).
Outrossim, a palavra “espírito” não faz do Espírito Santo um ser impessoal.
Ele
não é “uma coisa”, nem “um poder cósmico”. Ele é Deus Pessoal.
Não
é uma mera energia ou influência sobrenatural. Ele é Deus, a terceira Pessoa da
Trindade.
Como
descrevê-lo?
O
Espírito Santo é o Espírito Eterno do Deus Triúno. Não é outro, mas é o mesmo
Deus imutável (Ml 3.6). Ao estudar sobre o Espírito Santo, sabemos que Ele é o
mesmo Espírito que operou no Antigo Testamento e opera no Novo Testamento. O
capítulo 14 do Evangelho de João apresenta uma característica do Espírito Santo
como Consolador. Na língua grega do Novo Testamento, a palavra é traduzida de
parácleto. Essa palavra indica alguém que se coloca ao lado de outrem para
ajudar, consolar, advogar.
O
Espírito Santo é personagem de relevância singular na vida da Igreja de Cristo.
A ênfase em sua doutrina nessa dispensação não diminui nem relega as demais
doutrinas bíblicas a somenos importância. Pelo contrário, essa ênfase reconhece
a atividade do Espírito Santo para este tempo como cumprimento das Escrituras a
seu respeito conforme promessa e declaração do Senhor Jesus. Portanto, o
Espírito Santo é o Agente ativo da Trindade que representa a Pessoa de Jesus
Cristo na mensagem do evangelho pleno.
FONTE: RETIRADO DO LIVRO MOVIMENTO
PETENCOSTAL AS DOUTRINAS DA NOSSA FÉ. Todos os direitos reservados. Copyright
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